“Nem toda brasileira é bunda.” A frase é da música “Pagu”, composta por Rita Lee e Zélia Duncan, e dá um alívio, né? No país em que o bumbum ficou conhecido como “preferência nacional”, lembrar que generalizações são ultrapassadas é importante. Aqui na redação, a gente é a favor da saúde, do autocuidado, do amor próprio… E não vai te mandar fazer séries mil de agachamento para ter o “bumbum perfeito”. Mas vai te incentivar a cuidar dele com todo carinho do mundo para que sua autoestima, sim, fique na nuca!
Dito isso, bora entender melhor a rotina de skincare específica da pele dos glúteos? Com ela, certos incômodos, como acne, textura áspera e até mesmo aquelas bolinhas vermelhas (aka foliculite) podem ser evitadas com passos simples. Celulite, flacidez e estrias (tão chatinhas!) também têm tratamento.
“Direta ou indiretamente, elas estão relacionadas com a falta de colágeno no corpo”, afirma a dermatologista carioca Karla Assed. Ela explica que, após os 20 anos de idade, a gente perde cerca de 1% de colágeno por ano. Se, aos 20, a maior preocupação é manter a pele tonificada e lisinha, a partir dos 30, o foco muda para volume e elasticidade. Em ambos os casos, o ideal é focar na hidratação, pois ela ajuda em tudo. Massagens, drenagens, esfoliação e até escovação a seco – ritual baseado na medicina ayurvédica que ajuda a estimular a circulação – são sempre bem-vindos, assim como tratamentos com máquinas. Vem entender o bumbum tim-tim por tim-tim.
Celulites
Os furinhos na pele são causados por fatores como retenção de líquido e metabolismo – e não por excesso de peso. A boa notícia é que celulites não causam mal à saúde. Quem se incomoda esteticamente com elas pode investir em aplicação de ácido polilático, que é injetado diretamente onde está o buraco para estimular a produção de colágeno.
Estrias
São cicatrizes que aparecem quando há rompimento das fibras elásticas da derme por causa de um estiramento excessivo ou muito abrupto da pele. A maneira mais simples de evitá-las é focar na hidratação do corpo com óleos e cremes potentes, que atuam na melhora da elasticidade.
Acne
Processo inflamatório das glândulas sebáceas da pele, cuja principal causa está no suor. Ou seja: alô, você, que fica um tempão com a roupa fitness, melhor rever esse hábito. Para tratar, recomendam-se aplicações de ácido, laser, peeling e até uso de antibióticos tópicos ou via oral.
Foliculite Parece espinha, mas não é. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, trata-se de uma infecção nos folículos onde nascem os pelos. É motivada por bactéria ou pela inflamação de pelos encravados e, dependendo do grau, pode coçar e doer. “A foliculite é comum em mulheres que ficam muito sentadas, usam jeans apertados ou fazem depilação com cera ou lâmina”, explica Karla. Como tratamento, indicam-se aplicações de ácido salicílico e laser secativo e uso de antibióticos tópicos. Esfoliar a pele com movimentos circulares ajuda a evitar a obstrução e inflamação dos folículos.
