Categoria: Noticias

  • PSD vê ‘rasteira’ do governo em Brito, reclama de ministério e deve atrapalhar avanço do corte de gastos

    Partido integra base do governo na Câmara, ocupa três ministérios e tem 43 deputados. Bancada não se sente contemplada pelo governo e ficou descontente com apoio do Planalto a Hugo Motta. Antonio Brito e a bancada do PSD na câmara
    Marcela Cunha/g1
    O PSD ainda não engoliu a decisão do governo de rifar o candidato do partido à Presidência da Câmara, Antonio Brito (PSD-BA), e deve usar a votação do pacote de corte de gastos do Executivo para mandar um recado ao Palácio do Planalto.
    Deputados da bancada ouvidos pelo g1 acusaram o governo de dar uma “rasteira” em Brito ao anunciar apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), postulante apoiado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
    Segundo eles, “pegou mal” o governo chamar Brito para uma conversa e no dia seguinte anunciar apoio a Motta, sem sequer comunicar os deputados e o próprio candidato.
    Hugo Motta e Arthur Lira
    Jornal Nacional/ Reprodução
    Outra queixa é que a bancada não se sente contemplada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada.
    Um dos parlamentares ouvidos sob reserva disse que os deputados se contentaram por dois anos com o Ministério da Pesca, ocupado pelo deputado André de Paula (PSD-PE), e esperavam o apoio do governo a Brito, o que não ocorreu.
    Por isso, não pretendem votar matérias de interesse do governo como os demais partidos da base.
    Urgência para votar projetos de lei de corte de gastos está na pauta da Câmara dos Deputados
    De acordo com os deputados, a bancada está “arredia”. Cerca de dez parlamentares não querem nem votar as urgências para o pacote de corte e os demais podem votar contra os pedidos, porque consideram que a discussão “não está madura”.
    Os requerimentos estão pautados para a sessão desta quarta-feira (4).
    Emendas
    Além de insatisfações localizadas, setores da Câmara demonstraram incômodo com as novas regras para pagamentos de emendas parlamentares, determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
    O que são emendas parlamentares e o que Dino decidiu ao liberar o retorno dos pagamentos? Entenda
    As novas diretrizes mais rigorosas do que o Congresso gostaria, principalmente ao determinar medidas para rastrear o parlamentar que envia a emenda e onde o projeto é aplicado.
    Há um entendimento geral no Congresso de que o governo jogou junto ao STF nas ressalvas apresentadas pelo ministro Flavio Dino para desbloquear as verbas.
    Segundo líderes partidários, o ministro da Secretaria de Relações, Alexandre Padilha, alega que não houve um combinado com o STF e defende que isso prejudica o governo no pacote de gastos. Mas, os parlamentares não acreditam.

  • Segurança é preso por participar de agressão a homem na estação de trem de Carapicuíba, da ViaMobilidade; vítima morreu por asfixia

