Categoria: Tech

  • Nintendo anuncia Switch 2 com tela maior, novo ‘Mario Kart’ e compatível com jogos do antecessor

    Nintendo anuncia Switch 2 com tela maior, novo ‘Mario Kart’ e compatível com jogos do antecessor

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A Nintendo anunciou nesta quinta-feira (16) que lançará neste ano um sucessor do console Switch, um dos mais bem-sucedidos de sua história.

    Sem cerimônias, a empresa japonesa de games publicou um vídeo de 2 minutos no YouTube mostrando que o novo dispositivo, chamado Nintendo Switch 2, manterá as principais funcionalidades do atual, como os controles laterais destacáveis e a função híbrida -funcionando tanto no modo portátil quanto acoplado a um dock que se conecta a uma televisão.

    A principal diferença, por enquanto, é a presença de uma tela maior e a forma como os controles se conectam ao videogame. Apesar de a empresa ainda não ter detalhado, também é esperado um desempenho gráfico superior.

    Outro recurso confirmado é a compatibilidade com cartuchos e jogos digitais do antecessor, como acontece, por exemplo, no PlayStation 5 e no Xbox Series com discos. No vídeo, também aparecem cenas do que pode ser um novo jogo da franquia “Mario Kart”, cujo “Mario Kart 8 Deluxe” é o jogo mais vendido do Switch, com 64 milhões de unidades.

    A empresa diz no vídeo que fornecerá mais detalhes em uma Nintendo Direct marcada para 2 de abril. O preço e a data exata de lançamento do console ainda não foram divulgados.

    O anúncio de um sucessor para o Switch, lançado em 2017, era aguardado ao menos desde 2023, quando o console completou seis anos. Essa havia sido a duração do ciclo do Wii, último console de sucesso da Nintendo.

    Na época, a indústria de games passava por uma desaceleração após o auge da pandemia e a chegada de um novo aparelho poderia ajudar a aquecer o mercado. No entanto, ainda com dezenas de milhões de unidades vendidas por trimestre, a decisão da empresa foi de estender a vida útil do console.

    Com preço sugerido nos EUA é US$ 299 (o mais barato entre os principais consoles atuais) e lançando títulos de peso como “The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom” e “Super Mario Bros. Wonder”, a Nintendo manteve o fôlego do aparelho.

    Em paralelo, a empresa japonesa aumentava o alcance de sua marca para os cinemas e parques de diversão, o que ajudou a impulsionar ainda mais a vendas de jogos e consoles.

    Isso mudou em 2024, quando a Nintendo teve um ano especialmente lento em lançamentos. A diminuição no ritmo não passou desapercebido pelo mercado e os rumores sobre o Switch 2 se intensificaram.

    A feira de tecnologia CES, realizada no início do mês em Las Vegas, foi palco de um dos principais vazamentos após um suposto simulacro do console servir de base para o anúncio de acessórios de uma empresa não licenciada para o novo videogame.

    Como o próprio nome já sugere, o novo console representa mais uma evolução do que uma revolução para a Nintendo. Essa aposta na continuidade não é inédita na história da empresa, principalmente quando o console anterior é um sucesso de vendas.

    Lançado em 2004 e com 154 milhões de unidades vendidas, o Nintendo DS é o maior sucesso comercial da fabricante japonesa. Em 2011, quando foi lançar seu sucessor, o Nintendo 3DS, a empresa optou por manter o mesmo conceito do antecessor.

    Além da subutilizada tecnologia do 3D sem óculos, as mudanças tinham mais a ver com a capacidade gráfica e novas funcionalidades sociais. O console era, inclusive, compatível com os cartuchos da geração anterior.

    A estratégia, repetida agora na mudança do Switch para o Switch 2, é justificada pelo fracasso da última virada na qual a empresa apostou. O Nintendo Wii U, de 2012, tentativa da empresa de surfar na onda dos tablets, vendeu 13,6 milhões de unidades, cerca de 13% do que o Wii vendeu no seu ciclo (101,6 milhões).

    A tendência também segue o que as duas outras principais empresas do ramo, Sony e Microsoft, têm feito com seus consoles desde o princípio -melhorias incrementais e, na maioria dos casos, alguma compatibilidade com gerações anteriores.

    O sucesso de crítica e público do Switch também se reflete na “bilheteria” -desde 2017, ano de estreia do Switch, as ações da empresa triplicaram de valor, superando o patamar alcançado no auge do combo Wii e DS.

    Até outubro do ano passado, haviam sido vendidas 146 milhões de unidades do console. Se a Nintendo cumprir a promessa de manter o suporte ao Switch mesmo após o lançamento do seu sucessor, o aparelho deve tirar o DS do posto de aparelho mais vendido da marca com tranquilidade.

    Poderá até sonhar em superar o PlayStation 2 como videogame mais vendido da história, com 160 milhões de unidades comercializadas.

