Categoria: Tech

  • Inteligência Artificial em Defesa Cibernética

    FreePik

    Elevando a Segurança Cibernética Empresarial com Inteligência Artificial

    A  segurança cibernética está em um momento de reinvenção sem precedentes. A integração da Inteligência Artificial em produtos e serviços de proteção representa mais do que um avanço tecnológico; é uma resposta inevitável às demandas de um mundo cada vez mais digital e interconectado. O equilíbrio entre inovação e proteção tornou-se uma prioridade estratégica, e a capacidade de antecipar riscos e implementar soluções proativas será o diferencial das empresas que buscam liderar seus mercados no futuro.

    À medida que os ataques cibernéticos se tornam mais sofisticados, as organizações precisam de ferramentas que vão além da reação. A IA não só proporciona a velocidade e a precisão necessárias para enfrentar ameaças emergentes, mas também redefine o papel da segurança cibernética como um pilar essencial da estratégia empresarial. Não se trata apenas de proteger dados e sistemas, mas de criar confiança em ecossistemas digitais que suportam operações críticas e decisões baseadas em dados.

    O investimento em soluções com infusão de IA é, acima de tudo, um investimento em resiliência. Em um ambiente onde a inovação tecnológica avança rapidamente, a capacidade de integrar segurança cibernética desde o design inicial de produtos e processos é crucial. A proteção de aplicativos de IA, em particular, requer um olhar apurado para as nuances das vulnerabilidades específicas dessa tecnologia. Governança, observabilidade e monitoramento contínuo precisam ser fortalecidos com tecnologias que aprendem e evoluem em tempo real, oferecendo respostas mais rápidas e precisas.

    Além disso, a adoção de IA na segurança cibernética abre um novo horizonte para a automação inteligente e a tomada de decisão informada. Processos que antes eram lentos e manuais agora podem ser otimizados, liberando tempo e recursos para que as equipes se concentrem em iniciativas estratégicas. Essa evolução não apenas reduz custos operacionais, mas também eleva os padrões de qualidade e confiabilidade que as organizações podem oferecer aos seus clientes e parceiros.

    No entanto, o potencial transformador da IA na segurança cibernética não se limita ao presente. Ele reside na sua capacidade de antecipar desafios futuros, moldar práticas globais e fomentar uma cultura de inovação responsável. Empresas que adotarem uma abordagem visionária, priorizando a segurança desde o núcleo de suas operações, estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios de um ambiente cibernético em constante evolução, enquanto conquistam a confiança de seus mercados e se posicionam como líderes no cenário global.

    O momento atual exige mais do que tecnologias avançadas; exige propósito, visão e a coragem de transformar a segurança cibernética em um diferencial estratégico. As oportunidades são vastas, os desafios são complexos, mas o caminho está claro: integrar IA de forma inteligente, ética e eficiente para construir um futuro digital seguro, resiliente e próspero.

    Uma Revolução Impulsionada pela IA

    Os últimos 18 meses foram marcados por avanços vertiginosos na IA, impactando praticamente todos os setores da economia. Provedores de segurança cibernética já anunciaram uma ampla gama de atualizações para integrar recursos baseados em IA em seus portfólios. Não é à toa que mais de 90% das soluções de segurança cibernética com IA vêm de fornecedores terceirizados, destacando a necessidade de expertise especializada.

    Os benefícios são evidentes: setores como segurança na nuvem, operações de segurança (SecOps) e segurança de endpoints estão se destacando como os maiores beneficiários dessa transformação. Soluções baseadas em GenAI estão remodelando a forma como ameaças são detectadas, processadas e neutralizadas, ajudando empresas a economizar até 25% do tempo em tarefas operacionais. Esses ganhos não apenas aumentam a eficiência, mas também proporcionam vantagem competitiva em um mercado onde tempo é sinônimo de segurança.

    Do Básico ao Avançado: Os Casos de Uso da IA na Segurança

    Hoje, grande parte dos produtos de segurança cibernética com IA foca na detecção de ameaças e na resposta a incidentes. Contudo, os horizontes estão se expandindo rapidamente. Entre as inovações mais promissoras estão assistentes de IA capazes de automatizar tarefas como preenchimento de questionários de conformidade e relatórios de segurança, resultando em economias de tempo de até 80%.

    Mais do que conveniência, essas soluções oferecem uma nova camada de inteligência estratégica. Por exemplo, na segurança de endpoints, sistemas com IA podem prever e evitar ataques antes que aconteçam, enquanto na nuvem, ferramentas avançadas ajudam a proteger ambientes híbridos cada vez mais complexos. Essa integração permite uma abordagem proativa, capaz de monitorar dados sensíveis e corrigir vulnerabilidades em tempo real.

    Além disso, a criação de sistemas de IA seguros está emergindo como um dos principais focos das empresas. A vulnerabilidade desses sistemas é frequentemente citada como um dos três maiores riscos relacionados à adoção de IA, exigindo soluções abrangentes que combinem observabilidade, governança, monitoramento de vulnerabilidades e validação de código.

    O Crescimento de um Mercado Estratégico

    A crescente importância de proteger aplicativos de IA está alimentando um mercado em plena expansão. O segmento de proteção cibernética para IA, que movimenta US$ 122 milhões atualmente, deve alcançar US$ 255 milhões até 2027, com um potencial total de mercado estimado entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões. Esse crescimento acelerado reflete a crescente conscientização das empresas sobre a necessidade de proteger sistemas críticos e seus dados mais sensíveis.

    Mais de 97% das organizações pesquisadas pela McKinsey planejam aumentar os investimentos em segurança para IA, com 52% antecipando um impacto superior a 5% em seus orçamentos de fornecedores. Esse cenário cria uma oportunidade sem precedentes para provedores que podem combinar inovação com soluções práticas e escaláveis.

    Inovações que Transformam Mercados

    Além de atender a demandas imediatas, a integração de IA na segurança cibernética tem potencial para abrir novas frentes de inovação. Provedores visionários estão investindo em ferramentas baseadas em IA que não apenas automatizam processos, mas também proporcionam insights mais profundos e ações mais rápidas.

    Imagine sistemas capazes de analisar grandes volumes de dados, identificar padrões anômalos e sugerir ações corretivas antes mesmo que um ataque se concretize. Ou assistentes de IA que ajudam as equipes de segurança a priorizar tarefas, economizando tempo e reduzindo a margem para erros humanos. Essas inovações têm o potencial de transformar a segurança cibernética de uma atividade reativa para uma estratégia proativa e orientada por dados.

