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  • Bolsas asiáticas fecham sem direção única com foco nas tarifas dos EUA

    Bolsas asiáticas fecham sem direção única com foco nas tarifas dos EUA

    Bolsas asiáticas operam sem direção única diante das incertezas com tarifas dos EUA

    As bolsas asiáticas encerraram o pregão desta sexta-feira sem direção definida. A instabilidade dos mercados reflete a apreensão dos investidores com a possibilidade de novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A proximidade do prazo de 9 de julho para a aplicação de medidas protecionistas amplia as incertezas no cenário global e tem gerado reações distintas nas praças asiáticas.

    Com os Estados Unidos em feriado pelo Dia da Independência, o volume de negociações globais foi reduzido, intensificando os efeitos das notícias geopolíticas e econômicas. As bolsas asiáticas, em especial, têm sido impactadas pela tensão comercial com Washington, que ameaça impor tarifas entre 10% e 70% sobre uma série de produtos importados.

    Japão mantém estabilidade com Nikkei em leve alta

    O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, registrou leve alta de 0,06%, alcançando 39.810,88 pontos. Esse segundo dia consecutivo de ganhos, ainda que modestos, indica a cautela dos investidores japoneses. O receio com o possível aumento das tarifas sobre produtos japoneses, especialmente nos setores automotivo e eletrônico, tem limitado movimentos mais expressivos.

    Desempenho misto na China continental

    Na China, o índice Xangai Composto teve um avanço de 0,32%, atingindo 3.472,32 pontos. O desempenho positivo é atribuído a expectativas de novos estímulos econômicos e à recuperação de setores ligados à infraestrutura. Por outro lado, o Shenzhen Composto caiu 0,43%, refletindo perdas em ações de tecnologia e consumo, mais vulneráveis ao cenário externo incerto.

    Hong Kong registra queda no Hang Seng

    Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,64%, encerrando o dia em 23.916,06 pontos. A instabilidade política local somada à dependência do comércio internacional tem deixado os investidores mais avessos ao risco. O setor imobiliário também pesou negativamente, contribuindo para o desempenho fraco.

    Queda acentuada no mercado da Coreia do Sul

    O índice Kospi, da Coreia do Sul, liderou as perdas no continente asiático ao cair 1,99%, fechando a 3.054,28 pontos. Empresas exportadoras foram as mais afetadas, com destaque para os setores de eletrônicos e semicondutores, que podem ser diretamente atingidos por eventuais barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.

    Taiwan fecha em baixa com Taiex pressionado

    O índice Taiex, de Taiwan, registrou queda de 0,73%, encerrando o pregão em 22.547,50 pontos. A retração foi influenciada pelo desempenho fraco das ações de tecnologia e pela pressão vinda de tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos. Analistas apontam que investidores estão reavaliando posições antes do anúncio oficial das tarifas americanas.

    Bolsa da Austrália encerra estável

    Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, da bolsa australiana, subiu 0,08%, fechando a 8.603,00 pontos. A estabilidade foi sustentada pelo bom desempenho de empresas de mineração e energia, setores menos sensíveis à volatilidade comercial global. Ainda assim, o baixo volume de negociações limitou os ganhos no mercado australiano.

    Bolsas europeias abrem em queda após alta recente

    O cenário instável não ficou restrito às bolsas asiáticas. Na Europa, os mercados abriram em baixa após uma sequência de sessões positivas. Investidores reagiram a dados fracos de encomendas industriais na Alemanha e acompanharam de perto as movimentações dos EUA nas negociações comerciais.

    A bolsa de Londres iniciou o dia com queda de 0,30%, Paris recuava 0,76%, Frankfurt cedia 0,35%, enquanto Milão, Madri e Lisboa registravam perdas de 0,10%, 0,48% e 0,23%, respectivamente. O feriado nos Estados Unidos contribuiu para uma liquidez mais restrita e uma postura mais cautelosa por parte dos investidores europeus.

    A tensão com as tarifas dos EUA domina o cenário global

    As expectativas em torno da imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos dominam a pauta econômica internacional. Com o governo norte-americano sinalizando medidas protecionistas contra diversos parceiros comerciais, os impactos já começam a ser sentidos nos mercados asiáticos.

    Os produtos afetados podem incluir eletrônicos, automóveis, metais e alimentos. As tarifas, caso aplicadas, podem ter efeitos severos sobre as cadeias globais de suprimentos, afetando tanto exportadores asiáticos quanto consumidores americanos.

    Perspectivas para a próxima semana

    Com o fim do feriado nos Estados Unidos, os mercados devem retomar maior liquidez a partir de segunda-feira. O foco seguirá nas declarações do governo americano sobre as tarifas e em possíveis contramedidas por parte de China, Japão e Coreia do Sul.

    Indicadores econômicos da zona do euro, como inflação e produção industrial, também estão no radar. Além disso, resultados trimestrais de empresas asiáticas relevantes poderão influenciar o humor dos investidores.

    Volatilidade deve continuar

    O comportamento das bolsas asiáticas nesta sexta-feira demonstra que o mercado segue sensível às incertezas provocadas pelas políticas comerciais dos Estados Unidos. O temor de uma escalada na guerra tarifária tem gerado reações diversas entre os investidores.

    Enquanto algumas bolsas ainda encontram espaço para pequenas altas, como no Japão e na China, outras demonstram preocupação mais evidente, caso da Coreia do Sul e de Hong Kong. A instabilidade pode persistir nas próximas semanas, especialmente se não houver clareza nas decisões da Casa Branca.

  • Crise do IOF: como a disputa entre Lula e Hugo Motta paralisa a Câmara e ameaça o governo

    Crise do IOF: como a disputa entre Lula e Hugo Motta paralisa a Câmara e ameaça o governo

    Crise do IOF aprofunda racha entre Lula e Câmara dos Deputados e ameaça governabilidade

    A crise do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) se consolidou como o principal fator de tensão entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados em 2025. O impasse, que começou com um confronto de interpretações jurídicas e políticas, escalou nos últimos dias com trocas públicas de acusações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Comissão de Orçamento.

    Ao contrário do que ocorre no Senado — onde Davi Alcolumbre ainda busca espaço para uma reaproximação com o Executivo —, a situação na Câmara é mais crítica. O ambiente é de ruptura, e aliados de Motta já falam abertamente que não há mais retorno possível na relação com o governo federal, diante do que chamam de “ataques petistas” e da tentativa do Planalto de judicializar uma decisão legítima do Congresso.

    Neste cenário, a crise do IOF deixa de ser apenas uma divergência técnica sobre arrecadação e passa a representar um símbolo da fragilidade política do governo Lula em sua interlocução com o Legislativo.


    O que é a crise do IOF?

    O estopim da crise foi a decisão da Câmara de derrubar um decreto presidencial que prorrogava a alíquota do IOF sobre crédito, em um momento em que o governo buscava ampliar sua arrecadação para viabilizar promessas de campanha. A medida foi interpretada pelo Congresso como uma afronta à autonomia do Parlamento, sobretudo pelo modo como foi conduzida: sem negociação prévia com líderes partidários.

    A reação do governo, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão legislativa, aprofundou ainda mais o mal-estar. Parlamentares viram na ação uma tentativa de deslegitimar o Legislativo, transferindo para o Judiciário uma disputa que deveria ser política.


    Hugo Motta vira alvo e símbolo da crise

    No centro da crise está o deputado Hugo Motta, figura estratégica na articulação política da Câmara e considerado um nome forte entre os partidos do centrão. Segundo relatos de bastidores, Motta tem dito a aliados que Lula o elegeu como “inimigo número um”, transformando uma divergência institucional em um embate pessoal.

    Essa percepção cresceu após falas do presidente que, sem citar diretamente o deputado, atribuiu à “elite conservadora do Congresso” a tentativa de boicote a medidas populares do governo. Para o entorno de Motta, esse discurso tem como objetivo colocar a população contra o Parlamento, especialmente em um tema delicado como o IOF, que impacta diretamente o bolso dos brasileiros.


    Clima de retaliação na Câmara

    Com o agravamento da crise do IOF, o que se vê é um endurecimento da Câmara dos Deputados em relação às pautas de interesse do governo. Aliados de Motta afirmam que a Câmara vai travar as votações de projetos relevantes para o Planalto, como forma de resposta política aos ataques sofridos.

