Categoria: Tech

  • Regulador dos EUA avisa que redes sociais estão “vigiando” usuários

    A Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês) veio a público compartilhar um relatório onde aponta que as redes sociais e plataformas de vídeo estão compartilhando grandes quantidades de dados pessoais dos respectivos usuários com outras entidades.

    O relatório é o resultado de uma investigação às práticas de recolha de dados de plataformas como o Facebook, WhatsApp, Google, Discord, Amazon, Snapchat, TikTok e o X (ex-Twitter) e que aconteceu entre o início de 2019 e o final de 2020. A entidade reguladora norte-americana conclui que estas plataformas estão conduzindo uma “vasta vigilância” aos usuários.

    “Reconhecer este fato básico é importante tanto para os responsáveis ​​pela aplicação da lei como para os responsáveis políticos, porque quaisquer esforços para limitar ou regular a forma como estas empresas recolhem dados pessoais dos usuários entrarão em conflito com os seus principais incentivos comerciais”, pode ler-se no comunicado da presidente da FTC, Lina Khan. “Para criar regras ou soluções eficazes que limitem esta recolha de dados, os políticos terão de garantir que a violação da lei não é mais rentável do que o cumprimento da mesma”.

    Khan deixa também uma mensagem para as empresas responsáveis por estas plataformas, enaltecendo a importância de investir na “limitação da retenção e partilha de dados, na restrição da publicidade direcionada e no reforço da proteção dos adolescentes”.

    A Google já se pronunciou sobre este relatório e, de acordo com o The Guardian, nota que a empresa “nunca vende informações pessoais” e “não utiliza informações confidenciais para veicular anúncios”.

    “Proibimos a personalização de anúncios para usuários menores de 18 anos e não personalizamos anúncios para qualquer pessoa que veja ‘conteúdos feitos para crianças’ no YouTube”, pode se ler no comunicado da tecnológica de Mountain View.

    O Discord também veio a público comentar o relatório, aproveitando ainda para criticar a abordagem da FTC afirmando que a entidade colocou “modelos muito diferentes [de negócio] num único saco”.

    “O modelo de negócio do Discord é muito diferente – somos uma plataforma de comunicação em tempo real com fortes controles de privacidade do usuário e sem ‘feeds’ para ‘scroll’ interminável. Na época do estudo, o Discord não geria um serviço formal de publicidade digital”, afirmou uma executiva do Discord nos EUA e no Canadá.

    Regulador dos EUA avisa que redes sociais estão “vigiando” usuários

  • Meta promete cumprir regra do TSE e suspender anúncios políticos na eleição

    (REVISTA SIMPLES) – A Meta anunciou nesta sexta-feira (20) que suspenderá a veiculação dos anúncios políticos e eleitorais no dia da eleição e também antes e após o pleito, conforme determinado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    Em pleitos anteriores, já havia restrições para veiculação de conteúdo impulsionado na data da eleição. A empresa, porém, não implementava a suspensão dos anúncios por conta própria, sob entendimento de que caberia aos candidatos cumprir as regras de não veiculação.

    Este ano, porém, a Justiça Eleitoral aprovou regras mais rígidas contra plataformas, entre elas, a previsão de que cabe “ao provedor de aplicação, que comercializa o impulsionamento, realizar o desligamento da veiculação de propaganda”.

    Na prática, portanto, o anúncio da Meta significa que a empresa pretende cumprir as regras aprovadas.

    “Em razão da regulação local, vamos suspender a veiculação de todos os anúncios sobre questões sociais, eleições ou política nos dois dias que antecedem a eleição, no dia da votação e no dia seguinte à eleição, com base no período de silêncio estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral”, diz a nota da empresa.

    Em 2022, em resolução aprovada entre o 1º e o 2º turno da eleição, sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes, já tinham sido previstos os períodos de vedação atualmente vigentes para circulação dos anúncios na internet -não apenas no dia da eleição, mas também 48 horas antes e 24 horas depois.

    Já a resolução deste ano previu o mesmo prazo e, de modo explícito, incumbiu as plataformas do desligamento.

    Desde que passou a ser permitido impulsionamento de conteúdo pelas campanhas nas redes sociais, o que permite às candidaturas buscarem alcançar mais pessoas por meio de suas contas do que alcançariam de modo orgânico, as plataformas vêm abocanhando cifras volumosas com a oferta do serviço.

    Este ano, diante de novas regras aprovadas pelo TSE no fim de fevereiro, a meses da eleição, a Meta acabou monopolizando esse mercado sendo a única empresa que seguiu oferecendo o serviço para este pleito, por meio do Facebook e Instagram.

