Categoria: Tech

  • Microsoft amplia acordo para compra de créditos de carbono da brasileira re.green

    Microsoft amplia acordo para compra de créditos de carbono da brasileira re.green

    (REVISTA SIMPLES) – A re.green, empresa que vende créditos de carbono de alta qualidade, anunciou nesta quarta-feira (22) em Davos uma extensão do acordo firmado em maio com a Microsoft para restaurar, ao longo de 15 anos, cerca de 15 mil hectares de floresta na Amazônia e na Mata Atlântica. Com o novo acordo, a área chegará a 33 mil hectares em 25 anos. O valor do negócio não foi revelado.

    A gente vai expandir a presença nas áreas onde já estamos e a gente inseriu uma área nova, que é o Vale do Paraíba, na área emblemática que produziu alguns dos primeiros milionários do Brasil, nos anos 1800, e que hoje é uma área extremamente degradada”, disse à reportagem Thiago Picolo, CEO da re.green. A empresa, fundada há três anos, tem entre seus investidores o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga e o cineasta João Moreira Salles.

    Segundo Picolo, que participa do Fórum Econômico Mundial, o primeiro acordo com a Microsoft elevou a reputação da empresa e ajudou a atrair mais clientes -no caso, multinacionais de grande porte, que compram créditos no Brasil de forma voluntária, já que sem um mercado internacional regulamentado as transações internacionais raramente podem ser usadas como compensação legal de emissões de carbono.

    O painel da empresa na Brazil House, instalada em Davos durante o evento para promover investimentos no Brasil, estava lotado e atraiu a atenção de muitos estrangeiros.

    As áreas reflorestadas pela re.green sob o acordo estão na Bahia (Mata Atlântica), no oeste do Maranhão e no leste do Pará (ambas regiões amazônicas). A empresa também atua no norte de Mato Grosso, perto do Xingu. Todos os clientes são empresas estrangeiras.

    A re.green tem, porém, parceiros nacionais e prevê que o projeto impulsione o desenvolvimento sustentável nas regiões onde é implementado. Mas os estrangeiros, aponta Picolo, têm maior capacidade financeira para ações desse porte e também mais experiência no mercado de crédito de carbono.

    Ele também enxerga em países europeus e em partes dos Estados Unidos uma cultura mais sedimentada de ações ambientais de mitigação, o que não deve mudar mesmo sob a gestão de Donald Trump, voltada para combustíveis fósseis, por já estar arraigado entre consumidores, clientes e financiadores. O mercado, no entanto, ainda é pequeno e pode se expandir -a empresa diz haver cerca de 5.000 clientes potenciais de grande porte.

    “O mercado de carbono voluntário, que é onde a gente atua, ressurgiu durante a época do [primeiro mandato de] Trump [de 2017 a 2021]. Se o governo não está se estruturando, as empresas começaram a tomar um protagonismo. Então ele subiu como um foguete durante a época do Trump. Não sei o que vai acontecer agora, sinceramente. Eu sei que a realidade não muda, né?”

    A meta de Picolo, se houver maior integração entre os mercados de carbono, com jurisdições que se contatam, o Brasil possa se tornar um exportador de ativos ambientais. O avanço, contudo, tem sido lento, ainda que contínuo. A empresa ainda precisa fechar um ciclo completo para avaliar a rota. A primeira emissão de crédito será feita no ano que vem.

    “As coisas vão sendo construídas, é uma questão de longo prazo”, afirma. É preciso, diz ele, ver se esse ritmo de construção é adequado.

    Microsoft amplia acordo para compra de créditos de carbono da brasileira re.green

  • Impacto dos Veículos Elétricos no Varejo de Conveniência

    FreePik

    Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Elétricos, (ABVE), até 2035, 62% da frota de veículos no Brasil poderá ser de automóveis elétricos.

    A crescente popularidade dos  veículos elétricos (EVs) está promovendo uma transformação silenciosa, mas profunda, no varejo de mobilidade e conveniência. O simples ato de abastecer, que antes demandava apenas alguns minutos, agora envolve um tempo de permanência mais longo para o cliente enquanto o EV carrega.

    Esse tempo extra abre uma nova possibilidade de interação, criando uma oportunidade singular para o varejo não-combustível se destacar, expandir suas ofertas e transformar o espaço de carregamento em uma experiência mais enriquecedora.

    O que antes era uma pausa breve se torna agora uma chance para o consumidor explorar produtos e serviços adicionais, o que exige um novo olhar sobre a experiência oferecida. 

    Para capturar todo o valor que esse cenário emergente traz, é essencial que os varejistas invistam em dados e tecnologia, integrando análises transacionais detalhadas e sistemas inteligentes para adaptar suas ofertas com precisão e relevância.

    Ao compreender as necessidades e comportamentos dos clientes em cada localidade, o varejo pode personalizar suas opções de produtos e serviços de acordo com o perfil de consumo local.

