Masp abre novo prédio para o público nesta sexta: veja detalhes do projeto


Novo edifício ganha o nome de Pietro Maria Bardi, responsável pela criação do Masp com Assis Chateaubriand. Ingressos para visitar o Masp custam a partir de R$ 35 e são válidos para os dois prédios. Edifício Pietro Maria Bardi, anexo do Masp
Fábio Tito/g1
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) abre as portas do seu novo edifício para o público nesta sexta-feira (27) com objetivo de aumentar espaços de exposições do local.
Com a inauguração, o edifício popularmente conhecido como Masp passa a se chamar Edifício Lina Bo Bardi e o novo prédio ganha o nome de Edifício Pietro Mari. Juntos, os dois formam o Masp.
Os ingressos para visitar os dois edifícios custam a partir de R$ 35 e estão disponíveis no site do museu.
O Edifício Pietro abre com cinco exposições temporárias da mostra “Cinco Ensaios sobre o MASP”, que celebra a trajetória do museu e reúne obras do acervo. (veja mais informações abaixo)
O Pietro
Um passeio pelo prédio novo do Masp antes da inauguração
O prédio leva o nome do marido de Lina Bo Bardi, arquiteta que projetou o Masp, e expande o espaço para exibição do acervo do museu. Pietro, ao lado do jornalista Assis Chateaubriand, foi responsável pela criação do museu.
Essa homenagem é evidenciada em detalhes do edifício. Por exemplo, ele possui diversos espaços de concreto e vigas aparentes, em referência à técnica do concreto armado utilizada no prédio histórico.
Com a inauguração do Edifício Pietro, o já conhecido Masp passa a ser chamado de Edifício Lina Bo Bardi, e os dois locais, juntos, formam o Masp: um museu com dois prédios.
Na vertical, o Edifício Pietro possui exatamente a mesma altura do Edifício Lina, e seu pé-direito corresponde à altura do vão livre do Lina. Em outras palavras, é como se a estrutura envidraçada do prédio histórico tivesse sido erguida na vertical, porém sem os pilares de concreto.
Comparação entre os prédios do MASP
Reprodução/TV Globo
O anexo tem 14 andares, cinco deles destinados à exposição.
Um túnel está sendo construído para ligar os dois locais, e a previsão é que ele seja entregue no segundo semestre deste ano.
O valor dos ingressos não sofrerá alteração e, com apenas uma entrada, o visitante poderá percorrer os dois edifícios.
O g1 visitou o local na segunda-feira (24), quando ocorriam os últimos ajustes no espaço para deixar o prédio pronto para receber os visitantes.
Lina e Pietro.
Fábio Tito/ g1
Masp tem ‘barriguinha’ na laje; veja curiosidades sobre a estrutura do Museu de Arte de São Paulo, que vai passar pela 1ª restauração
As obras de expansão do MASP começaram em 2019. Com 7.821 m², o Edifício Pietro dobra a área do MASP, que, ao todo, incluindo o vão, fica com 21.863 m².
O projeto arquitetônico é de coautoria de Júlio Neves com o escritório METRO Arquitetos Associados, dos sócios Martin Corullon e Gustavo Cedroni.
Funcionário fazendo os últimos ajustes no espaço.
Fábio Tito/ g1
“O Pietro tem uma série de espaços que complementam o edifício histórico: sala de aula, laboratório de conservação e restauro, espaços para eventos, docas e áreas para recebimento de obras, que não tínhamos no prédio histórico. Somando tudo, ele se conecta com o Lina por um túnel subterrâneo de 40 metros de extensão, previsto para ser entregue no final do ano. Esse túnel conecta os dois edifícios e faz do Masp um museu com dois prédios”, afirma Paulo Vicelli, diretor de Experiência e Comunicação do Masp.
“Ele é um prédio que tem uma personalidade muito forte, comparado com os outros edifícios da Paulista. Ele é autêntico, mas, ao mesmo tempo, não faz sombra ao Edifício Lina. Existe um respeito entre o contemporâneo e o moderno”, completa.
