Durante abordagem, PMs agiram de forma truculenta, quase quebraram o braço do jovem e espirraram spray de pimenta. Caso aconteceu em 13 de março em São Paulo. SSP informou que imagens da ação estão sendo analisadas e que não compactua com desvios de conduta. Família denuncia prisão injusta e abordagem truculenta da PM em SP
A família do garçom Bruno Morais Rodrigues, de 20 anos, denuncia que ele foi preso injustamente no último dia 13 de março sob acusação de ter roubado duas motos na Zona Sul de São Paulo.
Momentos antes da prisão, Bruno jantava com a família, incluindo a esposa e a filha de um ano. Segundo a denúncia, policiais militares chegaram de forma truculenta, quase quebraram o braço dele e ainda espirraram spray de pimenta nas mulheres e crianças que jantavam no local (veja vídeo acima.)
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Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que Bruno foi preso em flagrante por roubo e que analisa as imagens da ação (leia nota da íntegra abaixo).
Na versão dos policiais militares, Bruno estaria envolvido no roubo de duas motos, praticados às 16h e 21h naquele mesmo dia. Durante a abordagem, os agentes afirmaram que ele resistiu à prisão e desferiu socos contra a equipe.
Contudo, no horário no primeiro assalto, o jovem estava em casa e, no segundo, estava com a família no bar que pertence à sogra, de acordo com a denúncia.
Ao g1, a esposa do garçom, Nickole Fernandes, de 19 anos, contou que a filha, a pequena Chloe, é muito apegada ao pai, não está conseguindo dormir e só chora desde a prisão dele. O casal está junto há quatro anos.
“Ele é um menino do coração enorme. Não é capaz de fazer mal para ninguém, porque ele é um pai de família, tem muito a perder, que é a família dele. Então ele não ia sair daqui de casa para ir roubar uma moto, para correr esse risco e passar pelo que ele está passando nesse momento”, desabafou.
Bruno tem 20 anos e trabalha como garçom em uma lanchonete na República
Reprodução/Arquivo pessoal
Nesta reportagem você vai ver:
Como foi a prisão?
Como os roubos aconteceram?
Qual é a versão da polícia?
O que diz a SSP?
Como foi a prisão?
Era quinta-feira (13) à noite, quando Bruno foi jantar com a esposa, a filha e o cunhado no bar da sogra — localizado na Rua José Orozco, na região de Americanópolis.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que a família estava a caminho do local a pé, às 19h38. Loiro e com tatuagens no braço, o garçom vestia uma blusa preta e uma bermuda azul.
Garçom foi com a família jantar no bar da sogra momentos antes de ser preso
Reprodução
Bruno está de férias do trabalho desde o dia 10 de março, por isso durante a semana a família estava jantando fora de casa. Ele é funcionário de uma lanchonete na República, no Centro da cidade.
No dia da prisão, além do casal e da bebê de um ano, estavam no bar os irmãos de Nickole, de 6 e 13 anos, a mãe e o padrasto dela.
Segundo Nickole, uma viatura da Polícia Militar — ocupada por quatro agentes — desceu a rua em alta velocidade por volta das 21h40. Em seguida, o veículo retornou e parou em frente ao bar.
Os policiais chamaram por Bruno, porém ele se recusou a ir até eles. Então, os agentes saíram do veículo e imobilizaram o garçom de forma truculenta. Parte da violência foi gravada por uma testemunha.
“Eles vieram com todo o ódio do mundo para cima do meu marido, subiram no pescoço dele e tentaram quebrar o braço dele. Eu tentei interferir, mas fui empurrada, mesmo estando com nossa filha no colo”, contou a esposa.
Nas imagens registradas, Bruno estava no chão sendo imobilizado pelos PMs, enquanto Nickole gritava “meu marido, não” e as crianças choravam — momento em que outra viatura com mais quatro policiais chegou ao bar.
Em seguida, os policiais espirraram spray de pimenta no rosto dos adultos que tentavam impedir a prisão, provocando desespero entre as crianças. Eles ainda foram empurrados para o interior do bar, que teve a porta fechada pelos agentes.
Minha irmãzinha de seis anos ficou apavorada, gritando que ia morrer. Ainda perguntaram para a minha mãe se ela preferia spray de pimenta ou um tiro na cara. Eles colocaram meu marido na viatura alegando que ele ia ser preso por desacato.
