Categoria: Tech

  • Entidades lançam manifesto contra alteração de controle da Meta

    Entidades lançam manifesto contra alteração de controle da Meta

    A Coalizão Direitos na Rede divulgou nesta quarta-feira (8) um manifesto contra a alteração nas políticas de moderação da Meta – controladora das plataformas Facebook, Instagram e Threads. 

    A big tech anunciou, nesta semana, o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes; o fim de restrições para assuntos como migração e gênero; e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações de teor político-ideológico.

    “Sob o pretexto de ‘restaurar a liberdade de expressão’, as propostas delineadas não apenas colocam em risco grupos vulnerabilizados que usam esses serviços, mas também enfraquecem anos de esforços globais para promover um espaço digital um pouco mais seguro, inclusivo e democrático”, diz o texto assinado por mais de 75 entidades.

    “A empresa sinaliza que não terá mais ações de moderação de conteúdos contra desinformação, discurso de ódio e outras políticas de proteção a favor das pessoas mais vulnerabilizadas. O CEO da Meta explicitamente admite aceitar os riscos de que essas novas políticas possam filtrar menos conteúdos nocivos do que as anteriores”, acrescenta o texto.

    O documento é assinado, entre outras entidades, pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD), Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Ação Educativa, e Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

    De acordo com o texto, atualmente, já são falhas as políticas de moderação de conteúdo das redes da Meta, tornando possíveis práticas de violência de gênero, ações contra a proteção de crianças e adolescentes, e permitindo o crescimento de grupos que propagam discurso de ódio e desinformação.

    Para a coalizão, as novas medidas propostas pioram a situação ao negligenciar os impactos reais dessas práticas de violência online, “além de abrir caminho para a proliferação de conteúdos prejudiciais que desestabilizam sociedades e minam processos democráticos”.

    O texto diz ainda que a Meta ataca de forma aberta os esforços democráticos de nações em proteger suas populações contra os danos provocados pelas big techs. “Com isso, prioriza, mais uma vez, os interesses estadunidenses e os lucros de sua corporação em detrimento da construção de ambientes digitais que prezam pela segurança de seus consumidores”.

    “O anúncio [da Meta] é emblemático de um problema estrutural: a concentração de poder nas mãos de corporações que atuam como árbitros do espaço público digital, enquanto ignoram as consequências de suas decisões para bilhões de usuários. Esse retrocesso não pode ser visto como um mero ajuste de políticas corporativas, mas como um ataque frontal desse monopólio de plataformas digitais às conquistas de uma internet mais segura e democrática”.

    Entidades lançam manifesto contra alteração de controle da Meta

  • Elon Musk diz que há “exagero de negatividade” no X

    Elon Musk diz que há “exagero de negatividade” no X

    O proprietário do X, Elon Musk, anunciou mudanças no algoritmo da plataforma, alegando que há “ um exagero de negatividade” circulando na rede social.

    Em uma postagem, o empresário multimilionário explicou que o objetivo das mudanças é fazer com que o algoritmo mostre “conteúdos mais informativos e divertidos” para os usuários.

    “Também estamos trabalhando em maneiras fáceis de ajustar o ‘feed’ de forma dinâmica, para que você possa ter o que quer, quando quiser”, escreveu Musk.

    Vale lembrar que, desde que Musk comprou o antigo Twitter, em outubro de 2022, a plataforma tem sido cada vez mais criticada por ser acusada de promover discurso de ódio e aumentar a toxicidade.


    Elon Musk diz que há “exagero de negatividade” no X

  • Dono do Facebook se rende a Trump e acaba com controle a fake news

    A Meta, empresa proprietária do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, anunciou nesta terça-feira, 7, que vai acabar com seu sistema de verificação de conteúdo, o que, na prática, põe fim a programa de checagem de fatos que tem o objetivo de reduzir a disseminação de informações falsas nas redes sociais.

    Em um vídeo postado em sua conta no Instagram em que comentou a decisão, o presidente da Meta, Mark Zuckerberg, criticou o que classificou como “tribunais secretos” latino-americanos que censurariam redes sociais. Sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF), que em agosto do ano passado suspendeu o X (ex-Twitter) em todo o País, Zuckerberg afirmou que o governo dos EUA deve ajudar a combater esse tipo de prática.

    As mudanças indicam um alinhamento da empresa com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que inicia seu segundo mandato no próximo dia 20. Ontem, Trump disse a jornalistas em sua casa, em Mar-a-Lago, que “provavelmente” as medidas anunciadas ontem têm relação com ataques que fez a Zuckerberg.