O que tem pelos andares?
Janelão no Pietro.
Fábio Tito/ g1
Ao todo, o prédio tem 14 andares, e 10 deles serão abertos ao público. São cinco andares de exposição, do segundo ao sexto andar. Essa primeira mostra, chamada “Cinco Ensaios sobre o MASP”, celebra a trajetória do museu e reúne obras do acervo.
O espaço é enorme, e o trajeto pode ser feito por escada ou elevador. A recomendação dos orientadores de público é que essa caminhada seja feita de cima para baixo, ou seja, do décimo andar ao térreo.
2º andar: Isaac Julien: Lina Bo Bardi — um maravilhoso emaranhado. Obra em vídeo faz uma apresentação dos projetos de Lina, que é interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.
3º andar: Artes da África: A mostra reúne mais de 40 obras do acervo do museu, principalmente do século 20, oriundas da África ocidental.
4º andar: Geometrias: A exposição apresenta mais de 50 obras do acervo MASP, incluindo cerca de 20 doações recentes. Entre os destaques, está uma escultura da artista Lygia Clark.
5ºandar: Renoir: Mostra reúne todas as obras do francês Pierre-Auguste Renoir pertencentes ao acervo do Masp, sendo 12 pinturas e uma escultura. O conjunto foi exposto pela última vez há 23 anos.
6º andar: Histórias do Masp: Último andar de exposições, reúne obras que contam a história do museu.
“A gente tem seis andares ocupados só com acervo. São diferentes aspectos, recortes muito distintos, e cada andar tem uma proposta tanto de tipografia quanto das obras propriamente ditas, além do período que está sendo abordado. São andares ocupados com obras do acervo, o que, eu acho, era uma demanda do público, porque a gente tem, no outro edifício, pinturas mais icônicas que estão nos cavaletes de vidro e que sempre sofriam pequenas mudanças. Mas aqui temos a oportunidade de fazer mais recortes”, afirma Regina Teixeira de Barros, curadora coordenadora do Masp.
Segundo Regina, as mostras que inauguram o edifício são temporárias e ficam até agosto deste ano. Em setembro, será inaugurada a exposição “Histórias da Ecologia”, que vai ocupar os cinco andares.
“O edifício ainda é novo. Estamos tentando entender qual é o DNA dele e como ele se comporta nas exposições. Mas aqui, a gente tem mais jogo de cintura para somar andares para exposições determinadas ou fazer exposições menores, contidas em um único andar.”
Regina Teixeira de Barros, curadora do Masp.
Fábio Tito/ g1
Enquanto a reportagem estava no local, os profissionais de montagem organizavam um espaço na exposição “Geometrias” para receber um Bicho, de Lygia Clark.
‘Bicho’ de Lygia Clark.
Fábio Tito/ g1
O décimo andar também tem uma obra da mostra “Geometrias”, mas é um espaço dedicado a mostrar a vista da Avenida Paulista para os visitantes, com um janelão.
Obra da exposição Geometrias, no décimo andar.
Fábio Tito/ g1
No entanto, a forma como o prédio foi projetado impede a visão perfeita da cidade. Esse janelão é tampado por uma espécie de tapume com detalhes redondos abertos. Esse mesmo detalhe cria uma ilusão de ótica: quanto mais longe você fica da janela e em movimento, mais clara fica a visualização da cidade.
Quanto mais perto e estático, mais distorcida fica.
Tapumes colocados na estrutura.
Fábio Tito/g1
O primeiro e o nono andar são espaços de multiuso, que servirão para eventos corporativos e apresentações, por exemplo. O 1º também tem um espaço aberto, com um assento de concreto bem semelhante à área descoberta do vão. Desse local, é possível ter uma visão dos dois prédios.
No 8º andar, ficam três salas da Escola MASP, projeto do museu que oferece cursos sobre história da arte. Antes do novo edifício, as aulas eram ministradas apenas na modalidade online. Agora, com o novo espaço, elas serão presenciais.