    O Google, por exemplo, deixou de permitir anúncios políticos no Brasil em maio deste ano.

    Por meio de resolução, o TSE tornou obrigatória a existência de bibliotecas de anúncios de conteúdo político eleitoral pelas plataformas, seguindo uma série de requisitos estabelecidos pela corte.

    O objetivo dessas ferramentas é dar mais transparência sobre quem está pagando para que publicações sobre esses temas atinjam mais usuários, sobre o que elas falam, quanto está sendo gasto e qual público-alvo está sendo visado e efetivamente atingido.

    No momento, a empresa já figura como principal fornecedor das campanhas nas estatísticas parciais de despesas das campanhas.

    Meta promete cumprir regra do TSE e suspender anúncios políticos na eleição

  • Perdidos nas estrelas? Os piores acidentes ocorridos no espaço!

    Viajar para o espaço é algo muito perigoso. Basta perguntar a Nick Hague e Alexey Ovchinin. Eles são o astronauta e o cosmonauta que, em 2018, escaparam de um foguete com defeito após o lançamento. Felizmente, os dois saíram bem desse episódio, mas, como a história mostrou, nem todos os astronautas tiveram a mesma sorte.

    Em um dos desastres mais assustadores dos últimos anos, dois astronautas americanos que deveriam passar oito dias viajando de ida e volta para a Estação Espacial Internacional (ISS) ficaram presos lá por mais de dois meses. Além disso, eles podem não conseguir voltar para casa até 2025. Isso se deve a vários problemas técnicos que deixaram sua nave, a nova cápsula Boeing Starliner, insegura para uso. Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams foram a primeira tripulação a pilotar a nave em sua viagem inaugural — uma situação infeliz, como se viu.

    O lançamento da missão ocorreu em 5 de junho, e a Starliner chegou à ISS com segurança. No entanto, muitas questões técnicas vieram à tona, o que tornou impossível para Wilmore e Williams retornarem à Terra na data programada. O que deveria ser oito dias se estendeu para oito semanas enquanto a Boeing e a NASA tentavam resolver os problemas. Em julho, a Boeing revelou que quatro dos combustíveis de jato da Starliner falharam, os propulsores estavam com defeito e havia vazamentos de hélio.

    A Starliner, assim como os dois astronautas, já estão na ISS há mais de 60 dias. A Starliner só pode permanecer atracada por um máximo de 90 dias. A NASA e a Boeing agora dizem que a Starliner pode ter que retornar à Terra sem tripulação quando o tempo acabar se as falhas não tiverem sido reparadas para a satisfação de todos, o que significa que não seria seguro transportar Wilmore e Williams. Se for esse o caso, a dupla terá que esperar até que a próxima espaçonave capaz de transportar humanos visite a ISS em 2025.

    A Crew Dragon da SpaceX está programada para visitar a estação espacial e retornar à Terra em fevereiro de 2025. A Boeing está determinada a levar Wilmore e Williams para casa antes que os 90 dias acabem, mas fontes dizem que os oficiais da NASA não estão suficientemente confiantes em seus relatórios sobre os testes de segurança da Starliner.

    Clique nesta galeria e revisite os acidentes mais trágicos da história das viagens espaciais.

    Perdidos nas estrelas? Os piores acidentes ocorridos no espaço!

  • Veja imagens inéditas de Mercúrio capturadas pela sonda BepiColombo

    Veja imagens inéditas de Mercúrio capturadas pela sonda BepiColombo

    A Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) divulgaram na última semana imagens inéditas de Mercúrio, capturadas no início de setembro durante a mais recente aproximação da sonda BepiColombo.

    Agora, essas imagens foram compiladas pela ESA em um vídeo no formato “timelapse”, mostrando a passagem da sonda pelo planeta mais próximo do Sol. O vídeo é composto por 128 imagens captadas pelas três câmeras a bordo da BepiColombo.

    Durante essa aproximação, a sonda chegou a apenas 165 km da superfície de Mercúrio. A expectativa da ESA e da JAXA é de que, até novembro de 2026, a BepiColombo consiga entrar na órbita do planeta, aprofundando ainda mais o estudo sobre esse enigmático corpo celeste do Sistema Solar.

    Veja imagens inéditas de Mercúrio capturadas pela sonda BepiColombo

  • Mirando marcadores de vida e buracos negros, IA pode auxiliar avanço na astrofísica

    Mirando marcadores de vida e buracos negros, IA pode auxiliar avanço na astrofísica

    (REVISTA SIMPLES) – Durante sua graduação em física na USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, Roberta Pereira cursou uma disciplina sobre fundamentos de inteligência artificial (IA). Apaixonada por física computacional, que utiliza recursos das ciências da computação para investigar fenômenos físicos, ela não pensou em trilhar uma carreira relacionada à IA.

