Ibovespa avança e tenta superar os 126 mil pontos em meio a declarações de Lula e Banco Central

Ibovespa avança e tenta superar os 126 mil pontos em meio a declarações de Lula e Banco Central

O Ibovespa inicia esta sexta-feira (14) com alta, aproximando-se novamente da marca dos 126 mil pontos. O desempenho positivo do principal índice da Bolsa brasileira reflete a expectativa do mercado em relação às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Além disso, o alívio no cenário internacional, com a ausência imediata de tarifas recíprocas entre os Estados Unidos e outros países, também impulsiona o otimismo dos investidores.

Cenário Interno: Lula e Banco Central no radar

Na manhã desta sexta, o presidente Lula destacou que espera um crescimento econômico acima das previsões para 2025, reforçando que seu governo não promoverá “invenções” na economia. Essa declaração foi interpretada como um compromisso com a estabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas, fatores essenciais para a confiança dos investidores.

Além disso, Lula criticou as políticas protecionistas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e sinalizou que, caso o Brasil seja afetado por medidas comerciais restritivas, seu governo tomará providências para proteger a economia nacional.

Enquanto isso, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, tem um compromisso importante nesta sexta-feira. Ele participa de uma reunião com empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). A expectativa é que Galípolo traga esclarecimentos sobre a política monetária e os próximos passos da autoridade financeira no controle da inflação e estímulo à economia.

Movimentação do mercado

A alta do Ibovespa nesta manhã é impulsionada principalmente pelo desempenho positivo das ações de empresas de grande peso na Bolsa. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que costumam ditar o ritmo do índice, registram ganhos sólidos. Além delas, ações de bancos e varejistas também apresentam valorização.

Outro fator relevante para o desempenho da Bolsa é a queda do dólar comercial, que opera em R$ 5,73, e a redução dos juros futuros em toda a curva. Essa movimentação reflete uma percepção mais favorável do mercado em relação às políticas econômicas do governo e ao cenário internacional.

Cenário Internacional: Bolsas dos EUA operam em queda

Nos Estados Unidos, os principais índices futuros operam com leve queda nesta manhã. O Dow Jones Futuro recua 0,20%, o S&P 500 apresenta queda de 0,15%, e o Nasdaq Futuro desvaloriza 0,32%. A principal notícia no radar dos investidores internacionais é a decisão dos EUA de não imporem imediatamente tarifas recíprocas, o que abre espaço para novas negociações comerciais.

A ausência de medidas protecionistas imediatas reduz a volatilidade global e contribui para um ambiente mais favorável aos mercados emergentes, como o Brasil.

Perspectivas para o Ibovespa

Os analistas de mercado seguem atentos às próximas declarações das autoridades econômicas brasileiras e ao desenrolar das negociações internacionais. O Ibovespa pode consolidar sua recuperação se houver sinais concretos de estabilidade econômica e avanço nas negociações comerciais entre as potências globais.

A continuidade da valorização das commodities, especialmente o minério de ferro e o petróleo, também será um fator determinante para o desempenho da Bolsa brasileira nos próximos dias.