    O Futuro da Segurança Cibernética: Estratégia e Visão

    O futuro da proteção cibernética será definido pela capacidade das empresas de adaptar-se a um cenário de ameaças em constante evolução. Soluções infundidas com IA oferecem mais do que ferramentas; elas entregam uma estratégia robusta que combina tecnologia de ponta com inteligência operacional.

    Ao abraçar a IA como parte essencial de suas operações, as empresas não estão apenas protegendo seus aplicativos e sistemas, mas também criando uma base sólida para inovação e crescimento sustentável. Provedores que compreendem essa dinâmica estarão bem posicionados para liderar o mercado, oferecendo produtos que não apenas atendem às necessidades atuais, mas também antecipam as demandas futuras.

    A transformação cibernética está em curso, e a integração de IA não é apenas o próximo passo; é o caminho inevitável para um futuro digital seguro, inteligente e escalável. É um momento de reinvenção, onde as oportunidades são tão vastas quanto os desafios — e o sucesso dependerá de uma visão ousada, estratégias precisas e a determinação de transformar a segurança cibernética em um diferencial competitivo.

    Considerações Finais

    A segurança cibernética está em um momento de reinvenção sem precedentes. A integração da Inteligência Artificial em produtos e serviços de proteção representa mais do que um avanço tecnológico; é uma resposta inevitável às demandas de um mundo cada vez mais digital e interconectado. O equilíbrio entre inovação e proteção tornou-se uma prioridade estratégica, e a capacidade de antecipar riscos e implementar soluções proativas será o diferencial das empresas que buscam liderar seus mercados no futuro.

    À medida que os ataques cibernéticos se tornam mais sofisticados, as organizações precisam de ferramentas que vão além da reação. A IA não só proporciona a velocidade e a precisão necessárias para enfrentar ameaças emergentes, mas também redefine o papel da segurança cibernética como um pilar essencial da estratégia empresarial. Não se trata apenas de proteger dados e sistemas, mas de criar confiança em ecossistemas digitais que suportam operações críticas e decisões baseadas em dados.

    O investimento em soluções com infusão de IA é, acima de tudo, um investimento em resiliência. Em um ambiente onde a inovação tecnológica avança rapidamente, a capacidade de integrar segurança cibernética desde o design inicial de produtos e processos é crucial. A proteção de aplicativos de IA, em particular, requer um olhar apurado para as nuances das vulnerabilidades específicas dessa tecnologia. Governança, observabilidade e monitoramento contínuo precisam ser fortalecidos com tecnologias que aprendem e evoluem em tempo real, oferecendo respostas mais rápidas e precisas.

    Além disso, a adoção de IA na segurança cibernética abre um novo horizonte para a automação inteligente e a tomada de decisão informada. Processos que antes eram lentos e manuais agora podem ser otimizados, liberando tempo e recursos para que as equipes se concentrem em iniciativas estratégicas. Essa evolução não apenas reduz custos operacionais, mas também eleva os padrões de qualidade e confiabilidade que as organizações podem oferecer aos seus clientes e parceiros.

    No entanto, o potencial transformador da IA na segurança cibernética não se limita ao presente. Ele reside na sua capacidade de antecipar desafios futuros, moldar práticas globais e fomentar uma cultura de inovação responsável. Empresas que adotarem uma abordagem visionária, priorizando a segurança desde o núcleo de suas operações, estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios de um ambiente cibernético em constante evolução, enquanto conquistam a confiança de seus mercados e se posicionam como líderes no cenário global.

    O momento atual exige coragem para enfrentar as incertezas e aproveitar as oportunidades de transformação. A proteção cibernética deixou de ser uma questão técnica para se tornar uma prioridade estratégica e ética. A implementação de IA nessa área não apenas aumenta a segurança, mas também redefine o papel das empresas como agentes de confiança no cenário digital. Com isso, estamos construindo um futuro onde a inovação tecnológica e a segurança caminham lado a lado, proporcionando um ambiente digital mais seguro, resiliente e preparado para os desafios de amanhã.

    Espero que você tenha sido impactado e profundamente motivado pelo artigo. Quero muito te ouvir e conhecer a sua opinião! Me escreva no e-mail: muzy@ainews.net.br

    Até nosso próximo encontro!

    Muzy Jorge, MSc.

    Preparado para desvendar o potencial extraordinário da Inteligência Artificial em sua organização?

    Entre em contato conosco e vamos explorar juntos como podemos ser seu parceiro na jornada de incorporar as tecnologias exponenciais em seus processos e estratégias corporativas, através da capacitação dos seus funcionários, de maneira verdadeiramente eficiente e inovadora.

    Inscreva-se em nossa Newsletter e não perca nenhuma das novidades dos programas de IA da AINEWS!

    Inteligência Artificial em Defesa Cibernética

  • AI da OpenAI será disponibilizada em laboratórios de armas nucleares

    AI da OpenAI será disponibilizada em laboratórios de armas nucleares

    A OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, anunciou que permitirá que laboratórios nacionais dos Estados Unidos utilizem seus modelos de Inteligência Artificial (IA) em projetos ligados a armas nucleares e outras pesquisas científicas avançadas.

    Em parceria com a Microsoft, a OpenAI lançará um modelo de IA para o supercomputador do Laboratório Nacional de Los Alamos, um dos centros mais estratégicos do país na área de segurança nacional. O sistema também será disponibilizado para outros laboratórios governamentais dos EUA.

    Segundo a empresa de Sam Altman, a tecnologia será aplicada para “reduzir o risco de guerra nuclear e garantir a segurança de armas e materiais nucleares”, conforme publicado no blog oficial da OpenAI.

    “Este é o começo de uma nova era, onde a IA impulsionará avanços científicos, fortalecerá a segurança nacional e apoiará iniciativas do governo dos EUA”, declarou a OpenAI no comunicado.

    AI da OpenAI será disponibilizada em laboratórios de armas nucleares

  • Amazon está aumentando investimento em publicidade no X de Elon Musk, diz jornal

    PELOTAS, RS (REVISTA SIMPLES) – A Amazon está aumentando os gastos com publicidade na rede social X (ex-Twitter) de Elon Musk, diz reportagem do jornal Wall Street Journal publicada nesta quinta-feira (30). A informação vai na contramão da tendência de cortes de anúncios na plataforma, inclusive da própria Amazon há cerca de um ano, por causa de preocupações com a disseminação de discurso de ódio na rede.

    Segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela reportagem, a decisão teve envolvimento do CEO da big tech, Andy Jassy. Outra fonte disse à reportagem que a Apple, que também havia retirado investimento publicitário do X, está discutindo novos testes de anúncios.

    O retorno seria um alívio para as finanças da plataforma, que sofreram um golpe duro com a saída de anunciantes.

    Em 2023, houve uma debandada de anúncios de gigantes como Walt Disney, IBM, Paramount, Lionsgate e Apple. Além da falta de moderação da plataforma, declarações do próprio bilionário no mesmo ano incitaram a retirada. À época, Musk endossou uma publicação antissemita em sua conta no X.

    A situação se agravou com um discurso do bilionário, que xingou as empresas que deixaram a plataforma. “Alguém vai tentar me chantagear com publicidade, me chantagear com dinheiro?”, disse em 2023, emendando com um palavrão.

    Em 2024, a plataforma processou a Garm (Global Alliance for Responsible Media), uma coalizão do mercado de publicidade e mídia, por promover o que chamou de “boicote ilegal” à plataforma. Linda Yaccarino, CEO do X, disse que a ação custou bilhões de dólares à plataforma.

    “Nós tentamos a paz por dois anos, agora é guerra”, disse Musk em publicação no X sobre o assunto. O processo foi instaurado depois que o Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA divulgou relatório alegando que a Garm e seus membros “conspiraram” para boicotar a rede social após a aquisição de Musk, limitando a escolha do consumidor, o que seria uma violação das leis antitruste.

    As alegações foram negadas pelo cofundador da Garm, Rob Rakowitz, e outros representantes do setor argumentam que as marcas têm o direito de decidir onde gastar com publicidade.

    Apesar disso, também em 2024, executivos do X pintaram um cenário de retomada da receita publicitária, afirmando que 65% dos anunciantes que tinham se retirado da plataforma no ano anterior estavam retornando. Os representantes admitiram que a rede continuava enfrentando desafios para reconstruir seu negócio de publicidade.

    Compradores de anúncios disseram ao Wall Street Journal que algumas marcas que estão retornando ao X estão fazendo isso em níveis de gastos ainda bem abaixo dos investidos antes de Musk adquirir a empresa em 2022.

    A reportagem do jornal americano ainda afirma que Musk reconheceu em email para funcionários que os desafios financeiros permaneciam. “Nosso crescimento de usuários está estagnado, a receita é pouco impressionante e estamos mal conseguindo empatar”, diz o texto. Musk negou ter enviado tal email.

    O possível retorno da Amazon ao X também pode sinalizar a aproximação de empresas e CEOs de Trump, presidente recém-empossado que tem Musk à frente um comitê de eficiência do governo. Jeff Bezos, da Amazon, Tim Cook, da Apple, Mark Zuckerberg, da Meta, e Sundar Pichai, do Google, estiveram em lugar de honra na cerimônia de posse de Trump.

    Pesquisa do instituto Kantar, no entanto, ainda contraria o otimismo. Segundo o levantamento, 26% dos publicitários no mundo planejam diminuir os seus gastos com marketing no X neste ano. A preocupação dos publicitários é a associação das empresas a conteúdos extremos que estão sendo postados na rede social.

    Amazon está aumentando investimento em publicidade no X de Elon Musk, diz jornal

  • O Gigantesco Impacto Ambiental das IA´s

    Imagem criada por IA

    Infraestrutura Digital para a Mobilidade do Futuro

    O Gigantesco Impacto Ambiental das IA´s – Um Ralo Global de Água e Energia?

    Impactos Energéticos e no Consumo de Água das IAs Generativas:

    A inteligência artificial generativa (IA generativa) tem se tornado um dos campos mais competitivos e inovadores da tecnologia moderna, com os Estados Unidos e a China liderando a corrida. Essas IAs, capazes de gerar texto, imagens, vídeos e até código de programação, estão revolucionando indústrias e transformando a forma como interagimos com a tecnologia. No entanto, essa revolução não vem sem custos. Contudo, a escala global de uso de IAs generativas está gerando impactos significativos no consumo de energia e água, levantando preocupações sobre a sustentabilidade desse crescimento acelerado. O lançamento da IA Deepseek  e logo em seguida da IA generativa da Alibaba, ambos de baixo custo, poderá escalar ainda mais o uso global dessas inteligências baseadas em prompts, agravando a situação, tanto pelo número de usuários quanto pela intensidade de uso. Afinal, quanto é o custo ambiental de cada prompt de imagem, texto ou vídeo executado por você no dia a dia?

     O treinamento e a operação de modelos de IA generativa exigem uma quantidade colossal de energia. Grandes modelos como o GPT-4 são treinados em clusters de servidores que consomem megawatts de energia, equivalentes ao consumo de uma pequena cidade. Além disso, a operação contínua desses modelos, especialmente quando usados em escala global, exige data centers que consomem grandes quantidades de energia e água para resfriamento.

    Data Center Verde
    Internet

    Data Center Verde

     Consumo de Energia e Água por Prompt:

     Estudos indicam que o consumo de energia para executar um único prompt de texto em um modelo como o GPT-4 pode variar de 0,1 a 1 kWh, dependendo da complexidade da solicitação. Para gerar uma imagem usando modelos como o DALL-E, o consumo pode ser ainda maior, variando de 1 a 10 kWh por imagem. Já a geração de vídeos curtos pode consumir de 10 a 100 kWh, dependendo da duração e da qualidade do vídeo. Esses números podem parecer pequenos em escala individual, mas quando multiplicados pelos bilhões de prompts gerados diariamente em todo o mundo, o impacto energético é surreal. Estima-se que o setor de IA generativa possa consumir até 10% da energia global até 2030, se o crescimento atual continuar. Além do consumo de energia, o resfriamento dos data centers que suportam essas IAs generativas consome grandes quantidades de água. Um único data center pode consumir milhões de litros de água por dia para manter os servidores resfriados. Estima-se que o treinamento de um grande modelo de IA generativa possa consumir até 10 milhões de litros de água, equivalente ao consumo anual de uma pequena cidade.

    O consumo de água por prompt também é significativo. Para um prompt de texto, o consumo de água pode variar de 0,1 a 1 litro. Para uma imagem, o consumo pode ser de 1 a 10 litros, e para um vídeo, de 10 a 100 litros. Esses números destacam a necessidade de soluções sustentáveis para o resfriamento de data centers e a operação de IAs generativas.