    A análise transacional oferece insights profundos que permitem aos varejistas criar uma proposta de valor diferenciada, ajustando estoques, ofertas e promoções para atender diretamente às expectativas do consumidor. Assim, ao invés de uma abordagem genérica, cada ponto de venda pode refletir as preferências e necessidades únicas de seus visitantes.

    O desenvolvimento de plataformas tecnológicas em nuvem e o uso de modelos de machine learning  são o motor que impulsiona essa nova era do varejo. Com o poder de processar milhões de transações diariamente, esses sistemas avançados revelam padrões de consumo e antecipam tendências com uma precisão inédita.

    Desde o acompanhamento de vendas por categoria até a identificação de produtos de alta demanda e a reposição estratégica de estoque, essas tecnologias oferecem um nível de visibilidade e controle que antes era impensável.

    Os varejistas ganham, assim, a capacidade de responder em tempo real às mudanças no comportamento do consumidor, transformando dados em ações concretas que impactam diretamente a experiência e a satisfação dos clientes. 

    Essa transformação não está restrita aos grandes players do mercado. Varejistas de todas as dimensões têm a oportunidade de se beneficiar de análises transacionais e avançadas para otimizar suas operações e aprimorar o engajamento com o cliente.

    Em testes realizados em lojas piloto, vimos como a inteligência artificial e a automação podem elevar significativamente o desempenho das lojas, resultando em lucros superiores, ao mesmo tempo que reduzem custos operacionais.

    A introdução de planogramas personalizados, promoções automatizadas e checkouts ágeis são apenas algumas das inovações possíveis que se ajustam dinamicamente à demanda e preferências dos consumidores. Essas inovações não só aprimoram a eficiência das operações, mas também criam uma jornada de compra mais fluida e agradável.

    Ao alinhar estratégias de promoção e engajamento com as preferências individuais de cada cliente, o varejo ganha uma vantagem única na retenção de sua base.

    A personalização não é mais uma opção, mas uma necessidade para aqueles que desejam construir uma relação duradoura com os consumidores e captar uma maior parcela do consumo de cada visitante.

    Por meio da análise detalhada dos hábitos de compra e preferências, os varejistas podem oferecer campanhas que realmente ressoam com os interesses do cliente, tornando cada visita uma experiência personalizada e impactante. Essa abordagem gera não apenas vendas, mas também um vínculo mais sólido com o consumidor.

    Essa jornada de adaptação do varejo não-combustível está apenas no início, mas seu potencial é imenso. À medida que o mercado de veículos elétricos continua a crescer, a relevância dos pontos de carregamento como hubs de conveniência também se expande.

    O futuro do varejo não-combustível é promissor, e aqueles que investirem em tecnologias de análise e personalização estarão mais bem preparados para transformar esses espaços em verdadeiros centros de experiência.

    A integração de dados, inteligência artificial e um profundo entendimento do consumidor são os alicerces para esse novo horizonte, onde cada detalhe importa e cada interação é uma oportunidade de valor.

    Tempo de Permanência: Uma Nova Dimensão no Varejo de Mobilidade

    Atualmente, este hub da marca Shell atende mais de 3.300 clientes de veículos elétricos todos os dias
    Divulgação/Shell

    Atualmente, este hub da marca Shell atende mais de 3.300 clientes de veículos elétricos todos os dias

    A expansão do mercado de veículos elétricos está mudando profundamente o comportamento dos consumidores em paradas de conveniência. Com o tempo médio de carregamento acima dos 20 minutos, os consumidores agora possuem uma janela estendida para explorar as ofertas do varejo enquanto aguardam.

    Essa nova realidade cria um ambiente propício para o desenvolvimento do varejo não-combustível, desde lanches e bebidas até serviços de conveniência adaptados a essa espera. A implementação de estratégias baseadas em dados é essencial para capturar e expandir esse potencial.

    Através do monitoramento das transações e análise do comportamento, varejistas podem adaptar a oferta ao perfil específico do cliente que frequenta cada unidade, ampliando a relevância do ponto de venda e transformando o tempo de espera em uma experiência que fideliza e cativa.

    Personalização de Microassortimentos: Atendendo ao Consumidor de Forma Única

    O entendimento do comportamento de compra em nível transacional permite aos varejistas construir uma proposta de valor diferenciada e personalizada para cada cliente. Através do uso de dados, é possível implementar microassortimentos ajustados à demanda local e aos hábitos de compra específicos, promovendo uma experiência que se alinha perfeitamente com o perfil de cada cliente.

    Para isso, os varejistas de mobilidade podem espelhar práticas de indústrias como o varejo alimentício, em que a personalização tem sido um motor essencial de sucesso.

    Esta abordagem inclui desde o ajuste de categorias de produtos até a adaptação de promoções específicas, além do monitoramento de falhas de estoque e preferências de compra, criando um ecossistema em que cada produto ofertado tem maior probabilidade de atender a um cliente específico e sua necessidade.

