Categoria: Lifestyle

  • Ilê Aiyê se junta a Daniela Mercury 50 anos após ‘reafricanizar’ o Carnaval

    (REVISTA SIMPLES) – Em 1988, Daniela Mercury e Ilê Aiyê integravam a mesma gravadora –ela, prestes a iniciar carreira solo, e eles, preparando o segundo álbum. Em uma conversa, a cantora perguntou ao fundador do bloco afro, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê, se poderia cantar em um ensaio deles, no bairro da Liberdade, em Salvador.

    “Ele falou, ‘mas você não sabe cantar só com percussão, sem instrumentos de harmonia, né?’”, diz Mercury. “Disse que eu me arriscava. E estava lotado. Era minha primeira vez ali, na praça, a banda com uns 80 percussionistas. Cantei músicas deles, coisas de outros blocos afro, ‘Aquarela do Brasil‘, fui misturando. Uns dias depois, meu empresário disse que Vovô ligou, dizendo que a negrada gostou da branquinha, e quanto era o cachê para fazer a Noite da Beleza Negra.”

    Aquele encontro foi definitivo para a carreira de Mercury, que nunca mais parou de frequentar os ensaios do Ilê Aiyê, já gravou diversas músicas e usou levadas de percussão do bloco em seus álbuns. Também teve importância para o primeiro bloco afro do Brasil, que este ano completa cinco décadas de existência, e teve na cantora uma propagadora de suas músicas fora da Bahia –no resto do Brasil e também ao redor do mundo.

    Mercury vai levar os músicos do Ilê Aiyê, além de Margareth Menezes, a seu show no palco do tradicional Festival de Verão Salvador, que em 2024 completa 25 anos de existência.

    O evento acontece nos dias 27 e 28, e com encontros como Carlinhos Brown e BaianaSystem, Psirico e Baco Exu do Blues, Iza e Liniker, Bell Marques e Claudia Leitte, Léo Santana e Luísa Sonza, Péricles e Gloria Groove, Seu Jorge e Mano Brown e Thiaguinho e Maria Rita, além de Caetano Veloso cantando “Transa” e Ivete Sangalo, entre outros.

    Mas menos de 15 anos antes daquele primeiro encontro, o Ilê Aiyê sequer existia. Numa época de ditadura militar, Salvador, a cidade com maior população negra fora do continente africano, era “bastante restritiva” para esse extrato social, segundo Vovô do Ilê.

    “O negro sempre foi vilão, até provar que não era”, ele diz.

    “Então, nossa estética era muito restrita. Não usávamos roupas coloridas –negro de vermelho diziam que era o diabo. O cabelo era cortado na máquina zero, diziam que era ruim, cocô de boi. Na escola, tinha muito apelido. E começamos a observar também que, no Carnaval da Bahia, os principais blocos não tinham negros.”

    Os anos 1970 marcaram a ascensão dos movimentos de afirmação da identidade e valorização dos fenótipos negros, especialmente vindos dos Estados Unidos. Das imagens na revista Ebony à música e capas de discos de James Brown, Marvin Gaye e Jackson 5, o “black is beautiful” influenciava os bailes soul do Rio de Janeiro e chegava até o bairro da Liberdade, em Salvador.

    Inspirado pelos Panteras Negras, Vovô queria dar o nome de black power, ou poder negro, ao bloco que criou, mas o medo da repressão fez com que sua progenitora, a ialorixá Mãe Hilda, o aconselhasse a mudar de ideia.

    Em iorubá, “ilê” significa “casa” e aiyê, “terra” –ou “a casa dos negros”–, e foi já com esse nome que o bloco, visando o resgate do orgulho negro, tomou a Ladeira do Curuzu, no Carnaval de 1975, seu primeiro.

    Eram cem pessoas, diz Vovô, já que muita gente deixou de ir com medo da repressão da ditadura. No segundo ano, foram 400, contra 700 no terceiro e, desde 1978, o bloco “nunca mais saiu com menos de mil pessoas”.

