Quem não se lembra do cabelo ondulado à la Daryl Hannah no filme “Splash: uma Sereia em Minha Vida?” Pois aqueles cachos e ondas com cara de terem sido feitos sem esforço estão super em alta neste verão.
Uma maneira simples de reproduzir o estilo é fazer uma trança com os fios ainda úmidos e soltá-los depois de secos. Dá um efeito elaborado, sem sacrifício. “Outra opção é criar ou intensificar a ondulação com o aspecto molhado. É fácil: aplique um mix com duas partes de gel de forte fixação para uma parte de óleo finalizador. Assim, os fios ficam mais maleáveis e brilhantes”, ensina Evandro Angelo, cabeleireiro do salão C.Kamura, em São Paulo. Complete o look com um toque de bronzer nas maçãs.
Cabelo ondulado com efeito molhado foi destaque no desfile da Altuzarra (Foto: Imaxtree )Tendência: cabelo ondulado e make com efeito natural. Aqui, looks dos desfiles da Nina Ricci, Isabel Marant, Kenzo (Foto: Imaxtree / Divulgação / Reprodução)Beleza tendência (Foto: Imaxtree / Divulgação)
Quem não sente saudade daquelas comunidades maravilhosas do Orkut (alô, “se eu morrer minha mãe me mata”) que atire a primeira pedra! O desenvolvedor da primeira rede social que você amou, Orkut Buyukkokten, agora lança seu novo aplicativo, o Hello, que pretende te ajudar a fazer novos amigos.
A justificativa para a criação do app é que a tecnologia de algoritmos, às vezes, vicia os assuntos dos usuários, o que faz com que a gente interaja com os mesmos amigos e leia sempre sobre os mesmos temas.
Assim, Orkut (ai, que estranho saber que esse é o nome dele) dá 5 dicas para você fazer sucesso na nova rede social.
1) Encontre novas pessoas: considere as pessoas que procura para sua relação virtual. Certifique-se de que há um bom motivo para interagirem, algo além se ser apenas mais um número no total de amigos em suas redes sociais. Comece identificando interesses comuns!
2) Seja autêntico: compartilhe suas paixões em comunidades online. As pessoas tendem a ficar receosas na hora de divulgar sobre suas atividades profissionais na Internet, mas a melhor maneira de construir uma rede social baseada em paixões e interesses é dando o máximo de dicas sobre si.
3) Seja interessante: Compartilhar lindas fotos é ótimo, mas as pessoas querem ver quem você realmente é – as ideias que tem, suas criações, coisas que realizou, as experiências que ama e as pessoas que o cercam. Com boas fotos ou não, esta é a melhor maneira de aparecer, sendo verdadeiro e genuíno.
4) Fale sobre o que conhece e procure conhecer sobre o que falam: compartilhe seu entusiasmo, seus pensamentos e suas conexões com a comunidade e, assim, com o tempo, a comunidade vai valorizar sua amizade e seu interesse. Aproveite também os novos contatos para experimentar conhecer novas ideias, hobbies e hábitos que podem lhe servir.
5) Seja respeitoso e considere os outros: Leia o que escreveu e reflita se algo em seu comentário pode deixar os amigos incomodados ou chateados, se sentindo diretamente atingidos. Se for este o caso, reescreva ou apague. Seja positivo, evite modelos de comentários negativos ou ataques diretos a uma pessoa ou grupo.
Rafael Zulu está com a agenda cheia: o ator está arrasando (com todas as letras) com seu charme na “Dança dos Famosos”, do “Domingão do Faustão”, e se prepara para viver Cido, que dizem os rumores ser homossexual, na próxima novela das 9, “O Outro Lado do Paraíso”, de Walcyr Carrasco.
“Ainda não posso adiantar muitos detalhes do personagem, mas estou muito empolgado com a oportunidade. Participar de mais uma novela do Walcyr Carrasco, agora no horário nobre, é muito gratificante. Posso adiantar que farei parte do núcleo da Marieta Severo, Grazi Massafera e Bianca Bin. Estou muito feliz com o papel e me preparando para o que der e vier”, se limita a dizer.
O ator está preparadíssimo para o que der e vier neste trabalho e diz que tem encarado com muito entusiasmo este novo papel. Além disso, ele também comenta sobre os muitos casos de homofobia que têm sido noticiados em todos os lugares.