    Tabuleiro Digital
    Internet

    Tabuleiro Digital

     A Disputa Global entre China e Estados Unidos

     A competição entre China e Estados Unidos no campo da IA generativa é intensa. Ambos os países estão investindo bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, buscando dominar essa tecnologia estratégica. Empresas americanas como OpenAI, Google e Microsoft estão na vanguarda, com modelos como GPT-4, DALL-E e Bard. Do lado chinês, empresas como DeepSeek, Baidu, Tencent e Alibaba estão desenvolvendo suas próprias IAs generativas, como o Janus Pró, Ernie Bot e o Tongyi Qianwen. Essa disputa não é apenas tecnológica, mas também geopolítica. A IA generativa tem o potencial de influenciar setores críticos como defesa, saúde, educação e entretenimento, tornando-se uma peça-chave na competição global por influência e poder.

    Startup oferece irrigação inteligente para agricultores familiares
    Lauro Lam

    Startup oferece irrigação inteligente para agricultores familiares

    Alternativas para a Geração de Energia

    Diante desses desafios, as grandes empresas de tecnologia estão investindo pesadamente em alternativas para a geração de energia que sejam mais sustentáveis e eficientes. As principais apostas incluem:

    1. Energia Solar e Eólica: Empresas como Google e Microsoft estão investindo em parques solares e eólicos para alimentar seus data centers. A Amazon, por exemplo, anunciou planos para alimentar todas as suas operações com energia renovável até 2025. Estima-se que os investimentos em energia solar e eólica para data centers ultrapassem US$ 50 bilhões até 2030.

    2. Energia Nuclear: A energia nuclear está ganhando atenção como uma fonte de energia limpa e confiável para data centers. Empresas como Microsoft e Google estão explorando a possibilidade de usar pequenos reatores nucleares modulares (SMRs) para alimentar seus data centers. Investimentos nessa área podem chegar a US$ 20 bilhões até 2030.

    3. Armazenamento de Energia: O desenvolvimento de tecnologias avançadas de armazenamento de energia, como baterias de íons de lítio e hidrogênio verde, é crucial para garantir um fornecimento estável de energia renovável. Empresas como Tesla e Siemens estão liderando esses esforços, com investimentos previstos de US$ 30 bilhões até 2030.

    4.  Resfriamento Sustentável: Para reduzir o consumo de água, as empresas estão investindo em tecnologias de resfriamento mais eficientes, como resfriamento a ar e resfriamento líquido com sistemas fechados. A Microsoft, por exemplo, está testando data centers subaquáticos que usam a água do mar para resfriamento, reduzindo significativamente o consumo de água doce.

    Adeus! Microsoft desativa seu último data center submerso
    Daniel Trefilio

    Adeus! Microsoft desativa seu último data center submerso

    Investimentos em Infraestrutura

     A construção de data centers sustentáveis é uma prioridade para as grandes empresas de tecnologia. Estima-se que os investimentos globais em data centers sustentáveis ultrapassem US$ 200 bilhões até 2030. Esses investimentos incluem a construção de novos data centers alimentados por energia renovável, a modernização de instalações existentes e o desenvolvimento de tecnologias de resfriamento mais eficientes.

     Além disso, as empresas estão investindo em pesquisa e desenvolvimento para criar modelos de IA mais eficientes em termos de energia. Técnicas como o “aprendizado federado” e a “quantização” estão sendo exploradas para reduzir o consumo de energia durante o treinamento e a operação de modelos de IA generativa.

    Esse cenário sugere que a humanidade está diante de um desafio imenso que exige uma colaboração global e um compromisso com a sustentabilidade como nunca. À medida que a IA generativa continua a evoluir, é crucial que os impactos ambientais sejam considerados em todas as etapas do desenvolvimento e implementação. Somente assim poderemos garantir que os benefícios da IA generativa sejam alcançados sem comprometer o futuro do nosso planeta.

     Namastech!

    Gilberto Lima Junior é Palestrante Internacional, Membro do Conselho de Empresas e Organizações, Futurista e Humanista Digital. Contato para demandas Corporativas, podem ser tratadas nos perfis:

    Linkedin: Gilberto Lima Junior

    Demais Redes: @gilbertonamastech

    O Gigantesco Impacto Ambiental das IA´s

  • Os anéis de Saturno estão desaparecendo em 2025?

    Os anéis de Saturno estão desaparecendo em 2025?

    (REVISTA SIMPLES) – E se te dissessem que você não conseguirá mais ver os fantásticos anéis de Saturno em 2025, porque eles vão desaparecer? Está aí uma informação que poderia causar algum grau de ansiedade galáctica, mesmo que você nunca olhe para o céu em busca de astros. A boa notícia é que o tal desaparecimento não passa de um problema dos e para os observadores -nós.

    Basicamente, devido à posição de Saturno em relação à Terra, em boa parte deste ano não será possível para os terráqueos ver os anéis do gigante gasoso.

    “Por causa da inclinação do eixo de Saturno e sua posição relativa à Terra, a gente vê os anéis ‘bamboleando’ ao longo do tempo, passando de totalmente exposto para visão de perfil [na qual não conseguimos vê-los], diz Cássio Barbosa, astrônomo do departamento de física da FEI. “Pior época para observar Saturno”, afirma o astrônomo sobre 2025.

    Ou seja, não passa de uma questão de perspectiva, afirma Marcelo de Cicco, do Observatório Nacional.

    A partir de março deste ano os anéis já não estarão visíveis aos olhos humanos, segundo De Cicco. “Vai ficar uma linhazinha tênue”, diz o pesquisador do Observatório Nacional.

    O efeito visual de desaparecimento ocorre a cada cerca de 13 a 15 anos, diz De Cicco.

    “À medida que a órbita da Terra vai se desenvolvendo e também a de Saturno, por causa de uma diferença de inclinação de nossas órbitas, começamos a ver novamente os anéis, porque a gente ou vai subindo em relação a Saturno ou vai descendo em relação a Saturno”, diz o pesquisador do Observatório Nacional.

    Segundo um artigo publicado em 2023 no site The Conversation, pelo professor de astrofísica Jonti Horner, da Universidade do Sul de Queensland, em 2009 foi a última vez em que o “desaparecimento” ocorreu.