    Mas o cenário mudou durante seu mestrado, realizado no IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP. Inicialmente, sua pesquisa consistia em investigar o fenômeno que ocorre quando um buraco negro suga um astro, como uma estrela, ou alguma substância presente no Universo.

    Pesquisar esses eventos envolvia o uso de simulações numéricas, que consistem em cálculos matemáticos para reproduzir fenômenos físicos. “Você pega um sistema com as leis da física, pega as equações que descrevem aquilo, e utiliza ferramentas matemáticas para simular numericamente”, explica Pereira.

    Com o tempo, no entanto, a agora doutoranda também do IAG adotou inteligência artificial para realizar essas simulações de buracos negros. Ela explica que essa transição também envolve um aspecto prático. Atualmente, as técnicas numéricas tradicionais demandam cada vez mais computadores superpotentes, chegando a um limite que não é possível avançar, além de ser muito caro. “É necessário buscar novos métodos, e um deles é o uso de inteligência artificial.”

    No mestrado, o estudo de Pereira envolveu uma simulação mais simples dos buracos negros. Já no doutorado ela optou por complexificar mais a operação com a inclusão de campos eletromagnéticos. A pesquisadora enfatiza principalmente as turbulências, importantes para buracos negros e, na realidade, para a astrofísica em geral. Turbulências, por exemplo, são as responsáveis pelo transporte de energia.

    No caso de Pereira, o objetivo principal é observar se uma IA é capaz de aprender física. Para isso, um passo inicial foi treiná-la por dados iniciais, aqueles desenvolvidos por meio das simulações numéricas, que foram fornecidos para a inteligência, assim como a resposta final. Dessa forma, é possível observar o quanto a inteligência acertou ou não nas simulações, melhorando os resultados a fim de evitar erros.

    No momento, a pesquisadora já escreve sua tese de doutorado e assegura que seu modelo é capaz de gerar previsões. “Ele consegue prever até mesmo o transporte de energia”, afirma, em referência ao fenômeno de turbulências que ela investiga.

    O modelo de IA desenvolvido por Pereira é diferente de outros exemplos mais conhecidos pelo público, como o ChatGPT. Enquanto Pereira quer construir uma inteligência que seja capaz de gerar novos conhecimentos a partir dos sistemas físicos, o ChatGPT é mais uma repetição do que já se encontra disponível.

    A lógica buscada por Pereira é parecida ao modelo de inteligência artificial trabalhado por Cecilia Garraffo, diretora do AstroAI, um centro voltado para o desenvolvimento do uso de IAs no campo da astrofísico e integrado ao centro de astrofísica da Universidade Harvard e do Instituto Smithsonian, ambos nos Estados Unidos.

    Garraffo diz que, no AstroAI, o objetivo é desenvolver modelos de IAs que consigam extrair informações sobre fenômenos astrofísicos e não reproduzir dados já existentes e consolidados.

    O grande número de novos dados astrofísicos gerados atualmente é uma das razões que motiva grupos de estudo como o dirigido por Garraffo. “Vamos ter novos telescópios que observarão, em um ano, mais do que observamos até agora”, afirma. A busca por aquilo que ainda não se sabe na astrofísica é outro aspecto chave para as IAs desenvolvidas no centro que ela dirige.

    Para alcançar esses objetivos, o desenvolvimento de diferentes modelos de inteligências é necessário. A partir de dados sintéticos, os pesquisadores do AstroAI desenvolvem os diferentes modelos. “Nós treinamos modelos com dados que temos a resposta”, diz Garraffo, já que assim é possível checar se a máquina está entregando resultados corretos.

    Um desses modelos foi construído para decifrar detalhes de sistemas físicos: temperatura, massa e outras características. Para consolidar tais informações, um especialista demoraria cerca de 24h. Com a IA, é menos de um segundo.

    Mas nem sempre é preciso trabalhar em um modelo do zero -às vezes, é possível adaptar um já existente para outros propósitos. Esse foi o caso desse modelo já mencionado. Com algumas adaptações, que exigiram duas semanas de trabalho –enquanto o desenvolvimento total tomou cerca de oito meses–, o modelo foi capaz de identificar moléculas na atmosfera de diferentes planetas.

    Essa funcionalidade é relevante quando se considera um imbróglio envolvendo exoplanetas –aqueles fora do Sistema Solar e que orbitam outras estrelas que não o Sol. Atualmente, astrônomos tentam identificar, por meio da interação entre esses exoplanetas e suas respectivas estrelas, a presença de moléculas que indicam a possibilidade de existência de vida. O dióxido de carbono é um exemplo.