Elas têm a força
1. Cleo “Estou amando a minha bunda grande.” Assim ela compartilhou um dos cliques mais curtidos de seu Insta. 2. Sabrina Sato Dispensa apresentações, né? A Sá faz um treino constante localizado nos glúteos com agachamentos + caneleiras. 3. Paolla Oliveira Quebrou a internet ao aparecer de fio dental na série Felizes para Sempre?, em 2005. Entrou para a história! 4. Anitta Colocou o bumbum e as celulites para jogo no clipe de “Vai, Malandra!” 300 milhões de views and counting…
Liso, leve e solto
Vem ver o que há de mais eficaz para deixar seu bumbum bem bom
1. Hidratante Feito com extrato de guaraná, o creme da Sol de Janeiro é rico em antioxidantes e promete pele macia e flexível. US$ 45 no b-glowing.com 2. Esfoliante O Crushed Cabernet, da Caudalie (R$ 149), ativa a drenagem do corpo, diminuindo a retenção de líquido. Tem 99% de ingredientes naturais. 3. Creme hi-tech Extrato de Poria Cocos (tipo de cogumelo) + cafeína + extrato de Houttuynia Cordata (uma plantinha nativa do sudeste da Ásia) + gotas de espinheiro branco + arroz. O que o supergel da Shiseido (R$ 380) faz? Alivia inchaço e má circulação. 4. Óleo firmador Este produto preventivo da Weleda tem fórmula orgânica que combina amêndoa, jojoba e gérmen de trigo com extrato de arnica. Atua na firmeza da pele e é ideal para minimizar as estrias, sobretudo durante e após a gravidez (R$ 116). 5. Colágeno Os sachés Semblé Collagen, da Profuse (R$ 139), garantem aumentar os níveis de colágeno na pele em 65%. 6. Máscara A Slap It (US$ 10 na amazon.com), da Bawdy Beauty, promove um efeito detox, melhora a textura e disfarça as celulites em 10 minutos!
Fotos: Getty Images, divulgação e reprodução Instagram
Para fazer sucesso no mundo dos negócios, não basta executar um excelente serviço ou ter um bom produto: é essencial criar e manter conexões. De acordo com pesquisa alemã realizada com 37 mulheres líderes, publicada na revista Human Relations, no fim de 2018, nós fazemos menos network do que os homens. Por quê? Dentre os motivos estão a falta de confiança, timidez e uma cultura de tratar as relações profissionais como as sociais, sem pensar nos benefícios. Dá para entender por que duas antenadas empreendedoras americanas criaram o The Wing, um coworking só para mulheres que está bombando nos EUA.
Ganhamos sua atenção? Bora trabalhar o network? Às dicas!
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1. Networking, oi?
Fazer network é, basicamente, se relacionar com o intuito de realizar boas negociações, divulgar seu trabalho, trocar ideias e ampliar o leque de oportunidades. Isso inclui muita conversa, escuta ativa, generosidade e empatia – ou seja, não se trata simplesmente de sair se gabando da sua carreira, ok? Nos Estados Unidos, a lógica do networking consiste em dar ao outro o que você gostaria de receber: informação, opinião, atenção, indicação. Para isso, é preciso circular. Um estudo da Global Entrepreneurship Monitor mostrou que as brasileiras são as mulheres que menos investem no networking, e duas das razões são o constrangimento por ser minoria em eventos profissionais e a falta de tempo para frequentá-los.
2. Mas para quê?
“Quando ouvimos diferentes opiniões, tomamos decisões melhores. A importância do networking começa aí. É fundamental ter pessoas de confiança para conversar sobre seu negócio”, garante a coach de carreira Bruna Fioreti. Ela avisa, porém, que nem sempre o retorno é imediato. “Às vezes, aparece um cliente porque em algum momento do passado você foi generoso com alguém e essa pessoa te indicou para outra pessoa… Fazer network é cuidar desse tipo de parceiro que advoga pela sua marca a longo prazo”, diz.
3. Com quem, hein?
É possível trabalhar o networking em diversas frentes: familiares, amigos, conhecidos, pessoas que você admira, fornecedores, parceiros comerciais, clientes que já são fiéis e também potenciais consumidores. “Mantendo um bom relacionamento com diferentes pessoas, quem empreende consegue ter informações valiosas sobre o mercado e o ambiente de negócios. Isso permite corrigir rotas, inovar e criar alternativas em busca do sucesso”, explica Gilvanda Figueirôa, do Sebrae-SP.
4. E com que frequência?
A manutenção da sua rede de contatos exige dedicação diária. É isso o que defende a psicóloga e coach de carreira Lilah Kuhn. “É um trabalho de semear relações, ouvir, apoiar e ser apoiado. É preciso ser curioso para ouvir sobre o outro também, genuinamente. Fazer network é como cuidar de um jardim, regando de forma contínua”, resume ela.