Após colocar o garçom na viatura, os policiais não seguiram para a delegacia. Eles pararam na Rua Cinco de Outubro, a cerca de 400 metros do bar, onde estava uma das motos roubadas — localizada pela equipe por meio de um rastreador. O dono do veículo também estava lá.
Segundo Nickole, ela e o padrasto solicitaram uma corrida de transporte por aplicativo e seguiram a viatura. Uma câmera de segurança também flagrou o carro da polícia parado no endereço por pelo menos 15 minutos. Veja abaixo:
Antes de levar garçom para delegacia, PMs param no local onde moto roubada foi localizada
Durante o período, o porta-malas foi aberto quatro vezes. De acordo com Nickole, o objetivo era que o dono da moto fizesse o reconhecimento de Bruno como possível autor do crime.
“Meu padrasto desceu sozinho do Uber e foi questioná-los sobre o motivo pelo qual não levaram o Bruno para a delegacia. Logo em seguida, a viatura saiu. Chegando na delegacia, depois de mais de três horas, a gente foi saber que o Bruno estava preso pelo roubo. Duas vítimas o reconheceram, porém a gente não sabia o que estava acontecendo. Os policiais ficaram junto com a delegada debochando, passavam para lá e para cá e rindo na nossa cara”, desabafou.
Desde então, Bruno está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) Belém II, no Zona de São Paulo, segundo o sistema de busca da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Como os roubos aconteceram?
O primeiro assalto aconteceu na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na região de Cidade Monções, na Zona Sul, por volta das 16h. Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo g1, a vítima parou no semáforo e foi cercada por três homens, sendo um deles armado.
Os suspeitos levaram a carteira e moto, que possui rastreador. Após algumas horas, a seguradora entrou em contato com a vítima informando que o veículo fora localizado.
Já o segundo roubo foi registrado na Avenida Vereador João de Luca, no bairro Jardim Prudência, também na Zona Sul, por volta das 21h. Em depoimento, o dono do veículo disse que foi abordado por dois assaltantes. Eles estavam usando a moto roubada mais cedo.
Ambas as vítimas compareceram ao 26° Distrito Policial (DP) do Sacomã e reconheceram Bruno como autor dos crimes.
➡️ Entretanto, segundo Nickole, o garçom foi para o mercado por volta das 14h, depois voltou para a casa e não saiu mais. Enquanto, no horário do segundo crime (21h), ele estava no bar com a família. A câmera de segurança do imóvel ao lado do bar, inclusive, registrou Bruno brincando com a filha na calçada às 21h08.
O local desse 2° roubo está a cerca de 5 km de distância do local onde a família alega que o rapaz estava jantando no mesmo horário. Veja abaixo:
Garçom acusado de roubo estava com a filha no momento do crime
Versão da polícia
Segundo a versão apresentada pelos PMs na delegacia, eles estavam em patrulhamento pela Avenida Vereador João de Luca, na região da Vila Santa Catarina, quando viram dois suspeitos pilotando as motos roubadas.
Ao perceberem a presença da viatura, eles teriam fugido em alta velocidade na contramão. A equipe perdeu os suspeitos de vista. Como uma das motos possuía rastreador, a empresa de monitoramento passou a informar a localização em tempo real.
A partir dessas informações, os policiais chegaram até a rua José Orozco, endereço do bar, onde Bruno estava. Enquanto o veículo roubado estaria estacionado a poucos metros do local.
Durante a abordagem, os PMs relataram no BO que o garçom “resistiu à abordagem desferindo socos contra a equipe, sendo necessário o uso de força moderada e o uso de algemas para preservar a integridade física tanto do Bruno quanto da equipe”.
O que diz a SSP?
“A Polícia Militar analisa as imagens e a abordagem dos policiais durante a ação. A PM não compactua com desvios de conduta de seus agentes e pune com rigor os que não seguem os protocolos da corporação.
O homem mencionado foi preso em flagrante por envolvimento no roubo de uma motocicleta, sendo reconhecido pessoalmente pelas vítimas. A autuação foi formalizada pelo 26º DP (Sacomã) após análise dos elementos do caso, que foi encaminhado ao Poder Judiciário.”
Bruno é casado e tem uma filha de um ano
Reprodução/Arquivo pessoal
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