    Nintendo anuncia Switch 2 com tela maior, novo ‘Mario Kart’ e compatível com jogos do antecessor

  • Escalabilidade e Inovação no Cenário de Dados e IA

    Escalabilidade e Inovação no Cenário de Dados e IA

    KIRILL KUDRYAVTSEV

    Apesar das promessas da inteligência artificial generativa (IA) desde a chegada do ChatGPT, sua adoção pelo setor econômico provou ser matizada, com uma postura de cautela por parte das empresas

    A inteligência artificial e os dados emergem como os grandes protagonistas da revolução tecnológica que atravessamos. Se, há pouco tempo, líderes de dados se esforçavam para demonstrar o valor desses ativos, hoje o cenário mudou drasticamente: a demanda interna por soluções baseadas em IA e dados cresceu exponencialmente.

    Contudo, com essa explosão de interesse, surgiram desafios igualmente imponentes, como projetos fragmentados e pilotos desconectados que raramente atingem a escalabilidade necessária para gerar valor estratégico. Para enfrentar esses obstáculos, é essencial redefinir a abordagem, buscando caminhos que unam inovação à capacidade de expansão.

    Nesse contexto, os caminhos de capacidade despontam como uma resposta robusta e visionária. Eles representam não apenas clusters tecnológicos, mas sim uma estratégia integrada que conecta diferentes elementos tecnológicos para criar soluções reutilizáveis e escaláveis.

    A partir dessa estrutura, as organizações podem transformar a fragmentação em sinergia, potencializando o impacto de suas iniciativas. Mais do que resolver problemas imediatos, esses caminhos oferecem a base para uma operação sustentável, capaz de atender às exigências de um mercado em constante evolução.

    O potencial transformador dos caminhos de capacidade vai além da tecnologia; ele está intimamente ligado à visão estratégica. Empresas que adotam essa abordagem conseguem alinhar suas operações a uma arquitetura sólida e flexível, ao mesmo tempo em que fomentam a inovação.

    É uma forma de transcender a lógica tradicional de projetos isolados e avançar para um modelo em que cada iniciativa contribui para um ecossistema maior, mais coeso e eficiente. Trata-se de uma evolução necessária para acompanhar a crescente complexidade dos negócios modernos.

    Por trás dessa transformação, está o reconhecimento de que a escalabilidade não é apenas uma questão técnica, mas também uma questão de liderança e cultura organizacional. Os caminhos de capacidade exigem decisões conscientes sobre governança, integração e alinhamento estratégico.

    Cada escolha, desde o modelo de arquitetura até o provedor de nuvem, molda a capacidade da organização de escalar e inovar. Esse processo é, portanto, tanto técnico quanto humano, demandando líderes preparados para navegar entre as demandas de autonomia e controle, inovação e pragmatismo.

    À medida que o mercado se move em direção a 2030, a pressão para que as empresas sejam mais rápidas, personalizadas e orientadas por dados só aumenta. Nesse cenário, a construção de caminhos de capacidade é mais do que uma vantagem competitiva; é uma necessidade estratégica.

    Essas estruturas permitem que as organizações se adaptem com agilidade, transformando dados em insights e criando experiências que engajam clientes, otimizam operações e abrem novas oportunidades de negócios. O futuro pertencerá àqueles que souberem transformar desafios em alavancas de crescimento sustentável.

    O Novo Contexto da Escalabilidade na Era da IA

    À medida que o mercado se move, a pressão para que as empresas sejam mais rápidas e orientadas por dados só aumenta
    FreePik

    À medida que o mercado se move, a pressão para que as empresas sejam mais rápidas e orientadas por dados só aumenta

    A proliferação de tecnologias de IA e ferramentas de análise de dados trouxe consigo uma mudança de paradigma. O desafio atual não é mais convencer as organizações sobre o valor dos dados, mas lidar com a complexidade gerada por iniciativas desconexas e redundantes. A falta de coordenação frequentemente resulta em arquiteturas improvisadas que limitam a escalabilidade e desperdiçam recursos.

    Esse cenário exige uma mudança estratégica: para superar o “purgatório de pilotos”, líderes de dados precisam adotar abordagens que transcendam a visão imediatista e criem bases sólidas para o crescimento sustentável.

    A construção de caminhos de capacidade se destaca como uma solução poderosa, fornecendo a estrutura necessária para conectar iniciativas fragmentadas e transformá-las em motores de valor escalável.

    Caminhos de Capacidade: A Base para a Escalabilidade

    A essência dos caminhos de capacidade está na criação de clusters tecnológicos que podem ser reutilizados em diferentes contextos. Essa abordagem elimina a necessidade de reinventar a roda a cada novo caso de uso, promovendo eficiência operacional e acelerando o tempo de geração de valor.

    Tomemos como exemplo uma empresa automotiva que buscava oferecer experiências personalizadas aos seus clientes. Para alcançar esse objetivo, a empresa desenvolveu dois caminhos de capacidade.

    O primeiro, focado em IA e machine learning, utilizou ferramentas como PySpark para análise de clusters e Databricks para armazenamento de dados. Essa estrutura permitiu à empresa criar segmentos de clientes altamente detalhados.

    O segundo caminho, voltado para comunicações personalizadas, integrou modelos de linguagem natural (LLMs) e dados externos, possibilitando interações individualizadas e relevantes. O resultado foi uma transformação significativa na forma como a empresa engajava e fidelizava seus clientes.

    Esses exemplos demonstram que caminhos de capacidade são mais do que soluções técnicas; eles são catalisadores estratégicos que permitem às empresas transformar dados em experiências impactantes e valor mensurável.