    O boicote silencioso já teria começado, com lideranças partidárias recusando convites do governo para reuniões de articulação e sinalizando que não haverá apoio fácil para medidas fiscais ou reformas estruturais. Isso compromete seriamente a governabilidade do Executivo no segundo semestre de 2025.


    PF e o “telhado de vidro” de Hugo Motta

    Nos bastidores do Planalto, auxiliares de Lula apontam que Hugo Motta não tem condições de sustentar uma briga prolongada com o Executivo. O motivo? Investigações da Polícia Federal que envolvem a família do parlamentar na Paraíba, por suspeitas de corrupção e uso indevido de recursos públicos.

    As apurações, que estão no STF, criam um ambiente de vulnerabilidade para Motta. A avaliação entre assessores presidenciais é de que, apesar da retórica combativa, o deputado terá que moderar sua postura em breve, sob risco de ver sua situação jurídica se complicar ainda mais.


    Riscos políticos e eleitorais

    Para o governo Lula, a crise do IOF representa um dilema político de grande proporção. De um lado, o Planalto precisa garantir a arrecadação fiscal para manter os programas sociais e o novo arcabouço fiscal. De outro, corre o risco de agravar ainda mais a desarticulação no Congresso, isolando-se politicamente em um momento crucial.

    No cenário eleitoral de 2026, essa crise pode se transformar em munição para adversários. Figuras de centro e da direita já ensaiam discursos que atribuem ao governo federal a responsabilidade por paralisar o país em função de confrontos desnecessários com o Parlamento. Ao mesmo tempo, Lula tenta se blindar dizendo que está sendo sabotado por elites conservadoras e forças reacionárias.


    STF como protagonista involuntário

    A judicialização do conflito também coloca o STF em uma posição delicada. Caso aceite o recurso do governo, a Corte pode ser acusada de se alinhar ao Executivo em detrimento do Legislativo. Caso decida contra o Planalto, será um revés direto para Lula, que apostou suas fichas na reversão judicial da medida.

    Independentemente do resultado, o Supremo será pressionado a se manifestar sobre um tema que deveria ter sido resolvido politicamente. Isso acirra o debate sobre a separação dos poderes e o papel do Judiciário em disputas entre Executivo e Legislativo.


    Estratégia de Lula: jogar a culpa no Congresso?

    Em círculos políticos, cresce a avaliação de que Lula pode adotar uma narrativa de vítima para justificar dificuldades de governança. A ideia seria atribuir ao Congresso, ao bolsonarismo e às elites conservadoras o boicote ao seu governo. Essa retórica já foi utilizada em outros momentos e pode ser reciclada na campanha de 2026.

    Porém, esse discurso não é isento de riscos. Se por um lado mobiliza a militância, por outro reforça a percepção de que o governo está acuado e sem capacidade de articulação política. Além disso, coloca em xeque a imagem de Lula como habilidoso negociador, que sempre soube navegar pelas complexidades do Congresso Nacional.


    Possíveis saídas para a crise

    A superação da crise do IOF exigirá, antes de tudo, uma reabertura de canais de diálogo entre Executivo e Legislativo. Mesmo que a relação com Hugo Motta esteja desgastada, o governo precisará buscar outras lideranças da Câmara para reconstruir pontes e retomar o protagonismo político.

    Outra alternativa seria a reformulação da equipe de articulação política do Planalto, hoje vista como ineficaz por boa parte dos parlamentares. Sem uma base consolidada, qualquer medida de impacto — como a reoneração do IOF — será recebida com resistência.


    Uma crise que vai além do imposto

    Mais do que um embate sobre alíquota ou arrecadação, a crise do IOF escancara a fragilidade da articulação política do governo federal e os desafios de Lula para manter uma coalizão estável. O episódio também revela como disputas aparentemente técnicas podem se transformar em batalhas simbólicas com impacto direto na governabilidade.

    Em um cenário de alta polarização, judicialização constante e ausência de um projeto político unificador, crises como essa tendem a se repetir, minando a capacidade do governo de entregar resultados concretos à população.

  • Safra 2025/26 deve bater recorde global com soja e milho puxando a produção, diz Itaú BBA

    Safra 2025/26 deve bater recorde global com soja e milho puxando a produção, diz Itaú BBA

    Safra 2025/26: projeções do Itaú BBA apontam novo recorde global da produção de soja e desafios no agro

    Cenário econômico e geopolítico desafia o agronegócio em 2025/26

    O ciclo da safra 2025/26 promete ser um dos mais desafiadores dos últimos anos para o setor agropecuário global. De acordo com as análises do Itaú BBA, apesar das projeções positivas para culturas como a soja e o milho — fortemente impulsionadas pelo crescimento da demanda por biocombustíveis —, o ambiente macroeconômico e geopolítico continuará exercendo pressão sobre custos, produtividade e margens dos produtores.

    A combinação de juros elevados, aumento nos preços dos fertilizantes e instabilidade provocada por conflitos como a guerra entre Irã e Israel, somam-se à herança de dois anos consecutivos de incertezas no setor. O alerta do banco é claro: o agronegócio ainda está lidando com os reflexos de uma “ressaca” prolongada, iniciada em 2022, e o caminho para 2026 exige atenção estratégica.

    Gestão de custos e câmbio será crucial na safra 2025/26

    O lançamento do Plano Safra 2025/26, em 1º de julho, marcou oficialmente o início do novo ciclo agrícola. Segundo o Itaú BBA, esse ciclo exigirá uma postura ainda mais cautelosa por parte dos produtores. A recomendação central dos analistas é a intensificação da gestão de custos e o monitoramento rigoroso do câmbio, fatores determinantes para a saúde financeira do agronegócio diante do atual cenário internacional.

    A inflação global, somada a tarifas comerciais e à alta nos preços dos fertilizantes nitrogenados, afeta diretamente os custos de produção, sobretudo nas culturas de maior dependência química, como o milho e o algodão. Apesar disso, a demanda sólida por biocombustíveis surge como um alívio e uma oportunidade estratégica para o setor.

    Biocombustíveis impulsionam soja, milho e cana-de-açúcar

    A safra 2025/26 será impactada positivamente pela Lei do Combustível do Futuro, novo marco regulatório que moderniza a política de biocombustíveis no Brasil. A norma deve ampliar significativamente a demanda por matérias-primas como soja, milho e cana-de-açúcar para a produção de combustíveis sustentáveis, elevando o volume de esmagamento de soja e a competitividade das culturas energéticas.

    O Brasil, como grande produtor e exportador agrícola, se beneficia dessa transição energética global. A demanda por biodiesel e etanol deve garantir mais estabilidade de preços e estimular o investimento em tecnologias para o aumento de produtividade e eficiência no campo.

    Soja: recorde global e crescimento da produção brasileira

    A soja continua sendo o carro-chefe da produção agrícola nacional. A projeção do Itaú BBA para a safra 2025/26 é otimista: o Brasil deve superar os números do ciclo anterior, mesmo com um ritmo de crescimento da área cultivada mais moderado. Se o clima permanecer favorável, a expectativa é de um novo recorde global de produção da oleaginosa.

    Esse crescimento será orientado também pelas políticas americanas voltadas aos biocombustíveis e pelos desdobramentos das relações comerciais com a China. Enquanto os Estados Unidos apontam para uma safra excelente, com lavouras em pleno desenvolvimento, a Argentina tende a reduzir sua área de soja, favorecendo ainda mais a competitividade brasileira.

    Milho: fertilizantes pressionam, mas biocombustíveis trazem fôlego

    O milho, segunda principal cultura do país, será diretamente impactado pelo custo elevado dos fertilizantes. Com o aumento expressivo dos insumos, produtores podem optar por não ampliar ou até mesmo reduzir a área plantada em determinadas regiões.

    Mesmo com esse desafio, a safrinha de milho em 2025 será impulsionada pela alta demanda do setor de biocombustíveis. Os Estados Unidos, por sua vez, devem registrar a maior safra de milho da história, enquanto a China avança em produtividade, o que aumenta a competição global.

    A previsão do Itaú BBA é de que, apesar do volume recorde, os estoques finais da commodity continuarão em queda pelo segundo ano consecutivo, o que pode sustentar os preços no mercado internacional.