“Acredito que qualquer forma de preconceito é pura falta de conhecimento. Se a pessoa se acha superior para agredir outra, apenas porque ela é diferente, é porque alguma coisa está muito errada”, opina.
“Dança dos Famosos” Quem já viu o Rafael arrasando na “Dança” levanta a mão! Ele conta que sempre gostou de dançar, mas nunca nada profissional e tem se empenhado bastante para aprender o máximo.
“Sou da capoeira, do esporte, então já tenho uma ginga [Risos]. Estou me empenhando bastante nos ensaios pra tentar aprender ao máximo com a minha parceira, Yanca, que é supertalentosa e entende muito de dança.”
Glamour: Qual foi a parte mais difícil pra você até o momento? Rafael Zulu: O ritmo dos ensaios é bem puxado, demanda bastante do corpo e da mente. É um trabalho bem intenso, que eu não estava acostumado apesar de já praticar esportes. Na dança profissional a gente mexe com partes do corpo que parece que nunca havia exercitado antes [Risos], mas estou amando a experiência e me dedicando mais e mais a cada semana.
G: Quais são seus maiores medos e vitórias na “Dança”? RZ: Meu maior medo é me machucar e ficar fora da competição: quebrar alguma coisa, romper um ligamento e ter que me ausentar. Minha maior vitória é ver a reação, o carinho e a torcida do público que está me apoiando bastante. É muito gratificante.
G: Qual sua relação com a moda? RZ: Sou um cara bem básico na maneira de me vestir. Sempre uso um jeans e uma blusa básica, mas confesso que gosto de ficar atento ao que tá rolando sim. Não mergulho muito no universo da moda, mas pelo fato de conhecer algumas pessoas que trabalham com isso estou sempre perguntando o que de bacana está acontecendo.
G: É adepto da maquiagem e produtinhos de beleza? RZ: Maquiagem só no teatro! [Risos] Uso protetor solar sim e hidrato a pele diariamente.
Gisele Bündchen discursou na cúpula na da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (19.09), em Nova York.
A modelo, que é Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, recebeu o convite do presidente da França Emmanuel Macron para participar do lançamento do Pacto Global para o Meio Ambiente. Gisele se pronunciou sobre a urgência da adoção de novas medidas para preservação da natureza e a importância deste pacto de proteção ambiental unificado para dar legitimidade aos direitos ambientais.
Hoje mais cedo, o presidente Michel Temer discursou na assembleia e disse que houve uma redução de mais de 20% no desmatamento da Amazônia no último ano.
Emocionada, Gisele disse: “Tenho a honra de estar aqui hoje para falar sobre a Mãe Terra. Desde criança, sempre amei a natureza. Cresci em uma pequena cidade no sul do Brasil, correndo livre e subindo em árvores. Achava que a natureza era indestrutível. Mas em uma viagem à Amazônia em 2004, aprendi a dura verdade sobre a destruição maciça que nós humanos estamos causando.” (Leia o discurso na íntegra no fim da matéria)
O presidente Emmanuel Macron, por sua vez, propôs um pacto mundial pelo meio-ambiente, sugerindo que, nas próximas semanas, seja fixado um objetivo para que o pacto seja adotado até, no máximo, 2020. O francês chamou a atenção para a necessidade de que todos os países se engajem nas conversações para colocar em prática medidas de proteção do meio-ambiente.
Na última sexta-feira, 15 de setembro, Gisele foi a responsável pela abertura do festival Rock in Rio e fez um discurso comovente sobre sonhos, mudança de comportamento e esperanças em um futuro melhor, anunciando a criação do Believe.Earth, um movimento que propõe a conexão e amplificação de iniciativas imediatas de quem já está, na prática, construindo um futuro melhor.
Após o encontro com Macron, a übermodel escreveu uma mensagem para o presidente francês em seu perfil no Instagram.
Obrigada presidente @EmmanuelMacron por liderar o Pacto Global para o meio ambiente. Devemos parar de viver com a ideia de que “o que não é visto, não é lembrado” – se não estamos vendo, não nos afetará. Porque irá afetar, já que tudo neste mundo está conectado. O lixo, por exemplo, que desaparece magicamente de nossas casas todos os dias, vai parar em algum lugar: em aterros sanitários, em rios e oceanos, contaminando peixes, e em fontes de água, voltando direto para nossa mesa. Precisamos acordar – Repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como consumimos e mudar nossos hábitos antes que seja tarde demais”, concluiu.
