Categoria: Tech

  • Construindo Valor com IA Generativa

    FreePik

    A Inteligência Artifical Generativa tem o desafio de transforma seu potencial em valor real e sustentável

    A Inteligência Artificial Generativa (IAG) conquistou os holofotes globais com suas promessas de transformação radical em praticamente todos os setores. Seu potencial de criação vai desde a geração de conteúdo inédito até a personalização em larga escala, oferecendo soluções que parecem saídas de um roteiro futurista.

    No entanto, por trás do brilho que cativa empresas e líderes, emerge uma realidade mais complexa e, muitas vezes, desafiadora: transformar esse potencial em valor real e sustentável é uma tarefa que exige mais do que entusiasmo.

    Para muitas organizações, o encanto inicial dá lugar a uma série de questionamentos práticos e estratégicos que precisam ser resolvidos antes de qualquer promessa se concretizar. 

    Em um cenário onde a acessibilidade da tecnologia facilita a experimentação, muitas empresas acabam presas em ciclos intermináveis de pilotos, sem conseguir alcançar resultados escaláveis e integrados. Esse fenômeno, conhecido como “morte por mil pilotos”, reflete a ausência de uma estratégia clara que conecte inovação a impacto de negócios.

    Para transformar o hype em resultados palpáveis, é essencial que as organizações entendam onde começar, como alinhar seus esforços à estratégia corporativa e, principalmente, como estruturar uma jornada que permita à IAG transcender o entusiasmo inicial e se consolidar como um motor de crescimento sustentável.

    Essa transformação, no entanto, vai muito além de implementar ferramentas ou iniciar projetos piloto. Ela exige uma revisão profunda na forma como os dados são tratados, nos modelos operacionais e, sobretudo, no papel das pessoas nesse processo.

    Afinal, a tecnologia, por mais poderosa que seja, só alcança seu pleno potencial quando conectada a uma visão estratégica centrada no avanço humano. Nesse contexto, as perguntas mais importantes não giram apenas em torno do “como fazer”, mas do “como fazer valer a pena” – como atrair talentos preparados para lidar com a IAG, como sequenciar os esforços de implementação sem comprometer os sistemas principais e como construir uma base sólida de dados que viabilize a inovação de forma contínua.

    À medida que as organizações enfrentam esses desafios, torna-se evidente que o sucesso com a IAG não é apenas uma questão técnica, mas também cultural e estrutural. É sobre como criar ambientes que não apenas tolerem, mas promovam a experimentação estratégica, permitindo que as inovações se conectem e se expandam de forma coesa.

    O futuro pertence às empresas que conseguem alinhar suas ambições tecnológicas a uma execução disciplinada, traduzindo a promessa da IAG em um impacto significativo e escalável.

    Essa jornada exige coragem, planejamento e, acima de tudo, um compromisso com a transformação real, que ultrapasse o brilho do hype para alcançar o verdadeiro valor da inovação.

    O hype que seduz, mas não sustenta

    A verdadeira transformação com a Inteligência Artificial Generativa (IAG) começa com escolhas estratégicas
    FreePik

    A verdadeira transformação com a Inteligência Artificial Generativa (IAG) começa com escolhas estratégicas

    A IAG encanta pela simplicidade de sua aplicação inicial. Empresas de todos os tamanhos podem iniciar pilotos com facilidade, utilizando ferramentas acessíveis e de alto desempenho.

    Contudo, essa mesma acessibilidade pode levar a uma armadilha: um foco excessivo em experimentos desconexos, sem alinhamento estratégico ou visão clara de escala. O resultado? Recursos dispersos, frustração e um retorno aquém do esperado.

    A verdadeira transformação com IAG começa com escolhas estratégicas. Em vez de abraçar a tecnologia de maneira difusa, as organizações precisam identificar áreas onde a IAG pode gerar impacto imediato no resultado final, como processos que otimizam custos, aumentam receitas ou melhoram significativamente a experiência do cliente. Este foco inicial cria uma base sólida para expandir gradualmente a tecnologia para outras partes da organização.

    Estratégias para escalar a IAG: de pilotos a impacto sistêmico 

    Escalar a IAG vai além de implementar ferramentas em diferentes departamentos. Trata-se de construir uma arquitetura de negócios que permita que a inovação se espalhe de maneira orgânica e estruturada.

    Para isso, as empresas precisam adotar uma abordagem por fases, priorizando projetos que ofereçam impacto mensurável no curto prazo, enquanto criam as condições para iniciativas mais ambiciosas.

    Outro fator essencial é a integração da IAG com os sistemas centrais. Muitas organizações se perguntam: “Devo reformular meus sistemas principais agora ou esperar?”. A resposta depende de sua maturidade digital e da capacidade de sequenciar mudanças sem comprometer a operação. A chave é criar um roadmap claro que equilibre inovação e continuidade operacional.

    Adicionalmente, a governança de dados desempenha um papel crucial. A IAG só é tão boa quanto os dados que utiliza, o que torna indispensável estabelecer processos robustos para coleta, armazenamento e análise de informações. Tornar os dados acessíveis e utilizáveis é um pré-requisito para que a IAG entregue valor de forma consistente.

    A nova fronteira: avanço humano e operacional

    Embora a tecnologia esteja no centro da IAG, o sucesso de sua implementação depende das pessoas. O conceito de “avanço humano” ganha relevância à medida que as organizações reconhecem a necessidade de capacitar seus colaboradores para trabalhar em harmonia com a IA. Isso inclui desde a atração e retenção de talentos especializados até o redesenho de fluxos de trabalho para maximizar a produtividade humana e tecnológica.

