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O ex-presidente Jair Bolsonaro(PL-RJ) deixou o Hospital Rio Grande, em Natal, neste sábado (12),  após ser internado na sexta-feira (11) com dores abdominais intensas e uma distensão abdominal.

Ele foi transferido para Brasília, onde será tratado no hospital DF Star, em um avião com suporte de UTI. A transferência foi autorizada pelos médicos responsáveis, de acordo com um boletim médico divulgado anteriormente.

Bolsonaro foi atendido inicialmente no Hospital de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, onde estava participando de um evento do Partido Liberal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele explicou sua situação, dizendo que seu quadro clínico era o mais grave desde o atentado a faca sofrido em setembro de 2018, durante sua campanha à presidência.

“Ontem fui internado às pressas com dores intensas e uma forte distensão abdominal, talvez sem me dar conta da gravidade da situação”, afirmou o ex-presidente

Bolsonaro relatou também que, ao longo dos últimos anos, passou por episódios semelhantes, mas que o quadro atual surpreendeu até os médicos, mencionando especificamente o cirurgião Claudio Birolini.

A complicação identificada foi uma “semioclusão intestinal”, sem sinais de infecção ou necessidade de cirurgia emergencial no momento, conforme o boletim médico. No entanto, Bolsonaro confirmou que será submetido a uma nova intervenção cirúrgica.

A decisão de transferi-lo para Brasília foi tomada pela família e pelo médico pessoal do ex-presidente.

Em uma publicação em suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que está “estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes”, além de confirmar a possibilidade de uma cirurgia.

Ele também agradeceu aos apoiadores e pediu orações, destacando que o apoio recebido tem feito a diferença.

Ida para Brasília

O senador Rogério Marinho(PL-RN) confirmou à imprensa que a transferência estava sendo organizada, mas a equipe do ex-presidente não havia divulgado oficialmente detalhes sobre o deslocamento até o momento da publicação.

Bolsonaro concluiu sua postagem destacando sua intenção de continuar sua atuação política: “Em breve estarei de volta para lutar pela anistia dos presos políticos e por um país mais livre e mais próspero, como o povo brasileiro merece”, escreveu.

A transferência de Bolsonaro para Brasília e a necessidade de nova cirurgia marcam um novo capítulo em sua recuperação após o atentado de 2018, enquanto ele continua sendo monitorado por uma equipe médica especializada.

O juiz Michael Jesic, do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, decidiu manter as audiências que poderão reavaliar a sentença de prisão perpétua imposta aos irmãos Lyle e Erik Menendez, condenados pelo assassinato dos pais em 1989.

As sessões estão agendadas para os dias 17 e 18 de abril de 2025 e poderão determinar a manutenção da pena, sua redução ou a concessão de elegibilidade para liberdade condicional.

Lyle, hoje com 57 anos, e Erik, com 54, foram condenados em 1996 por homicídio qualificado. Os crimes ocorreram em agosto de 1989, na residência da família em Beverly Hills, Califórnia.

Na ocasião, os irmãos, então com 21 e 18 anos, mataram José e Kitty Menendez com múltiplos disparos enquanto os pais assistiam televisão.

A promotoria alegou que os assassinatos foram motivados por interesses financeiros, já que os filhos herdariam uma fortuna. A defesa, por sua vez, sustentou que os irmãos agiram em reação a anos de abuso sexual e psicológico.

O primeiro julgamento, realizado em 1993, terminou sem veredicto por causa da divisão do júri.

No segundo, encerrado em 1996, os irmãos foram condenados à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional. Na ocasião, o juiz Stanley Weisberg limitou o uso de provas relacionadas aos supostos abusos.

Em 2023, novas informações vieram a público. Roy Rosselló, ex-integrante da banda Menudo, declarou ter sido abusado sexualmente por José Menendez aos 14 anos.

A revelação foi incluída em um documentário exibido nos Estados Unidos. Além disso, uma carta escrita por Erik em 1988 detalha alegações de abuso que não foram totalmente exploradas nos julgamentos originais.

Outro fator que contribui para a reavaliação da pena é uma mudança na legislação da Califórnia, que passou a permitir a revisão de sentenças de réus com menos de 26 anos na época do crime, desde que haja histórico de trauma ou reabilitação.

Lyle e Erik se enquadram nesses critérios. A lei também considera a conduta do detento e o risco atual à sociedade.

Desde a condenação, os irmãos estão detidos em prisões diferentes. Segundo a defesa, ambos têm comportamento considerado exemplar.

Relatórios penitenciários mencionam a participação em programas educacionais, a atuação como mentores e o apoio prestado a outros presos. Um diretor de unidade prisional teria afirmado que “não teria receio de viver próximo a eles”.

O juiz Jesic negou o pedido do atual promotor do condado, Nathan Hochman, para encerrar o processo.