    Algodão: cultura altamente impactada pelos custos de produção

    O algodão enfrenta um cenário delicado. Com cerca de 40% dos custos de produção atrelados aos fertilizantes, a rentabilidade dos produtores pode ser significativamente afetada na safra 2025/26. A expectativa é de queda global na produção, com recuo das áreas cultivadas nos Estados Unidos, Índia e China.

    Nesse contexto, o Brasil surge como exceção: é o único grande produtor com projeção de aumento de produção de algodão, o que pode ampliar sua participação no mercado internacional. No entanto, incertezas políticas e restrições comerciais devem ser monitoradas de perto.

    Proteínas: carne bovina, suína e de aves com boas perspectivas

    O setor de proteínas animais apresenta boas perspectivas para 2025/26. A carne bovina, em especial, será beneficiada pela redução dos custos com ração, aumento nos confinamentos e firme demanda externa. O reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação reforça a competitividade da pecuária brasileira, embora também exija maior rigor nos protocolos sanitários.

    Para aves e suínos, a situação também é positiva. Custos controlados e preços elevados mantêm boas margens, com a demanda global se mantendo aquecida. Um ponto de atenção é a recuperação das exportações de frango, que foram afetadas pela gripe aviária no Rio Grande do Sul.

    Panorama geral da safra 2025/26: desafios e oportunidades

    Apesar dos múltiplos desafios enfrentados pelo agronegócio — como conflitos geopolíticos, custos de insumos e pressões regulatórias —, a safra 2025/26 surge como uma oportunidade para reorganização estratégica do setor. Culturas como soja e milho se destacam pela forte demanda, especialmente no contexto da transição energética global.

    A atenção à gestão de custos, diversificação de culturas, fortalecimento de cadeias logísticas e investimentos em tecnologias agrícolas serão determinantes para que o Brasil continue na liderança global da produção agropecuária. O mercado internacional está aquecido e disposto a pagar mais por alimentos e combustíveis sustentáveis. O produtor que conseguir se adaptar, poderá colher os frutos desse novo ciclo com mais segurança e rentabilidade.

  • Recuperação judicial Oi: Serede e Tahto entram em reestruturação para preservar operações

    Recuperação judicial Oi: Serede e Tahto entram em reestruturação para preservar operações

    Recuperação judicial Oi: Serede e Tahto entram em nova fase de reestruturação

    A recuperação judicial Oi entrou em um novo capítulo nesta quarta-feira (2), com o pedido formal das subsidiárias Serede, dedicada ao reparo técnico de rede, e Tahto, operadora de call center. Esta medida estratégica tem foco claro: preservar operações essenciais, proteger os colaboradores e credores, e manter a continuidade do atendimento ao cliente durante a reorganização do grupo. A seguir, exploramos em detalhes todo o contexto da recuperação judicial Oi, seu impacto no mercado, desafios e potenciais desdobramentos para o setor de telecomunicações.


    Background da recuperação judicial Oi

    Desde 2016, a Oi enfrenta um dos maiores processos de recuperação do Brasil. A dívida bilionária acumulada e a pressão de credores exigiram um modelo de recuperação multiphase. Em 2023, a empresa solicitou novo pedido, reestruturando dívidas novamente. O movimento atual, focado em recuperação judicial Oi, com Serede e Tahto, reflete a estratégia de concentrar esforços nos segmentos mais lucrativos.

    O plano da Oi incluiu a venda de ativos como operação móvel, torres de transmissão e parte da rede fixa. Agora, com esse novo passo, os focos DAS subsidiárias vitais são protegidos, enquanto a companhia reforça sua aposta em fibra óptica, soluções corporativas e serviços de tecnologia.


    Quem são Serede e Tahto?

    • Serede: responsável pelo reparo técnico da rede da Oi, atuando em manutenções diária e em grandes intervenções nas linhas fixas e infraestrutura principal. Ela responde pela continuidade dos serviços de telecom do grupo, essencial para evitar falhas no atendimento ao cliente.

    • Tahto: central de atendimento ao consumidor. Há anos, oferece suporte técnico, comercial e operacional ao cliente, sendo peça-chave para garantir qualidade e fidelização no pós‑venda.

    Ambas são pilares operacionais da Oi – e seu acesso à recuperação judicial indica que a operadora não pretende interromper essas operações no curto prazo.


    Objetivos do pleito de recuperação judicial

    O pedido à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro tem como objetivos principais:

    • Assegurar continuidade das atividades da Serede e Tahto, sem riscos de interrupção que comprometam a Oi;

    • Proteger credores e empregados de ambos os negócios, garantindo direitos trabalhistas e obrigações financeiras;

    • Criar espaço jurídico para elaborar um plano de reestruturação que estabeleça condições para renegociação de dívidas.

    O comunicado à CVM reforça a intenção do grupo: proteger o valor coletivo da empresa, evitando colapsos operacionais que poderiam derrubar o valor de mercado e a confiança de investidores.


    Estratégia de otimização e foco em negócios rentáveis

    Com receita menor nos segmentos tradicionais, a Oi agora foca em:

    • Fibra óptica: mercado em forte expansão no Brasil, com margens maiores e potencial de crescimento sustentável.

    • Soluções para empresas: incluindo cloud, IoT, data center e segurança da informação.

    • Estrutura enxuta: cortando custos e ajustando hierarquias para elevar eficiência.

    Essa reorganização técnica via recuperação judicial Oi permite manter operações essenciais (Serede e Tahto) enquanto concentra recursos em investimentos estratégicos.


    Próximos passos no plano de recuperação

    Agora, a Oi prepara um aditivo ao segundo plano de recuperação judicial, que será apresentado à assembleia de credores. Nele estarão definidas:

    A expectativa é de votação positiva da assembleia, sinalizando confiança de stakeholders e viabilizando o plano operacional.


    Impactos para credores, empregados e consumidores

    Credores
    Serão renegociadas dívidas de curto prazo, fornecedores e prestadores. A recuperação judicial proporciona proteção contra execuções judiciais e penhoras, garantindo pagamento dentro de um cronograma definido.

    Empregados
    Serviços de reparo e call center são mantidos. A reorganização busca preservar o emprego, mesmo que ajustes sejam aplicados para eficiência operacional.

    Consumidores
    Serviços de telecom e suporte não sofrerão interrupções. A continuidade da manutenção e atendimento é prioridade para evitar perdas de clientes e impactos na experiência.


    Cenário macroeconômico e setor de telecom no Brasil

    A recuperação judicial Oi ocorre em um ambiente competitivo e regulado:

    • Expansão da fibra óptica: operadoras como Vivo, TIM e Claro disputam mercado, mas ainda existe espaço para ganho de mercado nas áreas suburbanas.

    • Regulação: Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) exige manutenção dos serviços básicos, influenciando configuração de planos e investimentos.

    • Consumidores: tendem a preferir pacotes com suporte de qualidade, favorecendo empresas com bom serviço técnico e comportamento pós‑venda.

    Nesse contexto, a estabilidade operacional promovida pela recuperação judicial ajuda a Oi manter posicionamento no médio prazo.


    Riscos e desafios à frente

    A recuperação judicial Oi não está livre de riscos:

    • Reprovação da assembleia de credores: pode cortar o plano.

    • Desempenho técnico abaixo das metas: risco de perda de contratos ou penalidades financeiras.

    • Concorrência veloz: atrasos podem abrir espaço para concorrentes capturarem mercado.

    • Impacto político/jurídico: pressões regulatórias ou denúncias contra a estrutura de governança podem gerar novos obstáculos.


    Comparação com outros grandes processos de recuperação

    A Oi já está entre os maiores casos de recuperação judicial do país. Mas com foco estratégico em segmentos essenciais, o objetivo é evitar fracasso por esgotamento de caixa, como ocorreu em outras empresas.

    A lição é: recuperação judicial sem plano operacional sólido tende ao insucesso. A inclusão de Serede e Tahto mostra que a lógica mudou: agora há gestão de continuidade e maximização de ativos vitais.

    A recuperação judicial Oi – com Serede e Tahto – é uma manobra estratégica que visa proteger a continuidade dos serviços essenciais, preservar empregos e manter a confiança dos credores. Com foco em fibra óptica e soluções corporativas, a Oi reforça seu projeto de reestruturação, evitando uma desintegração total do grupo.