    Os líderes empresariais devem pensar estrategicamente sobre o futuro do trabalho, priorizando uma estrutura que integre a IAG de forma fluida em suas operações.

    Isso envolve o desenvolvimento de equipes ágeis, treinadas para identificar oportunidades de inovação e colaborar de forma eficaz em um ambiente digitalmente avançado. Empresas que adotam essa abordagem são aquelas que, de fato, lideram a transformação em seus setores.

    Construindo organizações escaláveis

    O futuro da IAG não está em soluções isoladas, mas em modelos operacionais baseados em plataformas. Essa transição exige um foco renovado em como as organizações estruturam seus processos e desenvolvem suas capacidades internas. A próxima década será marcada pela capacidade de criar ecossistemas digitais que permitam a inovação em escala.

    Modelos operacionais de plataforma promovem agilidade e coerência, permitindo que diferentes equipes colaborem em projetos com impacto amplo. Por exemplo, enquanto um departamento utiliza a IAG para criar conteúdos personalizados, outro pode estar focado em análise preditiva para melhorar a tomada de decisões. Essa sinergia é essencial para que a inovação deixe de ser pontual e se torne um pilar estratégico.

    Além disso, empresas que investem em uma visão integrada da transformação digital estão melhor posicionadas para enfrentar os desafios futuros. Isso significa que, em vez de ver a IAG como um projeto tecnológico, elas a reconhecem como parte de um esforço maior de evolução organizacional, abrangendo cultura, estratégia e execução.

    Considerações Finais

    A jornada para extrair valor significativo da Inteligência Artificial Generativa (IAG) é tão desafiadora quanto promissora. À medida que as empresas avançam nesse caminho, fica evidente que o sucesso não está apenas na implementação de novas tecnologias, mas na capacidade de integrá-las de forma estratégica e humana.

    A IAG, com seu potencial disruptivo, desafia organizações a repensarem suas estruturas, processos e culturas. Não basta abraçar a inovação; é necessário moldá-la para que ela se torne uma extensão natural dos objetivos e ambições empresariais.

    O impacto da IAG se revela não apenas nos resultados financeiros, mas também na capacidade de transformar o papel das pessoas e da tecnologia dentro das empresas.

    A verdadeira revolução está em criar sistemas que coloquem os dados e as ferramentas a serviço da criatividade e da eficiência humana, gerando um ciclo contínuo de aprendizado e evolução.

    O caminho para isso exige que as organizações construam ambientes que incentivem a experimentação estratégica, mas que também tenham um propósito claro, evitando o desperdício de recursos em iniciativas desconectadas.

    Ao olhar para o futuro, fica claro que o próximo grande desafio será escalar a IAG de forma a integrá-la profundamente nos processos empresariais. Isso implica na criação de modelos operacionais que favoreçam a sinergia entre equipes e tecnologias, permitindo que a inovação ocorra em diferentes níveis da organização sem perder a coerência.

    Essa escalabilidade será a chave para transformar a IAG em uma força impulsionadora de crescimento e diferenciação competitiva, especialmente em um mundo onde a agilidade e a adaptabilidade são determinantes para o sucesso. 

    Mais do que uma ferramenta, a IAG deve ser entendida como um catalisador de transformação. Seu valor pleno só será alcançado por empresas que, além de investirem na tecnologia, estejam dispostas a investir em suas pessoas, em sua cultura e em sua capacidade de mudar.

    O verdadeiro diferencial não estará em quem utiliza a IAG, mas em quem consegue torná-la um pilar estratégico, conectando inovação tecnológica a um propósito claro e impactante.

    O futuro da IAG é um horizonte de possibilidades que se expande a cada dia. No entanto, alcançá-lo requer um equilíbrio entre ambição e pragmatismo, experimentação e disciplina, tecnologia e humanidade.

    As organizações que conseguirem construir esse equilíbrio estarão não apenas preparadas para o futuro, mas liderarão sua construção, definindo novos padrões de excelência e inovação em um mundo cada vez mais moldado pela inteligência artificial. A revolução está apenas começando, e aqueles que souberem se posicionar terão em suas mãos o poder de transformar o hype em um legado duradouro. 

    Espero que você tenha sido impactado e profundamente motivado pelo artigo. Quero muito te ouvir e conhecer a sua opinião! Me escreva no e-mail: muzy@ainews.net.br

    Até nosso próximo encontro!

    Muzy Jorge, MSc.

    Preparado para desvendar o potencial extraordinário da Inteligência Artificial em sua organização?

    Entre em contato conosco e vamos explorar juntos como podemos ser seu parceiro na jornada de incorporar as tecnologias exponenciais em seus processos e estratégias corporativas, através da capacitação dos seus funcionários, de maneira verdadeiramente eficiente e inovadora.

    Inscreva-se em nossa Newsletter e não perca nenhuma das novidades dos programas de IA da  AINEWS!

    Construindo Valor com IA Generativa

  • Sonda europeia esteve a menos de 300 km de distância de Mercúrio

    Sonda europeia esteve a menos de 300 km de distância de Mercúrio

    A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou novas fotografias de Mercúrio capturadas durante a mais recente aproximação da sonda BepiColombo ao planeta. Mercúrio, que possui a órbita mais próxima do Sol no Sistema Solar, foi registrado com detalhes impressionantes.

    A sexta aproximação da BepiColombo ocorreu no dia 8 de janeiro, levando a sonda a apenas 295 km da superfície de Mercúrio. As imagens revelam com clareza as crateras que marcam a paisagem do planeta, proporcionando informações valiosas para a comunidade científica.