Hochman, que assumiu o cargo em dezembro de 2024, substituindo George Gascón, argumentou que os réus não assumiram integralmente a culpa e que os assassinatos foram premeditados. Ele considera que as novas evidências não alteram a gravidade dos crimes.

Além das audiências judiciais, um pedido de clemência foi submetido ao governador da Califórnia, Gavin Newsom.

Paralelamente, o conselho de liberdade condicional do estado deve avaliar se os irmãos representam ameaça caso sejam libertados.

Série da Netflix

A reabertura do caso ganhou atenção após o lançamento de produções audiovisuais em 2024, como a série “Monstros: Irmãos Menendez – Assassinos dos Pais”, da Netflix, e o documentário “The Menendez Brothers”.

Personalidades como Kim Kardashian e o ator Cooper Koch manifestaram apoio público à libertação dos irmãos.

A Polícia Civil de Alagoas investiga o sequestro de uma bebê de 15 dias ocorrido na manhã da última sexta-feira (11), na BR-101, no município de Novo Lino.

A criança, identificada como Ana Beatriz Silva de Oliveira, foi levada dos braços da mãe por um grupo formado por três homens e uma mulher que ocupavam um carro modelo Corsa Classic, de cor preta.

O crime aconteceu no povoado Novo Eusébio. Segundo o relato da mãe à polícia, ela estava em um ponto de ônibus aguardando o transporte escolar para levar o filho mais velho, de cinco anos, quando foi abordada pelos suspeitos.

Um dos homens apontou uma arma e ordenou que entregasse o bebê. A criança foi levada, e o carro seguiu em direção ao estado de Pernambuco.

De acordo com o depoimento da mãe, ela conseguiu observar algumas características dos suspeitos. Um dos homens seria moreno, com tatuagem no peito.

Já a mulher teria cabelos loiros. As autoridades ainda não divulgaram imagens de câmeras de segurança nem informações adicionais sobre a rota de fuga do veículo.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas montou uma força-tarefa com a participação das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.

O objetivo é localizar a criança, identificar os sequestradores e investigar se há indícios de crimes relacionados a tráfico humano e cárcere privado.

Protestos

No sábado (12), moradores de Novo Lino realizaram um protesto na BR-101 em resposta ao desaparecimento da bebê.

O grupo bloqueou os dois sentidos da rodovia por algumas horas. Familiares e vizinhos da vítima pediram agilidade nas investigações. A Polícia Militar esteve no local e negociou a liberação da via.

A Polícia Militar de Pernambuco informou que abordou, ainda na sexta-feira, um carro com características semelhantes às do utilizado no sequestro. A ação ocorreu na BR-232, em Vitória de Santo Antão, no interior do estado.

De acordo com nota enviada ao Portal iG pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, placas de veículo foram encontradas no interior do automóvel, e um suspeito foi encaminhado à delegacia da cidade.

A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da 61ª Delegacia de Vitória de Santo Antão, instaurou uma Verificação Preliminar de Investigação.

Segundo o órgão, a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas assumiu a responsabilidade pela condução do caso e por novas diligências.

A Polícia Civil de Alagoas também se manifestou nas redes sociais, afirmando que equipes estão mobilizadas para esclarecer o caso. Até a publicação deste texto, não houve pronunciamento adicional oficial.

JOEL SAGET

Atingida pela nova política tarifária dos Estados Unidos, a União Europeia iniciou um processo de diversificação de suas parcerias comerciais, com os olhos voltados para países da Ásia e para o Mercosul.

Quando o presidente americano, Donald Trump, impôs tarifas generalizadas em um dia que batizou de o “Dia da Libertação”, os principais dirigentes da UE estavam no Uzbequistão, em negociações para impulsionar o comércio com os países da Ásia Central.

Posteriormente, Trump anunciou uma “pausa” em sua enxurrada de tarifas, e a UE fez o mesmo com as represálias que preparava, mas o processo de diversificação segue a todo vapor.

É um desafio enorme, uma vez que as trocas comerciais entre a UE e os Estados Unidos são monumentais e em 2023 alcançaram o equivalente a 1,8 trilhão de dólares (10,57 trilhões de reais).

No entanto, Varg Folkman, especialista do Centro Europeu de Política (EPC), apontou que “a modificação nas rotas e nos fluxos comerciais levará tempo. Isso não é algo que possa acontecer de um dia para o outro”.

Na sexta-feira, o Conselho Europeu informou que prepara uma cúpula com a China para a segunda metade de julho.

Como resultado dessa aproximação, o presidente chinês, Xi Jinping, disse na sexta-feira que a “China e a UE devem assumir suas responsabilidades internacionais, e proteger a globalização econômica”.

