Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Foi em um quintal de terra batida, no centro de Bamako, capital do Mali, que Seydou Keïta (1921-2001) recebeu por 15 anos homens e mulheres em busca de um retrato profissional. O cenário era composto por pedaços de tecidos estampados e objetos garimpados no comércio local, como relógios, rádios e canetas, tudo iluminado apenas pela luz do sol. Por trás da câmera, Keïta tirava uma foto de cada um dos seus clientes – e, segundo o próprio, nunca errou um clique sequer. “Sempre soube encontrar a posição certa para meus personagens”, dizia, orgulhoso.
O malinês produziu uma vasta obra que é o legado de um dos mais poderosos intérpretes da África do século 20. A partir do dia 17 deste mês, sua trajetória será celebrada no Brasil com uma exposição inédita, a primeira do artista no País, no Instituto Moreira Salles de São Paulo. Nela estarão reunidos 136 trabalhos selecionados pelo brasileiro Samuel Titan Jr. e pelo francês Jacques Leenhardt, sociólogo especializado em arte africana.
Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Em agosto, a mostra segue para o Rio de Janeiro e ficará em cartaz até fevereiro de 2019. “Ele tinha uma capacidade única de visualizar e compor a cena a ser fotografada”, conta Titan à Vogue. “Esse olhar deu a ele não apenas uma excelente reputação local, mas o projetou para o mundo.”
A história de Keïta é digna de filme. Ele começou a fotografar ainda adolescente com uma Kodak Brownie Flash trazida do Senegal por um tio. Em 1939, aos 18 anos, já atuava como fotógrafo, abrindo seu ateliê três anos depois. Após uma década e meia à frente do estúdio caseiro, em 1962, tornou-se retratista oficial do governo socialista, então recém instalado no Mali, cargo no qual permaneceu por pouco tempo. Seguiu fotografando pessoas anônimas até 1977, quando se aposentou.
Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Nos anos seguintes, Keïta trabalhou como mecânico até sua ascensão no meio das artes, em 1990, quando foi descoberto pelo marchand francês André Magnin, que o lançou para o mundo ao lado de Malick Sidibé, outro grande nome da fotografia do país. Foi a partir daí que o trabalho dele foi levado a instituições como o Guggenheim, o MoMA e a Fundação Louis Vuitton.
Ao longo da vida, Keïta clicou mais de 10 mil fotos, das quais guardou todos os negativos. “Eles são memórias do que fiz durante a vida, porque sei que aqui (na África) tudo vai se transformar”, disse na década de 90 à documentarista francesa Brigitte Cornand. “As roupas já mudaram muito. Hoje as garotas só querem usar jeans.”
Highlights da mostra de Keïta, a ser inaugurada este mês no IMS (Foto: Seydou Keïta / Contemporary African Collection (Caac) – The Pigozzi Collection)
Em 2016, a estilista francesa Agnès B. fez uma coleção-cápsula de camisetas e lenços estampados com obras de Keïta para sua marca homônima. Entre as fotografias eleitas por ela está uma das preferidas do próprio autor, na qual uma mulher veste um look típico do país, apoiada em um rádio da época – imagem que poderá ser vista a partir deste mês na exposição. Instituto Moreira Salles: Avenida Paulista, 2.424, São Paulo. De 17 de abril a 29 de julho
Que as luzes artificiais acabam atrasando o sono já sabemos. Mas pesquisadores de Harvard apontam que a luz azul, ou de led, comum nas telas de computadores, celulares, TVs e também nas lâmpadas com baixo consumo de energia, podem ter efeitos ainda piores sobre o corpo.
Enquanto qualquer tipo de luz pode contribuir com a redução da produção de melatonina (o hormônio que induz o sono), a luz azul o faz de forma ainda mais poderosa. Pesquisadores americanos fizeram um experimento comparando os efeitos de 6,5 horas de exposição à luz verde e azul e concluíram que a luz de led suprimiu 2 vezes mais a produção de melatonina e alterou o ciclo cicardiano na mesma medida. “Segundo as pesquisas, a luz natural do anoitecer demoraria 438 horas para suprimir 50% da produção do homônio”, diz a engenheira química e cosmetóloga Sônia Corazza. “O led, no entanto, o faz em apenas 13 minutos!”