    Em 2021, Trump teve suas contas no Facebook e no Instagram suspensas após elogiar envolvidos nos atos violentos no Capitólio, em 6 de janeiro. Em 2024, Trump disse que mandaria Zuckerberg para prisão perpétua, pois, segundo o republicano, o dono da Meta teria colocado as redes sociais contra ele.

    Novo sistema

    O CEO da Meta afirmou que sua iniciativa surge como uma defesa da liberdade de expressão “que foi perdida” nas plataformas ao longo dos últimos anos e que “as eleições americanas também parecem ter sido um ponto de inflexão cultural para priorizar novamente o discurso”. Ele criticou ainda medidas tomadas por governos da União Europeia, América Latina e China, e disse que vai contar com Trump para pressionar governos de todo o mundo para encerrar a regulação que “censure a plataforma”.

    A partir de agora, a empresa vai adotar mecanismo que permite aos seus próprios usuários que escrevam e classifiquem as informações postadas, adicionando contexto ou desmentindo o conteúdo, como ocorre hoje no X. O procedimento vai começar pelos EUA.

    “Vimos essa abordagem funcionar no X – onde eles capacitam sua comunidade a decidir quando as postagens são potencialmente enganosas e precisam de mais contexto”, disse o recém-nomeado diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, um republicano que atuou nos governos de George W. Bush (2001-2009), inclusive como ex-vice-chefe de Gabinete da Casa Branca.

    Outro bilionário, Elon Musk, criou o sistema de notas da comunidade para sinalizar publicações enganosas no X quando comprou a plataforma, ainda como Twitter, em 2022. Desde que assumiu o controle da rede social, o bilionário também posicionou o X ao lado de Trump. Em novembro do ano passado, ele foi anunciado como chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, apelidado de Doge, um cargo inédito até então no gabinete presidencial.

    Desde que o republicano ganhou as eleições, em novembro, a Meta se movimentou para estreitar as relações com os conservadores. No fim daquele mês, Zuckerberg jantou com Trump em Mar-a-Lago, onde também se reuniu com Marco Rubio, senador que será secretário de Estado de Trump.

    Na semana passada, Zuckerberg nomeou Kaplan e, na segunda-feira, 6, o presidente da Meta anunciou Dana White, chefe do UFC e aliado próximo de Trump, para o conselho de administração da Meta.

    Para realizar a checagem de informações, a Meta construiu e financiou uma rede de organizações independentes que usavam suas recomendações sobre quando remover ou rotular uma publicação em uma de suas redes.

    A mudança anunciada ontem foi uma surpresa para várias delas. “Não sabíamos que isso aconteceria”, disse Alan Duke, editor-chefe do Lead Stories, um site de verificação de fatos que recebe financiamento da Meta. “Na verdade, tínhamos certeza de que o programa de verificação de fatos de 2025 estava em andamento e totalmente apoiado pela Meta.”

    Para Bruna Martins, especialista em direito digital da Coalizão Direitos na Rede, organização que defende os direitos humanos na internet, a guinada é “lamentável” e indica que a companhia de Mark Zuckerberg trata cidadãos não americanos como “meros números”. 

    Dono do Facebook se rende a Trump e acaba com controle a fake news

  • Nova regra da Meta permite ligar público LGBTQIA+ a doenças mentais

    (REVISTA SIMPLES) – Como parte das mudanças de moderação de conteúdo anunciadas nesta terça-feira (7), a Meta atualizou suas diretrizes da comunidade para permitir a ligação de transexualidade e homossexualidade a doenças mentais.

    “Estamos eliminando regras excessivamente restritivas sobre temas como imigração e identidade de gênero, que frequentemente são objeto de debate político”, afirmou em comunicado o novo diretor de assuntos globais da empresa, Joel Kaplan.

    “Esses tópicos podem ser discutidos na TV ou no Congresso, e não é correto que sejam censurados em nossas plataformas”, complementou.

    A nova versão das diretrizes, que vale para Facebook, Instagram e Threads, afirma que a empresa permite “alegações de doença mental ou anormalidade com base em gênero ou orientação sexual, considerando o discurso político e religioso sobre transexualidade e homossexualidade”.

    Em 1990, a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade da lista oficial de distúrbios mentais. A transexualidade foi removida da listagem de doenças mentais em 2018.

