Bar dos Jardins em que mulher ficou cega por intoxicação de metanol reabre após 15 dias de interdição


Bar Ministrão quando foi interditado em 30 de setembro
Abraão Cruz/TV Globo
O bar Ministrão, localizado na Alameda Lorena, nos Jardins, área nobre da capital paulista, reabriu nesta sexta-feira (17). O estabelecimento havia sido interditado pela Polícia Civil após a designer de interiores Radharani Domingos ficar cega devido à intoxicação por metanol ao consumir vodca no local. A venda de bebidas destiladas segue proibida no local.
A interdição do estabelecimento foi a primeira no âmbito das operações contra a venda de bebidas falsificadas e adulteradas por metanol na cidade. Cerca de 100 garrafas de bebidas destiladas foram apreendidas. Um auto de infração foi lavrado contra o comércio, segundo a Secretaria da Saúde do estado.
Um laudo médico de Radharani constatou que seu corpo tinha quatro vezes mais a presença de metanol do que o necessário para provocar coma profundo e morte, confirmando que houve intoxicação por bebida adulterada pela substância.
Em nota, a Vigilância Sanitária municipal informou que, “a pedido do estabelecimento e, após nova inspeção sanitária da equipe técnica responsável, a desinterdição foi realizada para venda de outros produtos que não tenham relação com a investigação sobre metanol”.
A pasta disse que ainda segue “mantida a proibição no local da comercialização de bebidas destiladas até a conclusão dos laudos periciais do Instituto de Criminalística, das unidades coletadas pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC)”.
Segundo a defesa do bar, a reabertura foi autorizada na última quarta-feira (15) pela Vigilância Sanitária da cidade de São Paulo depois que foi feito um pedido administrativo.
“Era para estar reaberto desde quarta, em decorrência de um pedido administrativo que a gente fez para Covisa na semana passada. A direção achou melhor não [abrir quarta], até para limpar, recompor estoque, chamar os funcionários. Então, está desinterditado desde quarta-feira, a única exceção é a proibição de vender bebidas destiladas. Bebida alcoólica pode ser vendida, apenas cerveja e vinho”, explicou o advogado Júlio Ribeiro, ao g1.
Segundo ele, “a Vigilância tomou essa atitude em decorrência de tudo que vem acontecendo. Os laudos estão saindo dos fornecedores, todos negativos. A gente sempre cooperou com as autoridades, seja com a Vigilância, seja com a Polícia Civil, a delegacia de saúde pública. Apresentamos todas as notas fiscais, demonstramos que o Ministro só compra bebida de fornecedores oficiais, não há nenhuma bebida ilegal lá dentro”.
“Talvez a palavra de uma única pessoa seja um pouco demais para fechar um estabelecimento. Acho que necessita um pouco mais de apuração e é isso o que as autoridades estão fazendo. O Ministro é o maior interessado no desfecho desse inquérito policial e desse caso”, afirmou o advogado.
Já o registro estadual de funcionamento do bar segue suspenso. “Realmente, a Inscrição Estadual foi suspensa. Estamos discutindo isso administrativa e judicialmente, para tentar reativar a Inscrição Estadual do Ministro”, disse Ribeiro.
‘Não estou enxergando nada’
Intoxicação por metanol: Mulher volta pra casa sem enxergar após 15 dias no hospital
Ainda internada no hospital, Radharani disse ao Fantástico que os primeiros sintomas da intoxicação começaram após consumir três caipirinhas durante uma comemoração de aniversário em São Paulo no bar Ministrão.
Na UTI, ela chegou a ter convulsões e precisou ser intubada. “Era uma região nobre, não era nenhum boteco de esquina. Bebi três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodca. Causou um estrago bem grande. Não estou enxergando nada”, disse, na época.
Um laudo médico constatou que seu corpo tinha quatro vezes mais a presença da substância do que o necessário para provocar coma profundo e morte.
De acordo com o documento, a dosagem de metanol urinário encontrado em Radharani era de 415,90 mg/I. Médicos consultados pela TV Globo afirmaram que, com valores acima de 100/150 mg/l, é grande a chance de entrar em coma profundo, ter lesão cerebral extensa e até mesmo chegar à morte.