Segundo Sônia o uso que fazemos da tecnologia pode nos deixar aproveitar apenas 10% do tempo que deveríamos em sono profundo, conhecido como REM. “É nele que acontecem os processos de regeneração do corpo, e isso inclui a pele e o cabelo.”
Especialistas de Harvard recomendam que você evite o uso de devices por duas a três horas antes de dormir e use lâmpadas avermelhadas no seu abajur de leitura — no comparativo, elas são as menos nocivas.
Quando era criança, havia uma pintura em nossa casa, em Paris, que eu amava. Hoje, ela é conhecida como Maya com Boneca – mas, para mim, embora fosse extraordinária, era apenas um desenho da minha mãe. “Seu avô era um pintor”, ela dizia, toda vez que o assunto da tela, uma das muitas espalhadas pelos cômodos, surgia. Mas foi só quando entrei na escola e comecei a ouvir comentários sobre meu avô, que entendi o que significava a palavra eufemismo. Ele tinha sido muito mais que um pintor: era uma figura definitiva da arte do século 20 – e, como eu aprenderia depois de anos de estudo, um gênio. Essa revelação moldaria o curso da minha vida.
Quando Picasso morreu, em 1973 – um ano antes do meu nascimento –, deixou 45 mil obras, sem contar os objetos pessoais e as correspondências. Mas foi apenas há uma década que comecei a revisitar essas relíquias na tentativa de aprender um pouco mais sobre ele. Visitei museus pelo mundo; mas os maiores tesouros que descobri pertenciam à minha própria família: das cartas apaixonadas dele para minha falecida avó, Marie-Thérèse Walter (1909-1977), às fotografias tiradas durante as férias na Riviera.
À medida em que minha pesquisa progredia, ficava claro que todos os anos da vida dele foram incríveis – mas um deles se destacou em termos de criatividade: o de 1932. A exposição histórica na Tate Modern, Picasso 1932: Love, Fame and Tragedy, celebrou os 365 dias em que ele pintou algumas de suas mais importantes obras, a maioria delas inspirada em minha avó. Agora, mais de 80 anos depois, a mostra volta a ser exibida na Tate Modern.
Picasso acreditava que a pintura era sua maneira de criar um diário – e, para aqueles que conseguem fazer essa leitura, as telas desse período contam uma grande história de amor. Meus avós se conheceram em uma manhã fria de janeiro de 1927, do lado de fora das Galeries Lafayette – mas ele sempre disse ter sonhado com ela antes desse encontro. Nos meses que antecederam a esse dia, uma menina com um perfil grego começou a aparecer em seu trabalho. De repente, ela surgiu em carne e osso: uma musa de cabelos louros e olhos azuis.
Marie-Thérèse tinha apenas 17 anos e era uma garota burguesa que morava com a família em Maisons-Alfort, no sudeste de Paris. Ela tinha ido à capital francesa para comprar uma estola de pele. Picasso, então com 45 anos, caminhou em sua direção, disse seu nome e pediu para fazer um retrato dela. A jovem não tinha ideia de quem era ele, apenas ficou lisonjeada com um artista chamando-a de linda. Foi somente depois de ver em uma livraria reproduções do trabalho dele que ela concordou em visitar seu estúdio, na Rue la Boétie, alguns dias depois. Em duas semanas, começou o affair.
A relação não foi fácil. Picasso, 28 anos mais velho que ela, era casado com Olga Koklova, integrante do corpo de baile dos Ballets Russes de Diaghilev. Olga sofria de um distúrbio nervoso, sem falar no ciúme patológico provocado pelas infidelidades do marido. O casal se conheceu em 1917, quando ele criou o cenário para o vanguardista balé Parade, de Jean Cocteau, encenado pela companhia de Diaghilev. Em 1927, Picasso e Olga estavam morando juntos em um apartamento em cima de seu estúdio com o filho, Paulo, mas o casamento já não ia bem.
