Guerra Comercial EUA China: Tarifas Batem 145% e Abalam Bolsas, Ibovespa e Dólar

Guerra Comercial EUA China: Tarifas, Somadas, Batem 145% e Abalam Bolsas, Ibovespa e Dólar em 2025

A guerra comercial EUA China voltou ao centro das atenções dos mercados globais em abril de 2025. Em um novo capítulo de tensões econômicas entre as duas maiores economias do planeta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu ampliar significativamente as tarifas sobre produtos chineses, elevando-as a impressionantes 145%, após novas retaliações de Pequim.

A medida desencadeou uma série de reações imediatas nas principais bolsas asiáticas, nos índices de Nova York, no Ibovespa e na cotação do dólar, que fechou a semana cotado a R$ 5,89. A decisão do governo norte-americano representa um agravamento do conflito tarifário, que já impacta diretamente o comércio internacional, o desempenho das ações globais e as projeções de crescimento econômico para o ano.

Neste artigo, você entenderá o que está por trás da guerra comercial EUA China, como as novas tarifas estão estruturadas, os impactos sobre os mercados, o comportamento do dólar e da bolsa brasileira, além das possíveis consequências econômicas dessa escalada protecionista.


📌 O Que É a Guerra Comercial EUA China?

A guerra comercial entre Estados Unidos e China é uma disputa econômica que teve início ainda em 2018, com a imposição mútua de tarifas sobre bens e serviços entre os dois países. A justificativa inicial envolvia alegações de práticas desleais por parte da China, como roubo de propriedade intelectual, subsídios estatais e desequilíbrios na balança comercial.

Em 2025, com a volta de Donald Trump à presidência dos EUA, a retórica protecionista ganhou força novamente, culminando em uma série de tarifas recíprocas que vêm se intensificando desde fevereiro.


📈 Entenda a Escalada das Tarifas em 2025

A guerra comercial EUA China atingiu seu ápice nesta semana, após uma sequência de anúncios realizados pela Casa Branca:

  1. Início de fevereiro de 2025: Trump anunciou uma taxa adicional de 10% sobre importações chinesas, somando-se aos 10% já existentes, totalizando 20%.

  2. 2 de abril: A Casa Branca apresentou um plano de tarifas recíprocas, com acréscimo de 34%, elevando o total para 54%.

  3. Após a retaliação chinesa (34%): Os EUA aumentaram mais 50%, totalizando 104%.

  4. Resposta da China com tarifas de 84% sobre produtos norte-americanos.

  5. 10 de abril: Trump eleva novamente as taxas para 125%, que somadas aos 20% anteriores, atingem 145%.

Essa sucessão de aumentos causou forte instabilidade nos mercados, reforçando o temor de uma recessão global.


🌏 Impacto nas Bolsas Asiáticas

As bolsas da Ásia abriram em forte queda nesta quinta-feira (10), refletindo a reação imediata dos investidores à ampliação da guerra comercial EUA China.

📉 Desempenho das bolsas asiáticas por volta das 22h30 (horário de Brasília):

  • Nikkei 225 (Japão): -4,63%

  • Kospi (Coreia do Sul): -1,46%

  • Hang Seng (Hong Kong): -0,72%

  • CSI 1000 (China): +0,23%

O recuo nos índices demonstra temores crescentes de desaceleração econômica na Ásia, além da fragilidade dos setores exportadores diante das novas barreiras comerciais.


🇺🇸 Reação das Bolsas Norte-Americanas

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street também registraram fortes perdas, pressionados pelo aumento das tarifas e pela instabilidade nos mercados globais.

📉 Fechamento dos índices em 10 de abril:

  • Dow Jones: -2,50% (39.593,44 pontos)

  • S&P 500: -3,49% (5.266,30 pontos)

  • Nasdaq: -4,31% (16.387,31 pontos)

Analistas apontam que o tombo nos índices reflete preocupações com o impacto das tarifas na cadeia de suprimentos global, no consumo e nos lucros corporativos.


🇧🇷 Efeitos no Brasil: Ibovespa em Queda e Dólar em Alta

No Brasil, o cenário internacional impactou diretamente os ativos. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda, após ter subido no dia anterior com o anúncio de uma breve trégua nas tarifas. O movimento de correção foi impulsionado pelo efeito dominó das bolsas globais.

O destaque ficou por conta do dólar, que voltou a subir com força, fechando o dia cotado a R$ 5,89. O movimento reflete a busca dos investidores por segurança, com a saída de capital dos mercados emergentes e retorno ao dólar como ativo de proteção.


🏛️ Política Comercial Agressiva: Estratégia ou Risco?

Especialistas avaliam que a nova escalada da guerra comercial EUA China pode ter efeitos de curto e longo prazo:

  • Curto prazo: Aumento da inflação nos EUA devido à alta nos custos de importação, queda nas bolsas e instabilidade cambial.

  • Médio a longo prazo: Desaceleração do comércio global, desvio de fluxos comerciais, impactos em cadeias produtivas e possível recessão técnica.

A postura agressiva de Trump visa pressionar a China a renegociar acordos comerciais, mas os efeitos colaterais podem ser duros, tanto para os EUA quanto para o restante do mundo.


🔄 Reações da China

A China respondeu às novas tarifas com elevação de suas próprias barreiras comerciais, ampliando para 84% as taxas aplicadas sobre produtos americanos. Pequim também tem estudado novos estímulos internos para compensar os efeitos das tarifas, além de fortalecer relações comerciais com a União Europeia e países emergentes.


📊 Perspectivas para o Mercado

Diante do atual cenário, analistas preveem:

  • Alta volatilidade nas bolsas globais

  • Revisão para baixo nas projeções de crescimento mundial

  • Pressão sobre commodities e moedas de países emergentes

  • Aumento da demanda por ativos considerados “porto seguro” como ouro e dólar

No Brasil, o Ibovespa pode sofrer com a aversão ao risco, especialmente em setores ligados ao comércio exterior e commodities. O câmbio tende a permanecer pressionado enquanto durar a incerteza internacional.


🧠 A Guerra Comercial Está Longe do Fim

A intensificação da guerra comercial EUA China mostra que 2025 será mais um ano desafiador para a economia global. As novas tarifas anunciadas por Trump elevam os riscos de recessão e pressionam mercados em todas as partes do mundo.

Investidores, empresas e governos precisarão lidar com um ambiente de alta incerteza, decisões políticas imprevisíveis e volatilidade extrema. A recomendação dos especialistas é manter estratégias defensivas, diversificação e atenção redobrada aos desdobramentos da política comercial dos EUA.