Confira o discurso na íntegra abaixo:
“Excelentíssimos Chefes de Estado, sua Excelência Sr. Presidente Macron da França, Secretário-Geral da ONU, Presidente da Assembleia Geral da ONU, distintos convidados, senhoras e senhores, boa tarde. Tenho a honra de estar aqui hoje para falar sobre a Mãe Terra. Desde criança, sempre amei a natureza. Cresci em uma pequena cidade no sul do Brasil, correndo livre e subindo em árvores. Achava que a natureza era indestrutível. Mas em uma viagem à Amazônia em 2004, aprendi a dura verdade sobre a destruição maciça que nós humanos estamos causando. Depois dessa experiência, tudo mudou para mim. Decidi que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para dividir com todos o que presenciei. Desde aquele dia, tenho sido uma defensora ferrenha da natureza.
No ano passado, voltei para a Amazônia com uma equipe para criar um documentário sobre a devastação da floresta amazônica e sobre ideias do que poderia ser feito para protegê-la em benefício de todo o mundo. Quando voltei para casa, meu filho de seis anos, curioso, quis saber tudo sobre minha viagem. Depois que contei a ele sobre a beleza da floresta e sobre a enorme destruição que vi, ele ficou angustiado e me perguntou: ‘Por que estão destruindo a floresta? E todos os animais?’ Com lágrimas nos olhos ele me disse: ‘- Mãe, eles precisam parar. Por favor, precisamos fazer algo!’ Eu prometi a ele que eu faria. E é por isso que estou aqui hoje. Estou aqui como mãe, filha, irmã, esposa e como Embaixadora da Boa Vontade da ONU para o meio ambiente. Estou aqui pela natureza, pelos meus filhos e pelas futuras gerações, porque acredito que cada voz conta.
Há mais de 20 anos, quando tinha apenas 14 anos, estava em um longo voo para o Japão, sentada entre dois fumantes e a todo tempo pensava: como é possível que as pessoas possam fumar aqui? A fumaça do cigarro afeta não só as pessoas que escolheram fumar, mas também os que as cercam. Naquela época, a publicidade de cigarros estava em toda parte e era mostrada de forma glamourosa. Hoje, é claro, todos sabemos sobre o efeito que os cigarros têm em nossa saúde, a publicidade de cigarros foi restringida e, em alguns lugares, os fumantes são multados. No entanto, empresas de vários setores ainda continuam ignorando o impacto de suas ações, contaminando nosso solo, despejando toxinas em nossos rios e oceanos e poluindo nosso ar, enquanto suas publicidades anunciam imagem diversa, e elas não sofrem qualquer consequência em relação a isso. O dano que estamos causando ao meio ambiente não afeta apenas a nós, mas gera danos irreversíveis ao nosso planeta e às futuras gerações.
Devemos parar de viver com a ideia de que ‘o que não é visto, não é lembrado’ – se não estamos vendo, não nos afetará. Porque irá afetar, já que tudo neste mundo está conectado. O lixo, por exemplo, que desaparece magicamente de nossas casas todos os dias, vai parar em algum lugar: em aterros sanitários, em rios e oceanos, contaminando peixes, e em fontes de água, voltando direto para nossa mesa.
Meu pai uma vez me disse: ‘Tenha certeza de que planta o que quer colher, porque a vida lhe dá de volta o que você semeia’. É o ciclo da vida. É assim que a natureza funciona. Precisamos entender que nossos recursos naturais são finitos. Se continuarmos a poluir nossos solos, nossos rios, nossos oceanos, nosso ar e a desmatar nossas florestas em nome do “desenvolvimento”, teremos consequências catastróficas. Nossa existência depende da saúde do nosso planeta. Quando curamos a Terra, curamos a nós mesmos. Não importa onde você mora – França, Canadá, Brasil, Índia, México, Estados Unidos ou qualquer outro país, todos nós compartilhamos esta Terra. Um desastre natural que afeta uma área ou uma região do nosso planeta, a longo prazo, afetará a todos nós.