    Plataformas de Nuvem e Machine Learning: O Alicerce da Análise de Transações

    Para um varejo não-combustível eficiente, os dados transacionais e a tecnologia de análise são os pilares da estratégia.

    A utilização de plataformas de nuvem e algoritmos de machine learning permite que varejistas processem milhões de transações diárias, revelando insights preciosos sobre o ritmo de vendas, categorias de destaque e lacunas no sortimento.

    Esses sistemas modernos facilitam intervenções operacionais rápidas, como ajustes em SKUs, gerenciamento de promoções e monitoramento contínuo de categorias em ascensão.

    A integração desses dados com a operação permite que os varejistas ajam proativamente para corrigir desvios ou aproveitar oportunidades, impulsionando não só as vendas, mas também a eficiência e a rentabilidade do negócio.

    Inovação e Experimentos: Explorando o Futuro do Varejo Automatizado

    A implementação de soluções automatizadas, como as testadas em uma loja piloto na Ásia, demonstrou o potencial de aumento de lucro que a automação e a inteligência podem trazer para o varejo.

    No caso em questão, foram aplicadas ferramentas de IA e análise avançada, como checkouts automatizados, promoções personalizadas e tarefas automáticas para a equipe, resultando em um aumento de mais de 40% no lucro bruto.

    Este cenário exemplifica o poder de um sistema integrado que combina IA e análise para oferecer uma experiência personalizada e eficiente ao cliente, ao mesmo tempo em que reduz os custos operacionais. A automação das operações também libera as equipes para tarefas mais estratégicas e de contato direto com o cliente, fortalecendo o relacionamento e fidelidade.

    Engajamento Direcionado e Promoções Personalizadas: Construindo a Lealdade do Cliente

    As promoções personalizadas, quando aliadas à análise de dados transacionais, oferecem uma forma poderosa de engajar e fidelizar clientes. Ao identificar padrões individuais de consumo, os varejistas podem adaptar promoções e campanhas de marketing que ressoam com as preferências de cada cliente.

    Além disso, a visibilidade em tempo real das operações de estoque permite a rápida reposição de produtos em promoção ou de maior demanda, evitando rupturas e maximizando as oportunidades de venda.

    Esse tipo de agilidade e personalização é fundamental para transformar cada parada em uma experiência positiva e marcante para o cliente, gerando maior frequência de visitas e aumentando o “share of wallet” de cada unidade.

    Promoções personalizadas em posto de recarga de carros elétricos e suas conveniências, quando aliadas à análise de dados transacionais, oferecem uma forma poderosa de engajar e fidelizar clientes.
    Divulgação

    Promoções personalizadas em posto de recarga de carros elétricos e suas conveniências, quando aliadas à análise de dados transacionais, oferecem uma forma poderosa de engajar e fidelizar clientes.

    Considerações Finais

    Ao olhar para o futuro do varejo não-combustível, especialmente nos contextos de mobilidade, fica claro que a tecnologia de dados e a personalização não são apenas diferenciais – são exigências fundamentais para qualquer empresa que queira prosperar nesse cenário em rápida transformação.

    O crescimento contínuo dos veículos elétricos e o tempo prolongado que seus motoristas passam nos pontos de carregamento representam uma janela de oportunidade singular para redefinir o papel do varejo nesses locais.

    Com uma abordagem fundamentada em dados, cada parada pode se tornar um ponto de conveniência estratégico, oferecendo produtos e serviços que realmente fazem sentido para cada consumidor, no momento certo. 

    O avanço nas tecnologias de análise e inteligência artificial cria possibilidades sem precedentes para o setor, permitindo não só a identificação precisa das preferências do cliente, mas também a adaptação em tempo real às demandas do mercado.

    Em um ambiente tão dinâmico, onde os padrões de consumo podem variar de local para local e de cliente para cliente, os insights derivados de transações oferecem aos varejistas a habilidade de evoluir e responder com agilidade.

    O futuro do varejo se desenha em torno de ambientes responsivos, onde cada produto em exposição e cada promoção é projetada para otimizar a experiência e maximizar o potencial de engajamento e de venda. Além do impacto direto na receita, essa nova visão do varejo de mobilidade abre portas para o fortalecimento das relações com os clientes.

    Ao oferecer uma experiência verdadeiramente personalizada, que considera as necessidades e preferências individuais de cada consumidor, o varejo não apenas promove mais vendas imediatas, mas também consolida um relacionamento de confiança e lealdade.

    Cada interação bem-sucedida reforça o vínculo entre marca e cliente, e é nessa construção de relacionamento que o setor pode encontrar uma vantagem competitiva duradoura. A fidelização se torna uma consequência natural de uma experiência memorável e fluida, ancorada em dados e com foco genuíno nas expectativas do cliente.