Naqueles primeiros dias, ele visitou Marie-Thérèse na casa de seus pais, no campo, pintando-a em um galpão no jardim; ela também viajou até Paris para visitá-lo, escondendo-se no stúdio, no qual a entrada de Olga não era permitida. A mãe da jovem, solteira por muitos anos, ficou tão encantada pelo artista quanto a filha, permitindo que eles permanecessem sozinhos. Nas obras desse período, Picasso apenas se refere à amante por um código. Ele ainda não ousaria revelar sua real identidade. Frequentemente, ela aparece como um monograma: MT entrelaçado ao P.
Contudo, se o rosto de minha avó estava escondido, sua influência no estilo de Picasso é clara desde o início. À medida em que o romance progredia, as formas geométricas desapareciam. Em seu lugar, entraram curvas sensuais, envoltas em violeta, amarelo e escarlate. Para ele, a amante tornou-se um símbolo de renascimento e fecundidade. Os tons não poderiam ser mais diferentes que os das sóbrias pinturas de sua mulher. Em Retrato de Olga em Cadeira de Braço, ela posa vestida modestamente, contemplando o observador, em um estilo reminiscente das pinturas neoclássicas.
Em 1928, Picasso já não aguentava mais ficar longe de Marie-Thérèse. Quando alugou uma casa na Bretanha para passar o verão com Olga e Paulo, também encontrou um jeito para que a amante ficasse nas redondezas, em um acampamento de férias. Sempre que podia fugir, ele a levava para a praia. Seus dias na costa inspiraram a primeira série de pinturas fortemente abstratas – altamente provocativas e sensuais. No ano seguinte, as crescentes tensões entre a mulher e Marie-Thérèse tornaram-se o tema central de suas obras. A raiva de Olga manifestava-se em pinceladas fortes, com corpos contorcidos e rostos que demonstravam dor.
Em 1930, ele decidiu se mudar para um castelo em Boisgeloup, a uma hora de Paris. Nos estábulos antigos, construiu um estúdio onde poderia esculpir minha avó, trabalhando principalmente com gesso. Foi ali, em uma série de bustos monumentais, que as formas singulares de Marie-Thérèse tornaram-se claras pela primeira vez. O amor por sua musa se intensificou quando ela remava no Rio Marne e quase se afogou, contraindo uma doença transmitida pela água que a deixaria muito magra e temporariamente sem cabelo. A jovem que ele achava ser sua salvadora agora precisava ser salva. Ele a pintava obsessivamente como banhista e ninfa: nadando, se afogando e sendo puxada para fora da água.
Em 1932, cinco anos depois de meus avós se conhecerem, Picasso ganhou sua primeira retrospectiva na Galeria Georges Petit, em Paris, consolidando sua posição como o maior artista vivo do mundo. No coração da mostra havia uma série de retratos nus de Marie-Thérèse. A amante de Picasso, que assombrava o casamento dele com Olga fazia anos, finalmente tinha uma forma física que todos podiam ver. Foi a gota d’água. Olga deixou o apartamento na Rue la Boétie para sempre, em 1934.
Na véspera de Natal daquele mesmo ano, minha avó disse a Picasso que estava grávida. Foi um momento maravilhoso e terrível ao mesmo tempo, obrigando-o a pedir um custoso divórcio de Olga. Para manter as aparências, ele alugou casas vizinhas para si e Marie-Thérèse, em Paris, em vez de ir morar com ela imediatamente. Em 5 de setembro de 1935, minha mãe nasceu, com seus cabelos e olhos escuros, como os de Picasso. Ele a chamou María de la Concepción – Maya em sua abreviação – em homenagem à sua amada irmã, que morreu de difteria quando ele tinha 14 anos. O nascimento de minha mãe e o divórcio traumático provocaram tamanha mudança na vida do artista, que abandonou a pintura por um ano, passando a escrever poesia em meio aos deveres paternos. As únicas obras que fez nesse ano foram retratos da família: fotos artisticamente compostas de Marie-Thérèse após o nascimento de Maya; aquarelas da criança adormecida no berço; esboços da mãe amamentando de robe e chinelos. As cenas são sempre domésticas e comuns, mas é possível sentir a intensa admiração de Picasso pelas duas.