    Os próximos meses serão decisivos. A aprovação do plano, a disciplina na execução e a capacidade de atuação das subsidiárias definirão o futuro da empresa. Para a indústria de telecom, isso pode significar um ajuste de forças, com o fortalecimento de um player reestruturado e resiliente.

  • Neuromarketing no varejo: os truques usados por supermercados para você gastar mais

    Neuromarketing no varejo: os truques usados por supermercados para você gastar mais

    Neuromarketing no varejo: como supermercados manipulam seus sentidos para você comprar mais

    Introdução

    Você já se perguntou por que sai do supermercado com itens que nem estavam na sua lista? Isso não é um acaso. É resultado de uma ciência cada vez mais sofisticada: o neuromarketing no varejo. Essa estratégia combina psicologia, neurociência e marketing sensorial para estimular o consumo de forma sutil, quase sempre inconsciente.

    Neste artigo, vamos revelar as principais táticas utilizadas por grandes redes de varejo para influenciar suas escolhas e fazer você gastar mais do que planejava. Conheça os bastidores das decisões aparentemente inocentes que acontecem enquanto você empurra seu carrinho, e descubra como se proteger desses gatilhos psicológicos.


    O que é neuromarketing no varejo?

    O neuromarketing no varejo é o uso de técnicas que exploram os cinco sentidos e os mecanismos cerebrais de tomada de decisão para influenciar o comportamento do consumidor. Tudo no ambiente de uma loja — desde o som ambiente até o posicionamento dos produtos — é planejado com o objetivo de aumentar o tempo de permanência do cliente, estimular emoções e, claro, elevar as vendas.

    Ao ativar áreas do cérebro ligadas ao prazer, nostalgia, segurança ou desejo, essas estratégias criam experiências de compra mais envolventes e eficazes, tornando o consumidor mais propenso a gastar.


    A música lenta que faz você andar devagar e comprar mais

    Uma das ferramentas mais eficazes do neuromarketing no varejo é a trilha sonora. Supermercados costumam adotar músicas suaves e com andamento lento. Isso não é coincidência. O ritmo da música influencia o comportamento do consumidor. Sons mais lentos fazem com que você caminhe com mais calma pelos corredores, observe mais produtos e fique mais tempo no ambiente.

    Além do ritmo, o estilo musical também conta. Em seções como adegas, trilhas de jazz ou música clássica são utilizadas para transmitir uma sensação de sofisticação. O resultado? Você se sente mais propenso a escolher produtos de maior valor agregado, como vinhos mais caros.


    Por que os itens essenciais ficam no fundo da loja?

    O layout do supermercado é outra engrenagem essencial do neuromarketing no varejo. Já notou que itens como leite, ovos e pão — que estão na maioria das listas de compras — ficam sempre nas áreas mais distantes da loja?

    Essa escolha não é aleatória. Ao forçar o consumidor a atravessar os corredores para buscar o que precisa, o supermercado aumenta a exposição a outros produtos. No caminho, você se depara com promoções, lançamentos e itens por impulso, como biscoitos, chocolates e refrigerantes. Isso eleva significativamente a chance de compras não planejadas.


    O poder invisível do marketing olfativo

    Você pode não perceber, mas o cheiro dentro do supermercado também faz parte do plano. O marketing olfativo é uma estratégia poderosa de neuromarketing no varejo. O aroma de pão quente ou café recém-passado ativa áreas do cérebro ligadas à emoção e à memória, despertando sensações de conforto, nostalgia e, claro, fome.

    Mesmo que você não esteja com apetite, o cheiro pode induzir vontade de consumir, aumentando o valor da sua compra. O simples aroma de comida fresca é suficiente para mudar seu comportamento — e inflar o ticket médio da loja.


    Luzes e cores: manipulação visual no ponto de venda

    A iluminação e as cores também são meticulosamente pensadas para influenciar sua percepção. No setor de frutas e verduras, por exemplo, são usadas luzes brancas e intensas para realçar as cores vivas dos alimentos e transmitir a ideia de frescor. Já na seção de vinhos, luzes amareladas criam um clima de requinte e exclusividade.

    Cores como vermelho e amarelo dominam os cartazes de promoção. Essas tonalidades são processadas rapidamente pelo cérebro, gerando senso de urgência e impulsionando decisões rápidas. Tudo isso reforça o conceito de “última chance” e estimula a compra por impulso.


    O segredo das prateleiras: a altura dos olhos

    Você já percebeu que os produtos mais caros costumam estar sempre na altura dos seus olhos? Isso também é neuromarketing no varejo. Esse é o espaço mais estratégico da gôndola, chamado de “zona de ouro”. Como os olhos são naturalmente atraídos para o centro da visão, é lá que o consumidor olha primeiro.

    Marcas premium pagam caro para ocupar essa posição privilegiada. Já produtos mais baratos, genéricos ou de menor margem ficam nas prateleiras inferiores ou superiores — obrigando o consumidor a se agachar ou se esticar. E tem mais: produtos voltados ao público infantil, como cereais açucarados, são colocados na altura dos olhos das crianças, para que elas os vejam e peçam aos pais.


    Como resistir aos gatilhos do neuromarketing no varejo?

    Se tornar um consumidor mais consciente exige prática e vigilância. Conheça algumas estratégias para evitar cair nas armadilhas do neuromarketing no varejo:

    • Faça uma lista de compras: Ela te mantém focado e evita compras desnecessárias.

    • Use fones de ouvido: Com sua própria trilha sonora mais agitada, você andará mais rápido e passará menos tempo na loja.

    • Não faça compras com fome: Isso reduz a tentação de comprar itens calóricos e por impulso.

    • Questione as promoções: Antes de pegar algo em oferta, pergunte se você realmente precisa ou está sendo fisgado pelo visual da promoção.

    • Comece pelas bordas da loja: Os itens mais saudáveis costumam estar nas extremidades. Deixe os corredores centrais, repletos de processados, para o fim.


    O impacto do neuromarketing no comportamento do consumidor

    O uso do neuromarketing no varejo não apenas aumenta as vendas, mas molda o modo como percebemos valor, necessidade e desejo. Ao manipular emoções e estímulos sensoriais, o ambiente de consumo se torna um teatro cuidadosamente orquestrado para guiar suas ações.

    Entender essas práticas ajuda o consumidor a se blindar contra influências invisíveis. Conhecimento é poder: quanto mais você entende sobre essas estratégias, maior é sua capacidade de comprar com consciência e economizar.

    O neuromarketing no varejo é uma realidade presente em cada detalhe do ambiente de consumo. Das músicas suaves à disposição dos produtos, tudo é projetado para te convencer a comprar mais, gastar mais e voltar com mais frequência.

    Ao compreender essas táticas e adotar hábitos conscientes, você se torna um consumidor mais crítico, imune aos estímulos invisíveis e capaz de controlar melhor seu orçamento.

  • Aumento do IOF: Moraes suspende decretos e trava disputa entre governo e Congresso

    Aumento do IOF: Moraes suspende decretos e trava disputa entre governo e Congresso

    Aumento do IOF: decisão de Moraes no STF trava medidas do governo e reacende embate com Congresso

    A recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender liminarmente os decretos presidenciais sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) colocou o tema no centro das atenções do cenário político e econômico brasileiro. Em meio a uma disputa entre o Executivo e o Congresso Nacional, a medida reforça os limites institucionais sobre mudanças tributárias e revela as tensões crescentes em torno das estratégias fiscais do governo.

    A suspensão do aumento do IOF, decretada por Moraes na última sexta-feira (4), impede temporariamente a entrada em vigor das novas alíquotas estabelecidas em decretos presidenciais publicados entre maio e junho de 2025. Além de anular os efeitos dos decretos, a liminar também derruba a decisão do Congresso que havia revogado os aumentos, criando um vácuo legal que exige conciliação entre os Poderes.

    A situação evidencia um cenário inédito, em que o Judiciário atua como mediador direto entre Executivo e Legislativo, em um tema que impacta diretamente o bolso do contribuinte e as estratégias de arrecadação federal.


    O que é o IOF e por que o governo tentou aumentar suas alíquotas?

    O IOF é um imposto federal que incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Com forte peso na arrecadação federal de curto prazo, ele costuma ser ajustado com frequência para responder a urgências fiscais do governo.

