Major da polícia boliviana é preso por suspeita de acobertar Tuta, chefão do PCC no país vizinho, detido na semana passada


O major Gabriel Soliz foi preso após aparecer em imagens do circuito interno conversando com o narcotraficante Tuta pouco antes de ele ser preso por uso de documentos falsos em Santa Cruz de La Sierra. Major Gabriel Jesus Soliz Heredia, da Polícia Boliviana, foi registrado falando com líder do PCC do lado de fora do serviço de identificação onde Tuta foi preso, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, na sexta-feira (16).
Reprodução/Jornal ‘El Deber’
Um major da polícia boliviana foi preso na quinta-feira (22) em Santa Cruz de la Sierra por suspeita de dar cobertura para Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, líder do PCC preso na cidade na semana passada.
Segundo a imprensa boliviana, imagens do centro comercial onde Tuta tentava legalizar os documentos falsos que usava para permanecer no país mostram o chefe do PCC recebendo orientações do major Gabriel Jesus Soliz Heredia pouco antes de entrar no serviço de identificação do país, onde foi preso.
A defesa de Heredia não foi localizada pela reportagem.
As imagens obtidas pelo jornal “El Deber”, de Santa Cruz, mostram que Tuta aguarda do lado de fora da agência do Serviço Geral de Identificação Pessoal (SEGIP) de Santa Cruz quando um advogado aparece falando ao telefone e o cumprimenta.
Na sequência, Tuta sai acompanhado do advogado com uma mochila preta nas costas e senta em outra área do centro comercial, quando o major da polícia aparece de camiseta preta.
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O alto comandante da polícia também se senta ao lado do traficante brasileiro. Eles conversam brevemente e o major Soliz faz uma ligação e sai.
Tuta recebe orientação de um advogado na entrada do Serviço Geral de Identificação Pessoal (SEGIP) de Santa Cruz de La Sierra, na sexta (16), pouco antes de ser preso.
Reprodução/El Deber
O advogado – que ainda não teve a identidade revelada – continua no local e entrega documentos para o líder do PCC.
Os dois saem e entram no centro de identificação, onde momentos depois Tuta foi preso por usar documentos falsos com o nome de Maycon Gonçalves da Silva, de 54 anos.
O major Gabriel Soliz foi preso pelo Departamento Especializado de Luta Contra a Corrupção da Bolívia (D.E.L.C.C) e também é investigado pelo tribunal disciplinar da Polícia em La Paz, capital do país.
O major Gabriel Jesus Soliz Heredia foi preso por supostamente acobertar o líder do PCC Tuta em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Reprodução/Redes Sociais
De acordo com a Agência Boliviana de Informações (ABI), ao final das investigações, o major Soliz pode ser aposentado compulsoriamente ou demitido definitivamente da corporação.
As autoridades bolivianas agora investigam o que aconteceu com a mochila preta que Tuta carregava no dia da prisão e o que ela levava.
Uma operação do Departamento Anticorrupção do país foi feita nesta quinta (22) no local onde o chefão do PCC foi preso, para recolher documentos e imagens do circuito interno para entender a dinâmica da prisão e o fim dado à mochila que Tuta transportava.
Câmeras de segurança do Serviço Geral de Identificação Pessoal (SEGIP) de Santa Cruz registraram Tuta entrando no local na sexta (16) com um advogado.
Reprodução/El Deber
O narcotraficante brasileiro foi preso quando as informações passaram a ser processadas e houve um alerta da Interpol, informando que Tuta constava na difusão vermelha de criminosos.
Ele foi entregue às autoridades brasileiras no domingo (18) e transferido para a Penitenciária Federal de Brasília, mesma penitenciária onde Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, ambos lideranças do PCC, também cumprem pena.
Suborno de autoridades
Conversa de Tuta com o Major Gabriel Jesus Soliz Heredia na entrada do Serviço Geral de Identificação Pessoal (SEGIP) de Santa Cruz.
Reprodução/El Deber
O acobertamento por autoridades bolivianas é uma hipótese que já tinha sido levantada no Brasil pelo promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público de Sâo Paulo, para a escolha da Bolívia por líderes do PCC se esconderem.
Gakiya investiga o PCC há décadas em São Paulo e inclusive já foi ameaçado de morte. Segundo ele, outros integrantes da facção estão escondidos no país e a escolha do lugar se deu justamente pela facilidade de subornar autoridades e viver com documentos falsos.
“Ele [o Tuta] ir voluntariamente procurar as autoridades da Bolívia para renovar documentos revela que ele tinha uma grande tranquilidade para ir e vir, sem ser incomodado”, diz o promotor.
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“Não é só o Tuta. O Forjado, o Chacal e o André do Rap ainda estão na Bolívia, e em liberdade. Eu já vi até filmagem de um dos chefes, o nome dele é Sérgio, apelido Mijão, levando os filhos numa escola particular e entrando com carro na sua casa luxuosa em Santa Cruz de La Sierra. É proprietário de casa de show e restaurante, procurado no Brasil há mais de 20 anos e não é incomodado por lá”, afirma.
Segundo o promotor do Gaeco, a prisão de Marcos Roberto de Almeida aponta para a formação de um núcleo da chamada Sintonia Final do PCC em Santa Cruz de la Sierra, que é a cidade mais rica e elitizada da Bolívia.
O objetivo do grupo, segundo ele, é fortalecer, manter e expandir o tráfico de drogas, que ainda é a atividade mais lucrativa do PCC.
Pedro Luiz da Silva Soares – o Chacal, Patrick Uelinton Salomão, conhecido como Forjado, e André de Oliveira Macedo, o André do Rap, são outras lideranças do PCC foragidos da Polícia.
Reprodução
“O PCC, hoje, domina a Bolívia. Nos anos, 90 e 2000, eles se escondiam no Paraguai, depois migraram para a Bolívia justamente por essa facilidade de viver com documento falso, muitas vezes contando com a corrupção de policiais e autoridades locais. Eles escolheram o lugar para que possam, a partir da Bolívia, continuar comandando o PCC sem serem alcançados pela polícia brasileira”, acrescenta.
Entre os nomes que Lincoln Gakiya acredita estarem vivendo também na Bolívia estão os seguintes:
Patrick Uelinton Salomão, conhecido como Forjado;
Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal;
André de Oliveira Macedo, o André do Rap;
Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão.
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