    O reconhecimento dessas moléculas, porém, é custosa, sobretudo porque, por enquanto, é necessário identificá-las individualmente. A intenção de Garraffo e de outros pesquisadores do AstroAI é construir uma IA que faça tal trabalho. Atualmente, a IA adaptada do outro modelo é capaz de identificar cinco dessas substâncias, mas os cientistas já estão trabalhando para alcançar resultados ainda mais avançados.

    A diretora do centro explica que não adotar IAs como ferramentas na astrofísica, mesmo que somente para algumas finalidades, é uma limitação. Ela traça um paralelo com computadores: no início, era até possível realizar tarefas sem essas máquinas. “Mas por que você gostaria de fazer isso?”

    Mirando marcadores de vida e buracos negros, IA pode auxiliar avanço na astrofísica

  • A Terra vai ter uma ‘ segunda Lua’ nos próximos meses

    Ao contrário de outros planetas do Sistema Solar que possuem vários satélites naturais, a Terra conta com apenas um: a Lua. No entanto, nos próximos dois meses, nosso planeta terá um “segundo satélite” temporário. De acordo com o Science Alert, o asteroide 2024 PT5, com cerca de dez metros de diâmetro, entrará na órbita da Terra no dia 29 de setembro.

    Esse pequeno corpo celeste permanecerá em órbita por aproximadamente 56 dias. A trajetória do 2024 PT5 se manterá até o dia 25 de novembro, quando o asteroide deixará a órbita terrestre e retomará seu percurso ao redor do Sol.

    Durante sua trajetória pela órbita da Terra, o asteroide 2024 PT5 provavelmente não será visível para a maioria dos observadores do céu noturno.

    Carlos de la Fuente Marcos, professor da Universidade Complutense de Madrid e um dos autores do estudo, explicou em entrevista ao Space.com que o tamanho reduzido do asteroide torna sua observação difícil para amadores.

    “O asteroide é pequeno demais e pouco iluminado para ser visto com telescópios ou binóculos amadores. No entanto, está dentro da faixa de brilho adequada para telescópios profissionais usados por astrônomos”, comentou Marcos.

    O adeus final ao asteroide está previsto para o dia 9 de janeiro, quando ele passará a uma distância de 1,8 milhões de quilômetros da Terra, encerrando temporariamente sua passagem próxima ao nosso planeta.

     
     

    A Terra vai ter uma ‘ segunda Lua’ nos próximos meses

  • WhatsApp testa nova função para personalizar fundos e cores das conversas

    WhatsApp testa nova função para personalizar fundos e cores das conversas

    O WhatsApp está desenvolvendo uma nova funcionalidade que permitirá aos usuários personalizarem ainda mais o aplicativo de mensagens.

    De acordo com o site WABetaInfo, que encontrou a novidade na versão beta mais recente do WhatsApp para Android, será possível escolher diferentes fundos para as conversas, além de alterar as cores das “bolhas” de mensagens. Os usuários poderão selecionar essas opções a partir de um conjunto disponibilizado pelo próprio WhatsApp.

    Vale destacar que a funcionalidade ainda está em fase de testes, e pode estar sendo aprimorada paralelamente antes de seu lançamento oficial.

    WhatsApp testa nova função para personalizar fundos e cores das conversas

  • Astronauta compartilha fotografia noturna de Londres; veja

    O astronauta Don Pettit chegou à Estação Espacial Internacional na semana passada e já começou a compartilhar fotos de sua nova “sala de trabalho”.

    Pettit, o mais velho astronauta ativo da NASA, com 69 anos, está em sua quarta missão espacial. Ele usou sua página na rede social X (antigo Twitter) para publicar uma impressionante imagem noturna de Londres, no Reino Unido.

    “Londres brilhando à noite”, escreveu Pettit na publicação desta quarta-feira, dia 19, mostrando que, mesmo após três viagens ao espaço, a vista continua a surpreendê-lo.
     
     

     


    Astronauta compartilha fotografia noturna de Londres; veja

  • X tem até 21h29 para comprovar representação legal no Brasil, determina STF

    X tem até 21h29 para comprovar representação legal no Brasil, determina STF

    O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que termina às 21h29 o prazo para os advogados que se apresentaram para atuar na Corte pelo X comprovem a validade da representação legal que os autorizou a falar pela plataforma digital. O prazo começa a partir da notificação. A decisão que fixou prazo de 24 horas para essa comprovação foi proferida na tarde de ontem, 19.

