Autor: LINKSAPP

  • Até 20h de maquiagem? O tempo que os atores levam para virar personagens icônicos!

    Até 20h de maquiagem? O tempo que os atores levam para virar personagens icônicos!

    Enquanto alguns filmes usam efeitos digitais para colocar personagens na tela, há outros que preferem usar maquiagem e próteses. A maior desvantagem? Viver esses papéis muitas vezes pode levar horas do dia de um ator antes que eles realmente acabem na frente das câmeras. Ou seja, um chá de cadeira de tanta espera pra o visual ficar pronto. São muitas horas e quilos de make!

    Curioso? Clique nesta galeria para ver alguns personagens que tiveram um tempo de maquiagem exaustivo para os atores que interpretaram. Alguns detestaram a experiência.

    Até 20h de maquiagem? O tempo que os atores levam para virar personagens icônicos!

  • Documentário da Globo sobre morte de Bruno Pereira e Dom Phillips é indicado a prêmio

    ARACAJU, SE (REVISTA SIMPLES) – Produzido pela Globo e dirigido pela repórter Sonia Bridi, o documentário “Vale dos Isolados – O assassinato de Bruno e Dom” foi indicado a um importante prêmio internacional, que terá seu resultado divulgado em julho.

    A produção é um os finalistas ao prêmio Gabriel García Márquez – Prêmio Gabo 2024, na categoria Imagem. Com direção de Sônia Bridi, o filme se debruça sobre o assassinato dos dois em 2022, vítimas de uma emboscada em um crime que repercutiu no mundo inteiro.

    A equipe passou mais de 100 dias filmando na região, onde o indigenista e o jornalista inglês foram executados, vítimas de uma emboscada – um crime que repercutiu no mundo inteiro.

    O documentário revela, ainda, o ciclo histórico de violência no Vale do Javari, região da Amazônia com o maior número de indígenas isolados do mundo, especialmente nos últimos anos, devido ao avanço do garimpo no local.

    Considerada a maior premiação de jornalismo e documentários da América Latina, o Prêmio Gabo vai anunciar os vencedores em uma cerimônia durante o 12º Festival Gabo, que acontece de 5 a 7 de julho em Bogotá, na Colômbia.

    Como diretora, Sônia Bridi estará presente na premiação representando a Globo. A produção segue disponível no Globoplay, o serviço de streaming da emissora.

    Documentário da Globo sobre morte de Bruno Pereira e Dom Phillips é indicado a prêmio

  • Filmes amados que foram rejeitados e quase não chegaram ao cinema!

    Filmes amados que foram rejeitados e quase não chegaram ao cinema!

    Quando olhamos para os filmes mais celebrados da história, pode ser fácil imaginar que a ideia passou do roteiro para a tela de forma perfeita, com o apoio de todos que cruzaram seu caminho até receber aclamação da crítica. Mas isso geralmente está muito longe da verdade! Na realidade, algumas das melhores histórias que já vimos na tela quase nem foram feitas. Elas foram rejeitadas por produtores e executivos de estúdio de muitas das grandes empresas. Mas, felizmente para eles e para nós, esses roteiristas e diretores não desistiram. Às vezes tudo o que é preciso é perseverança.

    REVISTA SIMPLES para descobrir os filmes famosos que foram rejeitados e as histórias de bastidores por trás deles! Quem será que se arrepende de ter dito “não”?

    Filmes amados que foram rejeitados e quase não chegaram ao cinema!

  • Filmes perfeitos para quem busca um humor ácido!

    Filmes perfeitos para quem busca um humor ácido!

    O humor ácido é definitivamente um gênero à parte! Muitas vezes controverso, criticado e incompreendido, esse tipo de comédia assume o ingrato desafio de tornar o tabu engraçado, apontar o dedo na ferida, falar do que é politicamente incorreto, expor as desgraças humanas, fazer rir do que é constrangedor. Nesse mix, adicione aí personagens sem noção e enredos absurdos!