5. Qualidade X quantidade
A especialista em coach pessoal e profissional Daniela Arteze acredita que a qualidade se sobrepõe à quantidade. “A rede de contatos deve ser sólida e cultivada ao longo de anos da vida profissional. Não adianta colecionar um monte de nomes, e-mails, telefones e conexões nas redes sociais se você não movimenta tudo isso com certa frequência”, diz.
7 passos da conexão
1. Converse e interaja
Convide seus contatos para um café, interaja nas redes sociais ou ligue de vez em quando. E seja sincera. Assim as pessoas tendem a se encantar por você.
2. Saiba ouvir (mesmo!)
Quem vê seu negócio de fora pode dar ideias valiosas que contribuam para a sobrevivência e o sucesso dele. #ficaadica
3. Peça mentoria
Sabe o profissional da sua área que você admira? Conecte-se com ele! Mostre por que se espelha nessa pessoa e peça feedbacks sobre o seu business.
4. Circule sempre
Frequente eventos, palestras, workshops e cursos na sua área de atuação. Assim fica muito mais fácil conhecer gente.
5. Trabalhe em um coworking
Eles estão em alta e são perfeitos para interagir com outros profissionais, ampliando seu leque de alcance.
6. Fidelize seus clientes
Pode ser por meio de programas, promoções ou bônus. É mais fácil cuidar dos consumidores que você já tem do que conquistar novos, viu?
7. Saiba falar sobre seu negócio
Esteja preparada para se apresentar com confiança e nunca subestime a pessoa com quem você está conversando – ela pode ser um futuro cliente ou investidor!
Você sabia que…
78% dos empreendedores de startups ao redor do mundo acreditam que o networking é vital para o sucesso do negócio. Fonte: The Economist Intelligence Unit
57% dos jovens empreendedores brasileiros usam a tecnologia para fazer network. Fonte: Firjan
16% dos empreendedores que vão à falência no Brasil apontam a falta de clientes como principal motivo. Fonte: Sebrae
Marcelo Bretas, juíz que integra a Lava Jato, usou as redes sociais para dar sua opinião sobre a acusação Najila Trindade contra Neymar de estupro e agressão, nesta quinta (06).
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“Preocupante! Suspeitas de fraude ou abuso de direito pela parte “mais vulnerável” devem ser apuradas com rigor, sob pena de deslegitimar as demais situações de efetiva vulnerabilidade. Nem sempre a vítima é a parte mais fraca da relação.
Terminando a postagem, marcou a arroba do jogador, que foi afastado da Copa América, que defendia pela seleção brasileira.
A postagem de Breta é um compartilhamento de um tweet de Carlos Jordy, deputado federal do PSL, no Rio de Janeiro.
A mulher faz uma acusação de estupro, faz com que o cara tenha sua vida destroçada, ele perde contratações e patrocínios, ela ganha seus minutinhos de fama e o vídeo mostra isso: NADA, além de uma agressão dela contra ele. As feministas vão fazer textão sobre cultura do estupro?”, escreveu nas redes sociais.
Flavia Alessandra usou as redes sociais para compartilhar um clique fazendo o bem, conforme mostrou no Instagram, nesta quarta (05).
Nas imagens, a atriz aparece segurando no colo a pequena Vitória, de Jardim Gramacho, município de Duque de Caxias.
“Tem gente que te abraça e te reinicia. Essa é a Vitória lá de Jardim Gramacho, que assim como várias outras eu já conheço do Projeto Cidades Invisiveis de muito tempo. Ontem foi mais um dia desse projeto com muitas almas envolvidas, muito amor e tudo por um único propósito”, escreveu na legenda.
100 bilhões de roupas são feitas anualmente no mundo. A informação do relatório “Style that’s sustainable: A new fast-fashion formula”, da consultoria Mckinsey, fica ainda mais assustadora quando cruzada com o dado fornecido pelo Greenpeace em 2017, que diz que nos Estados Unidos, 80% das roupas produzidas são descartadas.