    O aumento do IOF proposto pelo Executivo tinha como objetivo gerar receitas adicionais e reforçar o caixa do governo em 2025, diante de metas fiscais apertadas e da necessidade de cumprir o novo arcabouço fiscal. O reajuste atingia diferentes frentes, incluindo operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas.

    Segundo a equipe econômica, o aumento do IOF seria uma medida temporária, válida por até quatro meses, com potencial arrecadatório superior a R$ 5 bilhões. No entanto, a proposta enfrentou forte resistência no Congresso, que considerou os decretos abusivos e decidiu revogá-los integralmente.


    A decisão de Moraes e o impasse institucional

    A liminar de Alexandre de Moraes tem 24 páginas e suspende simultaneamente tanto os decretos presidenciais quanto a decisão do Congresso. Em sua argumentação, o ministro destacou que o conflito entre os Poderes viola o princípio constitucional da harmonia entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

    Além disso, Moraes convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho, com a presença de representantes do governo federal, da Câmara dos Deputados, do Senado e da Procuradoria-Geral da República (PGR). O objetivo é encontrar um meio-termo que evite a judicialização definitiva da questão.

    Enquanto isso, o aumento do IOF permanece suspenso, e as regras anteriores seguem valendo. A decisão ainda passará por referendo dos demais ministros do STF, o que poderá consolidar ou reverter os efeitos da liminar.


    O que levou o STF a interferir no aumento do IOF?

    Três ações motivaram a intervenção do Supremo Tribunal Federal. A primeira foi proposta pela Advocacia-Geral da União (AGU), pedindo a restauração dos efeitos do decreto presidencial que autorizava o aumento do IOF. A segunda, do PSOL, seguiu o mesmo entendimento. Já a terceira ação, do PL, solicitava justamente a suspensão dos decretos do governo.

    Diante da colisão de interesses entre os próprios autores das ações, Moraes optou por congelar todos os efeitos em disputa até que haja uma decisão definitiva. A medida visa preservar a segurança jurídica, impedir alterações unilaterais em um tema sensível e permitir o diálogo institucional.


    Qual é o impacto do aumento do IOF no dia a dia?

    Para o consumidor, o aumento do IOF significa encarecimento imediato em diversas operações financeiras, como:

    • Contratação de empréstimos pessoais;

    • Uso do cheque especial;

    • Parcelamentos no cartão de crédito;

    • Transferências internacionais;

    • Investimentos em renda fixa e seguros.

    Por isso, a suspensão do aumento do IOF foi bem recebida por parte do mercado e por parlamentares da oposição e até da base aliada. A medida é vista como um freio à escalada da carga tributária, especialmente em um momento em que o país enfrenta inflação moderada, juros altos e crescimento econômico lento.


    Reação do Congresso e a pressão política sobre o governo

    O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que a decisão de Moraes “evita o aumento do IOF em sintonia com o desejo da maioria do plenário da Câmara e da sociedade”. A fala reforça a posição de que o Parlamento está sensível à pressão popular por alívio tributário.

    A resistência do Congresso ao aumento do IOF reflete um movimento mais amplo de contestação às medidas unilaterais do Executivo. Deputados e senadores têm cobrado maior transparência e participação nas decisões que envolvem impostos e arrecadação.

    Nos bastidores, a decisão do STF também é interpretada como um sinal de alerta ao Planalto, indicando que mudanças fiscais relevantes exigem diálogo prévio com os demais Poderes.


    O que esperar da audiência de conciliação?

    Marcada para 15 de julho, a audiência convocada por Moraes representa uma oportunidade única para construir um consenso em torno do aumento do IOF. A expectativa é que governo, Congresso e PGR apresentem propostas alternativas que equilibrem a necessidade de arrecadação com a proteção ao contribuinte.

    Entre as possíveis soluções estão:

    • Aplicação de alíquotas diferenciadas e temporárias;

    • Compensações via redução de outros tributos;

    • Substituição do aumento do IOF por medidas de corte de gastos;

    • Criação de um cronograma de ajuste fiscal validado pelos três Poderes.

    A decisão final do STF dependerá do êxito ou não desse processo de negociação. Caso não haja acordo, o tribunal poderá consolidar a suspensão dos decretos e obrigar o governo a submeter novas propostas via projeto de lei.


    Como a decisão influencia a política fiscal de 2025?

    A tentativa de aumento do IOF era uma das primeiras medidas do governo em resposta às metas estabelecidas no novo arcabouço fiscal. Com a suspensão da proposta, a equipe econômica precisará revisar seus cálculos e buscar fontes alternativas de receita.

    A incerteza jurídica gerada pelo impasse também afeta a previsibilidade da política fiscal, podendo comprometer a credibilidade do governo junto ao mercado e aos órgãos internacionais.

    Por outro lado, a postura do STF reforça o papel do Judiciário como guardião da harmonia entre os Poderes, especialmente quando há riscos de abuso de prerrogativas institucionais.

    A suspensão do aumento do IOF por Alexandre de Moraes coloca o Supremo Tribunal Federal no centro do debate tributário brasileiro em 2025. A medida bloqueia temporariamente tanto os decretos do governo quanto a decisão do Congresso, criando um espaço para negociação e conciliação.

    Mais do que uma disputa técnica sobre alíquotas, o caso escancara os desafios de governança e articulação política que marcam a atual gestão federal. O desfecho dessa disputa terá impactos diretos não apenas na arrecadação, mas também na estabilidade institucional e na percepção de equilíbrio entre os Poderes.

    A sociedade, enquanto isso, acompanha de perto os desdobramentos do aumento do IOF, ciente de que qualquer alteração nesse imposto afeta diretamente seu cotidiano e sua saúde financeira.

  • FÁCIL CVM: nova norma facilita acesso de pequenas empresas ao mercado de capitais

    FÁCIL CVM: nova norma facilita acesso de pequenas empresas ao mercado de capitais

    FÁCIL CVM: nova norma simplifica acesso de pequenas empresas ao mercado de capitais

    A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou recentemente o FÁCIL CVM, um novo regime normativo que busca facilitar o acesso de empresas de menor porte ao mercado de capitais brasileiro. Voltado para companhias com faturamento bruto inferior a R$ 500 milhões, o programa traz simplificações no registro, divulgação de informações e na realização de ofertas públicas, com o objetivo de ampliar a base de emissores e promover o desenvolvimento econômico.

    Com a implementação das Resoluções CVM 231 e 232, em vigor desde o dia 2 de julho de 2025, o FÁCIL CVM representa uma iniciativa histórica para democratizar o mercado de capitais, tornar o ambiente regulatório mais acessível e atrativo para pequenos e médios empreendedores e fortalecer a conexão entre o setor produtivo e investidores.

    O que é o FÁCIL CVM?

    O FÁCIL CVM (Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivos a Listagens) é um novo regime normativo criado pela Comissão de Valores Mobiliários com foco nas chamadas Companhias de Menor Porte (CMP). Estas são empresas com receita bruta anual inferior a R$ 500 milhões e que possuem potencial de crescimento, mas enfrentam desafios significativos para acessar o mercado de capitais nas regras tradicionais.

    A proposta do FÁCIL é simplificar exigências burocráticas, reduzir custos de compliance e permitir que essas empresas consigam captar recursos no mercado com mais agilidade e eficiência.

    Principais vantagens do regime FÁCIL CVM

    Entre os principais diferenciais oferecidos pelo FÁCIL CVM, destacam-se:

    • Substituição de documentos complexos: Formulários como o prospecto e a lâmina são substituídos pelo Formulário FÁCIL, mais direto e acessível.

    • Periodicidade das informações: Empresas podem apresentar informações semestrais em vez de trimestrais, reduzindo a carga de relatórios.

    • Flexibilidade em assembleias: Possibilidade de realizar assembleias com dispensa das regras tradicionais de votação à distância.

    • Isenção de relatórios ESG: O regime isenta as empresas da obrigatoriedade de entregar relatórios de sustentabilidade (Resolução CVM 193).

    • Quórum reduzido para OPA: Em caso de cancelamento de registro, o quórum de sucesso para Oferta Pública de Aquisição (OPA) será de apenas 50% das ações em circulação — antes, exigia dois terços.

    Essas mudanças visam não apenas a desburocratização, mas também a redução de custos operacionais e contábeis, criando um ambiente mais dinâmico e inovador para os emissores.