    Ele recorda que o medo era justificado, já que a polícia “não sabia como lidar com aquele monte de negros reunidos”. “Nessa época, já usávamos uma estética de negro americano –cabelo black power, calça boca de sino, sapato cavalo de aço, aquelas camisas, saia plissada.”

    Os blocos populares, diz Vovô, já sofriam repressão da polícia, “imagine quando surgiu um declaradamente negro”. Ele afirma que o bloco tinha que pedir autorização do governo para ensaiar, e esses encontros, quando não eram cancelados, aconteciam com presença da polícia.

    “A polícia estava sempre presente com uma patrulha, com uns pedaços de pau grandes, batiam nas pessoas. Não tinha tiro, mas às vezes o pessoal saía na mão. E os ensaios eram suspensos. No Carnaval a polícia ia acompanhando a gente. Nessa época, a juventude negra desfilava nos blocos de índio e, com o surgimento do Ilê, a cidade tomou um susto. Na imprensa, fomos taxados de racistas, disseram que estávamos a serviço dos russos.”

    Antes do Ilê, Salvador já contava com os afoxés –como o Filhos de Gandhy–, que não são blocos de Carnaval. São o candomblé trazido para a rua, com seus rituais, vestes, adereços, danças e cânticos. Os atabaques são tocados com as mãos e as músicas são todas religiosas.

    Já o Ilê, e depois os outros blocos afro que se espalharam pelo Brasil, surgiram desatrelados da religião. No caso do bloco de Vovô, a música é até hoje um samba tocado com baquetas, que mistura elementos do samba de roda, do Recôncavo Baiano, com o ijexá. Nunca houve instrumentos de melodia, só voz e percussão.

    Nos anos 1980, o Olodum, com Neguinho do Samba, consolidou o samba-reggae, mas o Ilê nunca aderiu essa batida. O som característico do Ilê está encapsulado em álbuns como os dois volumes de “Canto Negro”, de 1984 e 1989.

    Mas mesmo antes de entrar em estúdio, o Ilê já era conhecido fora do Carnaval baiano através de Gilberto Gil, que em 1977 gravou sob o nome “Ilê Ayê” a música “Que Bloco é Esse?” –composição de Paulinho Camafeu que foi tema do primeiro desfile do bloco–, e Caetano Veloso, que registrou “Depois Que o Ilê Passar” em disco, em 1987.

    Em 1988, já após o fim da ditadura militar no Brasil, os sambas dos blocos afro estavam em ascensão na Bahia. “Era um momento de explosão”, diz Mercury. O ano principal de ‘Faraó (Divindade do Egito)’ é 1988, e no ano seguinte eu gravo ‘Swing da Cor’, do [mesmo autor de ‘Faraó’] Luciano Gomes.”

    Mercury foi protagonista na popularização das batidas e músicas dos blocos afro na virada da década, uma marca indelével do axé. Uma peça fundamental nesse processo foi Ramiro Musotto, músico nascido na Argentina e profundo pesquisador da percussão baiana, que registrava em samples e destrinchava os desenhos das batidas que os baianos, diz a cantora, “absorvem no ouvido, na mão e no corpo”.

    Segundo o livro “O Canto da Cidade: Da Matriz Afro-baiana à Axé Music de Daniela Mercury”, de Luciano Matos, foi ele quem sintetizou em estúdio o arranjo de percussão presente em “O Mais Belo dos Belos” – música do Ilê Aiyê registrada no disco “O Canto da Cidade”, da cantora. Musotto tocou diversos instrumentos, ao lado de apenas dois percussionistas, diz o livro, “fazendo soar como se fosse a percussão completa do Ilê”.

    “O Mais dos Belos” apareceu no segundo e mais bem-sucedido álbum de Mercury emendada com “O Charme da Liberdade”, outra canção do Ilê. Aquele disco, lançado em 1993, e hoje com cerca de 3 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo, fez da artista uma estrela em ascensão da música brasileira.