    Essa foi a última aproximação planejada da BepiColombo antes de sua entrada na órbita de Mercúrio, prevista para ocorrer em 2026. A missão é uma parceria entre a ESA e a Agência Espacial Japonesa (JAXA) e tem como objetivo estudar a composição, a geologia e o campo magnético do planeta, buscando entender mais sobre sua formação e evolução.

    Sonda europeia esteve a menos de 300 km de distância de Mercúrio

  • Blue Origin lança New Glenn com sucesso, mas falha em pouso do propulsor

    A Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos, realizou o lançamento do New Glenn, seu foguete projetado para levar cargas ao espaço e reutilizar propulsores, inspirado no modelo da SpaceX, de Elon Musk. A decolagem aconteceu no Cabo Canaveral, na Flórida, às 04h (horário de Brasília), conforme programado.

    O New Glenn completou a separação do propulsor com sucesso e alcançou a órbita terrestre, cumprindo o objetivo principal da missão NG-1. No entanto, a tentativa de pousar o propulsor na plataforma marítima Jacklyn — nome em homenagem à mãe de Jeff Bezos — não teve êxito.

    Apesar da falha, a Blue Origin declarou que os dados coletados durante o voo serão usados para melhorar futuros lançamentos. “Este foi um momento importante para a empresa e um lançamento histórico”, afirmou Ariane Cornell, vice-presidente da divisão In-Space Systems da Blue Origin.

    O New Glenn, com 98 metros de altura, equivale ao tamanho da Estátua da Liberdade ou de um prédio de 30 andares. Projetado para missões orbitais, o foguete transportava o Blue Ring Pathfinder, um módulo de carga útil desenvolvido para operar em várias órbitas.

    Batizado em homenagem a John Glenn, o primeiro norte-americano a entrar em órbita, o New Glenn marca a ambição da Blue Origin em disputar a corrida espacial liderada atualmente pela SpaceX.

    A SpaceX, de Elon Musk, já realizou 134 lançamentos dos foguetes Falcon Heavy e Falcon 9 em 2024, além de colocar em órbita cerca de 7 mil satélites Starlink. Em comparação, a Blue Origin busca expandir sua atuação com a constelação de satélites Kuiper, que prevê lançar mais de 3 mil unidades para competir diretamente com os Starlink.

    Ambas as empresas também colaboram com a NASA no desenvolvimento de veículos de pouso tripulados e de carga para o programa Artemis, que tem como objetivo levar astronautas novamente à Lua.

    Após o sucesso do lançamento, Elon Musk parabenizou Jeff Bezos em sua rede social X (antigo Twitter):

    “Parabéns por atingir a órbita na primeira tentativa!”, escreveu Musk, em um raro momento de reconhecimento entre os dois rivais.

    Desde sua fundação em 2000, a Blue Origin alcançou conquistas modestas com o New Shepard, foguete reutilizável usado para voos suborbitais e testes científicos.

     


    Blue Origin lança New Glenn com sucesso, mas falha em pouso do propulsor

  • Mistral, a joia francesa da IA generativa que quer desafiar os gigantes americanos

    BERTRAND GUAY

    Mistral AI é um concorrente europeu de gigantes americanos como o criador do ChatGPT, OpenAI

    BERTRAND GUAY

    Fundada há menos de dois anos, a start-up francesa Mistral AI, especializada em inteligência artificial generativa, teve uma ascensão meteórica e se tornou a principal esperança da Europa contra os gigantes americanos.

    A empresa fechou uma rodada de financiamento de 600 milhões de euros (cerca de 660 milhões de dólares ou 3,9 bilhões de reais) em 2024, a maior arrecadação de fundos da French Tech do ano, de acordo com a KPMG, elevando sua avaliação para quase 6 bilhões de euros (37,3 bilhões de reais).

    Foi fundada em abril de 2023 por Arthur Mensch, formado em renomadas universidades francesas e ex-colaborador do laboratório de IA DeepMind do Google, juntamente com dois compatriotas que são ex-pesquisadores da Meta, Guillaume Lample e Timothée Lacroix.

    A jovem empresa arrecadou mais de 1 bilhão de euros (cerca de 6,2 bilhões de reais) em menos de um ano.

    “Nos próximos dez anos, a nossa ambição é ser um dos atores que moldarão a tecnologia e a maneira como a usamos”, disse Arthur Mensch à AFP na sede da startup em Paris, onde não há nenhum logotipo.

    A Mistral oferece, entre outras coisas, um robô conversacional de IA chamado Le Chat, semelhante ao famoso ChatGPT da OpenAI, que agora poderá acessar o conteúdo de texto da AFP em seis idiomas para formular respostas relacionadas a eventos e informações da atualidade, anunciaram ambas as empresas nesta quinta-feira (16).

    Também fornece um grande modelo de linguagem (Mistral Large) especializado em geração de texto e modelos especializados capazes de processar imagens ou gerar código.

    – ‘Estrela’ –

    “É uma estrela” que surgiu em um momento em que os investidores queriam ver uma “OpenAI à francesa”, diz Claude de Loupy, especialista em inteligência artificial aplicada a idiomas. Seu ponto forte foi apresentar modelos de “excelente qualidade” desde o início, acrescenta.

    A empresa optou por modelos de código aberto (acesso livre ao código de programação), em contraste com muitos de seus concorrentes americanos, como OpenAI e Anthropic, acusados de serem caixas-pretas.

    Isso “permite que nossos clientes implantem as soluções em sua infraestrutura, com uma governança de dados muito melhorada em comparação com nossos concorrentes americanos”, explica Arthur Mensch.