    Modalidades de ofertas públicas no FÁCIL CVM

    O novo regime prevê quatro maneiras pelas quais as companhias de menor porte podem realizar ofertas públicas, com ou sem necessidade de coordenadores intermediários:

    1. Oferta completa com regras tradicionais

    Empresas que optarem por seguir totalmente a Resolução CVM 160, com todos os documentos obrigatórios (inclusive o formulário de referência e demonstrações contábeis trimestrais), podem realizar ofertas sem limite de valor.

    2. Oferta simplificada com Formulário FÁCIL

    Caso a empresa substitua o prospecto e a lâmina pelo Formulário FÁCIL, o valor máximo da captação é limitado a R$ 300 milhões a cada 12 meses. Esta é uma alternativa mais econômica e ágil.

    3. Oferta de dívida para investidores profissionais

    Essa modalidade permite captação sem necessidade de coordenadores financeiros. Também possui limite de R$ 300 milhões ao ano, exclusivamente para investidores profissionais.

    4. Oferta direta em mercado organizado

    A grande inovação é a chamada “oferta direta”, em que as empresas podem captar recursos em mercado organizado, sem necessidade de registro prévio na CVM nem contratação de coordenadores. É um processo altamente simplificado, também limitado a R$ 300 milhões.

    Regime também vale para empresas não registradas

    Uma das grandes inovações do FÁCIL CVM é permitir que empresas não registradas também possam realizar ofertas públicas de dívida voltadas a investidores profissionais. Isso abre uma nova porta para negócios em crescimento que ainda não passaram pelo processo de listagem na CVM.

    Esses investidores, considerados qualificados, têm autonomia para exigir auditoria das demonstrações financeiras e todas as informações necessárias para tomar suas decisões, como ocorre no regime da Resolução CVM 160.

    Como aderir ao FÁCIL CVM?

    Para emissores já registrados na CVM, a adesão ao FÁCIL exige anuência dos investidores e cumprimento dos critérios estabelecidos nas resoluções. Já para novos emissores, basta realizar a listagem em uma entidade administradora de mercado organizado — após isso, o registro é automático, desde que respeitado o teto de faturamento da empresa.

    Essa automatização do processo elimina etapas burocráticas e acelera o ingresso de novas empresas no mercado.

    Impacto do FÁCIL CVM no ecossistema de capitais

    O impacto esperado do FÁCIL CVM é profundo. A CVM busca:

    • Aumentar o número de empresas listadas;

    • Atrair mais investidores para operações menores, com maior risco e retorno;

    • Estimular o empreendedorismo e a inovação;

    • Fortalecer o mercado de crédito privado no Brasil;

    • Tornar o mercado de capitais uma via acessível de financiamento para empresas que hoje dependem exclusivamente de bancos.

    O presidente da CVM destacou que o FÁCIL tem um papel central na canalização de recursos para a economia real, promovendo geração de renda e empregos em todo o país.

    Benefícios para o investidor

    Para os investidores, o FÁCIL CVM representa uma nova frente de oportunidades:

    • Maior diversidade de emissores;

    • Potencial de acesso antecipado a empresas inovadoras;

    • Rentabilidades mais atrativas, compensando o risco maior;

    • Ampliação da participação de pequenos investidores no mercado de capitais, especialmente em plataformas digitais.

    O mercado de crowdfunding, por exemplo, pode se beneficiar diretamente desse novo modelo, ao incorporar regras mais modernas e facilitar o acesso de startups e scale-ups ao capital.

    Desafios e cuidados com o novo regime

    Apesar das vantagens, o FÁCIL CVM exige cautela. A simplificação de obrigações pode aumentar os riscos de assimetria de informação e fraudes. Por isso:

    Empresas interessadas devem investir em estrutura contábil e jurídica robusta, mesmo com as exigências reduzidas.

    O FÁCIL CVM surge como um divisor de águas para o mercado de capitais brasileiro. Ao abrir caminho para que pequenas e médias empresas acessem financiamento via mercado, sem os custos e entraves do regime tradicional, a CVM sinaliza uma nova era de dinamismo, inovação e democratização financeira no país.

    Com impacto positivo em toda a cadeia econômica — de empreendedores a investidores —, o regime tende a estimular a formalização, fortalecer o crédito privado e ampliar o número de empresas nacionais com acesso direto ao capital. Para o Brasil crescer, o FÁCIL CVM pode ser uma das engrenagens essenciais.

  • XP Log movimenta fundos imobiliários com aquisição bilionária de RBRL11 e RDLI11

    XP Log movimenta fundos imobiliários com aquisição bilionária de RBRL11 e RDLI11

    XP Log movimenta mercado com aquisição bilionária e impulsiona fundos imobiliários em 2025

    Consolidação no setor logístico fortalece XPLG11 e aquece o IFIX

    A indústria de fundos imobiliários vive um momento de efervescência em 2025. A mais recente movimentação que sacudiu o mercado foi a carta de intenções firmada pelo XP Log (XPLG11), que pode culminar em uma aquisição de até R$ 1,54 bilhão. A transação envolve todos os imóveis pertencentes aos fundos RBR Log (RBRL11) e RBR Desenvolvimento Logístico I (RDLI11), representando uma importante consolidação no segmento logístico dos fundos imobiliários.

    Com a aquisição, o XPLG11 reforça sua estratégia de se posicionar como um dos principais players do setor, focando em ativos de alto padrão e localizados em regiões estratégicas. Já para a RBR, a operação representa uma movimentação de reciclagem de portfólio, com a intenção de redirecionar o capital para novos projetos com melhor perfil de risco e retorno.

    Detalhes da operação: como será a aquisição

    A estrutura da transação revela um mix entre pagamento em dinheiro, assunção de obrigações e emissão de novas cotas. Do valor total da operação:

    • R$ 688,9 milhões correspondem aos ativos do RBRL11, compostos por seis galpões com área bruta locável superior a 208 mil m²;

    • R$ 468 milhões estão relacionados aos dois empreendimentos do RDLI11;

    • R$ 395,7 milhões serão pagos em dinheiro, condicionados à formalização dos contratos definitivos;

    • R$ 20 milhões serão destinados à assunção de obrigações financeiras do RBRL11;

    • R$ 1,13 bilhão será quitado via emissão de novas cotas do XPLG11, ao preço máximo de R$ 106,92 por cota.

    Essa combinação demonstra um modelo sofisticado de expansão de portfólio, comum entre fundos imobiliários com gestão ativa e visão de longo prazo.

    Impacto para os investidores: cap rate e TIR

    A transação promete trazer retornos atrativos para os investidores dos fundos imobiliários envolvidos. O RBR Log, por exemplo, projeta um cap rate (taxa de capitalização) estimado em 9,24%. Já os cotistas do RDLI11 poderão obter uma taxa interna de retorno (TIR) entre 19% e 22% ao ano — valores bastante competitivos em relação a outros segmentos do mercado financeiro.

    Essas estimativas reforçam o apelo dos fundos imobiliários como instrumento de geração de renda passiva com segurança e consistência.

    Estratégia do XPLG11: foco em ativos logísticos premium

    A gestora do XP Log tem como objetivo consolidar um portfólio robusto de imóveis logísticos com padrão elevado de construção e localização estratégica. Esse tipo de ativo é cada vez mais valorizado, especialmente em um cenário de crescimento do comércio eletrônico e de reconfiguração da cadeia de suprimentos no Brasil.

    Além disso, a demanda crescente por centros de distribuição modernos coloca os fundos imobiliários logísticos em posição de destaque para capturar valor e oferecer dividendos atrativos aos cotistas.

    Movimentações no IFIX: o reflexo no mercado

    A divulgação da operação influenciou imediatamente o desempenho das cotas dos fundos envolvidos. No pregão de terça-feira (1º de julho), o RBRL11 disparou 5,70%, encerrando o dia cotado a R$ 83,70. Essa valorização foi um dos destaques positivos do IFIX, que embora tenha iniciado julho com leve queda de 0,26%, acumula alta de 11,51% no ano.

    Outros fundos imobiliários também registraram desempenho expressivo no mesmo dia:

    • RBR Alpha Fundo de Fundos (RBRF11): +3,71%

    • Pátria Logística (PATL11): +3,60%

    • VBI CRI (CVBI11): +3,54%

    • VBI Prime Properties (PVBI11): +3,01%

    Esses dados mostram a sensibilidade do mercado a movimentos estratégicos como o do XPLG11, e evidenciam o dinamismo dos fundos imobiliários no atual ciclo econômico.