    Vovô do Ilê lembra que, naqueles primeiros encontros no fim dos anos 1980, havia um receio em se aproximar com uma cantora branca. “Era assim, ‘rapaz, lançamento de disco do Ilê, e essa menina branquinha aí… vamos ver no que vai dar’”, diz. “Mas nosso papo nunca foi separatismo. A gente busca liberdade e igualdade. E depois ela começou a frequentar os ensaios do Ilê.”

    Para Vovô do Ilê, a criação dos blocos afro “foi o que fortaleceu a axé music”. E Mercury, ele diz, “é a única cantora do axé, branca, que não tem medo dos tambores”. “Ela se identifica e nem precisa ensaiar, canta de ouvido. Antes era só o Ilê, mas hoje ela vai para todos. E é muito bem recebida. No verão, trava a agenda e pergunta que dia pode ir. Como dizem, a branquinha mais pretinha da Bahia é ela.”

    Ele ainda afirma que o diferencial da cantora é que “em qualquer lugar do mundo que vai, tem música de bloco afro no repertório”. “São músicas que informam os brancos e empoderam o povo negro. Ajuda a combater o racismo. Vejo outros artistas que cantam de tudo, mas não cantam música de bloco afro.”

    Para o show no Festival de Verão, eles ainda não tinham preparado o que iam fazer quando falaram com a reportagem. O certo é que essa relação foi decisiva para o axé e a música baiana nos últimos 30 anos. Como diz Carlinhos Brown no livro de Luciano Matos, “o Ilê Aiyê é um dos maiores responsáveis pela reafricanização no Brasil”, e Mercury “uniu a cidade nesse cantar”.

    Existiria Daniela Mercury como conhecemos sem o Ilê Aiyê? “Não”, ela diz. “Fiz até uma canção de amor para o Ilê, ‘Dara’. Para mim, é o bloco mais bonito da cidade, o que mais me inspirou como artista, desde a dança até a música. Sempre que estou lá, me sinto em casa, é onde me identifico na minha cidade. É o som que me move, mobiliza e emociona. Meu trabalho todo foi desenvolvido com MPB e sambas afro. É o que escolhi fazer.”

    FESTIVAL DE VERÃO SALVADOR
    Quando: 27 e 28 de janeiro, às 15h
    Onde: Parque de Exposições – av. Luís Viana Filho, 1590, Itapuã – Salvador (BA)
    Preço: a partir de R$ 97,90
    Classificação: 14 anos
    Link: https://bileto.sympla.com.br/event/88040/d/222329
    Transmissão: Multishow e Globoplay; TV Globo exibe os melhores momentos.

    Ilê Aiyê se junta a Daniela Mercury 50 anos após ‘reafricanizar’ o Carnaval

  • Qual foi o Melhor Filme do Oscar no ano que você nasceu?

    Quem é fã de cinema certamente acompanha os grandes lançamentos e a repercussão dos longas mais badalados em premiações do gênero. Por isso, é bem provável que a pessoa se lembre das mais recentes produções que levaram o Oscar de Melhor Filme, uma das principais categorias da cerimônia. Mas será que você se recorda da trama mais ovacionada no seu ano de nascimento? Difícil, né?

    Confira a galeria e surpreenda-se! Será que é um dos seus preferidos ou nem por isso?

    Qual foi o Melhor Filme do Oscar no ano que você nasceu?

  • Aniversário de SP tem shows grátis de Lexa, Naiara Azevedo e Tati Quebra Barraco

    Aniversário de SP tem shows grátis de Lexa, Naiara Azevedo e Tati Quebra Barraco

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A cidade de São Paulo completa 470 anos nesta quinta, dia 25, e há uma programação de eventos gratuitos espalhados pelas cinco regiões para celebrar a data.

    Entre as principais atrações estão shows de Lexa, Naiara Azevedo, Mart’nália, Tati Quebra Barraco e Baby do Brasil. Sob o tema “Elas cantam São Paulo”, a agenda organizada pela prefeitura paulistana destaca apresentações de cantoras.