    Horner aponta que, nos meses seguintes a março de 2025, os anéis voltarão a ficar visíveis para grandes telescópios, mas, em novembro, não poderão mais ser vistos. Com o passar dos meses, retornarão a ser identificáveis.

    Segundo Barbosa, um “desaparecimento” -lembrando, aos olhos do observador- semelhante deve ocorrer com Urano. “Mas como os anéis foram descobertos em 1977 e o período orbital do planeta é de 84 anos, ainda não conseguimos registrar o efeito em toda a sua extensão.

    MAIS SOBRE SATURNO

    Saturno, o gigante gasoso, composto principalmente de hidrogênio e hélio, demora cerca de 30 anos terrestres para completar uma órbita em relação ao Sol. Ou seja, um ano de Saturno equivale a 30 daqui.

    Segundo a Nasa, por metade de um ano de Saturno, o planeta parece se inclinar em direção ao Sol, o que acaba por iluminar o topo dos seus anéis.

    Por sinal, os anéis se espalham por 282 mil quilômetros a partir de Saturno. Apesar disso, os principais possuem uma espessura de somente cerca de dez metros.

    Por sinal, chamamos de “anéis de Saturno” porque, obviamente, estamos falando de mais de um. Compostos de gelo, pedras e poeira, eles estão relativamente próximos uns dos outros, exceto pela divisão de Cassini, com 4.700 km entre os aneis A e B.

    Os principais anéis são o A, B e o C. Os D, E, F e G são mais sutis e foram descobertos mais recentemente.

    A partir de Saturno, a ordem dos anéis é: D; C; B; divisão de Cassini; A; F; G; e E. Vale mencionar que outros planetas do Sistema Solar também possuem anéis, porém, mais tênues e difíceis de serem vistos.

    Os anéis do gigante têm alto poder reflexivo -daí eles serem tão brilhantes-, apesar de serem constantemente bombardeados por micrometeoritos, o que deveria ofuscar o brilho.

    Como os anéis não deixam que seu brilho seja ofuscado, pesquisadores imaginavam que eles fossem jovens. Mas uma pesquisa recente apontou para a possibilidade de anéis de uma resistência dos anéis à contaminação.

    Em linhas gerais, a colisão entre micrometeoritos e o gelo e rochas que formam os anéis gera energia para vaporizar tanto o micrometeorito quanto parte de seu alvo. As partículas geradas na colisão, em seguida, seriam expulsas pela ação do campo magnético de Saturno e, dessa forma, evitariam a contaminação dos anéis. Assim, eles mantêm o brilho.

    Os anéis de Saturno estão desaparecendo em 2025?

  • Meta vai pagar R$ 150 mi a Trump por suspender contas após 6 de janeiro

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A Meta, dona do Facebook, do WhatsApp e do Instagram, concordou em pagar a Donald Trump uma multa de US$ 25 milhões, ou cerca de R$ 150 milhões, para encerrar um processo movido pelo presidente dos Estados Unidos contra a empresa.

    Trump questionava na Justiça a decisão da Meta de suspender suas contas nas redes sociais da empresa depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 tentando reverter o resultado da eleição de 2020.

    O jornal The Wall Street Journal foi o primeiro a relatar a multa, confirmada em seguida por outros veículos da imprensa americana nesta quarta-feira (29).

    O dono da Meta é Mark Zuckerberg, bilionário da tecnologia que vem se aproximando de Trump desde sua vitória nas eleições em novembro passado.

    No último dia 7, Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos da empresa em uma tentativa de agradar o presidente dos EUA, e nesta quarta a imprensa relatou que o bilionário procura comprar uma casa em Washington para estar ainda mais próximo do novo governo.

    De acordo com o Wall Street Journal, a maior parte do valor pago pela Meta a Trump, US$ 22 milhões, será destinado à sua biblioteca presidencial, com o restante destinado para pagar os custos do processo.

    Logo depois da invasão do Capitólio, a empresa de Zuckerberg suspendeu as contas de Trump no Facebook e Instagram, dizendo que ele as utilizava para espalhar a mentira de que a eleição na qual foi derrotado por Joe Biden havia sido fraudada.

    Na época, Zuckerberg disse ter tomado a decisão por acreditar que “os riscos de permitir que o presidente continue a usar nosso serviço neste momento são grandes demais”.

    Meta vai pagar R$ 150 mi a Trump por suspender contas após 6 de janeiro

  • México vai questionar Google sobre renomeação do Golfo do México

    A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que irá questionar a gigante tecnológica Google sobre a recente renomeação do Golfo do México como “Golfo da América” nos mapas dos Estados Unidos, em conformidade com uma ordem assinada pelo presidente Donald Trump.

    Durante sua coletiva matinal, Sheinbaum argumentou que o decreto de Trump se aplica apenas à plataforma continental sob jurisdição norte-americana, não às águas internacionais. “Vamos enviar uma carta à Google, primeiro para perguntar se a empresa compreende essa distinção internacional e se reconhece qual é a organização responsável pela nomeação dos mares internacionais”, declarou.

    A governante ironizou a decisão e sugeriu que, seguindo essa lógica, poderia solicitar que os Estados Unidos passassem a ser chamados de “América Mexicana”, relembrando que mapas do século XVII utilizavam essa terminologia para a região que hoje compreende os EUA e o Canadá.

    Na terça-feira, a Google anunciou na rede social X que a mudança reflete o atual nome oficial da área conforme estabelecido por Washington. No entanto, Sheinbaum destacou que a nomenclatura de um mar internacional não pode ser alterada unilateralmente por um único país, reforçando que a questão deve ser tratada por uma organização internacional competente.

    “Amanhã [quinta-feira], vamos divulgar a carta que estamos enviando hoje, porque é fundamental esclarecer os fatos e garantir que as publicações estejam no devido contexto”, afirmou a presidente.

    Sheinbaum também citou uma reportagem do jornal britânico The Telegraph, que afirmou que o Reino Unido não reconhecerá a nova denominação imposta por Trump. “Não pode ser apenas uma definição unilateral de um país. Um governo tem jurisdição sobre seu território, mas não sobre águas internacionais”, concluiu.