Alugar para comprar melhor
É latente: precisamos mudar a forma como produzimos e consumimos moda. Em tempos de economia de compartilhamento, surgem várias iniciativas alinhadas ao conceito. Um exemplo é a BoBAGS, plataforma fundada por Bel Braga em 2009.
“Funcionamos como um closet na nuvem: alugamos bolsas, acessórios e, mais recentemente, roupas, via tecnologia sob os pilares de curadoria e atendimento”, detalha a empresária. A BoBAGS tem acervo próprio – são hoje 700 produtos – e opção de marketplace para as clientes, ou seja, elas podem colocar itens de seus closets para aluguel e, de quebra, lucrar com as peças outrora estacionadas.
“Estudos mostram que as pessoas não usam pelo menos 50% daquilo que têm em seus closets. Aqui, a taxa de utilização passa de 70%. Só com essa iniciativa, garantimos o giro dos itens e reforçamos a ideia de moda consciente, porque muita gente usa peças da BoBAGS como um test drive antes de comprar”, garante Bel.
Soluções sustentáveis (de verdade!)
Alternativas à forma tradicional de consumo não faltam! Marcas como a EMI Beachwear, criada pela carioca Anna Luisa Vasconcellos, desconstroem a ideia de que o sustentável jamais será fashion. “Meu intuito é mostrar que é possível sintonizar moda e meio ambiente”, explica Anna.
Por isso, a marca faz de tudo para garantir que o DNA eco-friendly da marca apareça dos tecidos, sempre naturais, às embalagens, feitas a partir de sobras das peças. Ademais, “o tecido dos biquínis e maiôs se decompõe após quatro anos se for descartado em aterros sanitários”, garante ela.
Para o público feminino, um agravante ainda maior nos prejuízos ao meio ambiente: se cada mulher utiliza 20 absorventes por ciclo, são 240 unidades por ano. Isso resulta em, pelo menos, 10.000 absorventes durante a vida. No Brasil, esses resíduos não são recicláveis, e acabam parando em lixões e aterros sanitários. Para reverter o volume descartado, eis a alternativa sugerida pela Pantys: calcinhas absorventes reutilizáveis com tecnologia de secagem rápida, à prova d’água e anti-bactérias.
A recepção positiva por parte das mulheres foi tamanha que, hoje, a empresa conta ainda com shorts, biquínis, maiôs e sutiãs, esses últimos pensados para o período de amamentação.
Reuso
Não é de hoje – ou por motivos de moda consciente- que amigas trocam roupas. O casaco que não tem mais o seu estilo, um brinco que cansou de usar, aquela calça jeans que não te serve mais: emprestar ou dar a uma amiga ou instituições de caridade faz todo o sentido! Que tal, então, fazer desse bazar voluntário algo real? Circular peças é produtivo para a economia, o seu guarda-roupa e o da amiga, também. Um mix de olhar treinado, paciência e conhecer seu corpo é suficiente para a oportunidade de ter roupas únicas no armário.
Falando em reuso de peças, brechós não podem ficar de fora da lista. E quem acha que são coisas ultrapassadas ou recheadas de peças antigas com certeza não conhece a Casa Juisi. Inicialmente um brechó, fundado em 2003, o espaço se tornou um dos maiores acervos de moda vintage do país, referência para consulta de figurinistas, estudantes, pesquisadores e estilistas (internacionais, inclusive!). Mais um exemplo de como a sustentabilidade é fashion!
Comprando com consciência
Na hora de comprar, fique de olho em algumas marcas que promovem ações sustentáveis, produzem com técnicas ou tecidos de menor impacto ambiental ou apoiam instituições pró-meio-ambiente. A seguir, damos uma listinha de algumas ações para manter do radar
C&A: as lojas têm um ponto de coleta de roupas usadas para dar nova vida às peças. Tudo que os clientes deixam na urna são ou doadas para gerarem renda para o Centro Social Carisma ou enviadas para a Retalhar, que faz um processo de manufatura reversa, que envolve o desfibramento e reinserção no setor industrial para diversas finalidades, tais como construção civil, mantas acústicas e indústria automobilística.