    Saraus, rodas de conversa, espetáculos de mágica, oficinas, atividades para as crianças e uma homenagem a Rita Lee completam a programação.

    Seis palcos são montados na data, na avenida São João (centro), teatro Flávio Império e Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (zona leste), Centro Cultural da Juventude (zona norte), Casa de Cultura Butantã (zona oeste) e Casa de Cultura Campo Limpo (zona sul). Outros equipamentos culturais, como CEUs, também recebem atividades.

    Além disso, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Futebol, o Museu Afro Brasil, o Museu de Arte Sacra, o Museu das Culturas Indígenas e a Pinacoteca terão entrada gratuita na quinta-feira. Os ônibus municipais terão tarifa zero durante todo o dia.

    A programação completa, bem como os endereços e horários de cada atração, podem ser acessados no portal de aniversário da cidade, neste link:

    Aniversário de SP tem shows grátis de Lexa, Naiara Azevedo e Tati Quebra Barraco

  • Erros sobre as civilizações antigas que sempre saem nos filmes!

    Erros sobre as civilizações antigas que sempre saem nos filmes!

    Os vikings eram povos do norte sedentos de sangue, e os guerreiros escoceses do século 13 usavam kilts durante as batalhas, certo? Bem, não exatamente. Por muitos anos, Hollywood foi responsável por perpetuar inúmeros mitos, estereótipos e clichês sobre as civilizações antigas. Pense nisso: todos os gladiadores eram realmente apenas escravos que lutavam até a morte?

    De fato, os profissionais da mais famosa indústria do entretenimento do mundo estão realmente precisando de umas aulinhas de História para se atualizarem!

    Na galeria, descubra as coisas que Hollywood erra feio sobre as sociedades antigas.

    Erros sobre as civilizações antigas que sempre saem nos filmes!

  • Ryan Gosling tem 3 indicações ao Oscar e os fãs nem sabem!

    Ryan Gosling é um ator único. Em mais de 25 anos de carreira, passou de estrela infantil do Disney Channel para um dos atores mais talentosos e versáteis de Hollywood. Nesse meio tempo, o artista canadense fez de tudo um pouco. Teve altos e baixos, fez TV, estrelou superproduções e filmes independentes aclamados pela crítica e viu sua família crescer.

    Em ‘Barbie’ (2023), o galã arrasou como o Ken, o famoso namorado da boneca, um papel coadjuvante que acabou roubando a cena! Além do elenco incrível e profundidade da história, muitos críticos destacaram o desempenho do ator especificamente, cuja representação de Ken vai de hilário a emocionante em minutos. Inclusive, Ryan Gosling ganhou uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pela sua incrível performance. Por sinal, você sabia que essa já é a terceira nomeação do astro na principal premiação do cinema? Quais foram os outros dois filmes?

    Ator respeitado e colecionador de personagens inesquecíveis, Ryan Gosling já pode adicionar mais esse papel icônico (e inesperado) para a sua carreira de sucessos. Por sinal, que tal relembrar a trajetória do ator até a atualidade? REVISTA SIMPLES a seguir!

    Ryan Gosling tem 3 indicações ao Oscar e os fãs nem sabem!

  • Jô Soares terá livro póstumo sobre mercado financeiro publicado em março

    Jô Soares terá livro póstumo sobre mercado financeiro publicado em março

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – O humorista Jô Soares terá um livro póstumo publicado em março pela editora Almedina no Brasil e em Portugal.

    “A Bolsa e a Vida”, um texto inédito sobre o mercado financeiro, originalmente seria editado em livro e transformado em peça teatral -o apresentador também tinha carreiras de sucesso como romancista e dramaturgo.

    O livro narra a história de um investidor real durante a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. A jornalista Mara Luquet, especializada em economia e finanças, trabalhava com Jô no projeto quando ele morreu, em agosto de 2022, aos 84 anos.