    México vai questionar Google sobre renomeação do Golfo do México

  • Inteligência Artificial e o Futuro Sustentável

    Inteligência Artificial e o Futuro Sustentável

    Mariane Takahashi

    Esse avanço se traduz em um bem-estar real e duradouro para a sociedade e o planeta

    A  Inteligência Artificial (IA) não é apenas o ápice de um desenvolvimento tecnológico sem precedentes; ela também redefine o que imaginamos possível para o futuro da sociedade e da economia. Em um mundo onde inovação e avanço científico aceleram diariamente, a IA desponta como uma das principais forças capazes de transformar setores inteiros e impactar nossas vidas de maneira profunda. Contudo, à medida que esta tecnologia se torna mais sofisticada e integrada ao nosso cotidiano, é imperativo que também adotemos uma postura cautelosa e consciente, entendendo que o impacto positivo da IA deve ser equilibrado com a responsabilidade ambiental e social. Se queremos que a IA construa um futuro promissor e sustentável, é necessário avançarmos com uma perspectiva que respeite e proteja os recursos naturais, assegurando um desenvolvimento que se alinhe aos interesses coletivos e preserve o planeta.

    Ao observarmos o papel da IA nas indústrias, percebemos que sua aplicação não está limitada a funções específicas: ela revoluciona desde processos produtivos até a criação de soluções para problemas complexos, como mudanças climáticas, monitoramento ambiental e otimização de recursos. Entretanto, a mesma potência que a IA possui para resolver desafios também carrega um custo significativo. A infraestrutura computacional requerida para desenvolver e executar modelos de IA gera uma demanda energética intensa, que se traduz em uma pegada ambiental considerável. Se essa transformação tecnológica não for guiada por diretrizes sustentáveis, corremos o risco de comprometer a saúde do ecossistema global. Neste contexto, é fundamental que tanto o setor público quanto o privado implementem medidas rigorosas para reduzir o impacto ambiental da IA e buscar um equilíbrio entre inovação e preservação.

    Esse equilíbrio, porém, exige mais do que uma redução superficial de consumo energético; ele demanda uma reestruturação consciente das práticas e uma visão estratégica que priorize a eficiência e a utilização de fontes renováveis. Quando empresas e desenvolvedores de IA optam por tecnologias mais eficientes, como algoritmos otimizados e hardwares que consomem menos energia, criam um caminho de progresso que minimiza os danos ao meio ambiente. Além disso, essa abordagem favorece a adoção de práticas conscientes de governança, que impulsionam o setor de tecnologia a estabelecer novas diretrizes para o uso ético e sustentável da IA. Tal governança não se limita ao impacto imediato, mas visa assegurar que as escolhas de hoje protejam as possibilidades de amanhã, preservando um ecossistema equilibrado e uma sociedade que usufrui da tecnologia sem esgotar os recursos naturais.

    Ao propormos uma estrutura de governança que alinhe os avanços da IA com uma visão sustentável, reconhecemos a importância de proteger tanto o ambiente quanto a autonomia cognitiva humana. A ideia de que a tecnologia deve coexistir com a natureza e valorizar o espaço para o pensamento humano é essencial para evitar que o progresso desmedido ameace o nosso equilíbrio ético e ambiental. Modelos como o A-Frame representam uma base estruturada para essa governança, integrando princípios de responsabilidade e consciência ecológica em cada etapa do desenvolvimento tecnológico. O compromisso com uma IA ética, que considera não apenas os resultados imediatos mas também os efeitos de longo prazo, fortalece o papel da tecnologia como um motor de transformação positiva. Dessa forma, a IA não só acompanha as necessidades do presente, mas constrói as bases de um futuro onde a inovação respeita a essência humana e a vitalidade do planeta.

    Inteligência Artificial será regulamentada no Brasil
    FreePik

    Inteligência Artificial será regulamentada no Brasil

    Para isso, é indispensável que o setor de tecnologia trabalhe junto às comunidades, governos e instituições, criando uma cultura de responsabilidade compartilhada. Cada passo rumo ao desenvolvimento sustentável da IA depende de um esforço conjunto, onde todos os envolvidos se comprometem a tomar decisões fundamentadas e informadas, que promovam o bem-estar coletivo e o cuidado com o meio ambiente. Ao construirmos esse compromisso, transformamos a IA em uma força que não apenas atende às demandas tecnológicas, mas que também inspira uma nova visão de mundo, onde progresso e sustentabilidade coexistem em perfeita harmonia. Este é o momento de reimaginar o papel da IA e traçar um caminho que reflete a verdadeira inovação: aquela que respeita, protege e enriquece o futuro de todos nós.

    A Pegada Ambiental da IA: Reconhecendo o Peso da Transformação

    O uso intensivo de recursos naturais e energéticos para sustentar a IA é uma realidade que precisa de atenção. A criação e o treinamento de modelos de IA requerem uma infraestrutura de processamento robusta, com servidores que operam continuamente, consumindo eletricidade em larga escala. Somente grandes centros de dados de empresas líderes, como Google e Microsoft, processam exabytes de dados diariamente, com uma pegada de carbono proporcionalmente elevada. Essa operação massiva acarreta custos ambientais indiretos e diretos, desde o consumo de água para resfriamento de data centers até as emissões de CO₂ geradas por esses sistemas. Ao quantificar e reconhecer essa pegada, abrimos espaço para estratégias que busquem minimizar o impacto ambiental e transformem a IA em uma aliada da sustentabilidade.

    Eficiência Energética: O Alicerce para um Crescimento Sustentável

    Reduzir o consumo energético dos sistemas de IA não é apenas uma opção desejável, mas uma necessidade imperativa. Inovar em eficiência energética significa desenvolver algoritmos que exijam menos poder de processamento, além de criar infraestruturas computacionais mais avançadas e otimizadas para consumir menos energia. Isso inclui desde processadores específicos para IA que operam com baixo consumo até o uso de sistemas de resfriamento ecológicos e o investimento em fontes de energia renovável para alimentar data centers. Empresas de tecnologia que lideram iniciativas para reduzir o impacto ambiental, como a adoção de energias eólica e solar em suas operações, apontam um caminho a ser seguido. Este compromisso com a eficiência não apenas fortalece a sustentabilidade, mas assegura que o avanço tecnológico esteja alinhado a uma gestão mais consciente dos recursos naturais.

    Estabelecimento de Padrões Globais: Uma Necessidade para a IA Sustentável

    O crescimento responsável da IA exige uma estrutura global de regulamentações que priorize a sustentabilidade e o uso ético de recursos. Essa visão busca criar um ambiente onde as inovações em IA atendam a critérios ambientais rigorosos, com padrões globais que incentivem o desenvolvimento de soluções de baixo impacto. Tais padrões poderiam incluir desde métricas para medir o consumo energético até certificações para empresas que seguem práticas ecológicas. Além disso, ao criar selos de sustentabilidade, tornamos possível que consumidores e investidores priorizem empresas comprometidas com práticas ambientalmente responsáveis, incentivando uma competição saudável em prol de um futuro mais sustentável. Essas regulamentações permitem que a IA evolua dentro de limites éticos e ambientais, promovendo uma cultura de transparência e responsabilidade em cada etapa do desenvolvimento.

