Ibovespa B3 sobe com commodities e dólar cai em meio à melhora global no apetite por risco

Ibovespa B3 sobe com força das commodities e dólar recua em meio à melhora do apetite global por risco

O Ibovespa B3 encerrou o pregão desta sexta-feira (17) em alta de 0,84%, aos 143.398 pontos, impulsionado pelo avanço das ações de commodities e de empresas do setor de energia, que sustentaram o desempenho positivo do principal índice da bolsa brasileira. Enquanto isso, o dólar comercial recuou 0,69%, cotado a R$ 5,405, acompanhando o movimento global de desvalorização da moeda norte-americana.

O dia foi marcado por uma combinação de fatores: recuperação dos preços internacionais do petróleo, expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos e uma leve melhora no sentimento de risco entre investidores globais. No cenário interno, o mercado operou com cautela diante das incertezas fiscais e da desaceleração da inflação, mas reagiu positivamente ao desempenho de grandes companhias listadas na B3.


A força das commodities impulsiona o Ibovespa B3

O movimento de valorização do Ibovespa B3 foi sustentado principalmente pelas ações ligadas às commodities, que voltaram a apresentar desempenho acima da média. O petróleo registrou alta nas bolsas internacionais, refletindo expectativas de avanço nas negociações diplomáticas entre Rússia, Ucrânia, EUA e China, o que reduziu tensões e trouxe alívio aos investidores.

Entre os papéis que mais contribuíram para a alta do índice, destaque para Raízen (RAIZ4), que disparou 8,24% após divulgar dados positivos de produção e anunciar novos contratos de exportação de etanol. A alta expressiva também reflete o otimismo com o setor de biocombustíveis, que tem se beneficiado do aumento da demanda global por energia limpa.

No setor financeiro, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,33%, enquanto a B3 (B3SA3) manteve estabilidade, com leve recuo de 0,08%, acompanhando o movimento técnico de realização de lucros após ganhos recentes.

Por outro lado, Gol (GOLL4) caiu 2,71%, impactada pela persistência do dólar acima de R$ 5,40, que eleva os custos operacionais das companhias aéreas. Já a Ambipar (AMBP3) registrou forte queda de 15,56%, fechando em R$ 0,38, após uma sequência de pregões marcados por alta volatilidade e especulações sobre sua reestruturação financeira.


Dólar em queda reflete movimento global e melhora de humor do mercado

A queda do dólar comercial para R$ 5,405 acompanhou a tendência de enfraquecimento da moeda norte-americana frente a pares desenvolvidos e emergentes. O movimento foi impulsionado pelas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) indicando a possibilidade de cortes de juros nos próximos meses, em meio a sinais de desaceleração da economia dos EUA.

A expectativa de um ciclo de flexibilização monetária nos Estados Unidos tende a beneficiar moedas emergentes como o real, além de impulsionar os preços das commodities, que são cotadas em dólar.

Além disso, investidores reagiram positivamente às declarações sobre o relacionamento entre EUA e China, que reforçaram a intenção de fortalecer o comércio bilateral — fator que melhora o ambiente global de investimentos e favorece países exportadores como o Brasil.


Ibovespa B3 reage à melhora na percepção de risco

O S&P/B3 IBOVESPA VIX, indicador que mede a volatilidade implícita do mercado acionário brasileiro, recuou 1,83%, para 14,99 pontos, sinalizando redução na percepção de risco. Esse recuo contribuiu para o fortalecimento da B3, que atraiu fluxo de capital estrangeiro ao longo do pregão.

O cenário de volatilidade mais controlada e liquidez global crescente tem impulsionado o interesse de investidores internacionais por ativos brasileiros, especialmente em setores ligados a energia, mineração e agronegócio.

Com as taxas de juros ainda elevadas, a busca por retornos reais positivos e o apetite por renda variável permanecem seletivos, mas o desempenho das commodities reforçou a atratividade do Brasil no curto prazo.


Incertezas fiscais continuam no radar dos investidores

Apesar da alta do Ibovespa B3, o ambiente doméstico ainda inspira cautela. O mercado continua atento às questões fiscais e às discussões sobre o arcabouço orçamentário de 2026.