    Arquiteturas Estratégicas: Centralização, Descentralização e Federação

    A construção de caminhos de capacidade requer decisões fundamentais sobre a arquitetura de dados. Essas escolhas influenciam não apenas a eficiência operacional, mas também a capacidade da organização de escalar e se adaptar às demandas futuras. Três abordagens principais emergem nesse cenário: centralizada, descentralizada e federada.

    A abordagem centralizada, com data lake houses cuidadosamente gerenciados, oferece uma governança robusta e a capacidade de integrar dados de maneira uniforme. No entanto, exige investimentos significativos em supervisão e gerenciamento. Por outro lado, a descentralização, onde unidades de negócios possuem total controle sobre seus dados, promove autonomia, mas frequentemente resulta em redundância e falta de interoperabilidade.

    O modelo federado, como o data mesh, busca um equilíbrio, promovendo colaboração entre equipes enquanto preserva a autonomia local. Essa abordagem incentiva a criação de caminhos de capacidade reutilizáveis, reduzindo custos e aumentando a flexibilidade organizacional. Contudo, sua implementação bem-sucedida depende de uma forte cultura organizacional e de governança alinhada.

    O Papel dos Hiperescaladores na Construção de Caminhos de Capacidade

    A escolha do provedor de nuvem, ou hiperescalador, é um fator determinante na construção de caminhos de capacidade. Esses provedores oferecem um conjunto de ferramentas integradas que influenciam diretamente a eficiência e a escalabilidade das soluções.

    Desde bibliotecas de machine learning até módulos de gerenciamento de dados, a infraestrutura fornecida por hiperescaladores pode acelerar significativamente o desenvolvimento de caminhos de capacidade.

    No entanto, essa escolha exige uma análise cuidadosa. Além de considerar as ferramentas disponíveis, as empresas precisam avaliar como a integração com a infraestrutura existente impactará a governança e a interoperabilidade. Escolher o parceiro certo é, portanto, um passo estratégico para maximizar o potencial dos caminhos de capacidade.

    Transformando Dados em Valor Sustentável

    Empresas orientadas por dados não apenas liderarão seus mercados, mas também definirão o ritmo da inovação global
    FreePik

    Empresas orientadas por dados não apenas liderarão seus mercados, mas também definirão o ritmo da inovação global

    À medida que avançamos para 2030, a necessidade de arquiteturas escaláveis e integradas se torna cada vez mais evidente. Empresas orientadas por dados não apenas liderarão seus mercados, mas também definirão o ritmo da inovação global. Os caminhos de capacidade representam a espinha dorsal dessa transformação, permitindo que organizações alinhem inovação, escalabilidade e sustentabilidade.

    O futuro pertencerá às empresas que conseguirem traduzir dados em insights acionáveis, experiências personalizadas e novos modelos de negócios. Investir em caminhos de capacidade não é apenas uma decisão técnica, mas um compromisso estratégico com a excelência e a competitividade.

    Considerações Finais

    A construção de caminhos de capacidade não é apenas uma solução técnica para desafios de escalabilidade, mas um verdadeiro marco estratégico na forma como as empresas abordam a transformação digital.

    Ao unificar tecnologia, visão de negócios e governança, essas estruturas permitem que organizações transcendam os limites tradicionais de experimentação e fragmentação. Trata-se de um modelo que redefine a relação entre inovação e impacto, permitindo que cada iniciativa contribua de forma integrada para o sucesso em larga escala.

    Ao refletirmos sobre a importância de um planejamento robusto, fica evidente que os caminhos de capacidade vão além da resolução de problemas imediatos; eles criam uma base sustentável para o crescimento.

    Cada decisão tomada — seja a escolha de um modelo de arquitetura ou de um provedor de nuvem — molda a capacidade da organização de se adaptar a novas demandas e de se posicionar como líder em um mercado cada vez mais competitivo. Essa visão estratégica requer um equilíbrio delicado entre flexibilidade e controle, autonomia e padronização, explorando o melhor de cada abordagem.

    As organizações que adotarem esses caminhos com clareza e compromisso estarão preparadas para transformar desafios em oportunidades. A capacidade de integrar diferentes tecnologias e aplicá-las a múltiplos casos de uso oferece não apenas eficiência, mas também uma profundidade de insights que pode revolucionar processos, produtos e experiências.

    Nesse cenário, dados deixam de ser apenas um recurso subutilizado para se tornarem um ativo estratégico capaz de gerar valor em todas as dimensões do negócio.

    O futuro pertence àqueles que compreenderem que a verdadeira inovação não está apenas no uso isolado de ferramentas tecnológicas, mas na construção de sistemas que ampliem o impacto dessas ferramentas.

    Os caminhos de capacidade oferecem essa estrutura, permitindo que empresas criem soluções adaptáveis, escaláveis e centradas nas necessidades do cliente. Assim, elas não apenas respondem ao presente, mas também moldam o futuro de forma ativa e sustentável.

    Esse movimento exige liderança corajosa, uma cultura organizacional aberta à experimentação e, sobretudo, uma visão clara do potencial transformador dos dados.

    Ao integrar tecnologia com propósito, as organizações podem criar um legado que não se limita ao sucesso financeiro, mas que também impulsiona inovação, gera valor sustentável e contribui para um mercado mais eficiente e dinâmico. O desafio é grande, mas as possibilidades são ilimitadas para aqueles que estão prontos para trilhar esse caminho.