    A polícia tinha pedido a prisão temporária de Davi Reinaldo Mendes, Marcos Paulo Gonçalves Mendes e Evandro de Sousa Gomes, no entanto, a Justiça acatou o pedido somente de Marcos Paulo. Davi Reinaldo Mendes, Marcos Paulo Gonçalves Mendes e Evandro de Sousa Gomes.
    Reprodução
    O segurança Marcos Paulo Gonçalves Mendes foi preso na tarde desta quarta-feira (4) pela morte de Jadson Vitor de Sousa Pires, que foi agredido por ele e outros dois agentes que prestavam serviços para a ViaMobilidade na estação de trem de Carapicuíba.
    A polícia pediu a prisão temporária de Davi Reinaldo Mendes, Marcos Paulo e Evandro de Sousa Gomes, mas apenas Marcos teve o pedido aceito pela Justiça. Ele aparece nas imagens com os joelhos nas costas de Jadson, que estava mobilizado.
    Os três suspeitos prestaram depoimento nesta quarta-feira. Davi e Evandro foram liberados, já Marcos Paulo saiu da delegacia algemado para realizar exame de corpo de delito e, posteriormente, foi encaminhado à cadeia de Carapicuíba.
    “Nós representamos pela prisão dos três porque entendemos que eles participam por ação ou omissão dos atos que podem ter levado o Jadson a morte por asfixia. A juíza entendeu que apenas o Marcos Paulo, neste momento, realmente está implicado nas ações”, afirma Marcelo José do Prado, delegado responsável pelo caso.
    Outros dois GCMs de Itapevi, na Grande São Paulo, também aparecem nas imagens e foram chamados para prestar esclarecimentos. Um deles é Ronaldo Estaquio Olímpio Gomes.
    A agressão
    Jadson Vitor De Sousa Pires foi morto após agressão em estação da ViaMobilidade em Carapicuíba, na Grande SP.
    Montagem/g1/Reprodução/Acervo pessoal
    A agressão aconteceu em meados de novembro, mas só nesta terça-feira (3) o Bom Dia SP teve acesso às imagens e aos exames feitos no corpo de Jadson. Os documentos apontam que a causa da morte foi asfixia mecânica em decorrência de esganadura.
    O médico legista que fez a perícia também apontou que o corpo estava com as costelas do lado direito do tórax quebradas, além de apresentar escoriações no antebraço direito, mão direita e nos dois joelhos.
    Um Guarda Civil Metropolitano (GCM) de Itapevi, também na Grande São Paulo, prestará depoimento pois aparece em uma das imagens agredindo a vítima quando ele tenta passar pela catraca. Ronaldo Gomes prestará depoimento nesta tarde.
    Passageiros testemunharam a agressão
    Testemunha relata ‘cena horror’ ao descrever agressões a homem morto em estação de trem
    Passageiros da Linha 8-Diamante que testemunharam a morte de Jadson narraram as últimas palavras dele antes de desmaiar e não mais acordar na estação de trem de Carapicuíba, na Grande São Paulo.
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    Segundo um dos passageiros que testemunharam e filmaram a agressão, quem estava na estação Carapicuíba naquela noite chegou a gritar para os seguranças pararem as agressões, temendo pela morte do rapaz que, aparentemente, apresentava sinais de embriaguez ou outras substâncias.
    Jadson Vitor De Sousa Pires foi morto após agressão em estação da ViaMobilidade em Carapicuíba, na Grande SP.
    Montagem/g1/Reprodução/Acervo pessoal
    “Ele não estava violento, estava apenas assustado. Aparentava com certeza estar drogado ou bêbado, não precisava fazer aquilo que fizeram com ele. Era só imobilizar o rapaz e tentar acalmar ele e tudo resolvia. Ele chegou para nós e pediu ajuda lá, pediu ajuda pra todo mundo e falou assim: ‘quero água. Me dá um copo com água?”, disse a testemunha ouvida pela TV Globo.
    “Ele pegou, bebeu a água e falou assim: ‘tenho uma filha de 3 anos, não precisa fazer isso comigo’. O que mais me doeu foi quando ele repetiu: ‘tenho uma filha de 3 anos, se eu morrer cuida dela”, narrou.
    “Na hora que deitou ele no chão, botaram o joelho em cima do rapaz, assim. E foi na hora que eu senti aquele peso do corpo caindo no chão e aí eu falei: ‘Já era, mataram o cara’”, contou o rapaz que viu o momento que Jadson desmaiou.
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    VÍDEO: polícia investiga morte de homem agredido por agentes da ViaMobilidade na estação de Carapicuíba, da Linha 8-Diamante
