Brasileiros ainda têm R$ 10,1 bilhões em dinheiro esquecido no Banco Central: saiba como resgatar
Um levantamento recente do Banco Central (BC) revelou que os brasileiros ainda têm R$ 10,1 bilhões em dinheiro esquecido no sistema bancário, aguardando resgate por pessoas físicas e jurídicas. O volume chama atenção não apenas pelo valor total, mas também pelo número expressivo de beneficiários que ainda não fizeram a consulta ou o saque. De acordo com os dados, mais de 43,9 milhões de pessoas físicas e 4,2 milhões de empresas têm quantias esquecidas em instituições financeiras.
A medida foi criada com o objetivo de facilitar o acesso a valores deixados para trás em contas bancárias inativas, consórcios, cooperativas e outras instituições do sistema financeiro nacional. A iniciativa tem potencial de injetar bilhões na economia e se tornou ainda mais relevante com a sanção presidencial que permite o envio de parte desses recursos ao Tesouro Nacional como forma de compensação fiscal.
Neste artigo, você entenderá como funciona o sistema de devolução, quem tem direito ao saque, como consultar, como resgatar e quais cuidados tomar para não cair em golpes. Tudo dentro das melhores práticas de SEO, para que você encontre facilmente as respostas que precisa sobre o dinheiro esquecido no Banco Central.
O que é o dinheiro esquecido no Banco Central?
O termo “dinheiro esquecido” refere-se a valores que permanecem parados em instituições financeiras por um longo período sem movimentação ou resgate pelos titulares. Esses valores podem ser originados de:
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Contas correntes ou poupanças encerradas com saldo;
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Tarifas cobradas indevidamente;
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Cotas de consórcios encerrados;
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Restituições não sacadas;
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Recursos de instituições liquidadas;
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Fundos não procurados.
Com a criação do sistema “Valores a Receber”, o Banco Central centralizou essas informações para facilitar o acesso e a devolução dos recursos a quem tem direito.
Quanto ainda falta ser resgatado?
Segundo dados do BC divulgados em 8 de julho de 2025, ainda estão disponíveis para resgate:
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R$ 7,5 bilhões para pessoas físicas;
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R$ 2,5 bilhões para empresas.
Esses montantes totalizam os R$ 10,1 bilhões de dinheiro esquecido no Banco Central. Até agora, o BC já devolveu mais de R$ 10,6 bilhões, incluindo R$ 315 milhões apenas em maio de 2025.
Somando os valores já devolvidos e os ainda disponíveis, o total supera R$ 20,8 bilhões.
Faixa de valores disponíveis para resgate
O sistema de valores a receber inclui uma ampla gama de faixas de valores:
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Mais de 1 milhão de pessoas têm valores acima de R$ 1.000;
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Cerca de 5,4 milhões de pessoas possuem valores entre R$ 100,01 e R$ 1.000;
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Milhões de outros brasileiros têm valores menores, mas que também podem ser resgatados sem custo.
Como consultar o dinheiro esquecido no Banco Central
A consulta ao dinheiro esquecido no Banco Central é simples e totalmente gratuita. Veja o passo a passo:
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Acesse o site oficial: bc.gov.br/meubc/valores-a-receber;
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Faça login com sua conta gov.br (nível prata ou ouro);
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Após o login, o sistema informará se há valores a receber;
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Caso positivo, o cidadão deve informar uma chave Pix para o recebimento.
Importante: o Banco Central não envia links por e-mail, SMS ou WhatsApp. A única forma de consulta é pelo site oficial.
Consulta em nome de pessoa falecida
Também é possível consultar valores em nome de pessoas já falecidas. Para isso, é necessário:
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Ter o CPF e a data de nascimento da pessoa falecida;
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Fazer o login com a própria conta gov.br;
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Caso existam valores disponíveis, o solicitante deverá apresentar a documentação de herdeiro legal para prosseguir com o resgate.
Quem pode resgatar?
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Pessoas físicas: titulares da conta ou herdeiros legais;
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Empresas: representantes legais ou administradores cadastrados na Receita Federal.
Como é feito o pagamento do dinheiro esquecido
Após a solicitação via sistema, o valor é transferido exclusivamente por Pix, diretamente para a chave informada no momento do pedido. Por isso, é essencial ter uma chave cadastrada.
O prazo para o depósito pode variar entre 5 e 12 dias úteis, dependendo da instituição de origem e do tipo de valor.
É preciso pagar para consultar ou receber?
Não. Todos os serviços relacionados ao sistema de dinheiro esquecido no Banco Central são 100% gratuitos. Não há taxas de consulta, intermediação ou transferência. Caso alguém solicite pagamento, trata-se de golpe.
Atenção aos golpes: como se proteger
Com o sucesso da campanha do BC, surgiram muitos golpes tentando se aproveitar da desinformação. Fique atento:
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O Banco Central não entra em contato direto com beneficiários;
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Não clique em links recebidos por SMS ou WhatsApp;
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Verifique sempre se está no site oficial (gov.br);
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Não compartilhe senhas nem dados bancários com terceiros.
Para onde vai o dinheiro não resgatado?
Uma mudança importante foi aprovada pela Câmara dos Deputados e sancionada pelo presidente em setembro de 2024: os valores não resgatados após determinado tempo poderão ser encaminhados ao Tesouro Nacional, como forma de compensar as perdas fiscais causadas pela desoneração da folha de pagamentos até 2027.
A medida ajuda o governo a equilibrar as contas públicas, mas mantém o direito de resgate pelos cidadãos, mesmo após o envio dos recursos ao Tesouro. Não há prazo limite para que o cidadão solicite a devolução dos valores.
Impacto econômico do resgate dos valores esquecidos
A devolução dos valores esquecidos pode representar uma injeção significativa de recursos na economia. Com bilhões em circulação novamente, há potencial para:
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Aumento do consumo interno;
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Redução da inadimplência;
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Fortalecimento do comércio e serviços;
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Aquecimento da atividade econômica em médio prazo.
Para muitos cidadãos, trata-se de um alívio financeiro importante, especialmente em momentos de instabilidade econômica.
Resgatar o dinheiro esquecido é um direito seu
O sistema de dinheiro esquecido no Banco Central é uma das iniciativas mais importantes de transparência e recuperação de recursos financeiros no Brasil. Com mais de R$ 10 bilhões ainda disponíveis, milhões de brasileiros podem se beneficiar dessa devolução, que é simples, gratuita e segura.
É essencial que todos façam a consulta com regularidade e mantenham os dados atualizados no gov.br, garantindo que nenhum valor fique parado por falta de informação. Além disso, o sistema também representa um esforço de recuperação econômica e reforço fiscal num momento em que o país precisa equilibrar as finanças sem comprometer o bem-estar da população.