    Espero que você tenha sido impactado e profundamente motivado pelo artigo. Quero muito te ouvir e conhecer a sua opinião! Me escreva no e-mail: muzy@ainews.net.br

    Até nosso próximo encontro!

    Muzy Jorge, MSc.

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    Escalabilidade e Inovação no Cenário de Dados e IA

  • Explosão do Starship cria cenário de ‘chuva’ de meteoros; veja

    Explosão do Starship cria cenário de ‘chuva’ de meteoros; veja

    A SpaceX realizou nesta quinta-feira (16) o sétimo voo de teste da Starship, mas enfrentou contratempos significativos. Apesar de conseguir recuperar o propulsor após a separação, o foguete acabou sendo destruído pouco depois do procedimento.

    A empresa, liderada por Elon Musk, confirmou que o foguete foi perdido após a explosão, o que gerou uma queda de detritos que chamou a atenção da Administração Federal de Aviação (FAA). A explosão foi amplamente registrada em vídeos que mostram os destroços espalhados, mas também levantou preocupações regulatórias.

    Segundo informações da CNBC, a FAA emitiu alertas para pilotos devido à “área perigosa com queda de destroços do foguete Starship” nas proximidades do Caribe. A agência reguladora determinou o desvio de rotas de aeronaves que sobrevoavam a região para evitar riscos.

    A SpaceX ainda não forneceu detalhes sobre as causas específicas da falha, mas investigações estão em andamento.

    Pode ver abaixo mais alguns vídeos onde é possível ver os destroços do Starship.


    Explosão do Starship cria cenário de ‘chuva’ de meteoros; veja

  • SpaceX recupera primeiro estágio do Starship mas perde o segundo

    Lançamento do foguete Starship, em Boca Chica, Texas

    A SpaceX conseguiu nesta quinta-feira repetir a façanha técnica de recuperar, em seu retorno à Terra, o propulsor do seu megafoguete Starship, mas o estágio superior da nave caiu no Atlântico.

    A empresa de Elon Musk realizou o que se considera uma proeza da engenharia, ao recuperar em descida controlada, pela segunda vez desde outubro, o propulsor SuperHeavy, usando braços mecânicos instalados em sua torre de lançamento.

    O propulsor fez uma descida precisa usando seus motores, arrancando aplausos da equipe que acompanhava o feito na sede da empresa em Boca Chica, Texas. Mas a comemoração durou pouco.

    A nave Starship perdeu contato com a base, e a SpaceX confirmou que ela havia sofrido uma “desmontagem rápida não programada”, um eufemismo para explosão. O monitor Flight Aware mostrou o desvio de vários aviões no Atlântico, perto de Turks e Caicos, enquanto usuários do X compartilhavam imagens de possíveis restos em chamas da Starship durante a sua reentrada na atmosfera.

    A versão atualizada e de maior altitude do maior e mais potente veículo espacial já construído decolou às 16h37 locais, da base Starbase, em Boca Chica, Texas. Sete minutos depois, o propulsor SuperHeavy desacelerou da velocidade supersônica e pousou de forma precisa nos braços mecânicos da torre de lançamento.

    A descida e a captura foram bem-sucedidas pela primeira vez em outubro passado, mas falharam no mês seguinte, quando o presidente eleito Donald Trump foi convidado a assistir à manobra.

    O voo de hoje foi o sétimo de teste do megafoguete da SpaceX, e ocorreu no mesmo dia em que a empresa Blue Origin, de Jeff Bezos, fez um voo inaugural bem-sucedido do foguete New Glenn, na Flórida.

    SpaceX recupera primeiro estágio do Starship mas perde o segundo

  • Em 7º teste, SpaceX captura 1º estágio do Starship com braços robóticos

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A SpaceX lançou nesta quinta-feira (16), às 19h47 (de Brasília), o sétimo voo do veículo Starship. O maior foguete da história decolou da Starbase, instalação da companhia em Boca Chica, no Texas. O objetivo de recuperar o primeiro estágio, o Super Heavy, com o mechazilla, grandes braços robóticos, foi bem-sucedido.

    Dessa forma, a empresa repete o sucesso do quinto voo -no sexto, como forma de contingência, o pouso foi feito de forma controlada no oceano.

    Outro objetivo do sétimo voo-teste é que o Starship lance, pela primeira vez, cargas no espaço. Satélites do Starlink serão lançados, em uma demonstração do potencial da espaçonave no mercado de lançamento de satélites.

    Em 7º teste, SpaceX captura 1º estágio do Starship com braços robóticos

  • Homo erectus sabia se adaptar às condições desérticas, revela estudo

    Homo erectus sabia se adaptar às condições desérticas, revela estudo

    PIERRE ANDRIEU

    Representação do “Homo ergaster” ou “Homo erectus”, exposta em 2 de julho de 2008 no Museu de Pré-história de Eyzies-de-Tayac, sudoeste da França

    PIERRE ANDRIEU

    O Homo erectus já conseguia sobreviver em zonas desérticas há um milhão de anos, segundo um estudo que questiona a ideia de que esta capacidade de adaptação surgiu muito depois, com o Homo sapiens.