    Então, se você gosta de rir de assuntos “proibidos”, pesados e sem filtros, clique nesta galeria para conhecer os melhores filmes desse gênero! Será que você viu todas essas pérolas?

    Filmes perfeitos para quem busca um humor ácido!

  • Filmes infantis PERFEITOS para adultos e crianças!

    Com o passar dos anos, as telas se tornaram cada vez mais incorporadas à humanidade. Os meios podem ter mudado, antigamente era VHS e antenas, e agora temos os iPads e a Netflix, mas assistir filmes em família ainda é uma maneira fantástica de criar laços. A gente entra no passeio emocional junto com quem a gente gosta, um ri de uma besteira, todo mundo acaba rindo… E os filmes ainda trazem importantes significados e lições. Lógico que isso tudo depende de escolher o filme certo.

    A indústria cinematográfica infantil não cria apenas animações que prendem a atenção dos pequenos por uma hora e meia — hoje em dia, a maioria dos filmes infantis também agrada os pais, tios e adultos: o famoso público pagante. Há tantas piadas escondidas e analogias veladas nos filmes infantis que pessoas de qualquer idade se divertem.

    Enquanto isso, o que não falta é opção! Escolha um filme desta lista que agrada gregos e troianos – quer dizer, adultos e crianças!

    Filmes infantis PERFEITOS para adultos e crianças!

  • Por que ‘O Conto da Aia’ virou símbolo de protestos contra PL Antiaborto por Estupro

    Por que ‘O Conto da Aia’ virou símbolo de protestos contra PL Antiaborto por Estupro

    BÁRBARA BLUM
    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – Logo depois de aprovada a urgência do projeto de lei 1.904, o PL Antiaborto por Estupro, que equipara a pena de aborto à de homicídio para procedimentos realizados em caso de estupro quando a idade gestacional é superior a 22 semanas, o Cristo Redentor pipocou nas redes sociais vestido como uma aia.

    Numa ilustração compartilhada à exaustão na internet, aquele que talvez seja o símbolo máximo do Brasil aparece vestido como uma personagem do romance “O Conto da Aia”, publicado pela canadense Margaret Atwood em 1985. O Cristo veste uma túnica vermelha e um chapéu branco, que é uma mistura de cabresto com o visual das colonas protestantes americanas.

    O protesto visual, do ilustrador Cristiano Siqueira, conhecido nas redes como @CrisVector, ultrapassa as 45 mil curtidas no Instagram e 500 mil visualizações no X, o antigo Twitter. Além disso, foi compartilhado por personalidades como a vereadora Monica Benício, do PSOL do Rio de Janeiro, viúva de Marielle Franco.

    No livro de Atwood, transformado em série em 2017, as mulheres são vítimas em uma sociedade misógina distópica chamada Gilead, que as divide entre férteis e inférteis. As férteis se tornam parideiras e dão à luz compulsoriamente a bebês frutos de estupros. O lema da nação, no livro, é “God bless the fruit”, ou Deus abençoe o fruto.

    Apesar de ficcional, não é difícil traçar paralelos com o conteúdo do PL Antiaborto por Estupro, que surge na esteira de uma bateria de investidas antiaborto no Brasil.

    De autoria do deputado Sóstenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro, o projeto visa alterar o Código Penal de 1940, que cria exceção de punibilidade em dois casos de aborto –risco à vida da gestante e estupro. O terceiro caso livre de punição, quando há anencefalia fetal, veio por meio de uma decisão do Supremo, em 2012.

    Caso o projeto seja aprovado nas duas do Congresso e sancionado pelo presidente, a mulher que abortar depois das 22 semanas em casos de estupro poderá ser punida com pena de homicídio simples, que vai de seis a 20 anos de prisão.

    Já a pena prevista para estupro no Brasil é de seis a dez anos. Quando há lesão corporal, de oito a 12 anos. Especialistas avaliam que as principais afetadas seriam meninas, uma vez que são elas que costumam demorar mais para perceber a gestação e procurar os serviços de saúde.