    Esse movimento em direção ao varejo personalizado e tecnológico é também um passo estratégico na sustentabilidade e eficiência operacional. Com sistemas que monitoram o desempenho em tempo real e ajustam o sortimento automaticamente, as lojas podem minimizar desperdícios, manter níveis de estoque precisos e reduzir custos.

    Essa capacidade de operar de forma inteligente e enxuta não só gera melhores margens, mas também posiciona o setor para um futuro mais sustentável, onde a tecnologia trabalha em harmonia com práticas de responsabilidade e respeito ao consumidor.

    Em última análise, o futuro do varejo não-combustível reside na capacidade de reinventar o atendimento ao cliente com soluções que transcendem a simples oferta de produtos.

    O sucesso dependerá da união entre dados, tecnologia e uma compreensão profunda do comportamento humano, traduzindo cada análise em uma ação que enriqueça a jornada do consumidor.

    Os pontos de conveniência de amanhã não serão meramente locais de parada, mas destinos onde o cliente encontra, de maneira eficiente e relevante, tudo o que precisa para otimizar seu tempo e satisfazer suas expectativas.

    Para os varejistas que souberem aplicar essa visão, o futuro se revela repleto de possibilidades, onde cada interação é uma oportunidade de inovar e conquistar a preferência dos consumidores. 

    Espero que você tenha sido impactado e profundamente motivado pelo artigo. Quero muito te ouvir e conhecer a sua opinião! Me escreva no e-mail: muzy@ainews.net.br

    Até nosso próximo encontro!

    Muzy Jorge, MSc.

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    Impacto dos Veículos Elétricos no Varejo de Conveniência

  • Pesquisadores dizem que decisões da Meta ameaçam liberdade no Brasil

    Pesquisadores dizem que decisões da Meta ameaçam liberdade no Brasil

    Em audiência pública em Brasília (DF), nesta quarta-feira (22), pesquisadores e membros de organizações da sociedade civil manifestaram contrariedade às novas políticas da empresa Meta, que alteraram as formas de moderação e que até permitem a publicação de conteúdos preconceituosos. Representantes das plataformas digitais foram convidados, mas não compareceram. A companhia controla as redes Facebook, Instagram e Whatsapp. 

    Na audiência pública, realizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), os pesquisadores chamaram atenção para o fato que essas políticas aumentam as dificuldades de grupos já vulnerabilizados. A professora Rose Marie Santini, diretora do laboratório de estudos de internet da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou que as decisões da empresa de remodelar programas de checagem de fatos e relaxar os trabalhos de moderação sobre a formação de discursos de ódio representam ameaça à sociedade.

    Para ela, uma mudança muito significativa anunciada pelo presidente da Meta, Mark Zuckerberg, foi sobre as alterações dos algoritmos, ao decidir quais vozes serão divulgadas e silenciadas. “Esses algoritmos, programados pela curadoria e moderação de conteúdo, operam sem nenhuma transparência sobre a realidade e sobre seus critérios. Não sabemos quais conteúdos são efetivamente moderados”, ponderou. 

    A professora afirma que a divulgação dos critérios de moderação demonstrou “graves inconsistências”. “Essa opacidade mina a confiança pública na real preocupação da empresa com a liberdade de expressão. Afinal, a liberdade só é efetiva quando acompanhada de transparência”, argumentou. 

    Para a pesquisadora, esse tipo de moderação permite que se dê liberdade somente às pessoas escolhidas pela empresa. “O discurso das empresas induz a um entendimento de que a censura só poderia vir do Estado. Contudo, na realidade atual, as plataformas digitais se constituem como a principal estrutura de censura dos usuários na internet”.

    Ela entende que essas grandes plataformas detêm mais informações sobre seus usuários do que qualquer Estado tem de seus cidadãos. “(As empresas) Usam dados das pessoas, inclusive os sensíveis, para distribuir anúncios personalizados, independente se são legítimos ou não, se contêm crimes de qualquer ordem ou se colocam os usuários em risco”. 

    A professora de direito Beatriz Kira, da Universidade de Sussex, no Reino Unido, avaliou que a prioridade e o engajamento dos algoritmos das plataformas contribuem para a disseminação de conteúdos sexistas e misóginos que não conseguiriam o mesmo impacto não fosse pela internet. “Tecnologias emergentes com inteligência artificial generativa geraram esse cenário, facilitando novas formas de violência”. 

    Ela cita a divulgação de conteúdos íntimos, como deep nudes, que evidenciam o uso estratégico da necrologia para reforçar a violência de gênero no âmbito político. “Nesse contexto, mudanças recentes nas políticas de discurso de ódio e a reivindicação do sistema de automatização de organização de conteúdo são profundamente preocupantes. Essas mudanças evidenciam a necessidade urgente de um papel mais ativo do Estado na regulação das plataformas digitais”.