    Homem é agredido e morto em estação de trem na grande São Paulo
    Reação da família
    A viúva de Jadson, Renata Santos de Sousa, contou que, no dia do crime, o marido tinha saído de casa para resolver problemas burocráticos para receber o seguro-desemprego e sacar o FGTS, uma vez que tinha sido demitido do emprego recentemente.
    Renata descreveu o marido como um “homem incrível”, “trabalhador” e “muito esforçado”.
    Ele era um paizão. Era um marido muito bom, um cara muito trabalhador, muito esforçado, um ser humano incrível. Ele era tudo para mim e para a minha filha. Hoje está sendo muito difícil tudo o que está acontecendo e o que eu clamo é por Justiça. Ele não merecia isso.
    A família de Jadson Vítor de Souza Pires, de 30 anos, espera por justiça
    A viúva contou que só depois das imagens divulgadas pelo Bom Dia SP é que soube o que realmente aconteceu com Jadson no dia da morte, há mais de vinte dias.
    “Não justifica o que fizeram. Ele podia está ali sob efeito de droga, como estão falando. Podia estar sob efeito de álcool. As pessoas que atenderam ele não tiveram nenhum sentimento humano com ele. De entender, explicar para ele: ‘Olha, eu posso te ajudar?’ Não. Já foram agredindo ele. Eu estou juntando força de onde não tem para correr atrás da Justiça”, afirmou.
    Um dos seguranças que imobilizaram Jadson com o joelho usava uma câmera corporal.
    Família de Jadson pede Justiça após rapaz ser morto em estação da ViaMobilidade, em Carapicuíba, na Grande SP.
    Reprodução/TV Globo
    O que diz a ViaMobilidade
    Por meio de nota, a ViaMobilidade disse que todas as imagens disponíveis foram entregues à polícia e o “comportamento dos profissionais que atuaram na contenção de Jadson Pires não corresponde aos seus valores, treinamento e padrão dos seus procedimentos de segurança e atendimento”. E que “os agentes envolvidos foram preventivamente afastados.”
    A empresa também lamentou profundamente o falecimento de Jadson Pires e disse que “expressa suas sinceras condolências aos amigos e à família, com quem já fez contato e se colocou à disposição para prestar apoio”.
    “A companhia informa que repudia qualquer forma de violência e que o comportamento dos profissionais que atuaram na contenção de Jadson Pires não corresponde aos seus valores, treinamento e padrão dos seus procedimentos de segurança e atendimento. (…)Diante dos recentes acontecimentos, deu início a um processo de reciclagem de 100% do seu quadro de agentes e reforçará a capacitação voltada ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade ou sob o efeito de substâncias entorpecentes”, disse a empresa.
    Família de Jadson pede Justiça após rapaz ser morto em estação da ViaMobilidade, em Carapicuíba, na Grande SP.
    Reprodução/TV Globo
    Íntegra da nota da ViaMobilidade
    “A concessionária lamenta profundamente o falecimento de Jadson Pires e expressa suas sinceras condolências aos amigos e à família, com quem já fez contato e se colocou à disposição para prestar apoio. A companhia informa que repudia qualquer forma de violência e que o comportamento dos profissionais que atuaram na contenção de Jadson Pires não corresponde aos seus valores, treinamento e padrão dos seus procedimentos de segurança e atendimento. O homem de camiseta preta é Agente da Guarda Civil que estava em uma atuação à paisana, sem qualquer relação com a operação da concessionária.
    Imediatamente após a ocorrência, um boletim de ocorrência foi registrado, uma sindicância interna foi instaurada e os agentes envolvidos foram afastados de suas funções. Todas as imagens disponíveis foram cedidas à polícia. A concessionária reforça que investe continuamente na formação de seus colaboradores para o relacionamento com o público e a segurança de seus clientes. Diante dos recentes acontecimentos, deu início a um processo de reciclagem de 100% do seu quadro de agentes e reforçará a capacitação voltada ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade ou sob o efeito de substâncias entorpecentes. Além disso, aumentou o rigor das medidas disciplinares e instaurou a obrigatoriedade de justificativa formal sempre que houver a necessidade de uso da força no exercício das atividades”.