    O cenário brasileiro não é o único associado à distopia de Atwood. Segundo a pesquisadora Ana Rusche, que é doutora em estudos literários pela Universidade de São Paulo, “O Conto da Aia” foi ligado antes à ascensão de Donald Trump nos Estados Unidos, em 2016.

    Ela lembra que, durante a campanha presidencial, o então candidato ficou marcado por posicionamentos misóginos, como a frase “grab them by the pussy”, ou “agarre-as pela xoxota”. Em seus primeiros meses de mandato, o republicano viu várias manifestações feministas de protesto se alastrarem. Numa delas, em Nova York, Rusche diz ter visto o cartaz “faça de Margaret Atwood ficção de novo”, um trocadilho com o mote trumpista sobre tornar a América grande novamente.

    “O Conto da Aia” nada tinha a ver com Trump. Segundo Rusche, Atwood o escreveu como uma mulher branca canadense que temia o avanço de Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido, e Ronald Reagan, que comandou a Casa Branca, nos Estados Unidos.

    Esse visual das aias, aliás, era fruto apenas da imaginação dos leitores até abril de 2017, quando passou a vestir as atrizes da série que estreava no serviço de streaming Hulu, sob a batuta do diretor Bruce Miller.
    “No livro, essa ideia do chapéu como cabresto já estava presente. E o vermelho vem como uma cor para que elas sejam facilmente identificadas e vigiadas”, diz Ana Rusche.

    A série, que teve seu sucesso impulsionado por manifestações contra Donald Trump, viu o feminismo incorporar essa fantasia, o que, na avaliação da socióloga Angela Alonso, tem pontos negativos e positivos.
    “Quando você pega uma simbologia muito particular, provavelmente uma parte das mulheres que apoiaria a causa não a reconhece. É um símbolo que dificulta a expansão”, ela diz. Por outro lado, a dimensão teatral e cínica de se fantasiar como uma aia pode “gerar uma adesão mais emocional”, ela acrescenta.

    A socióloga afirma que essa tática é adotada desde o movimento abolicionista, que fazia concertos e encenações em que libertavam um escravo em cima de um palco.

    A ideia das aias vingou no mundo todo. Começaram a pipocar manifestantes vestidas assim em diversos países e contextos. Foi o caso das argentinas que assistiam à votação em Buenos Aires a respeito da descriminalização do aborto no país, em 2018, e quatro anos depois voltou até para as americanas, que brigavam pela garantia da Roe versus Wade, como ficou conhecida a decisão judicial de 1973 que protegia o direito ao aborto.

    Foi no contexto da anulação da Roe versus Wade que o ilustrador Cristiano Siqueira usou pela primeira vez a referência de “O Conto da Aia”, em uma ilustração que vestia a estátua da Liberdade de vermelho e branco. Outros desenhos com a inspiração da história de Margaret Atwood também fizeram sucesso nessa última investida antiaborto.

    Fernando Motta, dono do perfil @DesenhosDoNando, no Instagram, fez uma série de quatro charges sobre a urgência do projeto. A primeira delas mostra uma pequena aia, de lado, com uma barriga de grávida, segurando um balão.
    Motta diz que a arte sinaliza não um possível futuro, mas um presente distópico. “A ideia é tocar nesse lugar do absurdo dessa obra, que não é tão ficcional quanto parece. Tem gente que realmente quer isso aí. Essas pessoas estão no Congresso”, ele afirma. “Estão querendo criminalizar crianças estupradas, comparar todas elas com homicidas. Aí transformei a aia numa criança grávida, com um balãozinho rosa.”

    No Brasil, a simbologia de Atwood já tinha aparecido antes dos chargistas, pelas mãos das feministas que usaram as fantasias de aia em protestos. A vereadora Silvia Ferraro, do PSOL de São Paulo, lembra que, em 2021, manifestantes usaram roupas de aia para protestar contra o projeto Escolhi Esperar, que previa o ensino da abstinência sexual nas escolas paulistas.
    Antes, em 2018, houve uma movimentação que usou a mesma tática em Brasília durante uma audiência pública sobre o aborto. Várias mulheres vestidas de aias ficaram em frente ao Supremo Tribunal Federal com cartazes com dizeres como “gravidez forçada é tortura”. “Apesar de não ser uma coisa tão popular no Brasil, existe uma similaridade entre os nossos retrocessos e ‘O Conto de Aia’”, diz Ferraro.