    O momento em que os primeiros hominídeos se adaptaram a ambientes extremos, como desertos e florestas tropicais, marca um “ponto de inflexão na história da sobrevivência e expansão humanas” fora de seu berço africano, afirma à AFP Julio Mercader Florin, paleoarqueólogo da Universidade de Calgary (Canadá) e coautor do estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Communications Earth & Environment.

    Durante muito tempo, os cientistas consideraram que só o Homo sapiens, surgido há 300 mil anos, era capaz de viver de forma duradoura nestes ambientes, enquanto os hominídeos arcaicos, os primeiros representantes da linhagem humana que se separaram dos outros grandes símios, estavam limitados a ecossistemas menos hostis, compostos por florestas, pradarias e zonas úmidas.

    De fato, pensava-se que os hominídeos da Garganta de Olduvai, na Tanzânia, um dos sítios pré-históricos mais importantes do mundo, tivessem evoluído neste tipo de paisagem.

    Mas este barranco de paredes escarpadas, situado no vale do Rift, que tem um papel-chave na compreensão da evolução humana primitiva, na verdade era uma estepe desértica, segundo o estudo.

    Graças a análises biogeoquímicas, simulações paleoclimáticas e estudos paleobotânicos, os pesquisadores conseguiram reconstruir seu ecossistema.

    Entre 1,2 milhão e 1 milhão de anos atrás, esta região era afetada por uma seca extrema, como demonstrado pela presença de polens fósseis de éfedras – arbustos típicos das zonas áridas -, rastros de incêndios de matagais ou solos salinos e alcalinos.

    – Ferramentas especializadas –

    Os dados arqueológicos coletados no sítio de Engaji Nanyori sugerem que o Homo erectus se adaptou a este ambiente hostil “concentrando-se em pontos-chave ecológicos”, como confluências de rios ou lagoas, “onde os recursos de água e alimentos eram mais previsíveis”, ressalta Mercader Florin.

    Esta situação se prolongou por milhares de anos.

    Esta capacidade de “explorar repetidamente estes pontos estratégicos” e “adaptar seus comportamentos a ambientes extremos demonstra um nível de resiliência e planejamento estratégico maior do que se supunha anteriormente”, explica o especialista.

    As ferramentas especializadas encontradas no sítio, incluindo machados de mão, buris, raspadores e cutelos também mostram como o Homo erectus desenvolveu técnicas eficazes para utilizar as carcaças animais.

    Os muitos ossos de animais (principalmente bovinos, mas também hipopótamos, crocodilos, antílopes, equídeos…) têm marcas de corte que indicam atividades de carniçaria, como esquartejamento, esfoladura ou extração da medula óssea.

    “Isto sugere que eles otimizaram o uso dos recursos para se adaptarem aos desafios dos ambientes áridos, onde estes eram escassos e deviam ser explorados ao máximo”, observa Mercader Florin.

    Este perfil adaptativo “questiona as hipóteses sobre os limites da dispersão dos primeiros hominídeos” e situa o Homo erectus como “o primeiro hominídeo a cruzar as fronteiras ambientais em uma escala global”, avaliam os autores do estudo.

    “Nossas descobertas mostram que o Homo erectus era capaz de sobreviver no longo prazo a ambientes extremos, caracterizados por uma baixa densidade de recursos alimentícios, desafios de navegação, vegetação muito escassa ou abundante, temperaturas e níveis de umidade extremos, assim como a necessidade de grande mobilidade”, afirma Mercader Florin.

    Esta adaptabilidade “amplia a presença potencial do Homo erectus à região saariana-indiana (uma vasta zona desértica) através da África e a ambientes similares na Ásia”, avalia este especialista em evolução humana.

    Homo erectus sabia se adaptar às condições desérticas, revela estudo

  • Nintendo lança Switch 2: tudo o que se sabe e o que falta saber

    Nintendo Switch 2Nitendo/Divulgação

    Dona dos jogos do Mario, Zelda e Pokémon, a Nintendo finalmente anunciou o Nintendo Switch 2, sucessor do popular console Nintendo Switch. 

    O console ainda não tem data de lançamento confirmada no Brasil ou preço definido. A empresa anunciou também uma apresentação especial, Nintendo Direct, para divulgar todos os detalhes. (Veja o vídeo abaixo).

    O Switch 2 contará com uma tela LCD maior, de 8 polegadas, e resolução 1440p. Uma das grandes inovações são os novos Joy-Cons, que agora utilizam fixação magnética em vez de trilhos. Especula-se que esses controles também possam funcionar como um tipo de mouse, embora o uso específico não tenha sido detalhado.

    Durante a apresentação, apenas um jogo foi mostrado: um novo título da série Mario Kart. Informações adicionais sobre o game ainda não foram divulgadas.

    A Nintendo não forneceu detalhes específicos sobre o desempenho gráfico do Switch 2, mas indicações apontam para o uso de um chip da Nvidia e 12GB de memória RAM DDRX, com desempenho esperado similar ao dos consoles PlayStation 4 e PlayStation 4 Pro.

    A retrocompatibilidade foi confirmada, permitindo que o Switch 2 rode jogos do seu antecessor, tanto em formato digital quanto físico. O serviço Nintendo Switch Online continuará como a plataforma online do novo console.