    O diretor de políticas e direitos das crianças do Instituto Alana, Pedro Hartung, ressaltou que a moderação de conteúdo por parte das plataformas para a proteção de crianças e prevenção de violências não é só uma necessidade, mas também um dever constitucional. “No caso das crianças, já temos a legislação para basear ações de responsabilização objetiva por conduta própria ou ação por omissão das plataformas”, defendeu. 

    Hartung contextualizou que 93% de crianças e adolescentes usam a internet no Brasil, 71%, o WhatsApp, além de uma expressiva participação no Instagram e TikTok. “Essa é uma internet que não é uma praça pública, mas sim um shopping, que busca por uma economia da atenção, a exploração comercial das crianças”, explicou.

    Ele exemplificou que, como parte desse conteúdo prejudicial, houve no Brasil os ataques nas escolas principalmente no ano de 2023. Ele cita que uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu avaliar a influência do mundo on-line na radicalização desses adolescentes. “É importantíssimo, para a gente, olhar para a moderação de conduta nas plataformas”.

    Outro tema que preocupa em relação à infância, segundo Hartung, é o impacto significativo das publicidades e também do crescimento do trabalho infantil artístico nas redes. “É importante ressaltar que a culpa não pode ser colocada exclusivamente em cima das famílias, mas em empresas”.

    O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, Victor De Wolf, também participou da audiência pública, manifestou que a política de monitoramento da Meta já era equivocada e intolerante. “A gente já vê graves crimes de ódio acontecendo, violações, calúnias e golpes. A nossa comunidade não é incomum”.

    No texto da Meta, que aponta uma nova política de moderação, há textualmente a informação que haveria permissão para relacionar doença mental a questões de gênero ou orientação sexual. 

    “Ainda somos um país que mais persegue a comunidade LGBT, e principalmente travestis e transexuais no mundo. Nós ainda somos o país com mais assassina em qualquer relação de direitos”, contextualizou. Para ele, é necessário que a justiça faça o papel de responsabilizar redes que violem os direitos dos cidadãos. “A anarquia digital proposta por esse grupo de empresários, na verdade, nada mais é do que uma ditadura”, disse.

    Pesquisadores dizem que decisões da Meta ameaçam liberdade no Brasil

  • Veja como pesquisar vagas de emprego na CTPS digital

    Agência Brasil

    Carteira de trabalho digital

    A Carteira de Trabalho Digital agora permite que trabalhadores encontrem vagas de emprego disponíveis nas agências do Sine (Sistema Nacional de Emprego).

    Essa funcionalidade foi implementada para agilizar a intermediação de mão de obra e centralizar os serviços do Ministério do Trabalho e Emprego. Confira o passo a passo para utilizar essa nova ferramenta:

    Baixe o aplicativo

    Baixar a Carteira de Trabalho Digital
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    Baixar a Carteira de Trabalho Digital

    • Acesse a loja virtual do seu dispositivo (Android ou iOS).
    • Procure pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital e faça o download gratuito.

    Atualize suas informações

    • Após instalar o aplicativo, insira suas informações pessoais e objetivos profissionais no perfil.
    • Certifique-se de que seus dados, como endereço residencial, estão corretos para receber notificações de vagas.

    Acesse o menu de vagas

    • No menu principal do aplicativo, clique no ícone “maleta” ou selecione a aba “emprego”.
    • Em seguida, toque na opção “vagas de emprego” para visualizar as oportunidades disponíveis.

    Filtre as vagas

    Aplicativo
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    Aplicativo

    • Use os filtros disponíveis, como localização, tipo de contratação e benefícios, para encontrar vagas alinhadas ao seu perfil.

    Selecione e acompanhe as vagas

    • Clique nas vagas de interesse para visualizar mais detalhes.
    • Acompanhe o andamento de processos seletivos na aba “processos seletivos” do menu principal.

    Com essa funcionalidade, o trabalhador é notificado no aplicativo sempre que surgir uma vaga compatível com seu perfil.

    Além disso, o app disponibiliza outros serviços, como consulta de contratos de trabalho vigentes e anteriores, extratos do FGTS e CAGED, notificações de qualificação profissional, abono salarial, seguro-desemprego e um canal para denúncias trabalhistas.

    Carteira de trabalho digital
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    Carteira de trabalho digital

    A Carteira de Trabalho Digital substituiu o aplicativo Sine Fácil e, desde a atualização, registrou mais de 724 milhões de acessos em 2024.

    Para quem preferir, o Portal Emprega Brasil também oferece a consulta de vagas e serviços mediante login na plataforma oficial.

    Veja como pesquisar vagas de emprego na CTPS digital

  • Meta, Google e X não vão a debate da AGU sobre redes sociais

    Internet

    Segundo a AGU, as contribuições colhidas serão encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal

    O debate técnico realizado pela AGU (Advocacia-Geral da União) nesta quarta-feira (22) não contou com a participação do Google, X, TikTok e Meta. O encontro teve como objetivo discutir questões relacionadas à regulação de redes sociais, enfrentamento à desinformação e promoção de direitos fundamentais no ambiente digital.