Colcci: a marca de jeanswear brasileira tem o programa Denim For Good, no qual dá um desconto de 100 reais na compra de um novo jeans da marca para os clientes que levarem seus jeans antigos (de qualquer etiqueta) para reciclagem na loja.
AHLMA: A marca carioca utiliza apenas tecidos recuperados de estoques de fábricas e materiais certificados, de origem orgânica e livre de crueldade animal. Além disso toda a produção é vegana, não utiliza matérias primas como pele, couro, lã, seda ou pérolas em suas lojas ou de seus fornecedores.
A batalha por conscientização ambiental não é de hoje, mas parece que finalmente as pessoas começaram a perceber que é essencial se importar com o planeta em que vivemos. Da escolha de marcas de moda éticas a intensificar a reciclagem, a maioria de nós está sendo um pouco mais crítica sobre nossas escolhas quanto a estilo de vida e desperdício. “Como consumidores, acho que todos gostaríamos de sentir que estamos trazendo mudanças positivas. Às vezes, é difícil saber como fazer isso e entender o impacto que uma pequena mudança pode realmente causar “, diz Jo Chidley, fundador da Beauty Kitchen, marca inglesa cujo slogan é “estamos em uma missão para criar os produtos de beleza mais efetivos, naturais e sustentáveis do mundo.” “Para mim, sustentabilidade é uma combinação de coisas. É como desenvolvemos e formulamos produtos de forma consciente, considerando o impacto ambiental de longo prazo que eles têm. Consideramos cuidadosamente a questão ética, a embalagem e a produção, e como operamos como um negócio sustentável como um todo. Os consumidores querem saber que você, como um negócio sustentável, realmente se preocupa com eles e com o meio ambiente”, conta Jo. Com isso em mente, continue lendo para descobrir como você pode gradualmente empreender esforços para, aos poucos, tornar seu skincare mais sustentável. Compre de marcas que seguem práticas ecologicamente corretas De uma embalagem criteriosa a ingredientes sustentáveis, certifique-se de que elas cumprem os pré-requisitos para que sua única missão seja decidir quais produtos quer testar. “Os consumidores costumavam pensar que natural significava comprometer qualidade, cheiro, textura ou, ainda, todos os três”, diz Jo. “Hoje, porém, nossos produtos se destacam em relação aos equivalentes sintéticos e realmente têm um ótimo desempenho – são eficazes, naturais e sustentáveis.” Tenha certeza de que a marca é cruelty free e contra testes em animais “O símbolo do coelho saltitante nas embalagens é uma garantia de que nenhum dos produtos terá sido testado em animais. Se você não o encontra nos produtos, pesquise”, diz Jo. “As marcas são muito eficientes para te contar sobre o trabalho que têm para serem mais sustentáveis e ecológicas. Por isso, se você não conseguir encontrar as respostas que procura, pergunte diretamente à marca. Nós amamos ouvir dos nossos clientes e, sempre que pudermos, responderemos perguntas e ajudaremos a fornecer informações que eles buscam.” Comece com um produto e leve o tempo que precisar! Se você está acostumado a uma certa rotina, o melhor é ir modificando os processos aos poucos, o que torna mais branda a transição para o skincare sustentável. Comece comprando apenas um produto sustentável para incorporar à sua rotina, depois a desenvolva gradualmente. Que substituições fáceis por ingredientes sustentáveis você pode fazer? “Entender que não temos um recurso infinito de ingredientes é uma parte importante da caminhada”, explica Jo. “Pense no óleo de argan, que já foi um ingrediente de nicho do Marrocos e agora é uma indústria em crescimento. Mas por quanto tempo pequenas comunidades podem trabalhar para atender a demanda? Árvores e ingredientes levam tempo para crescer e, para nós, é importante ter tempo e fazer as coisas da maneira certa. Trocar o óleo de Argan pelo de Abyssinian e usar produtos à base de extratos marinhos e