    Em conversas com Flávia Pedras Soares, ex-mulher de Jô, elas decidiram lançar o texto em livro com um capítulo adicional em que Luquet conta histórias do mercado brasileiro e casos que ouviu de Jô.

    “Estamos conversando com com alguns dramaturgos para finalizar a peça”, acrescenta a jornalista, que fez parte do quadro “Meninas do Jô”, do programa que o humorista apresentava na Globo.

    Jô Soares terá livro póstumo sobre mercado financeiro publicado em março

  • Leandro Karnal atravessa o Atlântico para turnê em terras portuguesas

    Leandro Karnal é um dos maiores pensadores contemporâneos do Brasil, e certamente um dos  mais populares. Com mais de cinco milhões de seguidores nas redes sociais, é reconhecido  como importante intelectual e formador de opinião. 

    Depois de viajar por todo o país com o show “Prazer, Karnal – Filosofia, História e Humor”, ele vai desembarcar em Portugal para uma turnê em janeiro de 2024, as apresentações vão acontecer  em Lisboa, Porto e Coimbra. Veja os detalhes abaixo. 

    O show mistura aula, palestra e humor. Karnal compartilha sua trajetória pessoal e reflexões  inspiradas em grandes pensadores do passado e do presente: Aristóteles, Santo Agostinho,  Albert Camus, Schopenhauer, Nietzsche, Bauman, Kant, entre outros. 

    Com o mundo em constante mudança, Karnal busca estimular novos pensamentos e  perguntas, propondo temas como traçar um projeto de vida em meio à incerteza do futuro,  como enfrentar a repetição da rotina, como lidar com a solidão e transformá-la em produtiva  solitude, como trilhar uma vida feliz em meio a tantos dissabores e como compreender a  vaidade. Trazer a cultura histórica e filosófica para a vida cotidiana é a tarefa mais ampla do  professor.  

    Com sua sinceridade e acessibilidade, Karnal apresenta esses temas de forma criativa e  envolvente, proporcionando uma experiência de aprendizado e reflexão ao público.  

    Prepare-se para uma noite de prazer para o cérebro e para o fígado, com um dos mais  renomados pensadores do Brasil. Ouse saber! Permita-se pensar e rir. Tenha mais “Prazer,  Karnal”. 

    Veja as datas e locais das apresentações: 

    • Porto: 23 de janeiro –  no  Coliseu Porto Ageas
    • Coimbra: 25 de janeiro – Convento de  São Francisco
    • Albufeira: 26 de janeiro – Auditório Pacific
    • Lisboa: 28 de janeiro – Coliseu dos Recreios

     

    Leandro Karnal lança livro sobre preconceito

    O historiador, professor e escritor Leandro Karnal lança o livro “Preconceito: uma história”, pela editora Companhia das Letras, feito em parceria com Luiz Estevam. É uma análise sobre a origem desse sentimento tão arraigado na sociedade. O livro busca as raízes profundas do preconceito, é um convite para a desconstrução de aprendizados culturais que perpetuam o sofrimento de toda pessoa entendida como diferente.

    O que nos impede de viver respeitando as diferenças? Viagem implacável, este livro examina os efeitos deletérios do preconceito a partir de sua construção histórica. Ao apresentar o fenômeno como uma categoria cultural e demonstrar que não é sustentável frente ao pensamento objetivo, Leandro Karnal e Luiz Estevam investigam os mecanismos que permitem a subsistência de misoginia, LGBTfobia, xenofobia, racismo e capacitismo, analisando criticamente exemplos de sua manifestação em diferentes momentos.

    Resta uma esperança: se o preconceito é aprendido socialmente, ele pode ser desconstruído ― um movimento essencial para que conquistemos uma vida mais harmônica e justa.Com prefácio de Djamila Ribeiro e depoimentos de Amara Moira, Daniel Munduruku, Daniela Mercury, Fernanda de Araujo Machado, Giovanna Heliodoro, Ivan Baron, Leonardo Morjan Britto Peçanha, Luanda Vieira, Malu Jimenez, Nadir Olga Cruz, Rita Von Hunty, Rodrigo Hübner Mendes, Samuel Gomes e Vera Magalhães.