    Segundo Rusche, a pesquisadora, as distopias como a de Atwood têm o papel de ser uma “pedagogia da catástrofe”. “Você mostra o que pode acontecer de forma tão terrível que a pessoa entende facilmente”, diz. “Mas isso não apresenta saídas. ‘O Conto da Aia’ tem essa ideia claustrofóbica e, para sair de uma situação de opressão, é necessário construir caminhos de resistência. A distopia é sedutora porque não coloca um lugar de mudança.”

    Por que ‘O Conto da Aia’ virou símbolo de protestos contra PL Antiaborto por Estupro

  • Personagens coadjuvantes tão bons que ganharam suas próprias séries e filmes!

    Um dos elementos essenciais de qualquer filme ou série de sucesso são seus personagens secundários. Embora um protagonista apelativo seja crucial, aqueles que não estão no centro das atenções da história costumam ser igualmente importantes para o êxito de uma produção. Do “ajudante” do herói ao principal vilão, esses papéis secundários são algumas das últimas pessoas que o público esperaria que ganhassem suas próprias sagas, embora eles sejam merecedores e bons demais!

    Quer descobrir os personagens que voltaram como estrelas de seus próprios programas ou filmes? Clique a seguir na galeria!

    Personagens coadjuvantes tão bons que ganharam suas próprias séries e filmes!

  • Filmes que mais faturaram nas bilheterias! Falta ver algum?

    Filmes que mais faturaram nas bilheterias! Falta ver algum?

    Alguns filmes vão muito bem em alguns países, mas nem todos se tornam fenômenos mundiais de bilheteria. Estamos falando de produções que ultrapassaram a marca de um bilhão de dólares em ingressos vendidos em todo o planeta. Se o sucesso pode ser medido pela receita, então estes são os longas de maior êxito de todos os tempos!

    Curioso para saber quais filmes mais atraíram espectadores às salas de cinemas? Na galeria, conheça as 30 maiores bilheterias da história!

    Filmes que mais faturaram nas bilheterias! Falta ver algum?

  • Após sete anos, Globo vai voltar a transmitir shows do Rock in Rio ao vivo na TV aberta

    Após sete anos, Globo vai voltar a transmitir shows do Rock in Rio ao vivo na TV aberta

    ARACAJU, SE (REVISTA SIMPLES) – A Globo voltará a mostrar os principais shows do Rock In Rio, maior festival de música do país, ao vivo em TV aberta. A edição deste ano acontecerá no mês de setembro na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

    Nas edições de 2019 e 2022, a Globo exibiu shows apenas no Multishow e no Globoplay. Para quem só tinha a TV aberta como opção, as apresentações ficaram renegadas a uma edição de melhores momentos exibida na madrugada.

    Este compacto seguirá na programação, e inclusive será exibido mais cedo justamente pela exibição dos shows ao vivo. No pacote comercial, que está no mercado publicitário e o qual a Folha de S.Paulo teve acesso, a Globo afirma que os headliners do Palco Mundo serão mostrados.

    Ou seja, a Globo exibirá ao vivo os shows de Travis Scott (dia 13), Imagine Dragons (dia 14), Avenged Sevenfold (dia 15), Ed Sheeran (dia 19), Katy Perry (dia 20), Shawn Mendes (dia 22), além do combinado Para Sempre Rock, que fecha o Dia Brasil no dia 21, e terá Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino e Toni Garrido.

    A Globo ainda não definiu o time de apresentadores. Ainda existem cotas publicitárias para serem vendidas. Ao todo, somando a transmissão ao vivo do Multishow e do Globoplay, a Globo tenta negociar nove espaços publicitários. A empresa plajena arrecadar R$ 347 milhões.

