Radar Corporativo: Resultados da Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Gerdau (GGBR4) impactam mercado

Radar Corporativo: Resultados da Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Gerdau (GGBR4) impactam mercado

O mercado financeiro acompanha de perto os desdobramentos dos principais balanços corporativos divulgados nesta semana. Empresas como Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4) e Assaí (ASAI3) revelaram seus números do quarto trimestre de 2024, trazendo impactos diretos para investidores e analistas. Além disso, a PDG (PDGR3) recebeu uma proposta de aquisição não solicitada pela SHKP, enquanto a Nexpe teve a homologação de propostas para alienação de suas Unidades Produtivas Isoladas (UPIs).

Resultados da Vale (VALE3): Prejuízo impacta ações

A Vale (VALE3) divulgou na última quarta-feira (19) um prejuízo líquido atribuível aos acionistas de US$ 694 milhões no quarto trimestre de 2024. No mesmo período do ano anterior, a mineradora havia reportado um lucro de US$ 2,418 bilhões.

A principal razão para o prejuízo foi o reconhecimento de uma redução ao valor recuperável de US$ 1,4 bilhão relacionada às operações de níquel de Thompson. Além disso, o projeto de Extensão da Mina de Voisey’s Bay gerou um impacto negativo de US$ 540 milhões após uma revisão de ativos da Vale Base Metals (VBM).

Os números frustraram as expectativas do mercado e trouxeram volatilidade para as ações da companhia, que podem refletir esse desempenho negativo nos próximos pregões.

Banco do Brasil (BBAS3): Lucro acima do esperado

O Banco do Brasil (BBAS3) encerrou o quarto trimestre de 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 9,58 bilhões, superando em 1,5% o resultado do mesmo período de 2023. Esse desempenho ficou em linha com as projeções do consenso Lseg, que apontava para um lucro de aproximadamente R$ 9,55 bilhões.

Os bons resultados do banco estatal foram impulsionados por uma forte expansão da carteira de crédito e um controle rigoroso de despesas operacionais, o que manteve a rentabilidade da instituição financeira elevada.

Gerdau (GGBR4): Queda no lucro líquido

A siderúrgica Gerdau (GGBR4) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 666 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado totalizou R$ 2,391 bilhões, um crescimento de 17,2% em relação ao quarto trimestre de 2023.

Apesar da queda no lucro líquido, a melhora no Ebitda mostra sinais positivos para a empresa, indicando uma eficiência operacional maior no período.

Assaí (ASAI3): Crescimento expressivo no lucro

O Assaí (ASAI3), uma das principais redes de atacarejo do país, reportou um crescimento de 44,8% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre de 2024, atingindo R$ 430 milhões. O Ebitda ajustado também teve um aumento significativo de 14,1%, totalizando R$ 1,64 bilhão no período.

Os números reforçam a solidez do modelo de negócios da companhia, que se beneficia da busca do consumidor por preços mais acessíveis diante de um cenário econômico desafiador.

PDG (PDGR3): Proposta de aquisição pela SHKP

A PDG (PDGR3) recebeu uma proposta não vinculante da SHKP Real State Development, uma das maiores incorporadoras imobiliárias de Hong Kong, para aquisição da totalidade de suas ações. O valor da operação pode chegar a US$ 29,6 milhões (R$ 171,7 milhões), equivalente a US$ 0,017 (R$ 0,0985) por ação.

O mercado agora aguarda novos desdobramentos sobre a possível aquisição, que pode trazer uma valorização significativa para os acionistas da PDG.

Nexpe (NEXP3): Homologação de propostas para alienação de UPIs

A Nexpe (NEXP3) anunciou que a Justiça homologou, na última quarta-feira (19), as propostas vencedoras para alienação de suas Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) NewCo Credimorar, MF, Bamberg e Abyara. A medida faz parte do processo de recuperação judicial da companhia e pode representar um passo importante para sua reestruturação financeira.

Oncoclínicas (ONCO3): Investidores ampliam participação

A Oncoclínicas (ONCO3) também chamou a atenção do mercado recentemente. A gestora Latache ampliou sua participação na companhia, atingindo 6,84% do capital social. O movimento impulsionou as ações da empresa, que registraram alta de mais de 35% nos últimos dias.

Perspectivas do mercado

O radar corporativo segue movimentado com os resultados trimestrais de grandes empresas e operações de fusões e aquisições. Investidores monitoram de perto os desdobramentos das divulgações e seus impactos no desempenho das ações na Bolsa de Valores.