“A Europa continua se centrando em diversificar suas parcerias comerciais, comprometendo-se com países que representam 87% do comércio mundial e compartilham nosso compromisso com uma troca livre e aberta de bens, serviços e ideias”, anunciou a UE na quinta-feira.

– Acordo com o Mercorsul? –

Vários países do bloco também pedem a aprovação do acordo de livre comércio com o Mercosul, depois que ambas as partes anunciaram ter finalizado um entendimento político.

A Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, espera apresentar uma proposta aos países do bloco sobre o acordo com o Mercosul “antes do fim do verão” (norte), ou seja, antes de setembro, segundo indicou um de seus porta-vozes.

Apesar do anúncio desse entendimento político há quatro meses, a questão segue gerando controvérsias na UE, e a França se mantém firme em sua oposição ao tratado.

A ministra francesa da Agricultura, Annie Genevard, disse esta semana que o acordo “era ruim ontem e segue sendo” e não é um “remédio” para as tarifas de Trump.

Enquanto isso, Finlândia e Suécia já se manifestaram a favor da aprovação do acordo, e a Áustria – um país que durante muito tempo teve objeções – mudou de posição.

Espanha e Alemanha são fortes defensoras do acordo.

Por outro lado, os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também anunciaram que estarão presentes em novembro na Colômbia para a IV Cúpula entre a UE e a Celac.

Pouco antes da posse de Trump, a UE também havia expressado seu desejo de fortalecer os laços comerciais com o México, ao concluir as negociações para a modernização do acordo global bilateral.

No início de abril, a UE também anunciou o relançamento das conversas sobre livre comércio com os Emirados Árabes Unidos, e fez o mesmo com a Malásia.

Em fevereiro e março, altos funcionários europeus mantiveram encontros com dirigentes da Índia e África do Sul, ao mesmo tempo que o bloco abriu canais de comunicação com o Canadá.

– A opção chinesa –

As relações entre Bruxelas e Pequim passaram por momentos de calma e outros de turbulência, mas não se pode deixar de lado a importância que o gigante asiático representa.

Vários dirigentes europeus, incluindo o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, viajaram à China para encontros de alto nível.

A Espanha está “firmemente comprometida” com a abertura da UE ao Sudeste Asiático, disse Sánchez.

A aproximação com a China, no entanto, exige cautela.

De um lado, os europeus querem evitar que, ante uma guerra comercial entre Pequim e Washington, a UE se veja inundada de produtos chineses em busca de um mercado alternativo.

E de outro lado, China e UE devem superar suas próprias tensões comerciais, como as pesadas tarifas europeias aos carros elétricos produzidos no gigante asiático.

O Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciou nesta quinta-feira (10) uma iniciativa de pesquisa e testes em larga escala da HHS, Department of Health and Human Services, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, para determinar as causas do autismo, com conclusão prevista para setembro. 

A declaração foi feita durante uma reunião do gabinete do presidente Donald Trump e transmitida ao vivo.

Kennedy afirmou que o esforço contará com centenas de cientistas de diferentes países e será liderado por David Geier, conhecido por alegações controversas de ligação entre vacinas e autismo. Apesar disso, décadas de estudos científicos refutam essa relação, e organizações como a Autism Speaks destacam que vacinas são essenciais para prevenir doenças graves. “Autismo costuma ser diagnosticado na mesma época em que crianças recebem vacinas, o que levou a preocupações infundadas sobre uma conexão”, diz a Autism Speaks em seu site.

Thank you, @POTUS, for another productive Cabinet meeting today. Thanks to your MAHA Commission, we’ll soon identify the root causes of the autism epidemic. Eliminating those harmful exposures will bring us one step closer to fulfilling our Make America Healthy Again promise. https://t.co/3HGn266Ubo

— Secretary Kennedy (@SecKennedy) April 10, 2025

 

A taxa de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos Estados Unidos tem aumentado nas últimas décadas. Atualmente, estima-se que 1 em 36 crianças no país tenham o transtorno, um número maior em relação a 2018, quando era 1 em 44, segundo o CDC. Esse aumento é atribuído, em parte, a maior conscientização, mudanças nos critérios de diagnóstico e melhores serviços de triagem.

Especialistas concordam que o TEA resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como exposição a poluentes ou complicações na gravidez. Entretanto, nenhum fator isolado foi identificado como causa. Além disso, organizações como o Instituto Nacional de Saúde (NIH) já investem mais de US$ 300 milhões por ano em pesquisas sobre o tema.

Kennedy não detalhou como sua pesquisa se diferenciará das iniciativas em andamento ou quais cientistas estarão envolvidos. Representantes de importantes organizações de autismo, como a Autism Society of America, afirmaram não terem sido incluídos nas discussões. A comunidade científica continua a reiterar a inexistência de ligação entre vacinas e autismo. As informações são da Fox.