Fundado em 1935, o clube é um dos mais tradicionais e respeitados centros de hipismo do Brasil, com mensalidade que passa dos R$ 7 mil. Cavaleiros denunciam maus-tratos a animais no Clube Hípico de Santo Amaro
Cavaleiros denunciam maus-tratos a cavalos no Clube Hípico de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. Os casos aconteceram em abril e maio deste ano.
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Segundo as denúncias, a diretoria do clube e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), responsável por fiscalizar esse tipo de conduta, foram informadas dos ocorridos, mas não tomaram providências.
Fundado em 1935, o clube é um dos mais tradicionais e respeitados centros de hipismo do Brasil. A mensalidade para sócios, sem o cavalo, é cerca de R$ 2.500. Com o animal, passa para, no mínimo, R$ 7 mil, que é o preço da cocheira. O valor pode subir se forem contratados treinadores e veterinários.
Em 11 de maio, um competidor do Concurso de Salto Nacional 4, realizado no clube, foi desclassificado após serem constatadas lesões causadas por tachinhas na pata do animal. Já no dia 12 de abril, um cavalo apareceu na cocheira do clube sangrando e com um pedaço de chicote preso ao corpo após um treinamento.
Em imagens e vídeos obtidos pelo g1, é possível observar lesões na barriga do cavalo e até um pedaço de um possível chicote de adestramento preso na região.
Um dos sócios do clube hípico, que não quis se identificar por medo de represálias, foi o primeiro a observar os machucados no animal. Ele conta que é cavaleiro há 26 anos e nunca viu cena parecida.
Segundo ele, o episódio ocorreu durante um treinamento de um cavalo na pista Sergio Brandão entre as 12h30 e as 13h de 12 de abril, uma segunda-feira.
“Vi que o cavalo foi treinar e, quando voltou para a cocheira, me deparei com essas lesões. Mandei um e-mail para a diretoria do clube solicitando as imagens da câmera da pista para eu entender o que aconteceu, mas não me responderam até hoje”, diz ele.
O sócio procurou a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) por WhatsApp em 12 de abril, mas não teve retorno. Dois dias depois, buscou a diretoria do Clube Hípico de Santo Amaro, por e-mail, e também não teve sucesso.
Em uma nova tentativa de contato com o clube, em 16 de abril, o sócio recorreu ao departamento jurídico do clube. Em uma troca de mensagens por celular, ele escreveu que tinha imagens do animal machucado para provar os excessos.
A resposta, também por mensagens de texto, só veio após 10 dias. Em 26 de abril, o jurídico respondeu que o caso “está em análise na diretoria”.
Dias depois do ocorrido, a equipe do veterinário Edson Garcia Tosta foi chamada para atender o animal. A informação foi confirmada pelo profissional ao g1, mas ele não revelou detalhes do atendimento, pois o relatório é sigiloso.
Em imagens e vídeos obtidos pelo g1 é possível observar lesões na região da barriga de um cavalo e até um pedaço de um possível chicote de adestramento preso na região.
Arquivo pessoal
Os cavalos dos sócios que pagam a mensalidade mais cara ficam no próprio clube. São cerca de 500 cocheiras e capacidade para receber mais de mil animais durante eventos.
Sócia da hípica há cerca de 20 anos, outra testemunha, que também não quis se identificar, acredita que a administração sabia da prática de bater nos animais, mas “escondeu o caso dos frequentadores do local”. Segundo ela, a pessoa que machucou o animal segue frequentando o clube normalmente.
“Quando questionamos a administração, responderam ‘de boca’ que notificaram a Confederação Brasileira de Hipismo, mas até agora não apresentaram as provas de que fizeram isso”, disse.
“Desde que cheguei ao clube vejo esse tipo de comportamento [de agredir os animais]. É muito mais comum do que as pessoas pensam. Vi várias vezes, solicito para tomar providências, mas o clube não faz nada. Esticaram a corda até quando estourou.”
Em nota, o Clube Hípico de Santo Amaro disse que encaminhou o caso de acusação de maus-tratos a animais à Comissão Disciplinar interna para análise e julgamento.
“O assunto foi devidamente debatido, resultando na punição do associado envolvido, e posteriormente remetido ao Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Hipismo para deliberação. No momento, não há qualquer processo relacionado a maus-tratos pendente de julgamento junto ao clube”.
E ressaltou: “O CHSA respeita todas as normas e procedimentos do esporte hípico e repudia veementemente quaisquer práticas de maus-tratos a animais. Há 90 anos, o clube é referência na promoção e no desenvolvimento do esporte, bem como nos cuidados e no bem-estar dos cavalos”.
Já a Confederação Brasileira de Hipismo e a Federação Paulista de Hipismo informaram que, no caso ocorrido na competição em maio, o cavaleiro foi “imediatamente desqualificado pela equipe técnica do evento, conforme previsto no regulamento da CBH”.
Em relação às denúncias sobre o Clube Hípico de Santo Amaro, a Confederação Brasileira de Hipismo declarou que “recebeu a denúncia do fato referido e a encaminhou para o Conselho de Ética que, prontamente, comunicou-se com o Clube Hipico de Santo Amaro.
“O Conselho instaurou o processo para apuração e julgamento e o resultado será publicado no site da Confederação, diz.
De acordo com Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), é proibido expressamente qualquer forma de abuso físico ou psicológico contra os cavalos.
No âmbito federal, a Lei de Crimes Ambientais prevê pena de detenção de três meses a um ano para maus-tratos, além de multa, podendo ser aumentada se ocorrer morte do animal.
Nesta sexta-feira (23), o gabinete do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) encaminhou ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) um pedido de providências para as denúncias serem investigadas e que os envolvidos sejam responsabilizados.
Denúncias contra o antiesporte
Apesar de o treinamento no hipismo ser obrigado a seguir princípios éticos, técnicos e legais, com foco no bem-estar do cavalo e na prevenção de lesões, a prática de agressões no adestramento de um animal não é incomum no esporte criado no século XIX.
Em 2024, a multicampeã olímpica Charlotte Dujardin foi suspensa pela Federação Equestre Internacional (FEI) por maus-tratos ao seu cavalo. Em um vídeo, ela aparece dando chicotadas nas pernas do animal.
No mesmo ano, o brasileiro campeão pan-americano de hipismo em Havana-1991, Marcello Artiaga, foi acusado de maus-tratos ao seu cavalo, Imperador Método. Artiaga aparecia esfregando uma substância no casco do animal.
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