  • Ed Sheeran será o primeiro artista ocidental da história a se apresentar em Butão

    Ed Sheeran se apresenta no Rock in Rio 2024 — Foto: Gustavo Wanderley/g1

    Ed Sheeran será o primeiro artista ocidental da história a se apresentar em Butão. O cantor e compositor fará uma apresentação no país asiático em 24 de janeiro de 2025, no Changlimithang Stadium.

    “Eu tenho ouvido ciosas maravilhosas sobre o Butão”, comentou o cantor ao anunciar a data do show.

    Localizado no sul da Ásia, no extremo leste dos Himalaias, o Butão tem cerca de 800 habitantes e está situado entre dois gigantes asiáticos, a China e a Índia.

    Além da apresentação em Butão, Sheeran também anunciou shows na Índia, China, Qatar e Emirados Árabes.

    • Leia também: A história que levou o Butão a se tornar peça-chave nas disputas entre China e Índia

    Ed Sheeran canta ‘Shape of You’ no Rock in Rio

  • Spotify Wrapped 2024: como fazer a sua retrospectiva no app de música

    Spotify Wrapped 2024: como fazer a sua retrospectiva no app de música — Foto: Reprodução/Spotify

    O Spotify começou a liberar, nesta quarta-feira (4), o Spotify Wrapped 2024 para os usuários da plataforma. A retrospectiva revela, por exemplo, suas músicas, álbuns, artistas e podcasts mais ouvidos ao longo do ano (veja abaixo como ativar a sua).

    O g1 teve acesso antecipado ao recurso. Uma série de stories dentro do app mostra quantos minutos você passou ouvindo músicas e podcasts, o dia em que mais ouviu e a quantidade de faixas tocadas ao longo do ano.

    Em seguida, o Spotify Wrapped 2024 apresenta a música mais tocada junto de um top 5 com as que você mais deu play, entre outras informações.

    Entre as novidades deste ano está a função que permite descobrir a sua “obsessão musical em 2024”. Ela apresenta fases que definiram o seu ano a partir das músicas ouvidas. O Wrapped pode apresentar até três fases musicais diferentes.

    Agora, os usuários podem compartilhar um vídeo personalizado do Spotify Wrapped 2024 no TikTok — Foto: Reprodução/Spotify

    Outra novidade é a integração com o TikTok, que permite publicar um vídeo personalizado com você comentando a sua retrospectiva do Spotify (veja na imagem acima). Para fazer isso, ao final dos stories, toque em “Compartilhar”, selecine “TikTok” e toque em “Vídeo”.

    Assim como nos outros anos, o Spotify também gera a playlist “Your Top Songs 2024”, com todas as suas faixas preferidas.

    Como fazer a sua retrospectiva do Spotify

    Botão de ‘Retrospectiva’ no app do Spotify — Foto: Reprodução/Spotify

    O recurso está disponível para donos de aparelhos Android e iPhone (iOS) com a versão mais recente do app. Veja abaixo como verificar o seu ano musical:

    1. Abra o seu aplicativo do Spotify e toque no ícone “Retrospectiva”, localizado no topo;
    2. Em seguida, toque em “Sua Retrospectiva”;
    3. Pronto! O app exibirá stories com todas as informações do seu ano musical.

    Após gerar a sua retrospectiva, o aplicativo permite compartilhar os registros no WhatsApp, Instagram (mensagens e stories), TikTok, Facebook, X, Mensagens (SMS) ou baixar no celular.

    O Spotify não é o único serviço de música a oferecer uma retrospectiva anual. O Apple Music, o Deezer e o YouTube Music também disponibilizam esses recursos em seus respectivos aplicativos.

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  • Dólar opera em alta, com mercado de olho em novos dados de emprego nos EUA

    No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,21%, cotada em R$ 6,0558. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,72%, aos 126.139 pontos. Dólar
    Karolina Grabowska/Pexels
    O dólar opera em alta nesta quarta-feira (4) com investidores à espera de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que pode trazer mais pistas sobre como anda a economia e guiar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em suas decisões de política monetária.
    No Brasil, o destaque fica com novos números da indústria, enquanto o mercado ainda repercute o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta terça (3).
    Também no cenário interno, uma pesquisa da Quaest com agentes do mercado financeiro mostram que a reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 90%.
    A avaliação vem uma semana depois do anúncio do pacote de corte de gastos, que prevê uma economia de R$ 70 bilhões até 2026 — mas que foi divulgado junto a uma proposta de isentar pessoas que ganham até R$ 5 mil do pagamento do imposto de renda, o que pode impactar ainda mais as despesas do governo.
    Segundo a pesquisa, 58% dos agentes do mercado acham pacote de corte de gastos nada satisfatório e 42%, pouco satisfatório.
    Veja abaixo o resumo dos mercados.
    MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
    DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
    Dólar
    Às 09h35, o dólar caía 0,21%, cotado a R$ 6,0684. Veja mais cotações.
    No dia anterior, a moeda caiu 0,21%, cotada a R$ 6,0558.
    Com o resultado, acumulou:
    alta de 0,92% na semana;
    ganho de 0,92% no mês;
    alta de 24,80% no ano.

