Dólar Digital Tether Bate Recorde no Brasil e Cresce em Meio a Impasse sobre IOF

Dólar Digital Tether Bate Recorde no Brasil com R$ 9,63 Bilhões em Junho em Meio a Debate sobre IOF

Crescimento da negociação com dólar digital Tether revela nova tendência entre brasileiros diante de incertezas tributárias

O mercado de criptomoedas no Brasil registrou um salto expressivo em junho, com destaque para o dólar digital Tether (USDT). De acordo com dados da Biscoint, as negociações com a stablecoin somaram R$ 9,63 bilhões, um aumento de 32% em comparação com o volume de maio, que havia sido de R$ 7,29 bilhões. Esse movimento coincide com a polêmica envolvendo o aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em operações internacionais, anunciado pelo governo e posteriormente suspenso.

Essa ascensão no volume negociado do dólar digital Tether evidencia a busca dos brasileiros por alternativas mais vantajosas para realizar transferências de valores ao exterior e operações financeiras fora do sistema bancário tradicional. Com menor regulação tributária e maior agilidade nas transações, o USDT tem se consolidado como um instrumento funcional em tempos de instabilidade regulatória.

Analisamos os motivos por trás do crescimento nas operações com o dólar digital Tether no Brasil, a influência das decisões políticas e tributárias no comportamento do mercado, e o papel das exchanges nesse cenário. Tudo isso com foco em práticas de otimização SEO e informações atualizadas para quem deseja entender o avanço das stablecoins no país.


O que é o dólar digital Tether (USDT)?

O dólar digital Tether, conhecido pela sigla USDT, é uma criptomoeda classificada como stablecoin, ou seja, seu valor é atrelado diretamente ao dólar americano. Isso garante ao investidor estabilidade de preço, ao contrário de moedas como o Bitcoin e o Ethereum, que apresentam alta volatilidade.

Por sua natureza estável e paridade com o dólar, o USDT tem sido amplamente adotado como forma de armazenar valor, realizar remessas internacionais e até mesmo como meio de pagamento em determinados mercados. No Brasil, o uso do dólar digital Tether vem crescendo rapidamente, impulsionado principalmente por incertezas regulatórias e altas taxas bancárias em operações internacionais.


Crescimento das negociações com dólar digital Tether no Brasil

O levantamento da Biscoint revela que, apenas em junho, foram negociados 1,73 bilhão de unidades de USDT no Brasil, contra 1,28 bilhão em maio. A média diária de transações também teve alta expressiva, saltando de 41,28 milhões para 57,66 milhões de unidades.

Esse avanço mostra que o uso do dólar digital Tether está se popularizando como uma alternativa eficaz às transações tradicionais, sobretudo em momentos em que há modificações em políticas tributárias, como no caso do IOF.

Mesmo com a leve queda no preço médio da stablecoin — de R$ 5,69 para R$ 5,57 — o apetite do mercado brasileiro por essa criptomoeda continuou em alta, mostrando uma clara tendência de consolidação da moeda digital como instrumento de troca.


IOF e a movimentação política: um gatilho para a alta

O aumento expressivo nas transações com o dólar digital Tether ocorreu no mesmo mês em que o governo federal anunciou o reajuste das alíquotas do IOF para operações como remessas internacionais. A justificativa oficial foi promover maior justiça fiscal.

No entanto, o Congresso Nacional reagiu rapidamente, anulando o aumento por meio de decreto legislativo, o que gerou atrito com o Poder Executivo. Em resposta, o governo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que houve invasão de competências constitucionais. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, suspendeu ambos os decretos — tanto o do Executivo quanto o do Legislativo — e convocou uma audiência de conciliação entre os Poderes para o dia 15 de julho.

Enquanto não há definição judicial, os investidores e usuários de criptomoedas passaram a recorrer com mais intensidade ao dólar digital Tether, que permanece em uma zona cinzenta de regulação tributária, funcionando como alternativa informal para operações de câmbio.


Dólar digital Tether e a ausência de regulamentação no Brasil

Apesar do aumento expressivo das transações com dólar digital Tether, ainda não existe uma regulamentação definitiva por parte do Banco Central que defina se operações com stablecoins como o USDT devem ser tratadas como equivalentes a transações de câmbio.

Essa ausência de normatização permite que a moeda digital seja usada como mecanismo de evasão do sistema bancário tradicional em transferências internacionais, sem a incidência direta de IOF ou taxas bancárias, desde que as plataformas de negociação não estejam registradas como instituições financeiras no país.

Essa lacuna é o que faz do dólar digital Tether uma alternativa atrativa, especialmente para investidores, empresários e freelancers que operam internacionalmente.


Exchanges e o domínio do par USDT-BRL

Entre as plataformas que negociam o par USDT-BRL, a Binance se mantém como líder absoluta, com 81,9% de participação no volume de negociações. A corretora brasileira BitPreço aparece na sequência, com 5,4%, reforçando a presença das exchanges nacionais no mercado de criptomoedas atreladas ao dólar.

O domínio da Binance no mercado brasileiro reflete não apenas seu alcance global, mas também a confiança dos usuários em sua liquidez e infraestrutura tecnológica. Por outro lado, o crescimento de corretoras brasileiras demonstra um mercado em evolução, que busca atender às necessidades específicas de usuários locais.


Por que o dólar digital Tether atrai brasileiros?

A resposta para essa pergunta envolve uma combinação de fatores:

  • Estabilidade cambial: por estar atrelado ao dólar, o USDT oferece previsibilidade de valor.

  • Baixa tributação: devido à ausência de regulação clara, as transações com USDT ainda escapam do IOF.

  • Agilidade: operações com dólar digital Tether são processadas rapidamente, sem burocracia bancária.

  • Segurança digital: exchanges oferecem autenticação em dois fatores, carteiras frias e seguros contra falhas.

Além disso, com a crescente digitalização da economia e a popularização das criptomoedas, muitos brasileiros passaram a enxergar o USDT como um ativo viável para diversificação de portfólio e preservação de valor.


O que esperar para o futuro do dólar digital Tether no Brasil?

A tendência é que o dólar digital Tether continue crescendo no país, especialmente enquanto a regulação não for clara ou restritiva. No entanto, a expectativa é de que o Banco Central e a Receita Federal avancem na criação de normas específicas para o uso de stablecoins, o que pode modificar o cenário atual.

Até lá, o USDT seguirá sendo uma alternativa viável para transações internacionais, proteção cambial e até uso cotidiano, dependendo da adoção por comerciantes e plataformas digitais.

O crescimento exponencial das negociações com o dólar digital Tether no Brasil em junho de 2025 é reflexo direto das incertezas políticas e tributárias no país. A criptomoeda, por ser estável, acessível e ainda pouco regulada, tornou-se a principal escolha de brasileiros que desejam fugir das altas taxas e da burocracia bancária, especialmente em momentos de instabilidade.

Com a disputa entre os Poderes em torno do IOF e a ausência de regulamentação definitiva para stablecoins, o USDT permanece em um espaço favorável, com grande potencial de expansão. O mercado, atento, segue apostando na força do dólar digital Tether como protagonista da nova economia digital brasileira.