    Leandro Karnal atravessa o Atlântico para turnê em terras portuguesas

  • Veja lista de brasileiros que votam no Oscar, com Fernanda Montenegro

    Veja lista de brasileiros que votam no Oscar, com Fernanda Montenegro

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – Nesta terça-feira (23) serão conhecidos os indicados ao Oscar, escolhidos por votação entre os mais de 10 mil membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que reúne profissionais de diversos países do mundo, incluindo dezenas do Brasil.

    Todos os membros da academia precisam estar envolvidos de alguma forma no setor cinematográfico, mas a associação não se restringe aos criativos -também estão inclusos executivos, profissionais de marketing e relações públicas.

    Nos últimos anos, a academia tomou medidas para diversificar o seu quadro de membros. Ela adiciona novos integrantes uma vez por ano.

    Neste ano, há grande expectativa para as indicações de “Oppenheimer” e “Barbie”, grandes sucessos de bilheteria no ano passado.

    Veja na lista abaixo os brasileiros que fazem parte da academia e votam nos filmes que serão premiados na cerimônia do Oscar, dia 10 de março, em Los Angeles.

    Adriano Goldman (diretor de fotografia)
    Affonso Beato (diretor de fotografia)
    Alê Abreu (diretor e animador)
    Alice Braga (atriz)
    Andrea Barata Ribeiro (produtora)
    Anita Rocha da Silveira (diretora)
    Anna Muylaert (diretora)
    Anna Van Steen (maquiadora)
    Antonio Pinto (compositor)
    Bruno Barreto (diretor)
    Cacá Diegues (diretor)
    Carlinhos Brown (compositor)
    Carlos Saldanha (diretor e animador)
    Carolina Markowicz (diretora)
    Daniel Rezende (diretor e montador)
    Emilio Domingos (documentarista)
    Fabiano Gullane (produtor)
    Felipe Lacerda (montador)
    Fernanda Montenegro (atriz)
    Fernando de Goes (cientista de computação)
    Fernando Meirelles (diretor)
    Helena Solberg (diretora)
    Heloísa Passos (diretora)
    Ilda Santiago (curadora)
    Jefferson De (diretor)
    João Atala (documentarista)
    João Moreira Salles (documentarista)
    José Padilha (diretor)
    Karen Akerman (editora e produtora)
    Karen Harley (montadora)
    Karim Aïnouz (diretor)
    Kleber Mendonça Filho (diretor)
    Laís Bodanzky (diretora)
    Lula Carvalho (diretor de fotografia)
    Marcelo Zarvos (compositor)
    Maria Augusta Ramos (documentarista)
    Mauricio Osaki (diretor)
    Mauricio Zacharia (roteirista)
    Paula Barreto (produtora)
    Pedro Kos (documentarista)
    Petra Costa (documentarista)
    Renato dos Anjos (supervisor de animação)
    Rodrigo Santoro (ator)
    Rodrigo Teixeira (produtor)
    Sara Silveira (produtora)
    Selton Mello (ator e diretor)
    Sérgio Mendes (compositor)
    Sônia Braga (atriz)
    Vânia Catani (produtora)
    Vera Blasi (roteirista)
    Wagner Moura (ator e diretor)
    Waldir Xavier (engenheiro de som)
    Walter Salles (diretor)

    Veja lista de brasileiros que votam no Oscar, com Fernanda Montenegro

  • Oscar 2024 anuncia seus indicados com ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’

    Oscar 2024 anuncia seus indicados com ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou na manhça desta terça-feira (23) os indicados à 96ª edição do Academy Awards, o Oscar, mais importante premiação da indústria americana de cinema.

    Sob o comando dos atores Zazie Beetz e Jack Quaid, o anúncio foi transmitido em tempo real do Samuel Goldwyn Theater, sala de cinema operada pela instituição, em Los Angeles.