    Maiores quedas do dia: correções pontuais no mercado

    Apesar dos ganhos relevantes para alguns fundos, outros apresentaram desempenho negativo no pregão, como é comum em um mercado diversificado. Entre os destaques de baixa:

    • Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11): -5,80%

    • JS Real Estate Multigestão (JSRE11): -4,56%

    • Tellus Properties (TEPP11): -3,49%

    • Pátria Escritórios (HGRE11): -3,29%

    • Clave Índices de Preços (CLIN11): -2,52%

    Essas variações reforçam a importância de uma gestão ativa, diversificação e acompanhamento contínuo por parte dos investidores em fundos imobiliários.

    RBR: reciclagem de portfólio e visão estratégica

    A RBR, por sua vez, sinalizou que a venda dos ativos logísticos faz parte de uma estratégia de reciclagem de portfólio. O objetivo é realocar recursos em projetos que se alinhem melhor ao perfil de risco e retorno desejado, mantendo a solidez da carteira e otimizando a geração de valor para os cotistas.

    Esse movimento reforça uma tendência entre os principais gestores de fundos imobiliários, que buscam constantemente adequar os ativos aos ciclos econômicos e às novas oportunidades de mercado.

    Expectativas futuras e próximos passos

    A carta de intenções firmada entre os fundos estabelece um período de exclusividade de 60 dias para conclusão das negociações, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. A expectativa do mercado é de que o fechamento ocorra dentro desse prazo, dada a sinergia estratégica entre os portfólios.

    Com a finalização da aquisição, o XPLG11 poderá consolidar-se ainda mais como referência entre os fundos imobiliários logísticos do Brasil. A movimentação também pode desencadear novas fusões, aquisições e reestruturações no setor, ampliando o dinamismo e a atratividade do segmento para investidores institucionais e pessoa física.

    Oportunidade para investidores em 2025

    Para quem busca diversificação, proteção contra inflação e geração de renda passiva, os fundos imobiliários continuam sendo uma alternativa altamente relevante. O ano de 2025 tem sido marcado por retomada econômica, inflação sob controle e ciclo de queda da taxa Selic, o que impulsiona a atratividade dos FIIs.

    A operação entre XPLG11, RBRL11 e RDLI11 pode se tornar um marco para o setor, reforçando a maturidade do mercado e o apetite dos gestores por operações estruturadas de grande porte.

  • Corte da Selic em 2025: Banco Inter prevê queda dos juros com inflação em baixa

    Corte da Selic em 2025: Banco Inter prevê queda dos juros com inflação em baixa

    Corte da Selic em 2025: Banco Inter prevê redução da taxa com desaceleração da inflação

    O corte da Selic está no centro das atenções do mercado financeiro, com analistas e economistas apontando para uma possível mudança de rumo na política monetária brasileira ainda em 2025. De acordo com relatório divulgado pelo Banco Inter, a taxa básica de juros poderá sofrer a primeira redução já em dezembro deste ano, em resposta à desaceleração da inflação e a sinais de arrefecimento da atividade econômica.

    A previsão marca uma inflexão relevante no ciclo de aperto monetário que o Banco Central vem conduzindo desde 2021. A projeção da instituição financeira aponta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2025 em 4,9%, uma queda significativa em relação à estimativa anterior de 5,3%. Com isso, cria-se espaço para o corte da Selic, que atualmente se mantém em patamar elevado.


    Inflação desacelera e abre espaço para corte da Selic

    A revisão do IPCA para baixo reflete o impacto da política monetária restritiva adotada pelo Banco Central. Com juros altos, houve uma desaceleração da concessão de crédito, queda no consumo e recuo no investimento privado. Esse cenário contribuiu para reduzir as pressões inflacionárias internas.

    Além disso, fatores externos como a estabilidade cambial e o menor custo de importações também ajudaram a conter os preços. Com a inflação em desaceleração e a atividade econômica perdendo fôlego, cresce a expectativa de que o Banco Central inicie um corte da Selic como estímulo à retomada do crescimento.


    Projeções da Selic para 2025 e 2026

    O Banco Inter projeta que a Selic pode encerrar 2025 em 14,50% ao ano, caindo para 12% em 2026. A mudança gradual da taxa reflete uma política mais flexível, mas ainda comprometida com o controle da inflação.

    A previsão de corte da Selic ainda em 2025 é fundamentada em sinais recentes da economia: desaceleração na indústria, estabilidade do câmbio e ausência de choques relevantes nos preços dos alimentos e da energia.

    Contudo, o cenário para 2026 exige atenção. Mesmo com a queda da Selic prevista, a inflação ainda deve permanecer acima da meta oficial do Banco Central, em função de riscos fiscais e do ambiente político incerto, especialmente por se tratar de ano eleitoral.


    Riscos fiscais podem limitar cortes futuros

    Embora a trajetória de queda da inflação seja um sinal positivo, o Banco Inter alerta para a influência do risco fiscal sobre a política monetária. Propostas como a isenção de Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil e o aumento de estímulos em ano eleitoral podem elevar os gastos públicos e pressionar novamente a inflação.

    Esses fatores tornam o ambiente mais desafiador para o Banco Central, que terá que equilibrar a política de juros com a necessidade de manter a inflação sob controle. Caso o governo não sinalize compromisso com a disciplina fiscal, o corte da Selic pode ser mais lento ou até mesmo adiado.


    Por que o primeiro corte da Selic pode ocorrer em dezembro?

    Apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) indicar que a Selic permanecerá elevada por um tempo prolongado, analistas do Inter acreditam que a economia já começa a dar sinais suficientes para justificar um corte inicial no fim do ano.

    A estabilidade do câmbio, a queda na atividade econômica e o recuo dos preços em diversos setores apontam para um cenário de desinflação. Esses elementos dão espaço ao Banco Central para iniciar a redução dos juros sem comprometer o controle da inflação — movimento que, se confirmado, pode melhorar as condições de crédito e estimular investimentos.


    Impactos do corte da Selic na economia

    O corte da Selic afeta diretamente o dia a dia de consumidores, empresas e investidores:

    • Consumidores: Com juros mais baixos, o crédito tende a ficar mais barato, facilitando o acesso a financiamentos, empréstimos e compras parceladas. A redução de custos pode estimular o consumo e aquecer o varejo.

    • Empresas: Juros menores favorecem a tomada de crédito para investimentos produtivos, impulsionando a atividade empresarial e a geração de empregos.

    • Investidores: A redução da Selic diminui o retorno de aplicações em renda fixa, levando parte do capital para ativos de maior risco, como ações, imóveis e fundos multimercado.


    O papel da disciplina fiscal no ciclo de cortes

    Segundo a economista-chefe do Banco Inter, a queda sustentável da Selic depende fortemente da condução da política fiscal. Para que o Banco Central mantenha uma trajetória consistente de redução dos juros, será necessário observar:

    • Compromisso do governo com metas fiscais

    • Estabilidade no crescimento das despesas públicas

    • Sinais claros de previsibilidade política

    Um ajuste fiscal robusto e transparente, previsto para ser implementado a partir de 2027, pode ser determinante para consolidar a confiança dos agentes econômicos e ancorar as expectativas inflacionárias de longo prazo, permitindo mais cortes da Selic nos anos seguintes.


    Política monetária ainda é restritiva em 2025

    Apesar da expectativa de queda da Selic, o Brasil ainda opera em um ambiente de política monetária bastante restritiva. Com a taxa real de juros elevada, o crescimento do PIB em 2025 deverá ser modesto, enquanto a inflação caminha para a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

    A pressão sobre o crédito e a redução do consumo são efeitos esperados desse cenário. Porém, conforme a inflação se estabiliza e o risco fiscal for contido, o corte da Selic se tornará mais agressivo, estimulando a retomada econômica de forma gradual.


    O que esperar da economia em 2025 e 2026?

    O cenário projetado pelo Banco Inter para os próximos dois anos é de transição. Em 2025, o país ainda enfrentará um ambiente de juros altos, mas já com sinais claros de desaceleração inflacionária. Isso abre a porta para a reversão do ciclo de aperto monetário, com o corte da Selic previsto para começar no último trimestre.