    Rock in Rio 10 será a décima edição do festival realizada na Cidade do Rock, que fica no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. O festival irá celebrar os 40 anos do Rock in Rio, contando com uma nova área chamada Global Village com cenários inspirados em ícones arquitetônicos de todo o mundo.

    Pela primeira vez, em comemoração a música brasileira, foi reservado um dia em homenagem aos mais diversos estilos musicais brasileiros, entre eles o rock, sertanejo, MPB, trap, pop, samba, rap, bossa nova, soul, funk, jazz, música clássica e eletrônica.

    Após sete anos, Globo vai voltar a transmitir shows do Rock in Rio ao vivo na TV aberta

  • ‘A Casa do Dragão’ volta com briga de mães sob promessa de frear violência gratuita

    ‘A Casa do Dragão’ volta com briga de mães sob promessa de frear violência gratuita

    GUILHERME LUIS
    SÃO PAULO, SP (REVISTA SIMPLES) – Em “A Casa do Dragão”, o embate é entre duas feras que querem proteger seus filhotes.

    Não dragões, mas as ex-amigas do peito Rhaenyra Targaryen e Alicent Hightower, que na nova temporada da série abandonam qualquer traço de carinho que já nutriram uma pela outra. Agora arqui inimigas, elas tomam partido na briga dos filhos, cujas travessuras adolescentes acabaram num assassinato não premeditado entre eles na primeira leva de episódios, de 2022.

    O segundo ano do seriado prelúdio de “Game of Thrones”, que volta a ser exibido pela HBO neste domingo, leva a picuinha de madrasta e enteada afora dos seus castelos, o que faz com que outras castas metam o bedelho neste grande caso de família.

    Ainda que “A Casa do Dragão” agrade a audiência ao apostar no mesmo misto de espadas e fofocas de “Game of Thrones”, ela tem uma diferença notável -o que impera aqui são os dramas de duas mulheres, Rhaenyra e Alicent, que flutuam sobre os homens da história.

    É um avanço frente à primeira temporada, quando as duas orbitavam o rei Viserys, pai de Rhaenyra e marido de Alicent. Agora, com ele morto, elas se enfrentam pela coroa, a primeira para seu próprio desfruto, e a outra para agraciar o filho mais velho.

    É isso que torna ‘A Casa do Dragão’ única no cenário de fantasia, e diferente da série original”, diz Ryan Condal, cocriador e roteirista da produção. “A razão de termos escolhido contar essa história, e não outra [do universo de ‘Game of Thrones], é o fato de termos duas mulheres no centro, mesmo que sob o controle do patriarcado, lutando contra ele.”

    Outro papel importante é o de Rhaenys Targaryen, tia da protagonista Rhaenyra, conhecida como a Rainha que Nunca Foi -no passado ela disputou o trono com o irmão Viserys, mais novo que ela, mas perdeu justamente por ser mulher.

    “Desde que ‘Game of Thrones’ estreou, em 2011, o mundo mudou muito. Houve o Me Too”, diz a atriz Eve Best, intérprete de Rhaenys, mencionando o movimento em que mulheres denunciaram casos de assédio e abuso cometidos por homens da indústria do audiovisual. “Hoje vemos toda uma geração de mulheres ascendendo a cargos de governança.”

    “A discussão da série é tão palpável que me faz relacioná-la com a Câmara dos Comuns, do Reino Unido, [câmara que reúne parlamentares britânicos], um ambiente tão masculino e machista. É muito parecido com o que interpretamos no set de gravações, como as cenas no conselho do reino em que Rhaenyra [que luta pela coroa] é intimidada ou ignorada por um grupo de homens.”

    Seguir numa toada mais feminina faz com “A Casa do Dragão” atenda também a uma demanda antiga dos fãs de “Game of Thrones”, que por uma década acumulou prêmios e prestígio, mas também uma mesma reclamação -a de que exagerava nas cenas de violência e abuso sexual com mulheres.

    O auge da polêmica ocorreu num capítulo da quinta temporada, de 2015, quando a personagem Sansa Stark é estuprada pelo marido numa cena tachada de desconfortável por muitos. À época reclamavam também que a série pregava a ideia de que as garotas da série dependiam de violências desse tipo para terem alguma evolução no seu arco narrativo.