No outono de 1937, ele se mudou com a família para Le Tremblay-sur-Mauldre. Uma década depois do primeiro encontro, Marie-Thérèse finalmente compartilhava uma casa com Picasso – mas ele já havia conhecido sua próxima amante e musa, a fotógrafa surrealista Dora Maar. Após a explosão da Guerra Civil da Espanha, que o motivou a retomar a pintura, foi novamente a Marie-Thérèse que se voltou em busca de inspiração. Em sua obra-prima Guernica, ela – sempre um símbolo de esperança e paz para Picasso – é a modelo para, pelo menos, três personagens.
Em 1939, meu avô se mudou para um estúdio, na Rive Gauche, em Paris, onde viveria até o fim da guerra, deixando Marie-Thérèse e Maya em relativa segurança no interior da França. Quando minha mãe e minha avó voltaram para a capital, Picasso as visitava todas as semanas – mesmo quando embarcou em uma relação com outra amante, depois de Dora.
Hoje, mais de 40 anos após sua morte, ele permanece como uma figura definitiva em minha vida. Minha mãe, com 82 anos, vive no noroeste da França, cercada por obras do pai e pelas memórias que ela me transmitiu, entre elas a de visitar o estúdio em Nice para ajudá-lo a pintar, ao longo da década de 50. Da minha parte, sinto o peso da responsabilidade de proteger o seu legado, enquanto catalogo e exponho suas obras – mas também uma profunda gratidão pela conexão pessoal que tenho com ele. Às vezes, sou surpreendida por quanto me pareço com figuras de suas pinturas: os olhos arredondados e o perfil que herdei da minha avó me refletem em suas obras.
Quanto a Marie-Thérèse, ela morreu em 1977, quatro anos depois de Picasso, mas não antes de ter seu nome gravado em uma pequena placa de bronze, colocada ao lado da sepultura dele, perto de Aix-en-Provence; um testemunho do papel transformador da minha avó na obra do artista. O trabalho, esculpido a partir de um molde de gesso, feito no calor do amor, no início do verão em Boisgeloup, ainda o protege. Como sempre, ela é a sua luz, que o ilumina na escuridão.
A 5ª edição do Veste Rio tomou o Píer Mauá entre os dias 11 e 15.05 com um salão de comércios repletos de marcas – e negócios! – estimulantes. Mas também houve desfiles, palestras, oficinas e momentos que podem ter passado despercebidos.
Para que ninguém fique fora da conversa na próxima semana, elegemos aqui 10 destaques dos cinco dias de evento. Fique sabendo:
Glorinha Paranaguá (Foto: Reginaldo Teixeira)
1. A presença de Glorinha Paranaguá, 88 anos, designer de acessórios que, ao lado da nora, Naná, comanda a marca que leva seu nome. Mulher de ex-diplomata e com muitos carimbos no passaporte, ela é sempre vista no seu estande no Veste Rio.
Jonathan Azevedo (Foto: Márcio Madeira)
2. O ator Jonathan Azevedo, conhecido pelo papel de Sabiá em A Força do Querer, estreou nas passarelas no desfile da The Paradise. Na apresentação, Jonathan arrancou aplausos e fez gracinhas para o público.
Alexandre Herchcovitch (Foto: Reginaldo Teixeira)
3. Alexandre Herchcovitch conseguiu – finalmente! – ministrar uma palestra no Veste Rio. O time Ela e Vogue tenta desde a primeira edição convidar o estilista, mas, por causa da agenda ocupadíssima, ele só pode aceitar desta vez. Valeu muito a pena esperar!
Novos Talentos com time Vogue e Ela (Foto: Selmy Yassuda)
4. Os novos Novos Talentos: Esc, Von Trapp e Keymono estrearam nesta edição e já foram abraçados pela família Veste Rio, mostrando como o projeto olha para marcas com diferentes propósitos, ethos e objetivos.
Emilio Ociollo Netto com Mariana e Lorenzo (Foto: Hermes de Paula)
5. Mariana Ociollo, da Keymono – um dos Novos Talentos – é casada com o ator Emílio Ociollo Netto, que a visitou durante a feira. E ele não foi só: Lorenzo, filho de oito meses do casal, também foi celebrar o sucesso da mãe.
Exposição de Isabela Capeto (Foto: Reginaldo Teixeira)
6. A exposição Tempo Algum, que revisita os 15 anos de carreira de Isabela Capeto, e reúne 26 looks de diversas coleções. As peças são parte do acervo que sobreviveu ao incêndio no mês de março e que destruiu o ateliê da estilista.