    Até o momento, a Nintendo não revelou a lista completa de jogos que estarão disponíveis no lançamento do Switch 2. No entanto, títulos como Metroid Prime 4, previsto para 2025, e Pokémon Legends Z-A estão no horizonte. O novo Mario Kart também parece ser uma aposta segura para o lineup inicial.

    Veja as possíveis especificações do Switch 2

    Tela:

    Tipo: LCD

    Tamanho: 8 polegadas

    Resolução: 1440p

    Joy-Cons:

    Fixação: Magnética (em vez de trilhos)

    Possível funcionalidade extra: Pode funcionar como um tipo de mouse (detalhes não confirmados)

    Desempenho:

    Chip: Fabricante Nvidia (especificações detalhadas não confirmadas)

    Memória RAM: 12GB DDRX

    Desempenho esperado: Semelhante ao PlayStation 4 e PlayStation 4 Pro

    Retrocompatibilidade:

    Suporte a jogos do Nintendo Switch original (digitais e físicos)

    Continuação do serviço Nintendo Switch Online

    Design e Conectividade:

    Design e conectividade não detalhados, mas espera-se melhorias em relação ao modelo anterior

    Linha de Lançamento:

    Jogos confirmados: Novo Mario Kart

    Jogos esperados: Metroid Prime 4, Pokémon Legends Z-A

    Veja a data de lançamento do Switch 2 pelo mundo:

    América do Norte

    New York: 6 de abril 

    Los Ángeles: 11 de abril 

    Dallas: entre 25 e 27 de abril

    Toronto: entre 25 e 27 de abril

    Europa

    Paris: entre 4 e 6 de abril 

    Londres: entre 11 e 13 de abril

    Milão: entre 25 e 27 de abril

    Berlim: entre 25 e 27 de abril

    Madri: entre 9 e 11 de maio 

    Amsterdam: entre 9 e 11 de maio 

    Oceania:

    Melbourne: entre 10 e 11 de maio 

    Ásia:

    Tokyo (Makuhari): entre 26 e 27 de abril 

    Seoul: entre 31 de 1º de junho 

    Hong Kong: ainda será anunciado

    Taipei: ainda será anunciado

    Nintendo lança Switch 2: tudo o que se sabe e o que falta saber

  • Blue Origin lança novo foguete à órbita, mas falha no pouso

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A empresa Blue Origin, do magnata Jeff Bezos, lançou com sucesso na madrugada desta quinta-feira (16) pela primeira vez seu novo foguete de alta capacidade, o New Glenn. Mas o sonho de igualar o feito da concorrente SpaceX e pousar o primeiro estágio em uma balsa posicionada no oceano Atlântico ficou para uma próxima ocasião.

    O foguete partiu em seu voo inaugural da plataforma 36 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, da Flórida, Estados Unidos, na madrugada desta quinta-feira (16).

    A empresa vinha se esforçando desde o final do ano passado para realizar a missão, que chegou perto de ser lançada na última segunda-feira (13). Na ocasião, ele teve sua partida adiada já no final da janela de três horas por um problema técnico -gelo se formando numa tubulação de ventilação em uma unidade auxiliar de força que comanda alguns dos sistemas hidráulicos do veículo. Incapaz de resolver a situação na hora, a empresa optou por adiar até esta quinta.

    A decolagem do gigante de 98 metros aconteceu às 4h03, logo após uma janela de três horas que se abriu às 3h (de Brasília, 1h na Flórida). Duas paradas na contagem regressiva, uma para o resfriamento dos motores e outra para tirar um barco que entrou na área protegida, atrasaram o voo, com o segundo estágio atingindo a órbita cerca de 13 minutos depois da decolagem -objetivo primário do teste.

    O contato com o primeiro estágio foi perdido durante a queima de reentrada, o que não surpreendeu os engenheiros da empresa. Antes do voo, até Bezos achava arriscada a tentativa de recuperar o estágio no primeiro voo. “É meio insano tentar pousar o foguete. Uma abordagem mais sã seria provavelmente tentar pousá-lo no oceano”, comentou, em entrevista ao site Ars Technica.

    Trata-se, com efeito, de tecnologia que só pode ser dominada por meio de testes, e raramente a experiência com um veículo resolve todos os problemas com o seguinte.

    A Blue Origin já tinha domínio do pouso vertical com seu foguete suborbital New Shepard, porém o New Glenn, muito maior, naturalmente trouxe novos desafios. (Os nomes dos foguetes, por sinal, são homenagens aos astronautas Alan Shepard, primeiro americano num voo suborbital, e John Glenn, primeiro americano em órbita).

    É um processo pelo qual a SpaceX também teve de passar para aperfeiçoar o pouso do primeiro estágio do Falcon 9. Foram necessárias diversas tentativas malogradas, entre 2013 e 2015, antes do sucesso. Até 2016, os pousos eram tratados como experimentais, com 6 sucessos e 10 fracassos. Só em 2017, eles passaram a ser tratados com naturalidade pela empresa. A essa altura, mais de 300 recuperações foram feitas, e as falhas são raras. Para o New Glenn, essa jornada está apenas começando. Mas ninguém duvida do sucesso.