    Ibovespa
    O Ibovespa começa a operar às 10h.
    Na véspera, o índice encerrou em alta de 0,72%, aos 126.139 pontos.
    Com o resultado, acumulou:
    avanço de 0,38% na semana;
    alta de 0,38% no mês;
    recuo de 6,00% no ano.

    Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
    O que está mexendo com os mercados?
    Enquanto aguarda a divulgação de novos dados, o mercado segue repercutindo o resultado do PIB do 3° trimestre. O indicador cresceu 0,9% no período em relação aos três meses imediatamente anteriores, segundo dados do IBGE, em linha com o esperado pelo mercado.
    Apesar de representar o 13º resultado positivo seguido do indicador em bases trimestrais, o resultado ainda representa uma desaceleração em relação aos meses de abril a junho deste ano, quando a atividade registrou alta de 1,4%.
    Neste 3º trimestre, a Indústria (0,6%) e o setor de Serviços (0,9%) tiveram altas importantes e compensaram a queda de 0,9% da Agropecuária.
    Pelo lado da demanda, todos os itens cresceram. O Consumo das famílias cresceu 1,5%, e o Consumo do governo subiram 0,8%, enquanto os Investimentos tiveram ganho de 2,1% neste trimestre.
    Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, os dados “são positivos e indicam revisões para cima nas projeções de crescimento, que ainda não refletiam um avanço de 3% ou mais”.
    Esse cenário, no entanto, deve contribuir para uma maior pressão da inflação no país e, consequentemente, juros também em patamares mais restritivos.
    “Com a revisão do crescimento do PIB de 2023 de 2,9% para 3,2%, o Brasil demonstra um avanço acima de sua média estrutural, o que pode levar o Banco Central a manter condições monetárias mais restritivas no curto prazo”, afirma Cruz.
    Claudia Moreno, economista do C6 Bank, compartilha do mesmo ponto de vista e explica: “embora positivo, para mantermos esse ritmo de crescimento de maneira sustentável é necessário que o país tenha ganhos de produtividade, o que não estamos vendo por ora. Esse cenário leva a um aquecimento da economia para além da sua capacidade (hiato positivo) e torna o controle de preços mais desafiador”.

  • Testemunha narra últimas palavras de homem morto após agressão em estação de SP: ‘Tenho uma filha de 3 anos, não precisa fazer isso comigo. Cuida dela’