O banco de alimentos (Foto: Reprodução/Instagram)
7. O banco de alimentos, que reuniu com sucesso alimentos não-perecíveis levados pelos visitantes do outlet, das palestras e das oficinas como entrada solidária – cada pessoa levou 1kg. Só no primeiro dia, foi recolhida mais de uma tonelada, tudo destinado ao projeto Mesa Brasil.
Lilian Pacce com Marie Salles e Beth Filipecki (Foto: Roberto Filho)
8. Ao lado de Lilian Pacce, as figurinistas Marie Salles e Beth Filipecki, da TV Globo, explicaram à plateia como se constrói uma carreira de sucesso na área e deixaram claro: o figurino é uma arte que não se faz sozinho.
A livraria pop-up (Foto: Roberto Filho)
9. No espaço do outlet, também é possível comprar ótimos livros de moda da editora Senac. Por até 50% do preço original, volumes escolhidos pelo time Vogue e Ela estão à venda na livraria pop-up.
Peças da Etc Carioca (Foto: Reginaldo Teixeira)
10. O estande do Sebrae, com uma seleção de marcas com propostas sustentáveis chamou nossa atenção não só pelas propostas conscientes como pelos produtos belos e de design primoroso. Uma delas é a Etc Carioca, que utiliza sobras do artesanato com pedras para criar belas semijoias.
Seja pelo peso do cabelo molhado ou a preocupação de mofar os fios naturais com tanta umidade, a verdade é que mulheres que usam box braids sofrem um pouco na hora de curtir o verão. Para se jogar na estação de corpo e alma é preciso seguir à risca algumas orientações práticas, mas, acredite, é possível!
Tenha em mente que, apesar das altas temperaturas, o secador vai ser o seu melhor amigo, caso deixar de molhar o cabelo todos os dias esteja fora de cogitação para você. E quanto aos cuidados com a exposição do couro cabeludo e a raiz, a Dra. Katleen, única dermatologista especializada em beleza da pele negra no Brasil, avisa:
“A exposição prolongada ao sol causa lesões aos cabelos e em alguns casos podem ser irreversíveis. O ideal é utilizar sérum com filtro solar para garantir a proteção”, explica.
1. COQUE + VISEIRA Estilo e proteção? Temos. Aposte naquele coque bem alto e arremate com a viseira: o couro cabeludo não fica exposto, protege a pele e de quebra você faz um estilo.
2. CHAPÉU “É preciso usar o filtro solar, mesmo com o uso de chapéus. Já existem produtos específicos para proteger o cabelo e a raiz da ação solar. Mas atenção: não devemos utilizar o mesmo produto feito para o corpo”, diz Dra. Katleen.
3. TURBANTE Escolha a sua estampa favorita e arrase na amarração. Lembrando que as tranças podem ficar soltas ou presas.
Para quem não dispensa o verão sem o mergulho…4. SECADOR É ITEM INDISPENSÁVEL NA MALA Se você molhar o cabelo durante o dia, use duas toalhas para tirar o excesso da água e, antes de dormir, passe o secador no modo morno para tirar toda a umidade. Dormir com o cabelo molhado pode mofar os fios naturais.
5. SÉRUM COM FILTRO SOLAR Aplique o produto sempre que mergulhar ou tomar uma ducha. Assim como a pele do nosso corpo, o couro cabeludo também pode descascar com a exposição do sol.
A intensidade do secador é muito importante: o modo frio não ajuda com a eficiência necessária e o quente pode derreter o material usado na extensão das tranças.
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
A atriz Carolina Ferraz está em Paris como convidada da grife francesa Christian Dior para assistir ao desfile da maison, no segundo dia da Semana de Moda na capital francesa – a Paris Fashion Week, que segue até terça (3 de outubro). Acompanhamos durante os preparativos para o evento, desde o hotel até a fila A, a mais nobre, onde ela foi instalada, e conversou sobre moda, beleza, culinária, ativismo, corpo e, claro, Paris.