    Organizado com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e do Ministério da Fazenda, o encontro reuniu especialistas, representantes de organizações da sociedade civil, agências de checagem e instituições públicas e privadas.

    Segundo a AGU, as contribuições colhidas serão encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal como subsídios nos processos que tratam da regulação das plataformas digitais. Os materiais também serão disponibilizados ao Congresso Nacional e à sociedade em geral.

    Durante a abertura, o advogado-geral da União, Jorge Messias, reforçou o compromisso do governo federal em estabelecer um ambiente digital seguro e destacou a importância do diálogo com as empresas de tecnologia.

    “O governo federal está comprometido com a criação de um ambiente seguro para todos os brasileiros em qualquer espaço, seja o espaço virtual ou no físico. Não existe prejulgamento de nenhuma ação realizada por qualquer plataforma. Nós temos interesse de dialogar e de trabalhar em cooperação com todas as plataformas, com todas as redes digitais”, afirmou.

    Messias também mencionou o objetivo de tranquilizar famílias, comerciantes e consumidores em suas interações no ambiente digital.

    “Estaremos colocando todos os nossos esforços para que isso seja uma realidade, para que as mães e os pais de família possam ficar muito mais tranquilos com as suas crianças, que os comerciantes fiquem mais tranquilos e seguros na realização dos seus negócios, que os consumidores se sintam mais protegidos na realização das suas operações diárias utilizando essas plataformas e que a sociedade em geral sinta que pode confiar.”

    A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, também abordou a importância de criar ambientes digitais que garantam proteção a crianças e adolescentes e que enfrentem questões como racismo, misoginia e outros tipos de preconceito.

    Audiência técnica

    A audiência técnica focou nas mudanças recentes anunciadas pela Meta em sua política de moderação de conteúdo, especialmente relacionadas ao controle de discurso de ódio.

    Outros temas abordados incluíram medidas para mitigar a circulação de conteúdos criminosos e ilícitos nas plataformas digitais, aprimoramento de canais de denúncia e necessidade de maior transparência por parte das empresas.

    Embora as empresas Meta, Google, X e TikTok não tenham comparecido, Jorge Messias destacou que o diálogo não está encerrado.

    Ele informou que as plataformas ainda podem enviar contribuições até o dia 24 de janeiro, permitindo que participem do processo de construção das regulamentações.

    Os resultados do debate serão utilizados em julgamentos do STF relacionados aos Recursos Extraordinários 1.307.396/SP (Tema 987) e 1.057.258/MG (Tema 533), ambos com repercussão geral reconhecida.

    Além disso, servirão como base para a análise de projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional sobre a regulação de redes sociais no Brasil.

    Meta, Google e X não vão a debate da AGU sobre redes sociais

  • Novo sistema da Anatel promete reduzir as ligações indesejadas

    FreePik

    Anatel emite despacho para combater chamadas irregulares no celular

    A Anatel  emitiu nesta terça-feira (21) uma determinação para que as empresas de telefonia móvel informem dados sobre ligações indesejadas, quando identificadas.

    O órgão entende que, assim, vai conseguir monitorar a origem das chamadas e aplicar punições, como suspensão de usuários ou de empresas que cometem fraudes ou abusos.

    Os dados que a Anatel espera receber das empresas de telefonia móvel vão desde identificação das chamadas indesejadas até quantidade, data e horário em que ocorreram, numa tentativa de agilizar as ações de combate. Os relatórios terão de ser encaminhados todo dia 15 de cada mês. O descumprimento pode gerar multas de até R$ 50 milhões.

    Menos ligações

    A agência afirma que tem realizado outras ações técnicas e regulatórias para coibir a prática, como a campanha “Outubro Ciberseguro.

    A Anatel estima que cerca de 185 bilhões dessas chamadas telefônicas indesejadas deixaram de ser feitas, entre junho de 2022 e dezembro de 2024, em decorrência das medidas já tomadas.

    Não Me Perturbe

    A  plataforma Não Me Perturbe recebe o cadastro de quem não quer receber ligações de telemarketing com ofertas de produtos e outras mensagens. O serviço demora 30 dias após o cadastro para eliminar essas chamadas.

    A pessoa passa a não mais receber ligações para a venda de serviços de telefonia, TV por assinatura, banda larga, cartão de crédito e vários outros serviços e produtos oferecidos indevidamente pelas empresas.

    Novo sistema da Anatel promete reduzir as ligações indesejadas

  • AGU realiza audiência pública sobre moderação nas redes sociais

    Rafa Neddermeyer/Agência Brasil – 03/11/2023

    Audiência pública marcada pela AGU poderá ser acompanhada pela população

    A Advocacia-Geral da União ( AGU) marcou para esta quarta-feira (22), a partir das 14h, uma audiência pública para debater as políticas de moderação de conteúdo das plataformas digitais. Foram convidadas 41 pessoas entre representantes de plataformas, especialistas, agências de checagem de fatos, acadêmicos e organizações da sociedade civil para discutir o tema.