    “A Casa do Dragão” já tinha sido mais comedida nesse sentido desde sua estreia, e a julgar pelos capítulos liberados aos jornalistas com antecedência, a série volta com a promessa de frear ainda mais nas cenas de crueldade -como no primeiro capítulo, quando a lente da câmera é desviada de um assassinato bárbaro.

    “‘Game of Thrones’ construiu sua reputação cruzando seu limite e então criando outro para cruzar de novo. Brutalidade e sexo são intrínsecos a esse mundo, e precisa haver uma razão para inseri-los na história, mas não queremos ser gratuitos aqui”, diz Condal, o roteirista.

    Ele escreve os episódios de “A Casa do Dragão” usando como base o livro “Fogo e Sangue”, publicado no Brasil pela editora Suma. A obra é de George R. R. Martin, a mente por trás deste universo fictício.
    O escritor não esteve envolvido com a nova temporada de “A Casa de Dragão”, porém. Condal diz que ele anda ocupado escrevendo “vários livros e outras séries de TV”.

    Martin está há anos prometendo concluir “As Crônicas de Gelo e Fogo”, romances que deram origem a “Game of Thrones”, cujo quinto e último volume foi publicado em 2011. A demora virou piada entre parte dos fãs, que dizem temer que ele morra antes de finalizar a obra que mudou sua vida.
    Apesar disso, Martin é tido como um dos nomes mais relevantes da fantasia contemporânea. Um dos autores mais bem pagos do mundo, seus calhamaços venderam milhões de exemplares e ajudaram a levar a fantasia épica para as prateleiras mais visadas das livrarias.

    Um dos seus méritos foi criar uma história em que é difícil definir quem é bom ou mau, o que fez “Game of Thrones” despertar amores e ódios por seus personagens nada maniqueístas. Essa pegada segue em “A Casa do Dragão”.
    “Somos criaturas complexas”, diz Steve Toussaint, ator que dá vida a Corlys, lorde dos Velaryon, aliados da protagonista Rhaenyra. “Existem políticos que eu não suporto ouvir discursarem, mas que com certeza são adoráveis entre seus amigos. Nos cabe tentar retratar isso de forma fiel porque é como o mundo opera.”

    Se nos tempos de “Game of Thrones” os fãs se dividiam entre torcer para alguns poucos mocinhos, em “A Casa do Dragão” é mais difícil decidir se é a madrasta ou a entrada quem merece prosperar.

    A própria HBO se aproveitou disso para divulgar a série ao criar vídeos em que as bandeiras dos dois exércitos da série foram colocadas digitalmente em pontos turísticos de vários países. Um dos escolhidos foi o bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, que segura a bandeira verde da família de Alicent, enquanto o Castelo de Chapultepec, na Cidade do México, foi coberto com o símbolo preto de Rhaenyra.

    Essa ambiguidade da personagens inflama até o elenco. Fabien Frankel e Matt Smith, que dão vida a Daemon Targaryen e Sor Criston Cole, de lados opostos na série, debatem durante a entrevista.

    “Não consigo ver nenhum traço de maldade na Alicent”, diz o primeiro, cujo personagem é um pau-mandado dela. Smith, até então um braço-direito de Rhaenyra, lembra ao colega de uma série de escrúpulos da personagem.
    “As pessoas existem na ambiguidade que permeia o mundo. Essas figuras não são boas, nem más, não são diferentes nem indiferentes. Elas são tudo ao mesmo tempo, e isso é ser humano”, diz o ator.

    A CASA DO DRAGÃO – 2ª TEMPROADA
    Quando Neste domingo, dia 16, na HBO e na plataforma de streaming Max
    Autoria Ryan Condal e George R. R. Martin
    Elenco Emma D’Arcy, Olivia Cooke e Matt Smith
    Produção EUA, 2024

    ‘A Casa do Dragão’ volta com briga de mães sob promessa de frear violência gratuita