algas é um ótimo começo. Esses ingredientes, quando crescem, transformam dióxido de carbono em oxigênio, e são verdadeiramente eficazes para a pele.” “Você terá o mesmo efeito com os produtos, e também vai ajudar a garantir que os ingredientes permaneçam por muito mais tempo, já que serão sustentáveis – e, assim, o ciclo se torna renovável”, frisa o empresário. Repense produtos que viram lixo Lencinhos demaquilantes, algodão e cotonetes fazem parte da rotina de beleza de muitas mulheres. Mas você já pensou na quantidade de lixo que eles geram em sua produção e descarte? Os lenços, por exemplo, são feitos majoritariamente de poliéster, que pode demorar centenas de anos para se decompor. Por isso, já existem alternativas biodegradáveis à venda, e há, ainda, a possibilidade de usar shampoos neutros e água micelar, que tiram a maquiagem com água. Já o algodão, apesar de compostável, envolve alto uso de água e agrotóxicos em seu processo produtivo. Como alternativa, podemos abolir seu uso em algumas situações: para passar tônico, por exemplo, o uso das mãos é suficiente – e eficiente. Há, ainda, discos feitos de crochê, que são laváveis e funcionam como substituição. Isso sem falar nos cotonetes com hastes plásticas: assim como os canudos, quando descartados de maneira incorreta, acabam nos oceanos e podem prejudicar a vida marinha. Há opções com hastes de papelão, cuja decomposição é menos agressiva à natureza. Aqui, alguns itens de beauté para dar o primeiro passo na busca pelo skincare sustentável:
100 bilhões de roupas são feitas anualmente no mundo. A informação do relatório “Style that’s sustainable: A new fast-fashion formula”, da consultoria Mckinsey, fica ainda mais assustadora quando cruzada com o dado fornecido pelo Greenpeace em 2017, que diz que nos Estados Unidos, 80% das roupas produzidas são descartadas.
Alugar para comprar melhor
É latente: precisamos mudar a forma como produzimos e consumimos moda. Em tempos de economia de compartilhamento, surgem várias iniciativas alinhadas ao conceito. Um exemplo é a BoBAGS, plataforma fundada por Bel Braga em 2009.
“Funcionamos como um closet na nuvem: alugamos bolsas, acessórios e, mais recentemente, roupas, via tecnologia sob os pilares de curadoria e atendimento”, detalha a empresária. A BoBAGS tem acervo próprio – são hoje 700 produtos – e opção de marketplace para as clientes, ou seja, elas podem colocar itens de seus closets para aluguel e, de quebra, lucrar com as peças outrora estacionadas.
“Estudos mostram que as pessoas não usam pelo menos 50% daquilo que têm em seus closets. Aqui, a taxa de utilização passa de 70%. Só com essa iniciativa, garantimos o giro dos itens e reforçamos a ideia de moda consciente, porque muita gente usa peças da BoBAGS como um test drive antes de comprar”, garante Bel.
Soluções sustentáveis (de verdade!)
Alternativas à forma tradicional de consumo não faltam! Marcas como a EMI Beachwear, criada pela carioca Anna Luisa Vasconcellos, desconstroem a ideia de que o sustentável jamais será fashion. “Meu intuito é mostrar que é possível sintonizar moda e meio ambiente”, explica Anna.
Por isso, a marca faz de tudo para garantir que o DNA eco-friendly da marca apareça dos tecidos, sempre naturais, às embalagens, feitas a partir de sobras das peças. Ademais, “o tecido dos biquínis e maiôs se decompõe após quatro anos se for descartado em aterros sanitários”, garante ela.
Para o público feminino, um agravante ainda maior nos prejuízos ao meio ambiente: se cada mulher utiliza 20 absorventes por ciclo, são 240 unidades por ano. Isso resulta em, pelo menos, 10.000 absorventes durante a vida. No Brasil, esses resíduos não são recicláveis, e acabam parando em lixões e aterros sanitários. Para reverter o volume descartado, eis a alternativa sugerida pela Pantys: calcinhas absorventes reutilizáveis com tecnologia de secagem rápida, à prova d’água e anti-bactérias.