Um homem sábio uma vez disse: ‘Que não esperemos até que a última árvore tenha morrido e o último rio seja envenenado e o último peixe pescado para percebermos que não podemos comer dinheiro.’ Precisamos acordar – Repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como consumimos e mudar nossos hábitos antes que seja tarde demais.
Com o Pacto Global do Meio Ambiente, podemos criar uma proteção ambiental unificada para garantir que os direitos ambientais tenham a mesma força legal que os direitos humanos. Quero convidar aqueles com coragem para dar um passo a frente, para que nossos filhos, netos e futuras gerações possam continuar a prosperar, e a Terra possa continuar nos dando todas as suas bênçãos. Com a sua participação, podemos fazer isso acontecer. Não em vinte anos. Não em dez anos. Mas AGORA, juntos e unidos podemos fazer parte da solução. Podemos criar um mundo melhor!
As cores prometem dominar a maquiagem do verão 2018! Foi o que as tendências de beleza nas semanas de moda de Nova York e Londres apontaram. E se antes o colorido era mais usado nos lábios, agora passa a ser destaque nos olhos. Cores como azul, verde e laranja coloriram o olhar das Modelos. A seguir, listamos algumas maneiras de usar.
1. DELINEADOR COLORIDO O traço de delineador é um clássico na maquiagem e fica bem para todas! Nesta primavera-verão, deixe o preto de lado e aposte em cores vibrantes como o laranja, que apareceu no desfile de Delpozo na Semana de Moda de Nova York. O resultado é um make supercool!
2. TONS PASTEL Os tons pastel estão em alta não só na moda, mas também na beleza. No desfile de Zang Toi na semana de moda de Nova York o azul e o verde pastel foram usados na pálpebra móvel das modelos, criando um visual superdelicado.
3. COLORIDO INTENSO Se você gosta de ousar e se destacar com a maquiagem, use uma sombra colorida intensa em toda na pálbebra e até além. No desfile da House of Holland na semana de moda de Londres e na apresentadação de Tracy Reese em Nova York a cor usada foi o azul.
4. ESFUMADO DE CORES Se você quer usar cor, mas acha a sombra intensa muito ousada, uma boa opção é esfumar o produto para que ele fique mais sutil na pálpebra. O vermelho, o laranja e o azul foram a escolha para a apresentação da Brock Collection, Cynthia Rowley e Tadashio Shojui, respectivamente, na NYFW. Nos três desfiles o produto foi aplicado tanto na pálpebra, quanto embaixo dos olhos.
5. COLORIDO + TOM NEUTRO Para quem quer começar o colorido aos poucos a melhor opção é mistura com um tom neutro, como o preto. No desfile da Emporio Armani na semana de moda de Londres foi usada sombra preta esfumada e uma verde com brilho somente embaixo dos olhos.
Carol Duarte é um dos principais destaques da trama A Força do Querer”, vivendo Ivana. Em sua estreia em novelas, a atriz, de 25 anos, conta a Marie Claire sobre a repercussão de seu trabalho, o tema transexualidade, também fala sobre estilo, e como quer o ultimate para sua personagem.
Como é ter o personagem mais comentado da novela das 9? Nosso trabalho é em conjunto, o mérito é da Gloria Perez e de toda a equipe que trabalha na novela! Não é só a Ivana que está sendo comentada mas toda a novela, todas as tramas estão sendo desenvolvidas paralelamente e sendo muito faladas, e eu fico muito feliz de estar fazendo a Ivana, é uma honra.
Achou que seu primeiro papel em novela seria assim tão grande? É uma responsabilidade muito grande, sem dúvida. A Ivana é um personagem muito difícil, muito encantador, está sendo uma experiência única mesmo. Eu já sabia que a construção desse personagem teria que ser muito bem feita, muito estudada, na medida que o Brasil é o país que mais mata transexuais. É absolutamente importante falarmos sobre isso. Fico muito feliz desse tema estar sendo tratado em uma novela das 9h, muito honrada de poder fazer a Ivana e dividir com o público essa história que a Gloria Perez está escrevendo.
Você tinha consciência do universo trans antes de interpretar Ivana? Fale um pouco sobre. Sim, antes da novela eu já conviva com esse universo, a partir do momento que soube que ia fazer a Ivana eu mergulhei muito, claro!