    A jovem empresa também se destacou com seus modelos menores, que são instalados em computadores ou smartphones e consomem menos energia, portanto são mais baratos que seus concorrentes.

    Além disso, assinou vários acordos de distribuição com Google, Microsoft, Amazon e IBM para tornar seus produtos facilmente acessíveis.

    A Mistral emprega cerca de 100 pessoas em suas instalações recém-reformadas em Paris, mas tem planos de expansão. A startup, que ainda não deu lucro, se concentra em seu desenvolvimento na França e no exterior. Possui um escritório no Reino Unido e recentemente abriu sedes nos Estados Unidos (em Palo Alto, Califórnia) e em Singapura.

    “A inteligência artificial generativa é uma revolução que afetará o mundo inteiro e todas as regiões do mundo estão cientes, em velocidades diferentes, de que precisam embarcar e fazer isso com um certo grau de independência dos atores americanos”, diz Mensch.

    – Necessidades de capital –

    Desenvolver esses modelos de inteligência artificial exige um capital significativo. Em termos de capacidade de financiamento, a Mistral “enfrenta gigantes como Google, Meta, Microsoft, Amazon” e é difícil “competir em igualdade de condições”, segundo Claude de Loupy.

    A empresa de inteligência artificial de Elon Musk, xAI, fechou recentemente uma nova rodada de financiamento de 6 bilhões de dólares (36,2 bilhões de reais), enquanto a OpenAI, apoiada pela Microsoft, arrecadou 6,6 bilhões de dólares (39,8 bilhões de reais).

    A Mistral, descrita como um “gênio francês” pelo presidente Emmanuel Macron, conta com forte apoio político. Mas será que conseguirá continuar na corrida global da IA no longo prazo? E a que preço?

    Diante da magnitude das necessidades financeiras desta nova atividade tecnológica, a outra joia europeia da IA generativa, a startup alemã Aleph Alpha, teve que desistir em setembro e interromper o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem para se concentrar em atividades de consultoria para empresas.

    “As necessidades de capital não vão diminuir”, admite Arthur Mensch, mas “hoje temos uma demanda contínua”.

    “O mercado [europeu] precisa se unir e assumir a responsabilidade pelo fato de que a tecnologia europeia precisa de apoio”, diz ele. “É útil a longo prazo, assim como a curto prazo, trabalhar com atores locais”, argumenta.

    Mistral, a joia francesa da IA generativa que quer desafiar os gigantes americanos

  • AFP conclui acordo com empresa de IA Mistral para uso de suas matérias

    AFP conclui acordo com empresa de IA Mistral para uso de suas matérias

    BERTRAND GUAY

    O CEO francês da AFP (Agence France-Presse), Fabrice Fries (à esquerda), posa com o fundador francês da start-up de inteligência artificial Mistral AI, Arthur Mensch, na sede da Mistral em Paris, em 15 de janeiro de 2025

    BERTRAND GUAY

    A Agence France-Presse (AFP), um ator-chave na informação global, e a empresa de inteligência artificial francesa Mistral anunciaram um acordo que permite ao chatbot dessa companhia utilizar o material de notícias da agência para responder às consultas de seus usuários.

    Nem o montante nem a duração deste contrato “plurianual” foram revelados.

    Este é o primeiro acordo desse tipo para a AFP, assim como para a Mistral AI, concorrente europeia de gigantes americanas como a OpenAI, criadora da ferramenta ChatGPT.

    Esse tipo de acordo é relativamente raro no mundo, embora tenha começado a proliferar em 2024.

    A maioria dos veículos de comunicação negociou até agora com a OpenAI, sediada na Califórnia, que assinou contratos com o jornal econômico britânico Financial Times, o jornal francês Le Monde e o grupo alemão Springer, editor do jornal Bild.

    Este é o primeiro acordo entre dois atores com ambições globais, com alcance global para a AFP, mas com raízes europeias firmemente estabelecidas”, disse o presidente da agência, Fabrice Fries.

    O acordo proporcionará à agência “um novo fluxo de receita”, disse ele em entrevista a jornalistas da AFP.

    Para a Mistral, “a AFP fornece uma fonte verificada, jornalística, o que consideramos muito importante”, reiterou o diretor da startup, Arthur Mensch.

    – Atualidade ou vida cotidiana? –

    A partir desta quinta-feira (16), as reportagens da AFP em seis idiomas (francês, inglês, espanhol, árabe, alemão e português) podem ser acessadas pelo chatbot da Mistral, o “Le Chat”.

    Seu funcionamento é semelhante ao do ChatGPT, que popularizou essas ferramentas entre o grande público: o usuário faz uma pergunta e o chatbot responde em poucos segundos.

    Segundo este acordo, quando a pergunta for sobre atualidades, o Le Chat formulará suas respostas utilizando as reportagens da AFP, ou seja, informações enviadas em formato de texto pela agência a seus clientes assinantes (veículos da imprensa, instituições, empresas…).

    Uma fase inicial de testes será realizada, apenas para uma parcela dos usuários.

    O Le Chat pode acessar todos os arquivos de texto da agência desde 1983, mas não suas fotos, vídeos ou infográficos.

    No total, isso representa 38 milhões de artigos, produzidos a um ritmo de 2.300 por dia, de acordo com Fries.

    Esse uso é destinado, explicou, “a profissionais liberais, executivos de grandes empresas” que, por exemplo, devem “preparar memorandos” ou qualquer documento relacionado a acontecimentos da atualidade.

    Muitas pessoas usam essas ferramentas de IA generativa para questões cotidianas, que esses programas geralmente respondem pegando informações disponíveis na Internet. Os dois usos “são complementares”, considerou Mensch.