A percepção de risco fiscal foi amenizada pela desaceleração da inflação, medida pelo IGP-10 e pelo IPC-Fipe, que mostraram recuo nos preços das commodities agropecuárias. A redução das pressões inflacionárias reforça a possibilidade de continuidade no ciclo de cortes da taxa Selic, atualmente em patamar elevado, o que tende a favorecer ativos de maior risco, como ações e fundos imobiliários.

No entanto, agentes do mercado alertam que o equilíbrio fiscal ainda é frágil, e qualquer sinal de descontrole nas contas públicas pode gerar nova rodada de volatilidade no Ibovespa B3.


Bolsas americanas em queda limitam ganhos da B3

No exterior, as bolsas de Nova York encerraram em baixa, pressionadas por notícias sobre fraudes e perdas em bancos regionais dos EUA, o que elevou a aversão ao risco no início do dia.

O movimento, no entanto, foi parcialmente compensado pelas expectativas de avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, fator que reduziu as preocupações com uma possível desaceleração mais profunda da economia global.

Mesmo com o desempenho negativo dos índices norte-americanos — como o S&P 500 e o Nasdaq —, o mercado brasileiro conseguiu se manter em terreno positivo, sustentado pelo desempenho sólido das commodities e pela força de grandes empresas listadas na B3.


Taxas de juros e cenário futuro

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) registraram taxa de 14,90% para o vencimento de 16 de outubro, enquanto o índice DI de 17/10 atingiu 52.749 pontos. Esses números refletem a expectativa de estabilidade na política monetária no curto prazo, com o mercado aguardando sinais mais claros do Banco Central sobre o ritmo dos próximos cortes na Selic.

Investidores avaliam que, com a inflação em desaceleração e o dólar sob controle, há espaço para uma política monetária mais branda nos próximos meses, o que tende a impulsionar ainda mais o desempenho da bolsa de valores brasileira.

Se confirmadas, essas projeções poderão elevar o Ibovespa B3 para novos patamares recordes ainda no quarto trimestre de 2025.


Perspectivas para o Ibovespa B3 nos próximos meses

A trajetória do Ibovespa B3 dependerá da combinação entre fatores externos e domésticos. O desempenho das commodities, a política monetária dos Estados Unidos, o comportamento do dólar e a condução fiscal do governo brasileiro continuarão sendo os principais vetores de influência.

Analistas preveem que, mantido o ambiente de juros mais baixos e com a entrada de fluxo estrangeiro, o Ibovespa B3 pode superar a marca dos 145 mil pontos até o fim do ano.

Além disso, a temporada de balanços corporativos, que começa nas próximas semanas, deverá trazer mais clareza sobre o desempenho das empresas brasileiras no terceiro trimestre — especialmente nos setores de energia, financeiro e varejista.

Para o investidor de longo prazo, o atual patamar da B3 ainda é considerado atraente, com oportunidades em ações de blue chips e empresas exportadoras beneficiadas pela valorização do dólar e pela retomada do comércio global.


O papel do investidor estrangeiro e a liquidez da B3

O fluxo de investidores estrangeiros tem sido determinante para o bom desempenho do Ibovespa B3 em 2025. Dados parciais da bolsa mostram que o capital externo vem se direcionando para ativos brasileiros diante da percepção de juros reais positivos e da resiliência fiscal do país em meio ao ambiente internacional desafiador.

A B3 continua sendo um dos mercados mais líquidos entre as economias emergentes, o que atrai fundos institucionais e gestoras globais em busca de diversificação geográfica e retornos em moeda local.

Se essa tendência se mantiver, o Brasil poderá consolidar sua posição como destino preferencial de investimento na América Latina, reforçando o protagonismo do Ibovespa B3 entre os índices globais.


Ibovespa B3 mantém trajetória positiva e reforça confiança no mercado

O fechamento em alta do Ibovespa B3 nesta sexta-feira simboliza a recuperação gradual da confiança dos investidores, impulsionada por fatores externos favoráveis e pela resiliência de setores estratégicos da economia brasileira.

Mesmo com a persistência das incertezas fiscais e das tensões políticas, o mercado demonstra otimismo moderado, sustentado pela força das commodities, pelo dólar mais fraco e pela expectativa de redução nos juros internacionais.

Se o equilíbrio entre política fiscal e monetária for mantido, o Ibovespa B3 poderá encerrar 2025 consolidado acima dos 145 mil pontos, reforçando o Brasil como um dos principais destinos de investimento entre os emergentes.

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