    O novo trecho aparece na versão em inglês americano das regras da Meta. Não houve mudança na tradução em português, porém a própria empresa informa que “a versão em inglês dos EUA dos Padrões da Comunidade reflete o conjunto mais atualizado de políticas e deve ser usada como o documento principal.

    “A Meta traduz as normas para garantir acessibilidade, mas a regra que eles tomam como base é a da sede, que agora fica no Texas”, diz o diretor do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio) Fabro Streibel.

    Procurada pela Folha, a empresa não respondeu se irá incluir a mudança também nas diretrizes em português. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal enquadrou a homofobia e a transfobia na lei dos crimes de racismo até que o Congresso Nacional aprove uma legislação sobre o tema.

    Questionado se a Meta poderia ter problemas com a Justiça brasileira por homofobia ou transfobia, o advogado Renato Opice Blum, especialista em crimes digitais, afirma que “esse é o típico caso que irá para o Judiciário decidir”. “A lei se sobrepõe à política.”

    As diretrizes também abrem exceções para insultos contra homossexuais, pessoas trans e imigrantes. A Meta afirma que as pessoas, às vezes, “usam linguagem insultante no contexto de discussões sobre temas políticos ou religiosos, como direitos das pessoas trans, imigração ou homossexualidade”.

    Os usuários da União Europeia podem enviar um pedido judicial para remoção de conteúdo que violem leis locais sobre discurso de ódio. Não há menções à legislação brasileira.

    Após a compra por Elon Musk, o X, ex-Twitter, também suspendeu as proteções para migrantes e pessoas LGBTQIA+. A página de regras também deixou de se chamar “conduta de ódio” e recebeu o nome “as regras do X”.

    As normas atuais fazem referência a crimes normalmente tipificados em todos os países, como conteúdo ameaçador, promoção de grupos violentos, estímulo ao suicídio, de assédio direcionado, de venda de substância ilícitas ou que arrisquem a segurança de crianças.

    Nova regra da Meta permite ligar público LGBTQIA+ a doenças mentais

  • Elon Musk e Linda Yaccarino, CEO do X, celebram mudança em checagem da Meta

    Elon Musk e Linda Yaccarino, CEO do X, celebram mudança em checagem da Meta

    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – A mudança da Meta para uma política de moderação de conteúdo baseada na intervenção dos próprios usuários anunciada nesta terça-feira (7) foi bem recebida por Elon Musk e Linda Yaccarino, dono e CEO do X (ex-Twitter), respectivamente.

    A adoção das chamadas Notas da Comunidade, ferramenta de checagem usada pelos usuários do X, foi uma das principais mudanças realizadas por Musk, que se considera um defensor da liberdade de expressão, após adquirir a plataforma, em 2022.

    Segundo o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o modelo que será adotado pela empresa dona do Facebook e do Instagram será semelhante ao do X.

    Em seu perfil na rede social, Musk disse em resposta a outro usuário que a novidade é “incrível” e republicou outras declarações favoráveis.

    A CEO da plataforma, Linda Yaccarino, disse pela plataforma que a checagem de fatos e a moderação não pertencem a pessoas selecionadas que podem facilmente injetar vieses em suas decisões.

    “[A checagem] é um processo democrático que pertence às mãos de muitos”, disse. “É um movimento inteligente de Zuck e algo que espero que outras plataformas façam, agora que o X mostrou o poder [das Notas da Comunidade]. Bravo!”

    A Meta anunciou nesta terça um conjunto de mudanças que devem pôr fim ao seu programa de checagem de fatos estabelecido em 2016 para conter a disseminação de desinformação em seus aplicativos.

    “Os fact checkers [moderadores] foram muito enviesados e destruíram mais confiança do que criaram, especialmente nos EUA. Vamos nos livrar deles”, disse Mark Zuckerberg, definindo a eleição de Donald Trump como um ponto de virada para a liberdade de expressão.

    A reversão da política de moderação é um sinal de como a empresa está se reposicionando para o novo governo, que toma posse em 20 de janeiro. Zuckerberg tem se aproximado do presidente eleito e indicou apoiadores como Joel Kaplan e Dana White para posições relevantes na empresa.

    Zuckerberg também disse que removerá restrições sobre tópicos como imigração e gênero que estão “fora de sintonia com o discurso dominante” e que usuários voltarão a ver com mais frequência conteúdo sobre política.