    Para perguntas “que exijam informações verificadas, a AFP fornecerá” o material base para as respostas. Mas, quando as perguntas são sobre “compras ou o clima, por exemplo, é mais provável que seja a Internet”, explicou ele.

    – ‘Diversificação’ –

    A assinatura deste acordo ocorre logo após o anúncio do grupo Meta (Facebook, Instagram) da suspensão de seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos.

    A AFP está na vanguarda deste programa a nível mundial.

    “Nossas discussões com a Mistral começaram há cerca de um ano, então não estão relacionadas à decisão da Meta”, afirmou Fries, que alegou a “estratégia de diversificação” das plataformas digitais para obter lucro em um momento de grave crise da mídia tradicional.

    Em 2023, a AFP obteve lucro pelo quinto ano consecutivo, com um resultado líquido de 1,1 milhão de euros (cerca de 5,8 milhões de reais na cotação da época), segundo dados publicados em abril de 2024.

    Além de suas receitas comerciais, a AFP recebe uma compensação do Estado francês pelos custos relacionados às suas missões de interesse geral (113,3 milhões de euros em 2023, equivalente a cerca de 606 milhões de reais na cotação da época).

    Ao contrário de outros acordos desse tipo, o conteúdo da AFP não será usado para treinar e melhorar os modelos computacionais da Mistral, disseram ambas as partes.

    Esses conteúdos são “um módulo que se conecta ao nosso sistema e pode ser desconectado” quando o contrato expirar, explicou Mensch.

    “Não é um pagamento único, como geralmente é o caso com acordos de treinamento de modelos, mas sim um programa de lucros recorrentes”, disse Fries.

    AFP conclui acordo com empresa de IA Mistral para uso de suas matérias

  • TikTok pode encerrar operações nos EUA já neste domingo; entenda

    O TikTok planeja encerrar a operação nos Estados Unidos no dia 19 de janeiro, um domingo, segundo a agência Reuters. Caso seja confirmada a decisão, o aplicativo de vídeo curtos encerra uma situação que teve início com um projeto de lei sancionado em abril, por Joe Biden, que determinava a venda do serviço para continuar operando em território americano.

    A saída total do aplicativo nos EUA também representaria uma decisão mais radical o que foi proposto pelo governo americano. A legislação previa que novos downloads não podem ser realizados dentro das lojas de aplicativo da Apple e do Google, respectivamente Apple Store e Play Store. Assim, usuários antigos que já têm o app instalados nos celulares ainda conseguiriam usar a rede social até uma – provável – nova medida ser tomada.

    Portanto, quem estiver nos Estados Unidos e abrir o aplicativo a partir de domingo verá uma mensagem pop-up com redirecionamento para um site com informações sobre a proibição, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Do lado do usuário, será possível fazer o download de todos os dados, ou seja: fotos, vídeos, informações pessoais e arquivos salvos até domingo.

    A ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, tinha prazo inicial de 270 dias (9 meses) para vender a rede social para um administrador americano, o que não aconteceu.

    O argumento que sustenta a proibição, de acordo com legisladores americanos, é de que a plataforma representa uma ameaça para a segurança nacional devido à possibilidade do governo chinês – que tem ações preferências na empresa e pode aprovar e vetar decisões do conselho – de acessar dados de cidadãos americanos.

    Encerrar serviços dessa natureza não exige planejamento longo. E caso a proibição seja revertida, o TikTok é capaz de reestabelecer o serviço para usuários dos EUA em pouco tempo, segundo a mesma fonte.

    Ainda em dezembro, Donald Trump, já vencedor das eleições, pediu à Suprema Corte dos EUA para adiar a suspensão do aplicativo e disse que negociaria com os proprietários chineses a fim de “salvar a plataforma”. Essa tentativa de intervenção seguia a promessa de campanha de manter a rede social disponível para seus mais de 170 milhões de usuários no país.

    Cerca de 60% da ByteDance pertence a grandes investidores, como os fundos BlackRock e General Atlantic. Os outros 40% são divididos igualmente entre os fundadores da ByteDance e seus funcionários. Além disso, a empresa tem uma grande operação nos Estados Unidos, com mais de 7 mil funcionários.

    Tentativas para deixar o TikTok funcionando nos EUA

    Até o bilionário e dono do X, Elon Musk entrou na história. Por que? Existe a possibilidade de Musk comprar o TikTok caso um acordo entre o governo e o aplicativo não aconteça, segundo a Bloomberg.

    Duas vantagens pesam na tese de que Musk gostaria de comprar a plataforma: ter mais um amplificador de suas ideias e usar a rede para reforçar o apelo publicitário de suas marcas. Em abril, o bilionário disse no X ser contrário ao banimento do TikTok, mesmo que isso fosse benéfico para sua rede social. “fazer isso seria contrário à liberdade de expressão. Não é o que a América representa”, escreveu.

    A relação entre China e Musk é – curiosamente – estreita. O motivo? Foi em Xangai que ele escolheu para erguer uma das maiores fábricas do mundo, em 2019, e transformar Xangai na sua maior base de operação.

    TikTok pode encerrar operações nos EUA já neste domingo; entenda

  • Megafoguete da SpaceX, pronto para o sétimo voo de teste

    SERGIO FLORES

    O propulsor SuperHeavy retorna à base da SpaceX no Texas, em 13 de outubro de 2024

    SERGIO FLORES

    A empresa SpaceX anunciou, nesta quarta-feira (15), que adiou para esta quinta o sétimo voo de teste do megafoguete Starship, o maior e mais potente já construído, com o qual espera mostrar pela segunda vez que sabe recuperar seu propulsor em voo.

