IPC-S Março 2025: Inflação desacelera, mas setor de Habitação ainda pesa no índice
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de março de 2025 registrou uma desaceleração na inflação, com alta de 0,44% na última semana do mês, após avançar 0,72% na semana anterior. Com esse resultado, o acumulado dos últimos 12 meses chegou a 4,38%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A desaceleração foi puxada, principalmente, pelos setores Habitação e Transportes, que tiveram redução na taxa de variação de preços. No entanto, saúde e cuidados pessoais, despesas diversas e educação apresentaram aumento nas variações, contribuindo para o equilíbrio do índice.
Neste artigo, analisamos os principais fatores que influenciaram o IPC-S de março de 2025, os setores que mais impactaram a inflação e as expectativas para os próximos meses.
O que é o IPC-S e por que ele é importante?
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) é um indicador da inflação ao consumidor, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele mede a variação de preços em sete capitais brasileiras e é divulgado semanalmente.
O IPC-S é um termômetro essencial para entender o comportamento da inflação no curto prazo, influenciando decisões de empresas, investidores e do próprio governo sobre políticas econômicas.
Inflação pelo IPC-S desacelera em março de 2025
Após atingir 0,72% na terceira semana de março, a inflação medida pelo IPC-S desacelerou para 0,44% na última semana do mês. Esse resultado reflete a redução na variação de preços em cinco das oito categorias analisadas, mostrando uma tendência de estabilidade nos preços ao consumidor.
No acumulado de 12 meses, o índice fechou março com 4,38%, mantendo-se dentro da meta de inflação estipulada para o ano.
Setores que impactaram o IPC-S em março de 2025
Setores que ajudaram na desaceleração da inflação
Cinco dos oito grupos que compõem o IPC-S registraram redução na variação dos preços:
✅ Habitação: passou de 1,54% para 0,52%, representando a maior desaceleração. Esse grupo inclui aluguéis, energia elétrica e água, que tiveram impacto significativo na queda do índice.
✅ Transportes: caiu de 0,65% para 0,41%, refletindo a estabilização dos preços dos combustíveis e das tarifas de transporte público.
✅ Alimentação: reduziu de 1,39% para 1,19%, devido à menor pressão sobre os preços de alguns alimentos básicos.
✅ Vestuário: saiu de 0,09% para -0,01%, indicando leve queda nos preços de roupas e acessórios.
✅ Comunicação: apresentou uma redução moderada, de 0,37% para 0,32%, influenciada pela estabilidade dos serviços de internet e telefonia.
Setores que impulsionaram a inflação
Por outro lado, três setores registraram aumento nas variações de preços, contribuindo para um efeito compensatório no IPC-S de março de 2025:
🔺 Educação, Leitura e Recreação: subiu de -1,56% para -1,21%, ou seja, os preços continuam em queda, mas a um ritmo menor. O setor foi influenciado pelo reajuste em cursos e atividades recreativas.
🔺 Despesas Diversas: avançou de 0,22% para 0,32%, devido ao aumento nos preços de serviços financeiros e seguros.
🔺 Saúde e Cuidados Pessoais: registrou alta de 0,53% para 0,56%, impulsionada pelo reajuste em medicamentos e planos de saúde.
Análise do IPC-S: O que esperar para os próximos meses?
A desaceleração do IPC-S em março de 2025 sugere que a inflação está sob controle, mas ainda existem fatores que podem influenciar o comportamento dos preços nos próximos meses.
Os setores de habitação e transportes, que tiveram forte impacto na desaceleração, podem continuar influenciando o índice, especialmente com oscilações nos preços da energia elétrica e combustíveis.
Além disso, os aumentos em despesas diversas e saúde mostram que há uma pressão inflacionária residual, exigindo atenção do mercado e dos consumidores.
Com a inflação anualizada em 4,38%, o índice se mantém dentro dos padrões esperados, mas especialistas alertam para possíveis oscilações devido ao cenário econômico global.
O IPC-S de março de 2025 trouxe um sinal positivo para a economia brasileira, com uma desaceleração na inflação e manutenção do índice em 4,38% nos últimos 12 meses.
A queda nos preços de habitação, transportes e alimentação foi fundamental para esse resultado, enquanto saúde, educação e despesas diversas registraram alta moderada.
Para os próximos meses, o comportamento dos preços seguirá sendo monitorado, especialmente em relação a energia, combustíveis e serviços essenciais. O cenário ainda inspira cautela, mas a tendência é de estabilidade inflacionária no curto prazo.