    Elon Musk e Linda Yaccarino, CEO do X, celebram mudança em checagem da Meta

  • Trump diz que Meta eliminou checagem por causa de suas ameaças

    Trump diz que Meta eliminou checagem por causa de suas ameaças

    WASHINGTON, EUA (REVISTA SIMPLES) – O presidente eleito Donald Trump afirmou a jornalistas nesta terça-feira (7) que a Meta “provavelmente” mudou sua política de checagem de fatos em decorrência de ameaças feitas pelo próprio republicano no passado.

    A empresa foi uma das que suspenderam a conta de Trump nas redes sociais depois dos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, ocorridos após o político insistir num discurso de que houve fraude eleitoral.

    O republicano já disse acreditar que a companhia e seu CEO, Mark Zuckerberg, “conspiraram” para sua derrota em 2021. O presidente eleito avaliava que o recurso de verificação de fatos tratava postagens de usuários conservadores de forma injusta. Em um livro publicado neste ano, o republicano fala em prender Zuckerberg se ele fizesse “algo ilegal novamente”.
    Nesta terça, questionado por jornalistas em Mar-a-Lago, Trump diz que, com a decisão, a Meta “evoluiu bastante”. Afirmou ainda que assistiu à entrevista de um executivo da empresa e a considerou impressionante.

    A companhia, dona do Facebook e do Instagram, anunciou nesta terça um conjunto de mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo que efetivamente colocariam fim ao seu programa de checagem de fatos de longa data, uma política instituída para conter a disseminação de desinformação em seus aplicativos.

    Em vídeo no qual comentou a decisão, em sua conta no Instagram, o CEO da empresa também atacou “decisões secretas” de tribunais latino-americanos. Sem citar o STF explicitamente, Zuckeberg diz que governo americano precisa ajudar a combater o que está sendo feito pelo Judiciário na região.

    “Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”, disse ele.

    “Os fact checkers foram muito enviesados e destruíram mais verdade do que criaram, especialmente nos EUA. Vamos nos livrar dos checadores”, afirmou ele, definindo a eleição de Donald Trump como um ponto de virada para a liberdade de expressão.

    A reversão da política de anos é um sinal claro de como a empresa está se reposicionando para o novo governo Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro.

    Por fim, na segunda-feira (6), Zuckerberg anunciou que Dana White, chefe do UFC e um aliado próximo de Trump, se juntaria ao conselho da Meta.

    Trump diz que Meta eliminou checagem por causa de suas ameaças

  • ‘América Latina tem tribunais de censura’

    Em uma sinalização a Donald Trump, Mark Zuckerberg publicou, nesta terça-feira, 7, em sua conta do Instagram, um vídeo anunciando uma série de mudanças de moderação de conteúdo e checagem de informações nas redes sociais da Meta: Facebook, Instagram e Threads. O executivo afirmou que a decisão foi tomada para acabar com uma suposta censura na plataforma e afirmou que a América Latina tem “tribunais secretos de censura”. Procurada pela reportagem para comentar a declaração, a Meta não quis se manifestar.

    Segundo o CEO, as medidas são em defesa da liberdade de expressão “que foi perdida” nas plataformas ao longo dos últimos anos. O bilionário criticou ações tomadas por governos da União Europeia, América Latina e China. Ele também afirmou que vai contar com o governo de Donald Trump para pressionar governos de todo o mundo para encerrar regulação que “censure plataformas”.

    De acordo com Zuckerberg, as mudanças são para as redes sociais voltarem para suas “raízes e origens”. Segundo ele, os sistemas de regulação das redes sociais se tornaram muito políticos e apresentam muitas falhas. Para o CEO, dessa forma, com menos regulações será mais fácil de evitar que o conteúdo de “pessoas inocentes” seja apagado por engano.

    No vídeo, Zuckerberg critica as medidas de regulação de redes sociais criadas por governos ao redor do mundo. E, além disso, diz que “a América Latina tem tribunais secretos de censura”. Embora não cite o Brasil, uma das principais disputas entre autoridades e redes sociais no ano passado foi o bloqueio do X pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A rede social ficou bloqueada no País por 40 dias após a empresa se recusar a cumprir ordens do magistrado que, entre outras exigências, demandava o bloqueio de perfis ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro acusados de disseminar desinformação.

    “Trabalharemos com o presidente Trump para repelir os governos de todo o mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais. Os EUA têm as proteções constitucionais mais fortes do mundo para a liberdade de expressão. A Europa tem um número cada vez maior de leis, institucionalizando a censura e dificultando a criação de algo inovador por lá. Os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas do ar silenciosamente. A China censurou nossos aplicativos, impedindo-os até mesmo de funcionar no país. A única maneira de impedirmos essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA. E é por isso que foi tão difícil nos últimos quatro anos, quando até mesmo o governo dos EUA pressionou por censura”, afirmou Zuckerberg.