A recepção positiva por parte das mulheres foi tamanha que, hoje, a empresa conta ainda com shorts, biquínis, maiôs e sutiãs, esses últimos pensados para o período de amamentação.
Reuso
Não é de hoje – ou por motivos de moda consciente- que amigas trocam roupas. O casaco que não tem mais o seu estilo, um brinco que cansou de usar, aquela calça jeans que não te serve mais: emprestar ou dar a uma amiga ou instituições de caridade faz todo o sentido! Que tal, então, fazer desse bazar voluntário algo real? Circular peças é produtivo para a economia, o seu guarda-roupa e o da amiga, também. Um mix de olhar treinado, paciência e conhecer seu corpo é suficiente para a oportunidade de ter roupas únicas no armário.
Falando em reuso de peças, brechós não podem ficar de fora da lista. E quem acha que são coisas ultrapassadas ou recheadas de peças antigas com certeza não conhece a Casa Juisi. Inicialmente um brechó, fundado em 2003, o espaço se tornou um dos maiores acervos de moda vintage do país, referência para consulta de figurinistas, estudantes, pesquisadores e estilistas (internacionais, inclusive!). Mais um exemplo de como a sustentabilidade é fashion!
Comprando com consciência
Na hora de comprar, fique de olho em algumas marcas que promovem ações sustentáveis, produzem com técnicas ou tecidos de menor impacto ambiental ou apoiam instituições pró-meio-ambiente. A seguir, damos uma listinha de algumas ações para manter do radar
C&A: as lojas têm um ponto de coleta de roupas usadas para dar nova vida às peças. Tudo que os clientes deixam na urna são ou doadas para gerarem renda para o Centro Social Carisma ou enviadas para a Retalhar, que faz um processo de manufatura reversa, que envolve o desfibramento e reinserção no setor industrial para diversas finalidades, tais como construção civil, mantas acústicas e indústria automobilística.
Colcci: a marca de jeanswear brasileira tem o programa Denim For Good, no qual dá um desconto de 100 reais na compra de um novo jeans da marca para os clientes que levarem seus jeans antigos (de qualquer etiqueta) para reciclagem na loja.
AHLMA: A marca carioca utiliza apenas tecidos recuperados de estoques de fábricas e materiais certificados, de origem orgânica e livre de crueldade animal. Além disso toda a produção é vegana, não utiliza matérias primas como pele, couro, lã, seda ou pérolas em suas lojas ou de seus fornecedores.
O MASP abriu ao público a maior mostra já dedicada pela instituição à obra de Tarsila do Amaral, figura central do modernismo brasileiro que inspirou a coleção Tarsila, desfilada pela Osklen na 44° edição do SPFW.
Esgotada no início de 2018, a coleção volta agora a ser vendida na loja da grife e no MASP, onde os visitantes da exposição Tarsila Popular, que reúne 92 obras da artista, encontrarão t-shirts, lenços e tote bags que fazem referência a obras mais icônicas da artista.
A família da artista havia colocado à disposição de Oskar Metsavaht as obras e detalhes da história da maior representante feminina da arte brasileira no século 20 e agora convida a Osklen a criar mais peças, traçando um paralelo entre a expressão artística de Tarsila e o design da marca. “A Osklen é a expressão do meu olhar sobre a nossa cultura e aquilo que me cerca. A arte nos inspira. E acredito que através da plataforma da moda podemos de alguma forma colaborar na aproximação da sociedade com as artes. Esta colaboração com o MASP para a exposição Tarsila Popular, trazendo nossa coleção da mesma forma como fizemos no MoMA em NY, corrobora esta nossa crença”, diz Metsavaht.
Certamente uma exposição que vale muito a pena ser vista, com uma passadinha pela loja do museu depois ; )
TARSILA POPULAR Até 28 de julho de 2019 Endereço: Avenida Paulista, 1.578, São Paulo Horários: quarta a domingo: das 10h às 18h; terça-feira: das 10h às 20h Ingressos: R$ 40 (entrada); R$ 20 (meia-entrada); gratuito às terças