O 7º andar será ocupado pelo Laboratório de Conservação e Restauração, permitindo que o público assista aos processos de restauração.
Laboratório de conservação do Masp.
Fábio Tito/g1
Fica no Lina ou vai para Pietro
Vista da entrada pela Avenida Paulista, onde fica o restaurante e um café.
Fábio Tito/ g1
O que conhecemos como Masp, que agora se chama Lina, vai se tornar um espaço ainda mais voltado para a arte. A ideia é que ele seja mais aproveitado para exposições e eventos culturais, como shows e apresentações de peças.
O túnel de integração entre os dois prédios será na Rua Prof. Otávio Mendes. O edifício também terá uma entrada pela Avenida Paulista.
O restaurante A Baianeira e um café saem do prédio histórico e passam a funcionar no Pietro. A bilheteria também sai do espaço do vão e vai para o novo prédio.
O vão está passando por reformas e ficará com o espaço disponível para receber exposições, como foi projetado por Lina. Até 2024, o vão pertencia à Prefeitura de São Paulo. Em novembro o museu venceu uma concessão pelo espaço e agora terá direito para utilizá-lo por 20 anos. O Masp prevê a instalação de mobiliário, wi-fi gratuito, iluminação, segurança, além de serviços de manutenção e conservação.
Funcionário trabalhando no vão.
Fábio Tito/ g1
“Tem uma série de atividades que vão acontecer, como shows previstos, mas estamos pensando em como fazer a logística dos eventos. O que não pode acontecer é o que ocorreu com Daniela Mercury. Já ficamos acordados com órgãos de patrimônio sobre isso”, afirma Paulo Vicelli.
Em 1992, um show da baiana no vão foi interrompido por superlotação e risco de desmoronamento do edifício. Desde então, shows de grande porte são proibidos no local. O show fazia parte de um projeto voltado para artistas iniciantes. Na época, a cantora nem imaginava que já era conhecida fora do Nordeste. Mais de 20 mil pessoas estiveram no local.
‘CPU de computador’
Edifício Pietro.
Fábio Tito/ g1
Quando ficou pronto, o Edifício Pietro recebeu diversas críticas, principalmente nas redes sociais, onde foi comparado a um CPU de computador.
Paulo Vicelli disse que as críticas foram bem recebidas e espera que o tempo inocente o edifício.
“Eu gosto. As pessoas têm todo o direito de gostar e não gostar de algo. Eu fico feliz que esse tema seja debatido na arquitetura – que é um tema pouco falado no Brasil – e fico muito contente que ele esteja sendo debatido. Por outro lado, o prédio da Lina, quando foi inaugurado, também não foi uma unanimidade. Ele foi bastante difícil na época para as pessoas codificarem e entenderem. Então, talvez, com a passagem do tempo, esse novo prédio também possa ser visto com novos olhos”.
Em uma primeira olhada, ele realmente se destoa, ainda mais por formar um casal com o saudoso prédio de Lina. Porém, quando se adentra no edifício, é possível perceber que ele existe para dar continuidade ao projeto histórico.
Essa continuidade também é citada por Regina, que acredita que o edifício nasce como um presente para a população.
“É um grande presente porque é um complexo, está virando um complexo, né? É o Masp no meio da Avenida Paulista e com cada vez mais propostas e mais atividades. Esse conjunto Masp vai fomentar ainda mais a cultura e as pessoas vão se aproximando da cultura”, afirma.
Veja mais fotos
Sinalização do túnel que dá acesso ao Edifício Lina Bo Bardi.
Fábio Tito/ g1
Loja do Masp.
Fábio Tito/ g1
Vista dos dois edifícios.
Fábio Tito/ g1
Escada de acesso do décimo ao nono andar.
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Pietro tem aberturas na lateral com vista para a Paulista.
Fábio Tito/ g1
Regina Barros, curadora do museu no andar da mostra “Geometrias”.
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Placas espalhadas pela Avenida Paulista.
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