    A MISSÃO E O FUTURO

    O voo desta quinta-feira é essencialmente de certificação, ou seja, seu objetivo é apenas o de demonstrar que o foguete consegue colocar artefatos em órbita, para que ele possa realizar futuros voos contratados pelo Pentágono. Nesse sentido, foi um sucesso absoluto, embora o Departamento de Defesa americano exija dois desses voos antes de colocar seus satélites-espiões a bordo de um lançador.

    Contudo, a Blue Origin aproveitou o voo para lançar ao espaço o Blue Ring Pathfinder, um dispositivo experimental que é essencialmente um rebocador espacial -acoplado a satélites, ele poderá se deslocar, injetando-os em diferentes órbitas.

    Nesse voo, contudo, ele fica o tempo todo acoplado ao segundo estágio do New Glenn, colocado numa órbita elíptica com apogeu de 19,3 mil km e perigeu de 2.400 km, numa missão de teste com duração prevista de seis horas.

    Para o futuro, a empresa espera bater de frente pelos principais contratos de lançamentos, mas tem ainda desafios pela frente.

    Do ponto de vista da capacidade de carga, o New Glenn se coloca como um intermediário entre o Falcon 9 e o Falcon Heavy, podendo levar até 45 toneladas à órbita terrestre baixa, enquanto os dois lançadores da SpaceX transportam 23 e 64 toneladas, respectivamente. Voos do New Glenn e do Falcon 9 saem pelo mesmo preço, cerca de US$ 69 milhões.

    Quanto à reutilização, diz a Blue Origin que cada primeiro estágio do New Glenn terá capacidade de realizar ao menos 25 reutilizações -mas primeiro ela terá de dominar a recuperação. O do Falcon 9 que teve mais voos até agora realizou 25 pousos.

    A grande dúvida que fica agora para a empresa será na cadência. Hoje a SpaceX tem agilidade sem igual para realizar lançamentos, fazendo mais de cem por ano. Já a Blue Origin, após esse primeiro voo, tem a ambição de fazer no máximo mais seis ou sete neste ano, já começando a cumprir contratos que tem com a Nasa, a empresa de telecomunicações Telesat e com o Projeto Kuiper, constelação de satélites de internet da Amazon (outra empresa de Bezos). No ano que vem, o New Glenn também deverá lançar uma missão lunar robótica da Blue Origin, com o módulo Blue Moon Mark 2.

    Blue Origin lança novo foguete à órbita, mas falha no pouso

  • Foguete New Glenn, da Blue Origin, consegue atingir órbita, mas pouso é adiado

    Patrick T. Fallon

    Blue Origin

    A Blue Origin, empresa do bilionário Jeff Bezos, comemorou um marco importante na madrugada desta quinta-feira (16) com o lançamento inaugural de seu novo foguete de alta capacidade, o New Glenn. Embora o lançamento tenha sido bem-sucedido e tenha cumprido seu objetivo principal, que era alcançar a órbita, o esperado pouso do primeiro estágio do foguete sobre uma balsa no oceano Atlântico foi adiado para uma próxima missão.

    O foguete de 98 metros de altura decolou da plataforma 36 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, após alguns atrasos na contagem regressiva. A janela de lançamento foi aberta às 3h (horário de Brasília), mas a decolagem ocorreu apenas às 4h03, devido a uma parada para resfriamento dos motores e outra para retirar um barco da área protegida. Após o lançamento, o segundo estágio alcançou a órbita cerca de 13 minutos depois, cumprindo a missão de colocar artefatos em órbita terrestre.

    Durante a reentrada, o contato com o primeiro estágio foi perdido, o que não foi uma surpresa para os engenheiros da Blue Origin. Antes do voo, Jeff Bezos já havia comentado que tentar pousar o foguete na primeira tentativa seria uma abordagem ousada. Para ele, uma solução mais sensata seria pousar o foguete no oceano e deixar o desafio do pouso vertical para um futuro voo. Essa estratégia é similar ao caminho percorrido pela SpaceX, que levou vários anos e tentativas frustradas para aperfeiçoar a recuperação de seus foguetes.

    O New Glenn, que é muito maior que o New Shepard, usado pela Blue Origin em voos suborbitais, enfrentou novos desafios devido à sua escala. A empresa já possui experiência com pousos verticais, mas com o New Glenn, os obstáculos são ainda maiores. A SpaceX também passou por esse processo com o Falcon 9, enfrentando vários fracassos até conseguir aperfeiçoar a recuperação de seus foguetes, com mais de 300 pousos bem-sucedidos até hoje. A Blue Origin, por sua vez, está apenas começando essa jornada, mas as expectativas para o sucesso no futuro são altas.

    Objetivo do voo e próximos passos

    O voo do New Glenn desta quinta-feira foi principalmente um teste de certificação, com o objetivo de demonstrar a capacidade do foguete de colocar artefatos em órbita. A missão foi considerada um sucesso absoluto, embora o Departamento de Defesa dos Estados Unidos exija dois voos bem-sucedidos para permitir o uso do foguete em missões com satélites militares.

    Durante o voo, a Blue Origin aproveitou a oportunidade para lançar o Blue Ring Pathfinder, um dispositivo experimental projetado para atuar como um “rebocador espacial”, capaz de movimentar satélites entre diferentes órbitas. Durante a missão, o dispositivo permaneceu acoplado ao segundo estágio do New Glenn, em uma órbita elíptica com um apogeu de 19,3 mil km e um perigeu de 2,4 km, com a missão planejada para durar cerca de seis horas.