Radharani Domingos fala em entrevista ao Fantástico após intoxicação por metanol
Reprodução
Mapa de casos confirmados de intoxicação
Dados obtidos pela TV Globo com a Prefeitura de São Paulo mostram que a maioria dos casos confirmados de intoxicação por bebida com metanol na cidade de São Paulo, entre setembro e outubro deste ano, está concentrada na Zona Sul da capital.
Os dados são de quarta-feira (15) e apontam 21 pessoas intoxicadas com metanol. Entre os pacientes, há uma adolescente de 16 anos do bairro Itaim Bibi, na Zona Oeste, e adultos entre 20 e 64 anos em bairros do extremo Sul, como Cidade Dutra, Jardim São Luís e Grajaú.
A análise por bairros revela que a Cidade Dutra registra o maior número de casos, com quatro ocorrências, seguida pelo Jardim São Luís, com dois.
Outros bairros da Zona Sul como Sacomã, Capão Redondo, Parelheiros, Vila Mariana/Jabaquara e Vila Andrade também aparecem no mapa, reforçando a concentração de registros nessa região da cidade.
Casos isolados foram registrados em outras áreas da capital: na Zona Leste, bairros como Mooca, Tatuapé e Vila Formosa; na Zona Oeste, Butantã; e na região central, Consolação.
Veja no mapa abaixo a distribuição dos casos por bairro, idade e sexo dos pacientes:
Infográfico – Distribuição de casos de intoxicação por metanol na capital paulista
Arte/g1
Operação
A Polícia Civil de São Paulo fez uma operação nesta sexta-feira (17) para cumprir sete mandados de busca e apreensão contra o grupo suspeito de fabricar e vender bebidas alcoólicas batizadas com metanol ligadas às mortes de duas pessoas.
A ação é um desdobramento da operação da semana passada, que descobriu a fábrica clandestina de onde teriam saído as garrafas falsificadas em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Polícia encontra postos de combustível suspeitos de vender etanol adulterado com metanol
Dois postos de combustível suspeitos de vender etanol “batizado” com metanol para ser usado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas ligadas a duas mortes foram identificados.
Cada posto é de uma bandeira diferente. Uma delas foi citada na Operação Carbono Oculto, que apura a infiltração da facção criminosa PCC em todas as etapas de produção e venda de combustíveis no Brasil.
Os locais foram fiscalizados por agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Um fica em São Bernardo e o outro, em Santo André, sendo o último o principal fornecedor, segundo a polícia.
O metanol não é combustível veicular nem aditivo e deve ser usado apenas em ambiente industrial.
A ANP admite a presença de até 0,5% de metanol no etanol veicular, por considerar que a substância pode aparecer no processo produtivo.
🔎 Casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas começaram a ser registrados no estado de São Paulo no fim de setembro, o que levou as autoridades a abrirem investigação.
🔎 A suspeita é que falsificadores “batizavam” bebidas como gin e vodca de marcas conhecidas com metanol — substância altamente tóxica. O produto era então vendido e consumido pelas vítimas. Os principais sintomas são náuseas, dor abdominal, dor de cabeça e, em casos graves, cegueira.
🔎 Segundo boletim do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (15), seis mortes foram confirmadas em São Paulo e duas em Pernambuco por suspeita de ingestão de metanol. Há quase 150 notificações em todo o país.
Posto suspeito de fornecer metanol é fiscalizado
Reprodução/TV Globo
Fábrica clandestina
Ainda durante a operação, a polícia prendeu em flagrante uma mulher suspeita de ser a responsável pela produção ilegal. Entre os alvos da operação desta sexta estão parentes dela — pai, ex-marido e uma mulher.
Os investigadores descobriram que a família vendeu a bebida falsificada que levou a vítima Claudio Baptista ao hospital com sintomas graves. O homem tomou a bebida num bar na região da Saúde, Zona Sul da capital.
O caso dele se soma aos de Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, que consumiram bebida alcoólica num bar na Mooca, Zona Leste, e, depois, morreram. São pelo menos três, portanto, os casos diretamente relacionados à fábrica clandestina descoberta na semana passada.
A polícia também localizou o “garrafeiro”, que fornecia as garrafas para o grupo.



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