A cidade luz é uma das preferidas de Carolina, que costuma visitá-la com a família e procura sempre alugar um apartamento para passar alguns dias vivendo como os parisienses, ou seja, fazendo compras nos charmosos mercadinhos e passando horas em cafés e restaurantes, além de cumprir uma intensa programação cultural. Nesta temporada, ela, que é amante e colecionadora de fotografias, pretende visitar a exposição que comemora os 70 anos da maison Christian Dior, em cartaz até novembro no museu Arts Decoratifs, e também deve visitar o Grand Palais, um dos mais grandiosos espaços de exposição parisienses.
Mesmo em meio a essa programação intensa, aos 49 anos, Carolina não descuida de alguns rituais de beleza: Acho fundamental a pele estar sempre limpa. Faço isso religiosamente, todos os dias, de manhã e à noite”. O processo, diz ela, começa com uma limpeza feita com uma musse da Avène; depois, ela usa um tônico e termina com um hidratante à base de água da Lancôme. Também tomo muita água o dia todo”, completa.
Referência em elegância e estilo, Carolina revela que o gosto pela moda “nasceu com ela”: Adoro Yves Saint Laurent e uma das minhas musas atuais é a Sonia Rykiel. Ela era genial!”, diz ela, sobre a estilista francesa morta em 2016. “Estudo muito moda: tenho livros de Dior, Chanel e sei tudo sobre a moda antes e depois das guerras e o papel de todos esses criadores. Por meio deles, podemos perceber coisas interessantes e lindas”, acredita.
Enquanto conversava conosco, Carolina se preparava para assistir ao desfile de Christian Dior, no emblemático museu Rodin. Para o evento, ela escolheu a já icônica camiseta com o print “We Should All Be Feminists” (devemos todos ser feministas). “Moda e elegância caminham juntas. E não é preciso gastar fortunas para estar na moda”, afirma a atriz.
Depois do desfile, o plano de Carolina era comer em algum dos deliciosos restôs no bairro de Saint-Germain-des-Près. Ela, que publicou seu primeiro livro de culinária Na Cozinha com Carolina(2010), e comandou um programa dedicado ao tema no GNT, Receitas de Carolina, conta que sempre foi apaixonada por gastronomia. Semper cozinhei para os meus amigos.”
Entre seus chefs preferidos, estão Virgìlio, do Central Restaurante, no Peru, as brasileiras Helena Rizo e Morena Leite, e o italiano Massimo Bottura. A paixão terá frutos: em março de 2018, ela lança o segundo livro de receitas, além de um aplicativo. No segundo semestre do mesmo ano, Carolina estreia um documentário culinário. Muitas novidades por aí!
A coleção pré-fall mescla peças esportivas com outras glamourosas (Foto: Divulgação)
Nem estúdio de fundo infinito, nem top models ou bloggers consagradas como protagonistas. Um vasto time de dançarinos – e o début de modelos como Achok Majak, Elibeidy, Bakay Diaby, Nicole Atieno e Keiron Berton Caynes – marcam a campanha “Soul Scene”, que lança a nova coleção pré-fall Gucci.
O ensaio de moda, fotografado em clima de festa cool e com de pista de dança animadíssima, teve como inspiração a exposição londrina “Made You Look” de 2016, visitada por Alessandro Micheli, diretor criativo da marca, e que retratava a masculinidade e o dandismo negro. O trabalho de Malick Sibidé, fotógrafo de Mali e um dos integrantes da exibição, serviu também como um dos principais fios condutores para a construção das imagens da nova campanha Gucci.
A campanha foi inspirada nos retratos do artista Malick Sidibe´ (Foto: Divulgação)
Os cliques de Sibidé, capturados na noite dos jovens de Bamako, sua cidade natal, retratavam a autoexpressão de homens e mulheres, que desafiavam pela arte e dança, as convenções da sociedade. O autor das fotos da Gucci é o britânico Glen Luchford, amigo de longa data da grife e que recupera neste trabalho o espírito do movimento underground negro da Inglaterra da década de 60.
Os acessórios altamente decorados que devem se tornar hit (Foto: Divulgação)
Entre as tendências representadas no shooting estão looks super 80’s, sendo o sportswear a grande estrela da festa. Joggings, leggings e outras manias do universo esportivo revezam-se pela pista de dança. Ganham a companhia de peças paetizadas e até meias-calças logotipadas. Os acessórios, como não poderiam deixar de ser, roubam a cena. Ganham patches, mensagens de amor, grandes proporções e devem, em breve, se tornar o mais puro desejo.