As pessoas estão te parando na rua? Se param, falam o que pra você? As pessoas são muito carinhosas comigo, receberam muito bem a Ivana, e eu fico muito feliz com isso. Muita gente vem conversar comigo para entender melhor o que se passa com a personagem, ou dividir alguma experiência, ou dizer que estão muito felizes pelo tema estar sendo tratado numa novela das 21h. De maneira geral estão torcendo pela felicidade genuína da Ivana.
Você tem uma boa experiência em teatro. Como veio o convite para novela? Em abril de 2016 comecei a fazer os testes para a personagem. Fiz um teste em São Paulo com a produtora de elenco da novela, Rosane Quintaes, e depois os outros foram todos no Rio de Janeiro com a Gloria Perez e o Rogério Gomes. Foram muitos testes, durou cerca de um mês o processo todo.
Como é o seu estilo na vida real? Se parece com o de Ivana ou nao? Tem coisas no guarda roupa da Ivana que eu usaria sim, mas gosto de usar saia, por exemplo, não sei dizer exatamente qual meu estilo, me sinto uma mulher mais livre para usar o que me deixa confortável, o que me faz bem sem pensar antes em estar ou não na moda. Não me considero uma mulher vaidosa, gosto de me cuidar, de me sentir bem, mas não tenho essa obsessão por me enquadrar em algum padrão. A beleza tem infinitas formas.
Como você quer que seja o final para sua personagem? Eu desejo que a Ivana se sinta bem consigo mesma, que não precise se enquadrar em padrões impostos pela sociedade do que é um homem, e do que é uma mulher, e que a personagem acabe a trama bem com a família e com quem ela ama, afinal é possível nós nos respeitarmos, é possível conviver com as diferenças e é isso que faz os encontros da vida mais ricos.
Onde estão as modelos de terceira idade? E modelos de diferentes tamanhos, raças e religiões? A indústria da moda está se tornando mais inclusiva, mas ainda tem um caminho a percorrer
modelos jovens, super magras, com pele de porcelana, cabelos lustrosos e muitas qualidades que – vamos encarar – a maioria das mulheres não tem (às vezes, mesmo aquelas modelos, cujas vidas giram em torno de manter a imagem, na verdade, não têm isso).
Durante décadas, essa fórmula funcionou… provavelmente porque desejamos olhar dessa maneira, ou por padrões sociais que internalizamos ou que nos foram impostos. Mas, nos últimos anos, as mulheres estão se rebelando contra esses modelos de perfeição, buscando algo mais genuíno e mais próximo da nossa realidade. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, há um desejo de se identificar mais com as modelos em termos de idade, forma do corpo, raça e até religião e cultura.
Alguns chamam de modelos “reais”, mas eu confesso que não gosto desse termo, porque as modelos típicas não são exatamente extraterrestres. Não é culpa delas ganharem a loteria genética.
Onde está o meio?
Tendemos a falar mais do tipo de corpo. Hoje, a maioria das modelos precisa ter um peso saudável (o que, embora longe da média, ainda é um passo importante e o desejado pelas agências de modelos). E agora também há muitas modelos de tamanho maior conhecidas como modelos plus size que estão revolucionando a indústria da moda.
O caso mais emblemático é Ashley Graham, que é o rosto de várias marcas, foi co-anfitriã do concurso Miss Universo e até mesmo escreveu um livro no qual ela fala precisamente sobre como nós mulheres devemos nos amar como somos, com ou sem celulite (o que, a propósito, não tem medo de mostrar em seu Instagram).
No entanto, acho que ainda é uma questão muito polarizada: há moda para pessoas magras e moda para pessoas maiores. Mas e os que têm um peso médio ou regular? Em muitos países, somos a maioria. Onde estão as modelos de tamanho M?
Existe uma distribuição igualmente desigual quando se trata de idade. Por um lado, há meninas de 15 anos que promovem cremes hidratantes e, por outro lado, algumas (muito poucas) mulheres com mais de 60 anos comercializam cremes antirrugas. É ótimo que finalmente possamos superar as meninas de 20 anos que promovem produtos para combater sinais de idade que nunca tiveram, mas as mulheres de 30 a 50 ainda estão sub-representadas. E, ironicamente, somos nós que investimos mais em produtos de moda e beleza.