    O evento foi motivado pela recente mudança de diretrizes da Meta, empresa de  Mark Zuckerberg que controla o Instagram, Facebook e WhatsApp. Em resposta a uma notificação extrajudicial da AGU, a empresa confirmou mudanças em sua política, que agora permite, por exemplo, que usuários associem doenças mentais a gênero ou orientação sexual, em contextos de debates religiosos ou políticos.

    Segundo a AGU, o objetivo do debate é “analisar os impactos das mudanças no enfrentamento à desinformação e na promoção e proteção dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal”. A audiência será presidida pelo órgão e contará com o apoio de representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e do Ministério da Fazenda (MF).

    Preocupação do governo

    A AGU vê com “grave preocupação” algumas dessas alterações, por considerar que podem criar “terreno fértil para violação da legislação e de preceitos constitucionais que protegem direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. A apuração foi feita pelo O Globo.

    As plataformas convidadas para a audiência foram: Meta, Alphabet (dona do Google e do Youtube), TikTok, Kwai, X e LinkedIn. Também foram convidadas organizações que atuam na área digital, como Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), InternetLab e Netlab, além de agências de checagem, como Aos Fatos e Agência Lupa, professores universitários e entidades de direitos humanos.

    Não foi divulgado quem confirmou presença. Cada participante terá cinco minutos para sua apresentação, e os debatedores poderão fazer perguntas entre si. De acordo com a AGU, o evento vai discutir “medidas a serem adotadas com o objetivo de assegurar o cumprimento da legislação nacional e a proteção de direitos”.

    A participação como ouvinte está disponível a qualquer cidadão ou instituição, na forma presencial ou online, mediante inscrição prévia no formulário eletrônico, até 23h59 do dia 21 de janeiro, disponível no link: 

    AGU realiza audiência pública sobre moderação nas redes sociais

  • Trump anuncia investimento histórico de US$ 500 bilhões em IA

    Trump anuncia investimento histórico de US$ 500 bilhões em IA

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) um investimento de US$ 500 bilhões na área de Inteligência Artificial (IA) ao longo dos próximos anos, destacando o projeto como “o maior investimento em IA da história”. A declaração foi feita durante um evento na Casa Branca, que contou com a presença de CEOs da OpenAI, Oracle e SoftBank, empresas de destaque no setor.

    Sam Altman, CEO da OpenAI, classificou o projeto como “o mais importante desta era”, enquanto Larry Ellison, da Oracle, destacou que dez centros de dados já foram construídos como parte da iniciativa. Esses centros serão cruciais para o avanço da tecnologia e, de acordo com Ellison, poderão também ser usados para o desenvolvimento de registros de saúde digitais e vacinas personalizadas para doenças como o câncer.

    “O objetivo é colocar os Estados Unidos na vanguarda da revolução tecnológica”, afirmou Masayoshi Son, presidente da SoftBank. Son, um bilionário japonês, já havia prometido investir US$ 100 bilhões em projetos nos EUA até 2029. Ele reforçou que o programa é parte de uma “nova era dourada”, alinhada à visão de Trump de revitalizar a economia americana.

    Embora Trump tenha creditado sua administração como a força motriz por trás do plano, os primeiros passos para essa expansão datam do governo Biden. Documentos revelados pela agência The Information indicam que o planejamento do projeto Stargate, que servirá como plataforma para o desenvolvimento de infraestrutura de IA, começou ainda em 2024.

    O governo também se comprometeu a acelerar a construção de centrais elétricas para atender à crescente demanda energética dos centros de dados, reconhecendo a competitividade global com países como a China no desenvolvimento de IA.

    “O objetivo é criar mais de 100 mil empregos americanos quase de imediato”, destacou Trump, ressaltando que o investimento também garante que a tecnologia continue a ser desenvolvida dentro dos Estados Unidos.

    A expansão da IA ocorre em meio a incertezas regulatórias. Trump revogou uma ordem executiva de 2023, assinada pelo então presidente Joe Biden, que estabelecia padrões de segurança e diretrizes para conteúdo gerado por IA. A medida foi criticada por especialistas que alertam para os riscos da tecnologia para a segurança nacional.

    Além disso, Trump anunciou em janeiro um investimento adicional de US$ 20 bilhões da DAMAC Properties, dos Emirados Árabes Unidos, para a construção de centros de dados voltados à IA, reforçando as parcerias internacionais no setor.

    Elon Musk, fundador da Tesla e SpaceX, também é parte dessa narrativa. Musk foi um dos primeiros investidores na OpenAI, mas posteriormente lançou sua própria empresa de IA, a xAI, após divergências com os rumos da OpenAI.