    “Pelas condições meteorológicas agora prevemos o sétimo voo de teste da Starship na quinta-feira, 16 de janeiro”, declarou no X o dono da companhia e homem mais rico do mundo, Elon Musk.

    O objetivo deste teste é mostrar que a façanha técnica que a empresa conseguiu em 13 de outubro, ao recuperar em voo a primeira etapa do foguete, não foi produto da sorte.

    Em novembro, a SpaceX não conseguiu reproduzir a impressionante manobra diante dos olhos do próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixando o propulsor cair no Golfo do México.

    Com uma altura combinada de 123 metros, equivalente a um prédio de 40 andares, o Starship e seu propulsor devem decolar na quinta-feira, a partir das 16h locais (19h em Brasília) de uma base espacial da empresa no Texas.

    Há outra janela de lançamento para a sexta-feira, a partir do mesmo horário, de acordo com a agência reguladora de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).

    Após a decolagem, as duas etapas do foguete — o propulsor Super Heavy e a nave Starship — devem se separar, e o propulsor iniciará a descida para retornar a seu ponto de partida.

    Em vez de pousar sobre o solo na vertical como fazem os propulsores de outros foguetes da companhia, este será controlado em voo para chegar à torre de lançamento, onde dois braços mecânicos o esperam. Uma manobra única na história do desenvolvimento aeroespacial.

    A SpaceX assegurou em seu site que realizou “melhoras significativas” ao sistema de propulsão e ao escudo térmico desde o último teste. Também informou que tentará uma manobra utilizando carga útil no espaço no voo-teste de quinta.

    Megafoguete da SpaceX, pronto para o sétimo voo de teste

  • Buscas sobre como excluir redes da Meta crescem no Google

    (REVISTA SIMPLES) – Após a Meta anunciar, na última terça-feira (7), um conjunto de mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo, aumentaram as buscas nos EUA sobre como excluir contas nas redes sociais da empresa, como Facebook e Instagram, segundo dados do Google Trends.

    O interesse atingiu o pico de buscas nesta segunda-feira (13) e continua em ascensão. “Como deletar permanentemente a conta do Facebook” e “como sair do Facebook” são algumas das pesquisas relacionadas à rede da Meta que cresceram nos últimos sete dias.

    O mesmo efeito foi observado em outra rede. Nos EUA, aumentaram as buscas sobre como excluir também a conta no Threads.

    Paralelamente, houve um crescimento nas buscas por alternativas ao Facebook, como as pesquisas por Bluesky, uma das plataformas que vêm ganhando popularidade desde que Elon Musk assumiu o Twitter e o renomeou como X.

    A reação ocorre após o fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciar mudanças que devem pôr um fim ao programa de checagem de fatos, criado em 2016, para conter a disseminação de desinformação em seus aplicativos.

    Em vídeo publicado em sua conta no Instagram, Zuckerberg atacou “decisões secretas” de tribunais latino-americanos. Sem citar o STF explicitamente, ele disse que o governo americano precisa ajudar a combater o que está sendo feito pelo Judiciário na região.
    *
    COMO EXCLUIR AS CONTAS NAS REDES SOCIAIS DA META?

    Facebook

    Antes de excluir sua conta, é recomendável baixar suas informações pessoais, como fotos e histórico de bate-papo. Para isso, acesse as Configurações no seu perfil, vá para a aba Suas informações (no computador, essa opção está localizada na lateral esquerda) e clique em Baixar suas informações.
    Para excluir definitivamente sua conta no Facebook, seja no computador ou no celular:
    – Clique na sua foto de perfil
    – Selecione Configurações e privacidade e, em seguida, clique em Configurações
    – No canto superior esquerdo da tela, clique em Central de Contas
    – Acesse a opção Dados pessoais
    – Clique em Propriedade e controle da conta
    – Escolha Desativação ou exclusão

    A exclusão será efetivada apenas alguns dias após a solicitação. Caso você acesse sua conta durante esse período, o processo será cancelado.

    Instagram

    A mesma recomendação de baixar uma cópia das suas informações se aplica ao Instagram. Acesse o seu perfil e clique no ícone no canto superior direito, depois em Central de Contas. Toque em Suas informações e permissões. Clique em Baixar suas informações e depois em Baixar ou transferir informações.

    Para excluir definitivamente sua conta no Instagram, o processo é semelhante ao do Facebook, seja pelo celular ou computador:
    – Acesse o seu perfil e clique em Configurações
    – Vá para Central de Contas e, em seguida, em Dados pessoais
    – Clique em Propriedade e controle da conta e selecione Desativação ou exclusão
    A exclusão pode levar até 90 dias para ser concluída.Threads
    – Clique em menu no canto inferior esquerdo e em Configurações
    – Clique em Conta na parte superior e, depois, em Desativar ou excluir perfil
    – Clique em Excluir perfil
    – Siga as instruções e clique em Excluir perfil do Threads

    A exclusão da rede não afetará sua conta no Instagram. No entanto, remover seu perfil no Instagram resultará na exclusão automática do seu perfil no Threads.

    Buscas sobre como excluir redes da Meta crescem no Google

  • Construindo Organizações Orientadas por Dados

    Construindo Organizações Orientadas por Dados

    André Lourenti Magalhães

    Construindo Organizações Orientadas por Dados

    Os dados se tornaram o alicerce das decisões estratégicas nas organizações modernas.  Mais do que apenas um recurso valioso, eles representam a essência da competitividade e inovação em um mundo cada vez mais digital e dinâmico.