É quase como se o mundo do marketing estivesse sofrendo algum tipo de crise no meio da vida. Os comerciantes querem evitar essas décadas de “meia-idade” a todo custo em vez de olhar para os aspectos maravilhosos de uma época em que as mulheres ainda podem desfrutar de coisas que são típicas da juventude, mas de forma mais madura e na plenitude de sua independência econômica.
O que esta acontecendo aqui? Vários estudos sugerem que isso tem a ver com o fato de que as empresas de relações públicas e marketing são cada vez mais equipadas por executivos com idades compreendidas entre os 25 e os 28 anos, onde a diferença entre ser jovem e velho é parte de sua experiência e isso é levado ao extremo.
A favor da diversidade
Quanto à raça, não é nenhum segredo que a maioria das modelos é de cor branca. E nem todas as marcas fazem o que Benetton faz. Embora tenha havido um aumento nas modelos negras, a verdade é que elas ainda estão sub-representadas, assim como as latinas, as asiáticas e outras etnias. Elas tendem a ser segmentadas por países, mesmo em um mundo teoricamente globalizado.
É preciso fazer uma exceção com a Ásia, porque, neste continente, estudos mostram que as pessoas compram menos se houver modelos ocidentais na publicidade.
Quanto à religião, ainda um assunto tabu, ainda menos progressos foram feitos. No entanto, está começando a mudar. Na década de 1990, ninguém se perguntou se Naomi Campbell era judia ou se Cindy Crawford era católica. A fé das modelos pouco importava e não era algo que elas professassem. Mas, atualmente, as modelos muçulmanas, por exemplo, estão tomando seu lugar na moda e fizeram manchetes para aparecer nas passarelas com seus véus.
Isso porque é o estilo de vida que está marcando o tom, especialmente nas redes sociais, e isso também inclui crenças, os alimentos que as pessoas comem, como elas viajam, e até mesmo os tipos de pessoas com quem passam o tempo.
Trabalhando o interior
Definitivamente, há uma tendência crescente de aprender a apreciar a forma como olhamos e experimentamos isso. O conceito de beleza mudou em um movimento que se concentra em trabalhar seu interior e ser feliz com quem você mesmo para projetar um exterior “melhor”.
As mulheres chegam em todos os tamanhos, idades, tons de pele, origens culturais e religiões, então queremos ampliar o espectro e ver imagens de mulheres que refletem essa diversidade, mulheres com quem podemos identificar. Obviamente, a parte inspiradora continuará a desempenhar um papel fundamental (todas nós gostamos dessa auréola criativa e glamorosa de editores de revistas) e não há nada de errado com isso, mas ver mais rugas, curvas e cores de pele não seria ruim. Afinal, é o que vemos no espelho e, queridos designers de moda, estamos aprendendo a ser felizes com isso.
A vida de um príncipe parece muito mais fácil do que é na realidade. Recentemente, o príncipe Harry comentou sobre como precisou fazer terapia depois de passar por alguns anos ‘cheios de caos’, há algum tempo.
Agora com 32 anos, o irmão do príncipe William disse que está bem, mas que a vida pública e a morte da sua mae aos 12 anos tiveram um efeito e tanto na sua vida profissional e na sua saúde mental.
“Eu passei a maior parte da minha vida falando ‘Eu estou bem’… E muitos de nós não estão prontos para ir tão fundo assim. Então, hoje eu falo ‘Estou ok. Estou um pouco nervoso. Eu estou com um pouco de aperto no peito, mas fora isso está tudo bem’”, comentou no podcast Mad World.
Harry, que atualmente namora a atriz Megghan Markle, comentou que por muito tempo evitou pensar na mãe e em tudo o que aconteceu quando era mais novo porque achava que não fazia sentido remoer acontecimentos passados, mas o efeito foi o contrário: evitar olhar para os seus sentimentos fez com que ele se fechasse para o mundo e não aprendesse a lidar de maneira saudável com o que sentia e com as pressões de uma vida pública. Não à toa, a juventude do príncipe foi marcada de polêmicas.
Por isso, quando tinha 28 anos, ele decidiu procurar ajuda com um profissional e recebeu todo o apoio do irmão e sua família. Harry passou a se encontrar com um terapeuta e usou o boxe como uma forma de extravasar. E o resultado indica, até mesmo, que ele pensa em levar o seu relacionamento com Meghan para o próximo patamar.