    Segundo exames periciais, Jadson Vitor De Sousa Pires morreu em razão de ‘asfixia mecânica em decorrência de esganadura’ gerada pelas agressões de seguranças da estação Carapicuíba, da ViaMobilidade. Testemunha relata ‘cena horror’ ao descrever agressões a homem morto em estação de trem
    Passageiros da Linha 8-Diamante que testemunharam a morte de Jadson Vitor De Sousa Pires, que morreu após ter sido agredido por agentes de segurança da ViaMobilidade, narraram as últimas palavras dele antes de desmaiar e não mais acordar na estação de trem de Carapicuíba, na Grande São Paulo.
    A agressão aconteceu em meados de novembro, mas só nesta terça-feira (3) o Bom Dia SP teve acesso às imagens e aos exames feitos no corpo de Jadson. Os documentos apontam que a causa da morte foi asfixia mecânica em decorrência de esganadura.
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    O médico legista que fez a perícia também apontou que o corpo estava com as costelas do lado direito do tórax quebradas, além de apresentar escoriações no antebraço direito, mão direita e nos dois joelhos.
    Segundo um dos passageiros que testemunharam e filmaram a agressão, quem estava na estação Carapicuíba naquela noite chegou a gritar para os seguranças pararem as agressões, temendo pela morte do rapaz que, aparentemente, apresentava sinais de embriaguez ou outras substâncias.
    Jadson Vitor De Sousa Pires foi morto após agressão em estação da ViaMobilidade em Carapicuíba, na Grande SP.
    Montagem/g1/Reprodução/Acervo pessoal
    “Ele não estava violento, estava apenas assustado. Aparentava com certeza estar drogado ou bêbado, não precisava fazer aquilo que fizeram com ele. Era só imobilizar o rapaz e tentar acalmar ele e tudo resolvia. Ele chegou para nós e pediu ajuda lá, pediu ajuda pra todo mundo e falou assim: ‘quero água. Me dá um copo com água?”, disse a testemunha ouvida pela TV Globo.
    “Ele pegou, bebeu a água e falou assim: ‘tenho uma filha de 3 anos, não precisa fazer isso comigo’. O que mais me doeu foi quando ele repetiu: ‘tenho uma filha de 3 anos, se eu morrer cuida dela”, narrou.
    “Na hora que deitou ele no chão, botaram o joelho em cima do rapaz, assim. E foi na hora que eu senti aquele peso do corpo caindo no chão e aí eu falei: ‘Já era, mataram o cara’”, contou o rapaz que viu o momento que Jadson desmaiou.
    Homem é agredido e morto em estação de trem na grande São Paulo
    Reação da família
    A viúva de Jadson, Renata Santos de Sousa, contou que, no dia do crime, o marido tinha saído de casa para resolver problemas burocráticos para receber o seguro-desemprego e sacar o FGTS, uma vez que tinha sido demitido do emprego recentemente.
    Renata descreveu o marido como um “homem incrível”, “trabalhador” e “muito esforçado”.
    Ele era um paizão. Era um marido muito bom, um cara muito trabalhador, muito esforçado, um ser humano incrível. Ele era tudo para mim e para a minha filha. Hoje está sendo muito difícil tudo o que está acontecendo e o que eu clamo é por Justiça. Ele não merecia isso.
    Família de Jadson pede Justiça após rapaz ser morto em estação da ViaMobilidade, em Carapicuíba, na Grande SP.
    Reprodução/TV Globo
    A viúva contou que só depois das imagens divulgadas pelo Bom Dia SP é que soube o que realmente aconteceu com Jadson no dia da morte, há mais de vinte dias.
    “Não justifica o que fizeram. Ele podia está ali sob efeito de droga, como estão falando. Podia estar sob efeito de álcool. As pessoas que atenderam ele não tiveram nenhum sentimento humano com ele. De entender, explicar para ele: ‘Olha, eu posso te ajudar?’ Não. Já foram agredindo ele. Eu estou juntando força de onde não tem para correr atrás da Justiça”, afirmou.
    Um dos seguranças que imobilizaram Jadson com o joelho usava uma câmera corporal.
    Por meio de nota, a ViaMobilidade disse que todas as imagens disponíveis foram entregues à polícia e o “comportamento dos profissionais que atuaram na contenção de Jadson Pires não corresponde aos seus valores, treinamento e padrão dos seus procedimentos de segurança e atendimento”. E que “os agentes envolvidos foram preventivamente afastados.”
    Família de Jadson pede Justiça após rapaz ser morto em estação da ViaMobilidade, em Carapicuíba, na Grande SP.
    Reprodução/TV Globo

  • Em comissão da Câmara, María Corina Machado pede que Brasil reconheça Edmundo González como presidente da Venezuela