    O A-Frame: Equilibrando Progresso com Responsabilidade Ambiental e Social

    O A-Frame representa um modelo de governança que se coloca como um marco na administração responsável da IA. A proposta é clara: equilibrar a expansão tecnológica com a necessidade de reduzir a pegada ambiental e manter a integridade da autonomia cognitiva humana. Esse modelo foca em promover a sustentabilidade enquanto preserva o respeito pela capacidade humana de julgamento e tomada de decisão ética, que a IA jamais deve substituir ou suprimir. Incorporar o A-Frame no desenvolvimento e na aplicação da IA significa não apenas alcançar novos patamares de inovação, mas garantir que essas conquistas respeitem o ambiente e a sociedade. Essa visão transformadora coloca o A-Frame como uma diretriz que norteia empresas e organizações em sua jornada de inovação, integrando desenvolvimento tecnológico e responsabilidade ambiental em cada passo.

    Protegendo a Autonomia Humana e Cultivando uma Consciência Ambiental Coletiva

    Uma aplicação responsável da IA vai além do simples desenvolvimento técnico; ela demanda que preservemos a autonomia cognitiva das pessoas e promovamos uma conscientização ambiental. Com o crescimento da IA, existe o risco de que as decisões e os julgamentos éticos humanos sejam, em parte, substituídos por sistemas automatizados. Para evitar que a IA ultrapasse seus limites, é essencial promover o uso ético e preservar o espaço para a autonomia humana, permitindo que a tecnologia seja uma aliada e não uma substituta. Ao mesmo tempo, a educação sobre o impacto ambiental da IA é um passo essencial para cultivar uma cultura de responsabilidade coletiva, onde a inovação anda de mãos dadas com o respeito pelo planeta. Desenvolver a IA em harmonia com os princípios éticos e ambientais reflete uma visão de longo prazo que valoriza tanto o avanço quanto a preservação do nosso ecossistema.

    Considerações Finais

    À medida que avançamos na era da Inteligência Artificial, a necessidade de um compromisso sólido com a sustentabilidade se torna cada vez mais premente. Esta não é uma tarefa que se realiza por meio de ações isoladas; é uma jornada que envolve uma transformação profunda na forma como concebemos, desenvolvemos e aplicamos a tecnologia. A IA, com seu vasto potencial de transformação, nos desafia a adotar uma perspectiva que vá além da inovação pura e simples, integrando a responsabilidade ambiental e a ética em cada etapa do seu ciclo de vida. Se almejamos que a IA contribua para um futuro verdadeiramente sustentável, precisamos reavaliar continuamente as práticas do setor, buscando sempre o equilíbrio entre progresso tecnológico e preservação dos recursos que sustentam a vida no planeta.

    A construção de um futuro mais sustentável com IA exige também uma colaboração efetiva entre governos, setor privado, academia e sociedade civil. Cada ator nesse ecossistema possui um papel fundamental na criação de um ambiente que promova o uso responsável da tecnologia. O engajamento coletivo na formulação de políticas públicas, o incentivo à pesquisa em fontes renováveis de energia e o desenvolvimento de tecnologias de baixo consumo são estratégias que têm o poder de moldar positivamente o impacto da IA em escala global. Quando esses esforços se alinham a uma visão compartilhada de preservação ambiental, abrimos espaço para um progresso consciente, onde as conquistas tecnológicas respeitam as necessidades do planeta e o direito das gerações futuras de usufruir de um mundo equilibrado.

    Neste contexto, a governança torna-se uma peça-chave. Mais do que diretrizes técnicas, governança responsável implica um compromisso com princípios éticos e sustentáveis que orientem o uso da IA em benefício de toda a sociedade. Uma estrutura de governança robusta não só protege o ambiente, mas preserva o espaço para o discernimento humano e a autonomia, assegurando que a IA permaneça como uma ferramenta que apoia nossas capacidades e não as substitua. Esse equilíbrio entre tecnologia e humanidade é crucial para que o impacto da IA seja positivo em longo prazo, preservando nossa integridade ética e os valores fundamentais que guiam uma sociedade saudável.

    O compromisso com a sustentabilidade em IA vai além de um ideal; ele se torna uma prática constante de adaptação e aprendizado. A tecnologia evolui rapidamente, e com ela a necessidade de rever processos, implementar melhorias e buscar inovações que minimizem o consumo de recursos. Quando adotamos uma postura de aprendizado contínuo, onde cada nova descoberta impulsiona a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis, estamos não apenas respondendo às demandas atuais, mas nos antecipando às necessidades futuras. Esse espírito de inovação responsável é o que garantirá que a IA continue a ser uma aliada na construção de um planeta resiliente e capaz de enfrentar os desafios ambientais e sociais que temos pela frente.

    Ao final, o verdadeiro impacto da IA será medido não apenas por sua capacidade de inovar, mas pela forma como esse avanço se traduz em um bem-estar real e duradouro para a sociedade e o planeta. Esse é o legado que podemos escolher construir: uma era em que a tecnologia avança lado a lado com a preservação do meio ambiente, onde cada escolha e cada progresso são feitos com a consciência de que estamos moldando um mundo onde a inteligência artificial, o ambiente e a humanidade coexistem em harmonia. A jornada para um futuro sustentável com IA não é apenas uma escolha estratégica; é uma responsabilidade compartilhada que define o que queremos para as próximas gerações, estabelecendo um padrão de progresso que honre a vida em todas as suas formas.

    Espero que você tenha sido impactado e profundamente motivado pelo artigo. Quero muito te ouvir e conhecer a sua opinião! Me escreva no e-mail: muzy@ainews.net.br

    Até nosso próximo encontro!

    Muzy Jorge, MSc.

    Preparado para desvendar o potencial extraordinário da Inteligência Artificial em sua organização?

    Entre em contato conosco e vamos explorar juntos como podemos ser seu parceiro na jornada de incorporar as tecnologias exponenciais em seus processos e estratégias corporativas, através da capacitação dos seus funcionários, de maneira verdadeiramente eficiente e inovadora.