“Por causa do processo pelo qual venho passando nos últimos 2, 3 anos, eu agora consigo levar o meu trabalho a sério, levar a minha vida pessoal a sério e colocar todo o meu esforço naquilo que realmente faz a diferença”, disse. “Não importa quem você é, a conversa precisa ser o começo dessa mudança”.
Mindfulness: prente atenção no presente (Foto: Shutterstock)
Uma técnica simples, fácil, gratuita e cuja única condição para colocá-la em prática é estar vivo. Ajuda a emagrecer, a ganhar mais dinheiro, a diminuir a ansiedade e a depressão, e melhora até as notas de matemática das crianças que são adeptas. Parece milagre, mágica, ou uma grande jogada de marketing, mas se chama mindfulness (consciência de uma situação, em tradução livre) e é o novo mantra corporativo moderno. Uma espécie de controle da mente, nada mais é do que a atenção plena no presente, a consciência dos sentimentos e pensamentos durante um momento. É a corrente filosófica oposta ao multitarefa – tão incensada no mundo do trabalho há poucos anos.
Mindfulness é prestar atenção no que está acontecendo sem se apegar ao passado e sem projetar o futuro. “Isso ajuda a perceber coisas novas. Uma das maneiras de praticar o mindfulness é pela meditação, mas não é a única”, diz a americana Ellen Langer, que há 40 anos pesquisa o tema na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O interesse da psicóloga nova-iorquina pelo assunto surgiu quando começou a se perguntar por que as pessoas cometiam atos aparentemente inexplicáveis, como esquecer as crianças dentro do carro. “Elas agem dessa forma quando estão mindless (consciência vazia). Ou seja: quando enxergam a situação de apenas uma perspectiva”, explica Ellen. Com o passar dos anos, descobriu que quem age de acordo com os princípios mindful (consciência cheia) é capaz de encontrar melhores soluções para problemas e também tem as taxas de estresse reduzidas. Em uma de suas pesquisas, Ellen pediu a duas orquestras que tocassem a mesma ópera. A primeira delas, mindless, deveria fazê-lo com técnicas que usaram no passado e consideravam bem-sucedidas. A segunda, mindful, com novos e sutis ajustes. Os pesquisadores gravaram os resultados. Além de sentirem mais satisfação durante o trabalho, os músicos da segunda orquestra criaram um som melhor. “Mesmo sem saber dos bastidores, quem escutou as duas gravações preferiu a da orquestra mindful”, conta Ellen. Outras pesquisas mostraram que a técnica aumenta o carisma, a produtividade, a criatividade, a memória e até mesmo a longevidade e diminui o burnout e os acidentes de trabalho.
Existem várias maneiras de provocar estados de mindfulness. “Escanear” o corpo e a mente ao longo do dia é uma delas. Meditar é outra. Outro estudo mostrou que é preciso constância para obter os benefícios da prática. Investir 10 a 15 minutos diários é suficiente (veja quadro). Apps de meditação, como o Headspace e o Welzen, podem ajudar a conquistar esse objetivo.
A top model canandense Coco Rocha nos bastidores do desfile da Le Lis Blanc (Foto: divulgação)
Ela foi descoberta aos 14 anos e convidada a ingressar no mundo das modelos. Por um olheiro e durante uma apresentação de dança irlandesa. Dança, por sinal, desde a infância e até hoje uma de suas maiores paixões e a maneira mais prazerosa que encontra para se exercitar e manter a forma. A outra é correr atrás da filha Iori, de dois anos e três meses e que a acompanha por boa parte das viagens que faz ao redor do mundo. Conheça um pouco da vida da top canadense Coco Rocha, 28 anos, queridinha de fotógrafos como Steven Meisel e estilistas como Stella McCartney e Christian Lacroix, Emanuel Ungaro e Marc Jacobs.
Essa é sua primeira vez no Brasil? COCO ROCHA Não, deve ser a quarta ou quinta, mas conheço pouquíssimo do país. É sempre do aeroporto para alguma sessão de fotos ou desfile. Depois, hotel e aeroporto de novo. Já cheguei a ficar menos de 24 horas por aqui! Mas morro de vontade de vir e passar férias mais longas com a minha família.