    No entanto, seu real potencial só pode ser alcançado quando estão nas mãos de líderes capacitados, capazes de transformar informações brutas em ações concretas e impactantes. Liderar nesse cenário exige uma visão ampla e uma abordagem que combina técnica, estratégia e intuição, alinhando tecnologia e negócios de maneira harmônica. 

    O desafio, entretanto, vai além da coleta ou armazenamento de grandes volumes de dados. Trata-se de criar uma cultura organizacional onde os dados sejam acessíveis, confiáveis e integrados a todas as decisões corporativas.

    Líderes de dados precisam ir além da operação técnica, atuando como arquitetos de ecossistemas que priorizam transparência, rastreabilidade e confiança. Essa abordagem não só eleva a eficiência dos processos, mas também cria bases sólidas para inovação contínua e crescimento sustentável.

    Ao mesmo tempo, a liderança de dados deve abraçar a complexidade de um ambiente em constante evolução. Regulamentações, avanços tecnológicos e mudanças nos comportamentos de mercado exigem uma capacidade de adaptação sem precedentes.

    Isso requer uma mentalidade que transcenda os limites tradicionais, incorporando o conceito de “tudo, em todos os lugares, de uma só vez”, onde informações fluem de forma integrada e acessível em toda a organização. Essa visão holística permite alinhar objetivos estratégicos com soluções tecnológicas de ponta.

    A personalização também se tornou um diferencial essencial. No universo dos modelos de inteligência artificial, o valor real está em como eles podem ser moldados para atender às particularidades de cada negócio.

    Dados proprietários, quando utilizados de maneira estratégica, são a chave para criar soluções exclusivas que fortalecem a posição competitiva da empresa no mercado. Essa personalização não é apenas um luxo, mas uma necessidade para organizações que buscam liderar seus setores com diferenciação clara e impacto significativo.

    Por fim, os líderes de dados devem assumir o papel de catalisadores de mudanças que transcendem os limites da tecnologia. Eles têm a responsabilidade de criar ecossistemas onde inovação e confiança caminhem lado a lado, transformando a complexidade dos dados em soluções simples e efetivas.

    Este artigo explora profundamente essas ações essenciais, oferecendo um guia prático e inspirador para quem deseja não apenas acompanhar as mudanças, mas liderá-las com propósito e visão.

    Líderes de dados devem assumir o papel de catalisadores de mudanças que transcendem os limites da tecnologia.
    FreePik

    Líderes de dados devem assumir o papel de catalisadores de mudanças que transcendem os limites da tecnologia.

    1. Dados Acessíveis, Rastreáveis e Confiáveis: O Pilar da Decisão Estratégica

    A essência de uma organização orientada por dados está na capacidade de torná-los facilmente acessíveis e confiáveis. Isso começa com a criação de ferramentas intuitivas e padrões claros que simplifiquem o uso de dados.

    Os líderes precisam garantir que cada decisão corporativa seja respaldada por dados rastreáveis, oferecendo transparência para verificar resultados automatizados e auditar processos.

    A confiança nos dados é construída com medidas robustas de segurança cibernética e uma abordagem contínua de testes e validações, eliminando riscos de inconsistências e imprecisões. Em um cenário onde a velocidade das decisões é crítica, esses pilares se tornam o diferencial competitivo. 

    2. Uma Cultura de “Tudo, em Todos os Lugares, de uma Só Vez”

    A transformação digital exige que líderes adotem uma mentalidade de abrangência total, na qual dados fluam livremente em toda a organização, rompendo silos tradicionais.

    Para isso, é necessário criar um ecossistema onde estruturas, hierarquias e padrões de dados estejam bem definidos e amplamente comunicados. As equipes precisam entender não apenas como acessar os dados, mas como utilizá-los de forma ética e estratégica.

    Essa abordagem inclui a revisão constante de regras de negócios e padrões de coleta de dados, garantindo que estejam alinhados com as demandas regulatórias e metas de negócios em constante evolução. A integração plena é a chave para uma organização que aprende e inova continuamente.

    3. Personalização por Meio de Dados Proprietários: O Poder da Exclusividade

    Os Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) e Modelos de Pequena Escala (SLMs) oferecem um poder transformador, mas sua eficácia depende da capacidade de uma organização em treinar esses modelos com dados proprietários.

    Líderes de dados visionários entendem que o verdadeiro diferencial está na customização. Ao adaptar modelos às especificidades de sua operação por meio de engenharia rápida e direcionada, as empresas podem criar soluções exclusivas que refletem suas particularidades e desafios únicos.

    Esse nível de personalização não apenas potencializa a eficiência, mas também fortalece o vínculo com clientes e parceiros, garantindo vantagem em mercados altamente competitivos.

    4. Integração de Dados e IA: O Motor da Inovação

    A integração entre dados, inteligência artificial e sistemas corporativos é o catalisador da transformação. Quando bem estruturada, essa integração permite criar recursos únicos, como modelos preditivos que analisam comportamentos e alimentam soluções personalizadas.

    Um exemplo notável é a MakerVerse, que usa IA para automatizar sua cadeia de valor. Desde a análise de desenhos CAD até a seleção de fornecedores, a MakerVerse demonstra como líderes de dados podem criar ecossistemas onde a IA potencializa insights, reduz custos operacionais e acelera decisões estratégicas. Essa abordagem integrada não é apenas eficiente, mas essencial para sobreviver e prosperar em um mercado em constante evolução.

    A MakerVerse exemplifica o que líderes de dados podem alcançar ao integrar modelos avançados em processos críticos. Seus algoritmos analisam desenhos CAD, calculam custos e selecionam fornecedores ideais com base em dados históricos.