    Inscreva-se em nossa Newsletter e não perca nenhuma das novidades dos programas de IA da AINEWS!

    Inteligência Artificial e o Futuro Sustentável

  • Estudo indica que Marte manteve calor e água líquida por bilhões de anos

    Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Harvard revelou os mecanismos químicos que permitiram que Marte, em seus primórdios, mantivesse calor suficiente para sustentar a presença de água líquida — e, possivelmente, condições favoráveis à vida.

    Embora hoje seja um planeta frio e seco, há bilhões de anos, Marte abrigava rios e lagos. Essa transformação climática tem intrigado cientistas há décadas. “Tem sido um verdadeiro mistério como Marte conseguiu manter água líquida, já que está mais distante do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco naquela época”, explicou Danica Adams, pesquisadora da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson, em Harvard, e principal autora do estudo publicado na revista Nature Geoscience.

    Uma teoria anterior sugeria que o hidrogênio atmosférico teria sido um fator crucial para aquecer Marte, ao interagir com o dióxido de carbono na atmosfera e desencadear um efeito estufa. No entanto, como o hidrogênio tem um tempo de vida curto na atmosfera, os pesquisadores precisavam entender melhor esse fenômeno.

    Adams e sua equipe, liderada pelo professor Robin Wordsworth, usaram modelagem fotoquímica — um método semelhante ao empregado atualmente para rastrear poluentes atmosféricos — para investigar a relação entre o hidrogênio e a atmosfera primitiva de Marte.

    “Marte é um mundo perdido, mas podemos reconstruí-lo em detalhes se fizermos as perguntas certas”, destacou Wordsworth.

    Os cientistas adaptaram um modelo chamado CINETICA para simular como a interação entre hidrogênio e outros gases influenciou o clima do planeta. O estudo apontou que, entre 4 e 3 bilhões de anos atrás, Marte passou por períodos intermitentes de aquecimento, que duraram cerca de 100 mil anos cada, ao longo de um ciclo de aproximadamente 40 milhões de anos. Essas flutuações são consistentes com as formações geológicas observadas atualmente no planeta.

    Alternância entre períodos quentes e frios

    Segundo os pesquisadores, os períodos mais quentes foram impulsionados pelo processo de hidratação da crosta marciana — uma perda de água do solo que liberava hidrogênio suficiente para se acumular na atmosfera por milhões de anos.

    “Identificamos a escala de tempo dessas mudanças e reunimos todas as variáveis no mesmo modelo fotoquímico”, acrescentou Adams.

    Os resultados oferecem novas perspectivas sobre as condições que podem ter favorecido reações químicas prebióticas — fundamentais para o surgimento da vida como conhecemos. No entanto, também apontam para desafios na manutenção dessas condições durante os períodos mais frios e oxidativos.

    Agora, os cientistas planejam buscar evidências dessas oscilações atmosféricas utilizando modelos químicos isotópicos e comparando os dados com amostras de rochas que serão trazidas pela futura missão Mars Sample Return da NASA.

    Diferente da Terra, Marte não possui placas tectônicas, o que significa que sua superfície visível hoje é praticamente a mesma de bilhões de anos atrás.

    Estudo indica que Marte manteve calor e água líquida por bilhões de anos

  • Três perguntas – e respostas – sobre o DeepSeek

    Conheça mais sobre a inteligência artificial do momentoReprodução/Shutterstock

    Depois de desbancar o ChatGPT em número de downloads, o DeepSeek escancarou a competição tecnológica atual nesse segmento, que por enquanto deve girar em torno das duas potências mundiais: Estados Unidos e China.

    É o que explica o novo colunista em Tecnologia do iG, Arthur Igreja.

    Arthur Igreja, novo colunista do portal iGArthur Igreja

    Veja em 3 tópicos a avaliação do especialista sobre a novidade que está mexendo com o mundo da inovação. Começando pelo o que um difere do outro.

    1 – Quais os principais diferenciais entre Deepseek e ChatGPT?

    O principal diferencial é que o Deepseek é um modelo de código aberto, um open source. A tecnologia da OpenAI é proprietária, fechada. O destaque do Deepseek é, principalmente, a estratégia de aprendizado. O que o Deepseek conseguiu fazer foi treinar o seu modelo com uma fração dos recursos, menos de US$ 6 milhões, enquanto a OpenAI gastou mais de US$ 100 milhões. A performance do Deepseek em vários comparativos diretos é superior. O que ocorre é que eles usam chips considerados defasados da NVIDIA. Por uma questão de proibição, a NVIDIA não pode vender para a China a sua última geração de chips, de placas. Então, isso só aumenta o feito, porque eles usaram uma tecnologia antiga e conseguiram uma performance muito maior e a um custo mais baixo.

    2 – Quão distante dos outros países estão China e EUA no mercado de tecnologia e IA?

    Anos luz, absurdamente. Esses são os dois países líderes com muita folga. Os demais países são usuários da tecnologia da China e dos Estados Unidos. Basta ver isso em número de pesquisadores, de patentes depositadas, investimentos. As bigtechs em ambos os países estão à frente.

    3 – Não existe uma “terceira força” no mundo que já está ou pode entrar nesse mercado? A Rússia, por exemplo, também desenvolveu uma IA.

    Grande parte dos países desenvolvidos ou em desenvolvimento fazem, sim, investimentos em IA, mas não existe uma terceira força, não é comparável. Temos, claro, cases interessantes, inclusive no Brasil, em vários países, mas são pontuais, são em quantidade, alcance e relevância imensamente menor.

    O que aconteceu

    O assistente de IA do DeepSeek ultrapassou o ChatGPT como o aplicativo mais bem avaliado na App Store dos Estados Unidos. O modelo de IA, o DeepSeek-R1, tenta desbancar líderes do mercado nesse segmento, como OpenAI e Meta.

    Em 2023, na China, a DeepSeek começou como um braço de pesquisa da High-Flyer , um fundo quantitativo de US$ 8 bilhões, até se tornar uma das startups de IA mais comentadas no mundo. Sua missão inicial era desenvolver modelos de IA eficientes com foco em pesquisa fundamental, em vez de buscar lucro imediato.

    O jornal New York Times publicou um artigo nesta quarta-feira (29) em que fala sobre as pretensões mais voltadas para a pesquisa por parte da Deep Seek, bem como um perfil do seu fundador.

    Três perguntas – e respostas – sobre o DeepSeek