    O pacote de novidades anunciado por Zuckerberg conta com muitas mudanças para a experiência dos usuários. Veja abaixo:

    Notas da Comunidade

    Segundo Zuckerberg, acabar com as ferramentas mais complexas de regulação de conteúdo é uma maneira de “devolver a liberdade de expressão perdida ao longo dos anos”. Para isso, as mudanças, que começarão a ser implementadas nos EUA, vão contar com a Notas da Comunidade, em que os próprios usuários ficarão responsáveis por sinalizar conteúdos considerados ilegais. Dessa forma, a Meta vai simplificar suas regras de moderação e diminuir os avisos de conteúdo nocivo nas plataformas. É um modelo criado por Elon Musk no X.

    Simplificar políticas de conteúdo

    O CEO disse que as plataformas da Meta vão “se livrar” de diversas políticas de conteúdo nas redes sociais. Como exemplo, falou que o Instagram e o Facebook não vão mais sinalizar publicações que falam sobre imigração ou gênero, por exemplo. Segundo ele, o que começou como uma medida inclusiva, passou a ser usada para “calar opiniões”.

    Conteúdo político

    O CEO disse que, nos últimos anos, as pessoas estavam cansadas de publicações políticas em suas redes sociais e, então, as plataformas deixaram de sugerir esses tipos de posts. Agora, porém, Zuckerberg diz que estamos em uma “nova era” e, assim, o Instagram e Facebook voltarão a sugerir conteúdos políticos em seus feeds.

    Nova conduta de regulação

    As plataformas da Meta costumavam ter filtros que, automaticamente, detectavam conteúdo considerado nocivo. Entretanto, Zuckerberg disse que esse tipo de detecção automática costuma errar e, mesmo que minimamente, ele não quer que “pessoas inocentes sejam caladas”. Dessa forma, agora, os filtros só denunciarão conteúdos claramente ilegais. Para conteúdos “menos graves” os usuários dependerão das denúncias da própria comunidade.

    Mudança da equipe de regulação da Califórnia para o Texas

    Zuckerberg disse que a equipe de regulação da Meta mudará, da Califórnia, para o Texas. Segundo ele, esse trabalho de regulação será mais proveitoso em um lugar em que há “menos preocupação”.

    Projeto de ‘proteção à liberdade de expressão’ junto com o governo Trump

    Para finalizar o pacote de novidades, o bilionário disse que a Meta vai trabalhar junto com o governo Trump para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo. Zuckerberg criticou diversas medidas de moderação de conteúdo adotadas pelo mundo, como as da União Europeia, América Latina e EUA.

    ‘América Latina tem tribunais de censura’

  • Você é capaz de diferenciar uma pessoa real de uma pessoa feita por inteligência artificial?

    Você é capaz de diferenciar uma pessoa real de uma pessoa feita por inteligência artificial?

    Você tem reparado em imagens geradas por inteligência artificial ultimamente? Não tem certeza? Hoje em dia, imagens falsas geradas usando IA e vídeos deepfake onde a cabeça de celebridades é sobreposta ao corpo de outras pessoas são cada vez mais comuns. É difícil dizer o que é real e o que é falso, e isso é bem problemático. De fato, há uma preocupação crescente de que essas imagens falsas levem a uma epidemia de desinformação nas redes sociais.

    Para te ajudar a identificar e verificar imagens e vídeos deepfake gerados por IA, confira esta galeria e descubra algumas dicas úteis. Não se deixe enganar!

    Você é capaz de diferenciar uma pessoa real de uma pessoa feita por inteligência artificial?

  • Na CES de Las Vegas, Nvidia aposta em inteligência artificial ‘física’ e carros autônomos

    Na CES de Las Vegas, Nvidia aposta em inteligência artificial ‘física’ e carros autônomos

    O CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou incursões da empresa no campo da robótica e em carros autônomos durante apresentação na CES de Las Vegas, a maior feira de eletrônicos de consumo do mundo, na segunda-feira, 6.

    Huang mostrou aplicativos de inteligência artificial “física” que ajudariam robôs a aprender em ambientes simulados que imitam o mundo real.

    O objetivo da iniciativa é facilitar a automação de armazéns e fábricas e impulsionar o mercado de robôs humanoides.