Como definiria seu estilo? CR Não tenho um estilo, na verdade sou avessa a qualquer rótulo. Um dia, como hoje, por exemplo, posso estar mais casual punk e toda de preto. Amanhã posso levantar romântica e querer usar um vestido. Se vestir sempre do mesmo jeito ou colocar o guarda-roupa abaixo só porque agora a onda são os anos 80 não faz minha cabeça. Acho que a única coisa que nunca abro mão no meu look é meu iPhone. Ele é minha peça coringa.
Tem algum hobbie? CR Cozinhar. Se fosse estudar algo, certamente faria uma faculdade para me tornar chef. Sou totalmente apaixonada pelo ofício. Adoro fazer lasanhas, batatas assadas, frangos com especiarias. E também amo comer, claro. A culinária tailandesa e indiana estão entre as minhas favoritas.
Você tem uma filha de dois anos. Como concilia a maternidade com sua rotina frenética de modelo? CR Sou uma felizarda e, sempre que viajo, carrego meu bebê comigo. Tenho a sorte também do meu marido [Jamen Conran] ser um dos meus managers então vivo a vida em família por onde quer que eu vá. Gosto muito de mostrar o mundo para a minha filha, dividir experiências, estar sempre presente. Poucas mulheres no planeta têm um privilégio desses.
Você sempre levantou bandeiras contra a ditadura sobre o peso das modelos e no combate a anorexia. Já sofreu com isso também? CR Não gosto de usar essa expressão contra a anorexia e nem colocar este termo no meu discurso. O que prezo é que as garotas devem ser saudáveis e respeitar seu corpo. Você simplesmente não pode dizer para uma menina que praticamente acaba de sair da infância e que é magra que deve comer hambúrguer para ganhar curvas e trabalhar mais. E muito menos para uma que não seja magérima que ela deva fazer dietas e exercícios até a exaustão para se encaixar em outro determinado perfil. Se você faz isso com uma garota que está na escola, já é errado. Com uma modelo então, que tenta ganhar sua vida com isso, pode ser ainda mais trágico. Algumas pessoas são magras e ponto. Eu sou assim e não posso fazer nada para mudar meu corpo, mesmo que o padrão do que é considerado bonito mude daqui a pouco. E, se você é modelo e te obrigam a fazer algo parecido, realmente o melhor a fazer é abandonar este ofício.
Como você lidava com as críticas no início de carreira e como reage a elas hoje em dia, se é que elas ainda acontecem? CR Aprendi com o tempo que há pessoas más. Outras que simplesmente não sabem o que dizem e por isso falam qualquer coisa sem pensar que podem te machucar. Há ainda algumas no nosso meio que, por falarem outros idiomas, simplesmente não sabem como se expressar e acabam dizendo coisas complicadas de maneiras nada construtivas. Leva-se muito tempo para notar essa diferença. Quando comecei, com 14, me abalava e muito. Hoje, saio dando risada.
Você também já declarou ser contra o photoshop e ao excesso de retoques das imagens de moda, certo? CR Não sou contra. O photoshop é um valioso aliado para retocar a pele cansada, tirar as olheiras de noites mal dormidas em vôos intermináveis e também para apagar uma pinta aqui outra ali. Mas mudar um nariz, trocar uma parte do corpo de uma mulher pela parte do corpo de outra, isso sim me parece construir uma sociedade insana. A modelo se fere com isso. O público enxerga algo mentiroso e inatingível. Ninguém ganha com isso.
Como é sua rotina e como lida com a maternidade? CR Nada me faria mais feliz do que viver sendo exclusivamente mãe. Me levanto às 5h30 para ficar com minha filha. Faço café da manhã para ela, brincamos, dançamos juntas ao som de Barbara Streisand, Liza Minelli e Beyonce. Depois comemos, brincamos e começamos tudo de novo. Não há nada mais mágico na minha vida do que isso. Além disso, cuidar dela é uma ótima maneira de manter a forma. São 12kg de peso que levanto a cada minuto!
Você planeja ter mais filhos? Sim, quero, mas ainda não sei quando. Acho que essas coisas não se planejam, simplesmente acontecem.
Se você imaginar sua vida daqui dez anos, o que gostaria de estar fazendo? CR Quero estar cercada da minha família e seguindo com minha agência própria de modelos, incentivando e apoiando outras meninas a terem sucesso e a construir carreiras felizes.