    Como esperado, “Oppenheimer” saiu na frente com 13 indicações. “Barbie”, campeão das bilheterias do ano passado, ficou com 8. Já “Pobres Criaturas”, que ganhou força nas últimas semanas, aparece com 11. A cerimônia de entrega das estatuetas acontece no dia 10 de março.

    Confira, abaixo, a lista completa de indicados.

    *MELHOR FILME
    ‘American Fiction’
    ‘Anatomia de uma Queda’
    ‘Barbie’
    ‘Os Rejeitados’
    ‘Assassinos da Lua das Flores’
    ‘Maestro’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Vidas Passadas’
    ‘Pobres Criaturas’
    ‘Zona de Interesse’

    DIREÇÃO
    Jonathan Glazer, ‘Zona de Interesse’
    Yorgos Lanthimos, ‘Pobres Criaturas’
    Christopher Nolan, ‘Oppenheimer’
    Martin Scorsese, Assassinos da Lua das Flores’
    Justine Triet, ‘Anatomia de uma Queda’

    ATOR
    Bradley Cooper, ‘Maestro’
    Colman Domingo, ‘Rustin’
    Paul Giamatti, ‘Os Rejeitados’
    Cillian Murphy, ‘Oppenheimer’
    Jeffrey Wright, ‘American Fiction’

    ATRIZ
    Annette Bening, ‘Nyad’
    Lily Gladstone, ‘Assassinos da Lua das Flores’
    Sandra Hüller, ‘Anatomia de uma Queda’
    Carey Mulligan, ‘Maestro’
    Emma Stone, ‘Pobres Criaturas’

    ATOR COADJUVANTE
    Sterling K. Brown, ‘American Fiction’
    Robert De Niro, ‘Assassinos da Lua das Flores’
    Robert Downey Jr., ‘Oppenheimer’
    Ryan Gosling, ‘Barbie’
    Mark Ruffalo, ‘Pobres Criaturas’

    ATRIZ COADJUVANTE
    Emily Blunt, ‘Oppenheimer’
    Danielle Brooks, ‘A Cor Púrpura’
    America Ferrara, ‘Barbie’
    Jodie Foster, ‘Nyad’
    Da’Vine Joy Randolph, ‘Os Rejeitados’

    ROTEIRO ADAPTADO
    ‘American Fiction’
    ‘Barbie’
    ‘Zona de Interesse’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    ROTEIRO ORIGINAL
    ‘Anatomia de uma Queda’
    ‘Os Rejeitados’
    ‘Maestro’
    ‘Segredos de um Escândalo’
    ‘Vidas Passadas’

    ANIMAÇÃO
    ‘O Menino e a Garça’
    ‘Elementos’
    ‘Nimona’
    ‘Robot Dreams’
    ‘Homem Aranha: Através do Aranhaverso’

    FOTOGRAFIA
    ‘O Conde’
    ‘Assassinos da Lua das Flores’
    ‘Maestro’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    DOCUMENTÁRIO
    ‘To Kill a Tiger’
    ’20 Days in Mariupol’
    ‘Bobi Wine: The Poeple’s President’
    ‘The Eternal Memory’
    ‘Four Daughters’

    DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
    ‘The ABCs of Book Banning’
    ‘The Barber of Little Rock’
    ‘Island in Between’
    ‘The Last Repair Shop’
    ‘Nǎi Nai & Wài Pó’

    MONTAGEM
    ‘Anatomia de uma Queda’
    ‘Os Rejeitados’
    ‘Assassinos da Lua das Flores’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    FILME INTERNACIONAL
    ‘Io Capitano’ (Itália)
    ‘A Sociedade da Neve’ (Espanha)
    ‘The Teachers’ Lounge’ (Alemanha)
    ‘Zona de Interesse’ (Reino Unido)
    ‘Perfect Days’ (Japão)