    Em termos de capacidade de carga, o New Glenn se posiciona como um intermediário entre o Falcon 9 e o Falcon Heavy da SpaceX, podendo transportar até 45 toneladas para a órbita terrestre baixa. Comparativamente, o Falcon 9 leva 23 toneladas e o Falcon Heavy, 64 toneladas. O custo dos voos de ambos os foguetes é semelhante, com cerca de US$ 69 milhões por lançamento.

    A Blue Origin planeja fazer pelo menos seis a sete lançamentos do New Glenn em 2025, com contratos com a NASA, a empresa de telecomunicações Telesat e o Projeto Kuiper, a constelação de satélites de internet da Amazon, de propriedade de Bezos. Em 2026, o New Glenn também deverá ser responsável pelo lançamento de uma missão lunar robótica, o módulo Blue Moon Mark 2.

    O grande desafio da Blue Origin, no entanto, será aumentar a cadência de lançamentos. Atualmente, a SpaceX tem uma capacidade incomparável de realizar mais de 100 lançamentos por ano, enquanto a Blue Origin, após o sucesso deste primeiro voo, prevê um número muito menor de lançamentos em 2025, o que torna seu caminho para igualar a agilidade da concorrente um dos maiores desafios a ser superado.

    Foguete New Glenn, da Blue Origin, consegue atingir órbita, mas pouso é adiado

  • Blue Origen de Jeff Bezos coloca foguete New Glenn em órbita pela primeira vez

    Blue Origen de Jeff Bezos coloca foguete New Glenn em órbita pela primeira vez

    Gregg Newton

    O foguete New Glenn decola do Centro Espacial Kennedy, em 16 de janeiro de 2025, no Cabo Canaveral (Flórida), nos EUA

    Gregg Newton

    A Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos, conseguiu lançar seu foguete New Glenn em órbita pela primeira vez nesta quinta-feira (16), segundo uma transmissão ao vivo.

    A nave espacial de 98 metros de altura, o equivalente a um prédio de 32 andares, decolou às 2h03 locais (4h03 em Brasília) da base espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

    Com esta missão, batizada de NG-1, Bezos, dono da Amazon, mira diretamente no homem mais rico do mundo, Elon Musk, cuja empresa SpaceX domina o mercado de lançamentos orbitais com seus foguetes Falcon 9 e Falcon Heavy.

    A missão atingiu seu “objetivo principal” de colocar o segundo estágio do foguete em órbita, anunciou a executiva da Blue Origin, Ariane Cornell, durante a transmissão.

    Esse era o objetivo declarado da empresa. “Conseguimos”, disse o diretor David Limp no X.

    A Blue Origin tem anos de experiência em levar turistas ao espaço por alguns minutos, graças aos seus foguetes New Shepard, muito menores. Mas até agora não havia realizado nenhum voo em órbita.

    O voo inaugural do New Glenn, que recebeu o nome de um lendário astronauta, foi aguardado durante anos e adiado diversas vezes.

    “Parabéns por alcançar a órbita na primeira tentativa! @JeffBezos”, escreveu Musk em sua plataforma X após o lançamento.

    Bezos fundou a Blue Origin em 2000, dois anos antes de Musk criar a SpaceX, mas adotou uma abordagem mais cautelosa ao desenvolvimento do que seus concorrentes.

    – “Perdemos o propulsor” –

    Além de colocar o foguete em órbita, a Blue Origin pretendia tentar recuperar o propulsor do foguete pousando-o de forma controlada em uma plataforma no Oceano Atlântico, uma manobra complexa semelhante às realizadas pela SpaceX, que não teve sucesso.

    “Perdemos o propulsor”, reconheceram porta-vozes da empresa durante a transmissão ao vivo.

    A Blue Origin já tem um contrato com a Nasa para lançar duas sondas para Marte a bordo da New Glenn. O foguete também dará suporte à implantação do Projeto Kuiper, um satélite projetado para competir com a rede de internet da Starlink.

    Fisicamente, o New Glenn supera o Falcon 9 de 70 metros de altura e foi projetado para cargas maiores.

    Sua capacidade em termos de massa fica entre a do Falcon 9 e a de seu irmão mais velho, o Falcon Heavy, mas tem a vantagem de um compartimento útil mais amplo, ideal para cargas mais volumosas.

    Por enquanto, porém, a SpaceX continua na liderança dessa corrida espacial, enquanto outros concorrentes, como United Launch Alliance, Arianespace e Rocket Lab, estão muito atrás.

    A empresa de Musk está desenvolvendo o maior e mais poderoso foguete já projetado, o Starship, que fará seu sétimo voo de teste nesta quinta-feira.

    Assim como Musk, Bezos tem uma antiga paixão pelo espaço. Mas enquanto Musk sonha em colonizar Marte, Bezos imagina transferir a indústria de base para fora do planeta, para plataformas espaciais flutuantes para preservar a Terra, “a origem azul da humanidade”.

    Blue Origen de Jeff Bezos coloca foguete New Glenn em órbita pela primeira vez