    Após a conclusão da venda, o sistema continua alimentando o ciclo com novas informações, garantindo que dados em tempo real aprimorem continuamente os processos futuros.

    Esse modelo de automação e integração reflete como uma visão estratégica pode transformar dados em operações fluídas, precisas e adaptáveis, demonstrando a importância de lideranças que saibam conectar tecnologias emergentes com objetivos de negócios.

    5. Foco em Produtos de Dados de Alto Valor: Acelerando Impactos Reais

    Em um cenário onde a quantidade de dados cresce exponencialmente, o sucesso está em identificar os produtos de dados que geram maior valor. Esses produtos, como pacotes processados e formatados para consumo direto por sistemas ou usuários, representam o cerne do impacto corporativo.

    Líderes de dados devem priorizar os produtos mais estratégicos – normalmente entre cinco e 15 – e tratá-los como ativos críticos. Isso significa investir em sua otimização contínua, garantindo que estejam alinhados com as necessidades de negócios, tendências de mercado e inovações tecnológicas. É essa abordagem que transforma dados em diferenciais competitivos tangíveis.

    Considerações Finais

    Concluir sobre as ações essenciais para líderes de dados é reconhecer que sua função transcende o domínio técnico e alcança as camadas mais profundas da estratégia organizacional e da transformação cultural.

    A liderança de dados exige não apenas uma visão apurada das possibilidades tecnológicas, mas também a habilidade de inspirar equipes a enxergar os dados como um elemento central para impulsionar decisões e gerar valor sustentável.

    Em um mundo onde a informação se tornou o principal ativo, os líderes que conseguem aliar técnica e humanidade são os que pavimentam o caminho para o futuro.

    O impacto dessa liderança está diretamente ligado à sua capacidade de conectar os dados aos objetivos estratégicos de maneira clara e acionável. Isso implica em criar ecossistemas de confiança, onde dados não são apenas coletados, mas acessados e utilizados com segurança e precisão.

    É nesse ponto que a inovação realmente encontra seu espaço, permitindo que empresas não apenas acompanhem as mudanças do mercado, mas se tornem pioneiras em seus segmentos. Mais do que liderar com dados, é sobre liderar com propósito, garantindo que cada insight contribua para avanços significativos e decisões éticas.

    Ademais, os líderes de dados que se destacam são aqueles que entendem a importância da adaptação e da personalização em um ambiente em constante mudança.

    Ao moldar modelos e estratégias baseados em dados proprietários e ao integrar tecnologias de maneira inteligente, eles criam soluções que não apenas atendem às demandas do presente, mas antecipam as necessidades futuras.

    Essa capacidade de adaptação, aliada a uma visão clara, transforma desafios em oportunidades, fortalecendo a resiliência organizacional em tempos de incerteza.

    No centro dessa jornada, está o compromisso com a criação de um ambiente que prioriza a colaboração e a acessibilidade. Os dados, quando democratizados e integrados, tornam-se catalisadores de uma cultura de inovação.

    Os líderes de dados não apenas moldam processos, mas influenciam comportamentos, ajudando a construir organizações mais ágeis, inclusivas e preparadas para enfrentar as complexidades de um mercado global. Esse impacto se reflete não apenas nos resultados financeiros, mas na forma como empresas interagem com seus colaboradores, clientes e parceiros.

    Por fim, ser um líder de dados em um cenário tão desafiador é aceitar a responsabilidade de conectar tecnologia e humanidade, números e narrativas, algoritmos e decisões. É reconhecer que, no coração de toda inovação, estão as pessoas – sejam elas os líderes que moldam o caminho ou os indivíduos cujas vidas são transformadas pelas decisões baseadas em dados.

    O futuro pertence àqueles que conseguem equilibrar esse binômio, liderando com visão, empatia e coragem para transformar informações em impacto. Assim, cada dado se torna uma peça fundamental na construção de um mundo mais eficiente, ético e inovador.

    Espero que você tenha sido impactado e profundamente motivado pelo artigo. Quero muito te ouvir e conhecer a sua opinião! Me escreva no e-mail: muzy@ainews.net.br

    Até nosso próximo encontro!

    Muzy Jorge, MSc.

    Preparado para desvendar o potencial extraordinário da Inteligência Artificia l em sua organização?

    Entre em contato conosco e vamos explorar juntos como podemos ser seu parceiro na jornada de incorporar as tecnologias exponenciais em seus processos e estratégias corporativas, através da capacitação dos seus funcionários, de maneira verdadeiramente eficiente e inovadora.

    Inscreva-se em nossa Newsletter e não perca nenhuma das novidades dos programas de IA da  AINEWS!

    Construindo Organizações Orientadas por Dados

  • OpenAI testa novas funções do ChatGPT para definir tarefas e compromissos

    A OpenAI está desenvolvendo novas funcionalidades para o ChatGPT que prometem ser especialmente úteis para quem utiliza o celular para se organizar no dia a dia. As novidades, chamadas de Tasks, estão sendo testadas em uma versão beta e permitem criar lembretes e agendar compromissos diretamente na plataforma.

    A ideia é transformar o ChatGPT em um assistente digital mais completo, capaz de ajudar os usuários a manterem suas agendas organizadas. A funcionalidade amplia o potencial do modelo de inteligência artificial, tornando-o ainda mais adaptado às demandas do cotidiano.

    Quem pode acessar?
    Por enquanto, as Tasks estão disponíveis apenas para assinantes dos planos Plus, Team e Pro do ChatGPT. A OpenAI ainda não informou se essas funcionalidades serão lançadas para os usuários da versão gratuita no futuro.

    OpenAI testa novas funções do ChatGPT para definir tarefas e compromissos