
Polícia de São Paulo encontra sangue em carro de suspeito de envolvimento no caso Vitória
A polícia investiga um local que pode ter sido usado como cativeiro de Vitória Regina de Souza. O corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata fechada na semana passada. Ela estava desaparecida desde a madrugada de 27 de fevereiro.
Vitória morava em um bairro que fica na área rural de Cajamar, cidade da Grande São Paulo. Segundo a polícia, ela foi torturada e morta com três facadas. Os peritos dizem que o assassinato foi em outro local.
“Possivelmente, ainda hoje, possa ter o local que vai ser ainda produzida a perícia hoje à noite”, diz Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro.
Vitória trabalhava em um shopping e precisava pegar dois ônibus para voltar para casa. O pai buscava a filha todas as noites no ponto final. Mas no dia 26 de fevereiro, o carro dele quebrou. Vitória saiu do shopping, pegou o primeiro ônibus. As imagens mostram a jovem atravessando a avenida para pegar o segundo. Ela mandou uma mensagem para uma amiga dizendo que estava com medo porque achava que estava sendo seguida.
Ao descer do segundo ônibus, Vitória deveria caminhar quase 1 km, sozinha, até chegar em casa. Ela voltou a mandar mensagem – desta vez de áudio – para a amiga:
“Passaram uns caras em um carro, e eles falaram: ‘E aí, vida, está voltando?’. Aí, meu Deus do céu. Vou chorar. Vou ficar mexendo no meu celular. Não vou nem olhar para eles. Aí, Jesus do céu, eles entraram para dentro da favela”.
Mas Vitória nunca chegou em casa. Dezoito pessoas foram ouvidas até agora. A polícia diz que tem três suspeitos. Um deles, Maicol Sales dos Santos, está preso. A polícia afirma que o carro dele passou pelo caminho que Vitória percorreu ao descer do ônibus. O carro foi apreendido e periciado na semana passada. Nesta segunda-feira (10), a polícia disse que encontrou sangue no porta-malas do carro de Maicol e que analisa o material.
“Já foi encaminhado para o laboratório de DNA. Esse exame de DNA é um pouco demorado porque precisa fazer o refinamento dele. Por volta de 30, 40 dias esse laudo estará conosco”, afirma Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro.
Os outros dois suspeitos são um ex-namorado de Vitória e um amigo dele. Os dois negam participação no crime.
O celular de Vitória ainda não foi encontrado. Os três rapazes que passaram de carro quando Vitória ia para casa foram ouvidos e liberados. Segundo a polícia, depois de mexer com a moça, eles foram para um bar e apresentaram provas disso.
Polícia de São Paulo encontra sangue em carro de suspeito de envolvimento no caso Vitória — Foto: Reprodução/TV Globo
Polícia de São Paulo encontra sangue em carro de suspeito de envolvimento no caso Vitória — Foto: Reprodução/TV Globo
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