Guilherme Derrite volta ao PP com apoio de caciques e mira Senado em 2026

 

Guilherme Derrite volta ao PP com apoio de caciques e mira Senado em 2026

O retorno de Guilherme Derrite ao Progressistas e os bastidores da união da direita para as eleições de 2026

O cenário político brasileiro ganhou um novo capítulo decisivo com o retorno de Guilherme Derrite ao Progressistas (PP). A filiação do atual secretário de Segurança Pública de São Paulo ao partido foi marcada por um evento simbólico e estratégico que contou com a presença de líderes das principais siglas da direita nacional. A cerimônia, realizada na zona sul da capital paulista, serviu não apenas para oficializar a mudança de partido de Derrite, mas também como um manifesto da união do campo conservador de olho nas eleições de 2026.

O movimento político de Guilherme Derrite reforça sua projeção nacional e o coloca como um dos principais nomes para disputar uma vaga no Senado Federal. A articulação não foi isolada: grandes caciques partidários como Ciro Nogueira (PP), Antônio Rueda (União Brasil), Gilberto Kassab (PSD), Valdemar Costa Neto (PL) e Renata Abreu (Podemos) compareceram para selar a aliança política. Além deles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), marcou presença e fortaleceu o discurso de união da direita.

Guilherme Derrite: o “filho pródigo” que retorna ao Progressistas

A saída de Guilherme Derrite do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e seu retorno ao PP marcam um movimento político calculado. Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, destacou a volta de Derrite como a de um “filho pródigo que à casa torna”, deixando claro o valor estratégico do secretário na composição de forças do partido para as próximas eleições.

Derrite é um nome de peso na política paulista e nacional. Capitão da reserva da Polícia Militar e um dos rostos mais visíveis da linha dura da segurança pública, o secretário de São Paulo vem ganhando visibilidade com seu trabalho à frente da pasta no governo Tarcísio de Freitas. Essa visibilidade, aliada ao apoio político que recebeu em sua filiação, o posiciona como um provável candidato ao Senado por São Paulo em 2026.


União da direita: Progressistas, PL, PSD, União Brasil e Republicanos em sintonia

O evento de filiação de Guilherme Derrite serviu como uma demonstração prática da união de forças da direita no Brasil. A presença conjunta de líderes de diversos partidos reforça uma estratégia ampla de alinhamento político, especialmente após o cenário incerto deixado pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacou a simbologia da união. Segundo ele, a coalizão formada por essas legendas será decisiva para o futuro político do país:

“Este grupo estará unido, esse grupo vai ser forte, esse grupo tem projeto para o Brasil”, afirmou Tarcísio.

O simbolismo da união entre PP, PL, União Brasil, PSD e Republicanos mostra que a direita trabalha para evitar o fracionamento do campo conservador e buscar uma candidatura competitiva para a presidência em 2026.


O protagonismo de Tarcísio de Freitas nas eleições de 2026

Com Bolsonaro fora da corrida presidencial, Tarcísio de Freitas desponta como o principal nome da direita para disputar o Palácio do Planalto. Apesar de ainda não confirmar publicamente sua pré-candidatura, os discursos e movimentações políticas indicam que o governador de São Paulo está em plena construção de um projeto nacional.

No evento, Tarcísio fez duras críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, classificando-o como “irresponsável” e acusando Brasília de tomar decisões casuísticas. Ao mesmo tempo, posicionou-se como parte de um grupo político que “pensa Brasil 24 horas por dia” e “quer transformar o país”.

Essas declarações reforçam sua intenção de liderar um projeto político com bases técnicas e conservadoras, em oposição ao atual governo federal. O apoio a Derrite, portanto, também serve para consolidar um time forte ao seu redor para um possível embate nas urnas em 2026.


Derrite, segurança pública e o discurso conservador

A escolha de Guilherme Derrite para integrar o grupo estratégico da direita não é aleatória. Com forte apelo junto às bases conservadoras e ligação direta com as forças de segurança, Derrite representa o discurso de lei e ordem que foi central nas campanhas bolsonaristas anteriores e deve continuar sendo um dos pilares do conservadorismo no Brasil.

Ao reassumir sua posição no PP com aval de figuras como Valdemar Costa Neto, Gilberto Kassab e Renata Abreu, Derrite pavimenta o caminho para se tornar um dos principais articuladores da direita em São Paulo, seja como senador ou como uma peça-chave na eventual campanha presidencial de Tarcísio.


A filiação como gesto de unidade e fortalecimento político

O gesto de Valdemar Costa Neto, ao liberar Derrite para se filiar ao PP sem conflitos, foi celebrado publicamente por Ciro Nogueira. O movimento mostra que, mesmo em um cenário de pulverização partidária, a direita está buscando se reorganizar sob um guarda-chuva comum, valorizando lideranças que possam gerar consenso e unir as bases eleitorais.

A presença de Renata Abreu (Podemos) também demonstra que o campo conservador está buscando incluir vozes femininas e ampliar sua representatividade, visando atrair um público mais diverso.


Estratégia de olho em 2026: Senado e Planalto no radar

O novo quadro político revela duas frentes de atuação para o grupo liderado por Tarcísio de Freitas:

  1. Senado Federal – Com a provável candidatura de Guilherme Derrite ao Senado, o grupo busca garantir representação forte em Brasília, influenciando diretamente nas votações de projetos e na formação de coalizões.

  2. Presidência da República – A ausência de Bolsonaro nas urnas abre espaço para um nome que represente continuidade ideológica, mas com apelo técnico e administrativo. Tarcísio é, hoje, o favorito nesse cenário.


O novo mapa da direita brasileira

A filiação de Guilherme Derrite ao PP é mais do que uma mudança partidária: é uma peça fundamental no xadrez eleitoral da direita para 2026. O evento contou com líderes de peso, mensagens de unidade e um claro objetivo: reposicionar o campo conservador com força e coesão para os próximos desafios.

Derrite assume o papel de elo entre a base conservadora e os projetos técnicos que o grupo liderado por Tarcísio quer defender. Em meio a um cenário político fragmentado, esse movimento pode representar o início de uma reorganização mais profunda da oposição ao governo Lula.

A disputa por São Paulo no Senado e pelo Planalto está oficialmente aberta – e Guilherme Derrite é um dos protagonistas.