    Em 2026, o foco estará no equilíbrio fiscal. O sucesso ou fracasso nessa frente determinará a continuidade dos cortes na taxa de juros e a sustentabilidade do crescimento econômico. Um ambiente político estável e compromissado com as contas públicas será essencial para ancorar as expectativas e atrair investimentos.


    Corte da Selic pode ser o início da retomada econômica

    A projeção de corte da Selic feita pelo Banco Inter reflete uma leitura cuidadosa dos sinais emitidos pela economia brasileira. A queda da inflação, a desaceleração da atividade e a estabilidade do câmbio criam as condições ideais para que o Banco Central inicie uma redução moderada dos juros.

    Contudo, o sucesso dessa estratégia depende de fatores que vão além da esfera monetária. A condução da política fiscal e o comportamento do governo em ano eleitoral serão determinantes para garantir que o ciclo de cortes se mantenha e contribua para uma retomada econômica sustentável.

    O consumidor pode esperar melhores condições de crédito, enquanto investidores devem se preparar para mudanças no comportamento dos ativos financeiros. Já o Banco Central terá o desafio de calibrar sua atuação entre o combate à inflação e a necessidade de reaquecer a economia.

  • Copa Ouro da Concacaf 2025: horários, jogos e onde assistir às semifinais ao vivo

    Copa Ouro da Concacaf 2025: horários, jogos e onde assistir às semifinais ao vivo

    Copa Ouro da Concacaf 2025: Semifinais agitam os Estados Unidos com México, Honduras, EUA e Guatemala em campo

    A Copa Ouro da Concacaf 2025 entra na sua fase decisiva com as semifinais acontecendo nesta quarta-feira, dia 2 de julho. O torneio, que reúne as principais seleções da América do Norte, Central e Caribe, mais seleções convidadas, tem sido palco de grandes confrontos e promete fortes emoções até a final, marcada para o próximo domingo, dia 6, no NRG Stadium, no Texas.

    Nesta quarta, dois jogos definem os finalistas da edição de 2025. Os Estados Unidos enfrentam a Guatemala, enquanto o México encara Honduras. Ambas as partidas serão transmitidas ao vivo por canais de televisão e plataformas de streaming, garantindo grande audiência para o torneio.


    Copa Ouro da Concacaf 2025: Tudo sobre as semifinais

    A Copa Ouro da Concacaf 2025 está sendo disputada nos Estados Unidos e já entra na sua reta final. As semifinais colocam frente a frente seleções tradicionais do torneio, como os anfitriões Estados Unidos, o poderoso México, a surpreendente Guatemala e a competitiva seleção de Honduras.

    📍 Jogo 1: Estados Unidos x Guatemala

    • Horário: 20h00 (horário de Brasília)

    • Local: CITYPARK, St. Louis

    • Transmissão: ESPN e Disney+

    Os Estados Unidos chegam para a semifinal com moral após eliminarem a Costa Rica em um jogo eletrizante. A partida terminou empatada em 2 a 2 no tempo regulamentar, com vitória norte-americana por 4 a 3 nos pênaltis. O time busca o seu oitavo título na história da competição e conta com o apoio da torcida para avançar à grande final da Copa Ouro da Concacaf 2025.

    A Guatemala, por sua vez, surpreendeu ao chegar às semifinais, desbancando seleções mais tradicionais durante a competição. Apesar de não ser favorita, a equipe aposta na disciplina tática e na força coletiva para tentar vencer os anfitriões e garantir uma vaga histórica na decisão.


    📍 Jogo 2: México x Honduras

    • Horário: 23h00 (horário de Brasília)

    • Local: Levi’s Stadium, Santa Clara

    • Transmissão: ESPN4 e Disney+

    Atual campeã, a seleção mexicana vem forte na briga pelo seu 13º título da Copa Ouro da Concacaf. Após uma vitória segura sobre a Arábia Saudita (seleção convidada) por 2 a 0, o México quer manter a hegemonia continental.

    Do outro lado está Honduras, que fez uma campanha sólida e chega às semifinais com confiança. A equipe aposta na velocidade dos contra-ataques e em jogadas ensaiadas para surpreender os mexicanos e voltar a uma final continental depois de anos.


    Histórico da Copa Ouro da Concacaf

    A Copa Ouro da Concacaf é o principal torneio de seleções da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe. A competição acontece a cada dois anos e reúne as melhores seleções da região, além de convidados internacionais em algumas edições.

    • México: Maior campeão com 12 títulos

    • Estados Unidos: 7 títulos

    • Canadá: 1 título

    Em 2025, o torneio tem ganhado destaque internacional, com estádios lotados, transmissões multiplataforma e jogos de alto nível. A presença de seleções como México e EUA, grandes rivais continentais, adiciona ainda mais emoção à disputa.


    Final da Copa Ouro da Concacaf 2025: Quando e onde assistir

    A final da Copa Ouro da Concacaf 2025 já está marcada:

    • Data: Domingo, 6 de julho de 2025

    • Horário: 20h00

    • Local: NRG Stadium, Texas

    • Transmissão: A definir (mas com expectativa de ESPN e Disney+)

    A expectativa é de casa cheia e uma audiência massiva em toda a América para acompanhar o desfecho de mais uma edição histórica do torneio.


    Copa Ouro da Concacaf 2025 e sua importância para as seleções

    Além do prestígio, o título da Copa Ouro da Concacaf 2025 tem peso direto nas classificações para competições internacionais. A seleção campeã normalmente garante vaga na Copa das Confederações e fortalece seu posicionamento no ranking da FIFA.

    Para os Estados Unidos, uma nova conquista significaria reafirmação do protagonismo no continente. Para o México, o 13º título consolidaria ainda mais sua hegemonia regional. Já Honduras e Guatemala buscam um título inédito que poderia redefinir o status de suas seleções no cenário internacional.


    Transmissões e onde assistir aos jogos da Copa Ouro da Concacaf 2025

    Com o crescimento do interesse do público pela Copa Ouro da Concacaf 2025, os jogos estão sendo transmitidos em diferentes plataformas, ampliando o alcance do torneio.

    Jogos desta quarta-feira (02/07):

    Semifinais da Copa Ouro da Concacaf:

    • 🕗 20h00 – Estados Unidos x Guatemala
      📺 Transmissão: ESPN e Disney+

    • 🕚 23h00 – México x Honduras
      📺 Transmissão: ESPN4 e Disney+

    Essas transmissões ao vivo permitem que fãs de todo o mundo acompanhem cada detalhe da reta final da Copa Ouro, aumentando a visibilidade da competição e de seus atletas.


    Expectativas para a final da Copa Ouro da Concacaf 2025

    Independente de quais forem os finalistas, a decisão da Copa Ouro da Concacaf 2025 promete ser histórica. A rivalidade entre México e Estados Unidos pode protagonizar mais um capítulo decisivo, caso ambos avancem. No entanto, surpresas como Guatemala e Honduras não podem ser descartadas.

    A final no NRG Stadium promete ser um espetáculo tanto dentro quanto fora de campo, com cerimônia especial, presença de celebridades, e cobertura global da mídia esportiva.


    Impacto da Copa Ouro da Concacaf 2025 nas seleções e no futebol da região

    O sucesso da Copa Ouro da Concacaf 2025 também impulsiona o desenvolvimento do futebol em países menos tradicionais da região, como Guatemala e Honduras. A visibilidade internacional, as premiações em dinheiro e a valorização de jogadores podem representar avanços significativos para as federações locais.

    Além disso, o torneio serve como preparação de alto nível para as seleções que disputarão as eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. O desempenho na competição pode ser um termômetro importante do que esperar nos próximos ciclos.

    A Copa Ouro da Concacaf 2025 entra em sua fase mais emocionante com as semifinais entre Estados Unidos x Guatemala e México x Honduras. O torneio, que já revelou grandes jogos, promete fortes emoções até a decisão no dia 6 de julho. Com seleções motivadas, torcida apaixonada e estádios vibrantes, o futebol do continente mostra sua força e tradição.

    A disputa pelo título está mais acirrada do que nunca, e o vencedor levará mais do que um troféu: levará prestígio, reconhecimento e, possivelmente, uma vaga em competições internacionais. Fique ligado nos próximos capítulos dessa jornada que já entrou para a história do futebol nas Américas.