    CANÇÃO ORIGINAL
    ‘It Never Went Away’, de ‘American Symphony’
    ‘I’m Just Ken’, de ‘Barbie’
    ‘What Was I Made For?’, de ‘Barbie’
    ‘The Fire Inside’, de ‘Flamin’ Hot’
    ‘Washzazhe’, ‘Assassinos da Lua das Flores’

    DIREÇÃO DE ARTE
    ‘Barbie’
    ‘Assassinos da Lua das Flores’
    ‘Napoleão’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    SOM
    ‘Resistência’
    ‘Maestro’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um’
    ‘Zona de Interesse’

    EFEITOS ESPECIAIS
    ‘Resistência’
    ‘Godzilla Minus One’
    ‘Guardiões da Galáxia: Vol. 3’
    ‘Napoleão’
    ‘Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um’

    ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM
    ‘Letter to a Pig’
    ‘Ninety-Five Senses’
    ‘Our Uniform’
    ‘Pachyderme’
    ‘War is Over! Inspired by the Music of John & Yoko’

    FIGURINO
    ‘Barbie’
    ‘Assassinos da Lua das Flores’
    ‘Napoleão’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    CURTA-METRAGEM
    ‘The After’
    ‘Invincible’
    ‘Knight of Fortune’
    ‘Red, White and Blue’
    ‘A Incrível História de Henry Sugar’

    MAQUIAGEM E CABELO
    ‘Golda: A Mulher de uma Nação’
    ‘A Sociedade da Neve’
    ‘Maestro’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    TRILHA SONORA
    ‘American Fiction’
    ‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino’
    ‘Assassinos da Lua das Flores’
    ‘Oppenheimer’
    ‘Pobres Criaturas’

    Oscar 2024 anuncia seus indicados com ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’

  • Festival de Parintins, no Amazonas, tem ingressos à venda

    Festival de Parintins, no Amazonas, tem ingressos à venda

    (REVISTA SIMPLES) – A quase 400 quilômetros de Manaus, o Festival de Parintins, que ocorre desde 1965 no município de Parintins -conhecido como ilha da magia-, conta com a disputa entre os bois Garantido e Caprichoso. A 57ª edição acontece entre 28 e 30 de junho deste ano e tem ingressos disponíveis para compra a partir das 10h (horário de Brasília) do dia 1º de fevereiro. As vendas abrem, simultaneamente, na internet e nos pontos físicos da ticketeira Amazon Best.

    Os passaportes, do tipo inteira, para as três noites do evento variam entre R$ 2.400, na cadeira tipo 2, e R$ 4.000, na arquibancada central, e podem ser parcelados em até seis vezes sem juros nos cartões de crédito. Há um limite de três passaportes por CPF e não existem ingressos para somente um dia de apresentações. Em 2023, as entradas esgotaram em 1h15.

    Arquibancada central: R$ 4.000
    Arquibancada especial: R$ 3.000
    Cadeira tipo 1: R$ 3.300
    Cadeira tipo 2: R$ 2.400

    O Festival de Parintins se baseia em uma rivalidade iniciada há cerca de cem anos, quando dois grandes grupos começaram a representar nas ruas o folclore do boi-bumbá.

    No Amazonas, o festejo traz lendas e rituais das etnias indígenas e da cultura popular da região. Em 2018, foi reconhecido como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    Cada boi tem 2 horas e 30 minutos para se apresentar em cada noite, havendo um intervalo de 45 minutos entre os espetáculos de cada bumbá. O Garantido usa o vermelho, e o Caprichoso, o azul.

    O festival tem início às 21h (horário de Brasília) no Bumbódromo, palco das disputas construído pelo governo do Amazonas em 1988, e termina por volta das 2h30 da madrugada. A decisão do vencedor é feita por 10 juízes.

    FESTIVAL DE PARINTINS
    Quando 28, 29 e 30 de junho de 2024
    Onde Bumbódromo – R. Batucada, 134, centro, Parintins
    Preço A partir de R$ 2.400 (inteira)
    Link:

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