    “O momento ChatGPT para robótica geral está chegando”, disse Huang, em referência ao lançamento da ferramenta da OpenAI, em novembro 2022, que despertou o público em geral para o poder da inteligência artificial.

    Antes de Huang iniciar o discurso na CES, as ações da Nvidia encerraram a segunda-feira em alta de 3,43%, o que elevou o valor da companhia para US$ 3,66 trilhões.

    Em relação à indústria automotiva, o CEO da Nvidia revelou o fechamento de um acordo com a Toyota para o fornecimento de processadores e softwares de assistência para motoristas. A empresa também já tem parceiras com montadoras como a Mercedes-Benz e a Volvo.

    O executivo ainda fez outros anúncios, como um supercomputador pessoal baseado em inteligência artificial e novos processadores para videogames. 

    Na CES de Las Vegas, Nvidia aposta em inteligência artificial ‘física’ e carros autônomos

  • Meta encerra checagem de fatos e foca em liberdade de expressão nas redes

    Meta encerra checagem de fatos e foca em liberdade de expressão nas redes

    A Meta, empresa controladora de plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou a descontinuação do seu programa de verificação de fatos nos Estados Unidos e a introdução de um novo modelo de moderação, focado em “Notas da Comunidade”. A decisão foi tomada pelo CEO Mark Zuckerberg, que, em um vídeo publicado no início de janeiro, afirmou que a empresa está retornando às suas raízes, com o objetivo de “restaurar a liberdade de expressão” nas suas plataformas. A mudança também visa reduzir erros, simplificar as políticas e permitir que a comunidade se envolva ativamente na verificação do conteúdo compartilhado.

    De acordo com a Fox News, a Meta irá substituir o programa de verificação de fatos, que existia desde 2016, por um sistema mais focado na contribuição de usuários. Em vez de confiar em verificadores de fatos independentes, a Meta passará a permitir que os próprios usuários adicionem “Notas da Comunidade”, uma abordagem similar ao que é praticado pela plataforma X, antes conhecida como Twitter. “Em vez de depender de um especialista em checagem de fatos, a Meta confia na comunidade para comentar o conteúdo”, explicou Joel Kaplan, executivo da Meta, em uma entrevista exclusiva à Fox News.

    Esse modelo permitirá que os usuários forneçam contexto adicional às postagens, com o intuito de combater a disseminação de informações incorretas, especialmente em temas polêmicos. Caso uma nota seja bem recebida pela maioria dos usuários, ela será anexada ao conteúdo original. Segundo o CEO Mark Zuckerberg, isso ajudará a melhorar a experiência nas plataformas, dando mais espaço para a liberdade de expressão, sem depender de entidades externas.

    Mudança nas regras de moderação de conteúdo

    Além de descontinuar o programa de verificação de fatos, a Meta também está ajustando suas políticas de moderação, com foco em permitir discussões mais abertas e menos censura em temas sensíveis. Segundo o jornal The Verge, as mudanças incluem a flexibilização de regras sobre tópicos como imigração, questões trans e gênero. A empresa busca, com isso, garantir um ambiente em que os usuários possam se expressar livremente, sem medo de retaliação ou censura, desde que sigam as regras gerais de conduta.

    No entanto, a Meta deixou claro que continuará moderando conteúdos relacionados a questões de segurança, como terrorismo, drogas ilegais e exploração sexual infantil. Essas áreas, segundo Kaplan, continuam sendo uma prioridade na política de moderação da empresa, já que visam proteger a integridade das plataformas e a segurança de seus usuários.

    Essa mudança ocorre em um momento delicado para a Meta, que tem enfrentado críticas e pressão em relação à sua política de moderação de conteúdo, especialmente após alegações de viés político e censura. No passado, o governo dos Estados Unidos e outras autoridades internacionais pressionaram empresas de tecnologia, como a Meta, para que tomassem medidas mais rigorosas contra a disseminação de desinformação. No entanto, o novo foco em restaurar a liberdade de expressão é uma tentativa de equilibrar a moderação de conteúdo com a preservação do direito de os usuários se expressarem de maneira mais aberta e livre.

    Em relação à mudança, Zuckerberg afirmou: “Estamos retornando às nossas raízes e dando prioridade à expressão livre nas nossas plataformas”, como reportado pelo Financial Times. Ele destacou que, embora a Meta ainda tenha um papel importante na moderar conteúdos prejudiciais, o objetivo é tornar a plataforma mais inclusiva e menos restritiva.

    Meta encerra checagem de fatos e foca em liberdade de expressão nas redes