Poluição é quase tão nociva quanto o sol (Foto: Thinktock)
Se o protetor solar se tornou recentemente um dos itens mais importantes da sua rotina de cuidados com a pele, prepare-se para adicionar outros aliados ao exército de combate ao envelhecimento cutâneo. Os dermatologistas alertam: assim como os raios UV, a poluição pode ter consequências nocivas para a pele e pode ser um dos grandes inimigos de um rosto jovem e saudável.
A poluição, composta por gases derivados de combustão de gasolina, diesel e outras substâncias, fumaças (inclusive a do cigarro), entre outros, é um perigo invisível. Ela é composta de pequenas partículas que conseguem “entrar” na pele e se depositar ali, gerando os nocivos radicais livres que esgotam os antioxidantes naturais, danificam o DNA das células cutâneas e diminuem a proteção contra outros agentes, como os raios UV. “Nossa pele possui mecanismos de defesa contra a formação de radicais livres intrínsecos”, explica o dermatologista membro da Sociedade Brasileria de Dermatologia, Antonio Loyola. “No entanto, a presença e a exposição a essas substâncias externas e outros gases nocivos fazem com que haja um depósito deles na superfície cutânea. Para se defender, nosso organismo consome parte desses recursos, diminuindo nossas defesas contra o sol e o processo de envelhecimento natural genético”, acrescenta.
O resultado de toda a ação? “Manchas senis, piora de doenças como alergias, psoríase e acne, além, claro, do envelhecimento prematuro”, afirma a dermatologista Thais Sakuma, também membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A ação dos radicais livres influencia na produção de colágeno e ativa moléculas que causam manchas, irritações, aspereza e ressecamento. Apesar de muito prejudicial, a poluição, no entanto, não bate os raios raios solares, que além de influenciar no envelhecimento precoce da pele, podem causar câncer. “A radiação ultravioleta é mais nociva. Ao atingir nossa pele, os raios UV penetram profundamente e desencadeiam reações imediatas como as queimaduras solares, as fotoalergias e o bronzeamento e reações tardias, como o envelhecimento cutâneo e as alterações celulares que predispõem ao câncer da pele”, acrescenta Loyola.
Defenda-se Como a poluição danifica os antioxidantes naturais da pele – como a vitamina C, vitamina E e glutationa — é necessário repor cada um deles para evitar mais danos dos radicais livres, explica Thais. “É fundamental limpar a pele diariamente com sabonete líquido apropriado para o tipo de pele da pessoa e investir em produtos compostos de vitamina C, E, B3 (niacinamida) e resveratrol’, esclarece a dermatologista. Para a limpeza da pele, Loyola recomenda lançar mão da solução micelar. “A tecnologia de micelas atrai a sujeira presente na pele com mais facilidade, promovendo limpeza profunda e suave das partículas e poluição”, esclarece o especialista. Reforce ainda mais o escudo natural da pele, acrescentando antioxidantes também na dieta. “Dê preferência a alimentos que contêm antioxidantes naturais como uvas, frutas cítricas e vermelhas, folhas verdes escuras e o chá verde”, indica Loyola.
Atenção redobrada a peles com acne, oleosas e negras. Os efeitos da poluição podem ser agravados neste tipo de derme já que existe uma tendência maior de produção de sebo pelas glâdulas sebáceas.
Na galeria, confira algumas sugestões de produtos para proteger a pele da poluição.
O Met Museum está com a exposição“Irving Penn, Centennial” em cartaz em NY, comemorando o centenário do nascimento do fotógrafoIrving Penn (1917-2009). Com quase 70 anos de carreira, ele gostava de fotografar dentro do estúdio e clicou personalidades como Audrey Hepburn, Nicole Kidman, Elsa Schiaparelli e Marcel Duchamp, além de fotografias de moda, beleza e arte no geral. A expô fica até o dia 30/07 com mais de 200 cliques de sua obra – pra conferir uma prévia é só acessar a galeria acima!