    Na última quarta-feira, 18, os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal protocolaram petição no STF em nome da plataforma digital informando que farão a representação processual do X.

    Moraes considerou, contudo, que o X não comprovou quem autorizou a atuação desses advogados no Brasil e cobrou que sejam apresentados, em até 24h, os documentos adequados para essa indicação.

    “Não há qualquer prova da regularidade da representação da X Brasil em território brasileiro, bem como na licitude da constituição de novos advogados”, observou Moraes na decisão.

    X tem até 21h29 para comprovar representação legal no Brasil, determina STF

  • Quem são os advogados que o X (Twitter) contratou no Brasil

    Quem são os advogados que o X (Twitter) contratou no Brasil

    O X (Twitter) indicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que contratou dois advogados brasileiros para responderem pela plataforma no País: André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal. A informação foi confirmada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que levaram à suspensão da rede social no Brasil, em decisão proferida nesta quinta-feira, 19.

    Moraes ainda aguarda uma comprovação do X sobre a validade da representação legal e intimou os advogados a apresentarem, em até 24h, os documentos adequados para essa indicação.

    Não há qualquer prova da regularidade da representação da X Brasil em território brasileiro, bem como na licitude da constituição de novos advogados”, pontuou Moraes na decisão.

    A falta de representação legal no Brasil foi o motivo que levou à suspensão do X, em 30 de agosto. Mais cedo, Moraes multou o X e a Starlink, ambas do empresário Elon Musk, em R$ 5 milhões por dia por burlar a suspensão da rede social no Brasil. Nesta quarta-feira, 18, a plataforma voltou a ficar acessível para parte dos usuários e a Anatel noticiou uma atualização do aplicativo que possibilitou o acesso.

    Veja quem são os advogados:

    André Zonaro Giacchetta

    Formado em Direito e com mestrado em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo (USP), André Zonaro Giacchetta atua em casos relacionados ao mercado de tecnologia, com expertise em temas de privacidade, proteção de dados e responsabilidade civil de plataformas de internet.

    Zonaro atuou como representante da 99 Tecnologia Limitada em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) como Amicus curiae – parte designada para fornecer subsídios ao tribunal – que trata sobre a legalidade do transporte individual de passageiros por meio de aplicativos em tramitação no Supremo.

    Em uma audiência pública no STF sobre a aplicabilidade do direito ao esquecimento na esfera civil, a ideia de um direito ao esquecimento que possibilite impedir, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos em meios de comunicação, Zonaro defendeu que a discussão atinge o direito à liberdade de expressão dos cidadãos brasileiros.

    Como representante do Yahoo! Brasil, o advogado afirmou que as ações judiciais costumam ser dirigidas aos provedores de serviço de internet e que deveriam ser dirigidas contra os autores do conteúdo publicado nas redes. Uma posição que corrobora as posições adotadas pelo bilionário Elon Musk.

    Para Zonaro, “só onera o provedor para que exerça direito de defesa com relação a conteúdo que não produziu. Se a demanda fosse dirigida para quem produziu conteúdo, para o usuário que expressou seu pensamento, teríamos garantida a amplitude de defesa, a defesa do conteúdo”, registrou o site do STF sobre a audiência pública.

    O advogado tem mais de 20 anos de atuação na advocacia, possui experiência com empresas internacionais e também nacionais de tecnologia.

    Sérgio Rosenthal

    Advogado criminalista com 30 anos de atuação profissional, Sérgio Rosenthal é mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), especialista em Direito Penal Econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e especialista em Direito Penal pela Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo.

    Rosenthal foi Presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), presidente do Movimento de Defesa da Advocacia (MDA) e diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim). É membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP).

    Rosenthal é um dos advogados críticos aos métodos adotados pela Operação Lava Jato na condução das investigações que revelaram esquemas de corrupção em esferas do Estados e em empresas públicas. Em entrevista ao site Poder360, em março deste ano, o advogado afirmou que o Judiciário deve repudiar as irregularidades encontradas no decorrer da Lava Jato.

    “Esses métodos de investigação que envolvem irregularidades, que envolvem decreto de prisão quando não há fundamento para isso, que envolvem atos arbitrários de autoridades, que envolvem a supressão de direitos dos investigados… Tudo isso deve ser sempre repudiado. É uma obrigação do Supremo Tribunal Federal, como é obrigação de qualquer autoridade judiciária defender os valores da nossa Constituição Federal”, disse.

    Ao Conjur, em julho de 2021, Rosenthal criticou a distorção do uso dos instrumentos jurídicos, como prisão preventiva e deleção premiada, pelos condutores da Lava Jato.

    Quem são os advogados que o X (Twitter) contratou no Brasil