    Para Trump, o massivo investimento na área de IA reflete “uma declaração de confiança no potencial da América sob uma nova liderança”. Em tom descontraído, o presidente afirmou: “Não sou eu quem está dizendo isso, são eles”.

    Trump tomou posse na segunda-feira como o 47º presidente dos Estados Unidos, em uma cerimônia realizada no Capitólio, em Washington, marcando o início de um governo que promete transformar o setor tecnológico e consolidar a liderança americana no cenário global.
     

    Trump anuncia investimento histórico de US$ 500 bilhões em IA

  • Trump ordena fim da ‘censura governamental’ nas redes sociais

    JIM WATSON

    Donald Trump assina decretos presidenciais no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, em 20 de janeiro de 2025

    O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na segunda-feira (20) uma ordem executiva com a intenção de “parar imediatamente toda a censura governamental”. Com a ordem, o governo estadunidense não vai poder pressionar as  redes sociais sobre a remoção de conteúdos nas plataformas.

    A ação deve minar os esforços de combate a proliferação de  informação falsa online. Segundo o decreto, agentes oficiais do governo federal não podem adotar qualquer conduta que “infrinja de forma inconstitucional a  liberdade de expressão de qualquer cidadão americano”.

    Em um dos atos ainda no primeiro dia de mandato, o republicano escreveu que isso acontecia no governo de Joe Biden, e determinou que seja feita uma investigação para ” identificar e remediar possíveis danos ao direito constitucional de liberdade de expressão”.

    “Nos últimos quatro anos, a administração anterior massacrou o direito à liberdade de expressão exercendo, com frequência, uma pressão substancial coerciva sobre empresas, como as redes sociais, para moderar, derrubar ou, de alguma outra forma, suprimir um discurso que o governo federal não aprovava”, diz a medida.

    Trump também proibiu que o dinheiro público seja usado em qualquer conduta que esteja ligada a cessar o direito de expressão dos americanos. O republicano afirmou que o governo de Biden infringiu o direito constitucional dos cidadãos para avançar sua narrativa preferida sobre temas significativos do debate público.

    Alinhado com os donos das redes sociais

    A cerimônia de posse, ocorrida também na segunda, contou com a presença de donos das principais Big Techs, como Mark Zuckerberg(CEO da Meta), Jeff Bezos(fundador da Amazon), Sundar Pichai(CEO do Google) e Elon Musk(dono do X). A medida adotada é alinhada com a ideia do uso das redes sociais vista por eles.

    Dias antes da posse,  Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos nas redes sociais da Meta, como Facebook e Instagram, e que irá trabalhar com o novo presidente contra governos de todo o mundo que visam perseguir empresas americanas” e “implementar mais censura”.

    A União Europeia e o Reino Unido já adotam leis que exigem responsabilidade das redes sociais e das grandes empresas de tecnologia sobre conteúdos publicados. Zuckerberg criticou as atitudes tomadas no continente e seu “número crescente de leis que institucionalizam a censura e dificultam a construção de algo inovador”.

    Visão republicana

    Durante anos, a principal queixa dos conservadores era a de que as redes sociais boicotavam seus posts. Entre os exemplos citados, constantemente é lembrado a exclusão de Trump no antigo Twitter e no Facebook após os ataques ao Capitólio em seis de janeiro de 2021. 

    Os republicanos também alegam que as iniciativas do governo Biden pressionaram as Big Techs a removerem desinformação sobre vacinas durante a pandemia de covid-19. Esses fatores significariam que o governo interferiu de forma ilegal na liberdade de expressão dos americanos.

    Trump ordena fim da ‘censura governamental’ nas redes sociais

  • Instagram testa mudanças na interface para se aproximar do TikTok

    O Instagram está testando uma alteração significativa na aparência dos perfis, tornando-se mais semelhante ao TikTok. A novidade substituirá os tradicionais quadrados da grade de publicações por retângulos, adaptando-se melhor ao formato vertical predominante nos conteúdos atuais.

    Adam Mosseri, responsável pela rede social, anunciou a mudança e explicou a motivação por trás dela. “Sei que muitos de vocês gostam muito dos quadrados. Eles são parte do legado do Instagram. Mas, atualmente, a maioria do conteúdo carregado, sejam fotos ou vídeos, está em orientação vertical”, afirmou Mosseri.

    O chefe do Instagram reconheceu que a mudança pode causar algum incômodo inicial. No entanto, destacou os benefícios a longo prazo. “Seria uma pena cortar fotos e vídeos que foram carregados no formato vertical. Acredito que, com o tempo, as pessoas ficarão entusiasmadas ao verem mais conteúdo visível no perfil, sem cortes agressivos”, disse Mosseri, segundo o site Mashable.

    Com a alteração, o Instagram segue a tendência de priorizar vídeos e formatos que lembram o TikTok, ao mesmo tempo que busca melhorar a experiência visual dos usuários e estimular o engajamento na plataforma.

    Instagram testa mudanças na interface para se aproximar do TikTok