    A líder da oposição na Venezuela e o candidato, que está exilado na Espanha, participaram de sessão da Comissão de Política Exterior e Defesa na terça-feira (3) por videoconferência. María Corina Machado e Edmundo González Urrutia.
    Getty Images via BBC
    A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, pediu para que o Brasil reconheça Edmundo González como presidente eleito do país vizinho durante participação em sessão da Comissão de Política Exterior e Defesa da Câmara dos Deputados do Brasil, na terça-feira (3). González, que disputou as eleições com Nicolás Maduro, também participou do encontro.
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    “O que esperamos é que o Brasil reconheça Edmundo González como presidente eleito para que se possa pressionar Maduro e que se dê conta de que sua melhor opção é uma transição ordenada e pacífica”, disse Machado por videoconferência, segundo a Agência France-Presse (AFP).
    González, que está exilado na Espanha, alega ser o legítimo presidente eleito da Venezuela. A autoridade eleitoral venezuelana proclamou Maduro eleito para um terceiro mandato de seis anos após as eleições presidenciais de 28 de julho, sem apresentar os detalhes da apuração, como determina a lei.
    No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu Maduro com honras em Brasília, mas as tensões entre os dois governos escalaram semanas após as eleições venezuelanas. Lula pediu a publicação das atas eleitorais que comprovassem a vitória de Maduro, o que não ocorreu, e o Brasil vetou a entrada da Venezuela ao bloco do Brics.
    Mas, em novembro, Lula disse em uma entrevista à TV que Maduro era um “problema” da Venezuela e não do Brasil, uma declaração que o presidente venezuelano recebeu positivamente.
    A dirigente opositora disse que Maduro “está isolado, nacional e internacionalmente, fragilizado, sem recursos”. “Seguiremos firmes nesta posição para avançar junto de vocês para essa transição ordenada e para que Edmundo González assuma a Presidência”, acrescentou.
    María Corina falou ao g1
    Há uma semana, em entrevista ao g1, a líder da oposição venezuelana afirmou que Nicolás Maduro tentou enganar o presidente Lula e o povo brasileiro sobre o resultado das eleições presidenciais da Venezuela e cobrou pressão de líderes internacionais para que Maduro deixe o poder.
    Líder da oposição da Venezuela diz que Maduro tentou enganar Lula
    Milhões de venezuelanos foram às urnas no dia 28 de julho para eleger o presidente do país para o período entre 2025 e 2031. Edmundo González foi o candidato da oposição após outros políticos — incluindo María Corina Machado — terem sido barrados de disputar o pleito.
    Sem apresentar provas, o Conselho Nacional Eleitoral, alinhado a Maduro, afirmou que o atual presidente da Venezuela venceu as eleições com pouco mais de 50% dos votos.
    A oposição, por outro lado, garante que González derrotou o atual presidente com ampla vantagem com base nos documentos impressos pelas urnas de votação. O Centro Carter, ONG americana que atuou como observador das eleições, também aponta González como vencedor.
    Um membro da oposição venezuelana viajou para Brasília nesta semana para mostrar os documentos das urnas a autoridades. Reuniões foram marcadas com membros da diplomacia brasileira e do Congresso Nacional.
    Maria Corina Machado, 57 anos, afirmou ao g1 que Maduro acreditava que poderia enganar Lula, vendo no presidente brasileiro um aliado internacional. No entanto, segundo ela, o petista tem adotado uma postura firme para apontar que houve fraude nas eleições venezuelanas.
    “O Brasil é inquestionavelmente um líder na região. É um país que durante todos esses anos insistiu na validade das instituições democráticas. Maduro acreditou que poderia enganar Lula ou enganar o povo brasileiro, mas isso não aconteceu”, afirmou.
    “É um momento em que, com muita clareza e nitidez, todos os chefes de Estado, os governos, os líderes da América Latina de todas as posições ideológicas devem assumir uma posição única e unida.”
    Ainda durante a entrevista, a líder da oposição venezuelana afirmou que:
    acredita que Edmundo González assumirá o governo em janeiro;
    a oposição ofereceu uma transição negociada ao atual presidente;
    há setores das Forças Armadas insatisfeitos com Maduro;
    existem diferenças entre a situação atual e a de quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente.
    Maria Corina Machado em discursos durante manifestação contra Maduro neste sábado (3)
    Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
    Acusada de uma série de crimes pelo Ministério Público da Venezuela, Maria Corina Machado disse que continua no país e sofre perseguições, assim como outros membros da oposição.
    Por questões de segurança, ela preferiu não dizer se está asilada em uma embaixada. Em agosto, em um artigo no “The Wall Street Journal”, Corina Machado afirmou que estava escondida por temer pela própria vida.
    Troca de governo
    Nicolás Maduro e Edmundo González
    Federico PARRA/AFP
    No dia 10 de janeiro de 2025, a Venezuela terá uma cerimônia para anunciar quem ficará pelos próximos seis anos no poder. Maduro, que controla a Justiça e o Congresso, se prepara para assumir o terceiro mandato.
    Na oposição, ainda há esperanças de que Edmundo González assuma o poder. Em entrevistas recentes, o oposicionista que está exilado na Espanha garante que vai voltar ao país para ser empossado.
    Maria Corina Machado também acredita que há possibilidades de que o regime de Maduro termine em janeiro de 2025. Ela argumenta que tem provas de que González recebeu o maior número de votos. Sendo assim, pela Constituição, é ele quem deve governar o país.
    “Evidentemente Maduro, até agora, resistiu e tentou aterrorizar um país e nos prender através da repressão, da intimidação. Mas a Constituição é a Constituição, e é isso que tem que acontecer”, disse.
    A líder venezuelana disse que a chapa de Edmundo González já conseguiu derrubar outras barreiras que pareciam difíceis de superar. Entre elas, vencer as eleições e conseguir reunir provas disso.
    “Eu estou focada em conseguir um mandato para fazer cumprir a Constituição. Quando Maduro vai reconhecer isso? Pode ser antes de 10 de janeiro. Pode ser no dia 10 de janeiro ou até depois do mês de janeiro. Mas Maduro terá de reconhecer a verdade porque nós, venezuelanos, não vamos desistir.”
    Transição negociada
    Maduro comparece à Suprema Corte venezuelana
    Federico PARRA / AFP
    Em agosto, a oposição da Venezuela anunciou que ofereceria “garantias, salvo-conduto e incentivos” para que Nicolás Maduro faça uma transição de poder. A ideia seria uma negociação com o atual presidente, que inclusive já recebeu uma oferta de asilo político no exterior.
    No mesmo mês, Maduro descartou negociar com a oposição e disse que Corina Machado tinha que se entregar à Justiça para responder “pelos crimes que cometeu”.
    Agora, a líder da oposição venezuelana afirma que Maduro deveria aceitar os termos de uma transição negociada “para o seu próprio bem” e evitar um cenário devastador na Venezuela.
    “Dissemos que estamos dispostos a dar garantias nesta transição, com base no reconhecimento da soberania popular expressada em 28 de julho. O que nós venezuelanos queremos é o que é bom para o nosso país, o que é bom para os países vizinhos, o que é bom para todas as nações democráticas e também o que é bom para aqueles que hoje apoiam Nicolás Maduro”, afirmou.
    A líder da oposição destacou que o apoio internacional para a troca de poder na Venezuela é fundamental para pressionar o regime atual. Segundo ela, Maduro acredita que os crimes cometidos durante seu governo serão esquecidos, mas o mundo não virará a página tão facilmente.
    Quando questionada sobre o que pode acontecer caso Maduro continue no poder, Corina Machado disse: “Acredite, será mais difícil para Maduro do que para nós”.
    “Ele tornaria realidade o golpe de Estado mais cruel da história deste país e ficará absolutamente isolado e sozinho em condições cada vez mais difíceis ou impossíveis de sustentar. Ele não tem mais nada, ele não tem mais ninguém. Ninguém acredita nele”, afirmou.
    Militares insatisfeitos
    Maduro fala com seu comando militar em um evento em Caracas no dia 5 de julho.
    Leonardo Fernández Viloria/ Reuters
    A líder da oposição venezuelana afirmou que o regime de Nicolás Maduro só continua de pé por causa da atuação das Forças Armadas, que têm forte influência chavista.
    “Vemos como em todos os cargos governamentais há algumas figuras das Forças Armadas porque Maduro sabe que isso é a única coisa que lhe resta.”
    Por outro lado, Corina Machado disse que existe um descontentamento crescente nas bases militares. Nas eleições de 28 de julho, por exemplo, membros das Forças Armadas tiveram papeis decisivos para que a oposição conseguisse reunir as atas das urnas eleitorais, segundo ela.
    “Essas pressões dentro das Forças Armadas crescem porque eles entendem que com Maduro não há futuro. Nós estamos oferecendo um governo democrático no qual todos os venezuelanos poderão se encontrar e fortalecer nossas instituições, começando por uma força armada profissional e bem treinada”, concluiu.
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